BC se vê forçado a subir juros em plena crise por causa da aceleração da inflação
Em sua primeira reunião após Congresso garantir autonomia do Banco Central, Copom vai começar a tentar barrar risco de descontrole de preços, sobretudo em 2022, após período longo de queda da Selic
Adriana Fernandes, O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA – A aceleração do aumento de preços colocou o Banco Central numa sinuca de bico: subir a taxa de juros em plena crise econômica e piora da pandemia da covid-19. Em um gráfico, as tendências de inflação, em alta, e da variação do PIB, em queda, mostram uma boca de jacaré se abrindo. Essa é uma situação de extrema anormalidade em que atividade e inflação estão em sentido oposto.https://f05640fafae05e788cb47c4e53b90718.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
A decisão desta semana será o primeiro teste e tudo indica mais difícil até agora para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e sua equipe após o Congresso aprovar no mês passado a autonomia da instituição, com a justificativa de garantir a condução da política de juros sem pressões políticas.
A expectativa é que o BC comece agora a desarmar essa bomba relógio para barrar o risco de descontrole de preços, sobretudo em 2022, após um período longo de queda de juros, que levou a taxa Selic (os juros básicos) ao patamar histórico de 2%. A aposta do mercado é de uma elevação de 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 16 e 17.
A perspectiva de a economia brasileira entrar em recessão técnica, no segundo trimestre deste ano, num quadro de recrudescimento da pandemia, combinado com medidas de isolamento e lockdown, só amplia o desconforto com a medida.
A expectativa é que o BC comece agora a desarmar essa bomba relógio para barrar o risco de descontrole de preços. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O momento é ainda mais delicado porque o próprio presidente Jair Bolsonaro contribuiu para elevar, nas últimas semanas, a cotação do dólar disparando uma série de movimentos erráticos e contraditórios na economia, que começou com a intervenção da Petrobrás, passou pela tentativa de flexibilizar o teto de gastos (a regra que atrela o crescimento das despesas à inflação) e terminou com a articulação de uma manobra para desidratar as medidas de corte de gastos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do auxílio emergencial.
O resultado: mais pressão sobre a inflação, a ponto de Campos Neto ter entrado nas negociações políticas para impedir uma derrota geral na votação, o que complicaria ainda mais o trabalho do BC na condução da política monetária (calibrar a taxa básica de juros, a Selic, para o controle da inflação).
“É um sinal de desequilíbrio ter essa bomba relógio de inflação alta com uma queda do PIB já contratada”, diz Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas.
Com a inflação em 12 meses se aproximando de 7% em abril, desemprego e PIB negativo, a economia vive uma situação de estagflação. “Esse é o drama para o BC. E não sabemos quanto pior pode ficar a atividade econômica por causa da pandemia. É uma das piores combinações”, diz ela, que não descarta a consolidação de um quadro recessivo em 2021, mais grave do que a estagflação. Se soma ao cenário negativo a queda do poder de compra das famílias brasileiras no período de fraqueza do mercado de trabalho.
Ex-presidente do BC no governo Lula, Henrique Meirelles alerta para um fator que, segundo ele, precisa ser levado em conta: o nível de confiança baixa diante de um governo que não tem dado “uma direção clara e que vive envolvido em toda sorte de discussões e polêmicas”. “Numa situação de insegurança, a depreciação cambial (o real se desvalorizar frente ao dólar) leva ao repasse para os preços”, diz Meirelles, que assumiu o comando BC num momento crítico de alta dos preços em 2003.
Numa situação de pandemia há razões objetivas para a queda da demanda (pessoas e empresas produzem e consomem menos). Por outro lado, há também uma situação de desorganização da economia que tem levado a dificuldades de suprimento das cadeias produtivas. E isso acaba gerando mais inflação.
Nas contas do ex-secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros, desde setembro vem se formando um acúmulo de pressões inflacionárias, que começou a partir da elevação dos preços de alimentos, mas que não foram levadas devidamente a sério nem pelo Ministério da Economia nem pelo BC.
A mudança foi muito rápida. Em julho do ano passado, ressalta Mendonça de Barros, a inflação estava abaixo de 2% em setembro, começou a aumentar e terminou 2020 acima de 4%. “É uma aceleração extraordinária”, diz. Em 12 meses até fevereiro, o IPCA, índice oficial de inflação, já acumula uma alta de 5,20% depois de ter subido 0,86% no mês passado – a maior taxa desde 2016.
Para José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre, o momento para a inflação é muito preocupante e o BC não pode facilitar. “Se dermos mole nesse campo, vamos continuar simplesmente com os problemas que já temos e acrescentar mais um”, diz Senna. Ele ressalta que no campo das commodities (produtos básicos, como grãos, petróleo e minério de ferro) já houve uma alta de 10% em janeiro e mais 7% em fevereiro. As matérias-primas, diz, já acumulam uma elevação de 75% em 12 meses. “Estamos vivendo repasses reprimidos”, enfatiza.
Senna avalia que a PEC do auxílio não ataca o problema fiscal de aumento das despesas obrigatórias (como gastos com servidores e Previdência, por exemplo), problema que pode ser acentuado pelo caráter populista da política do governo. “Num ambiente como esse as expectativas de inflação podem sair de controle. Isso é muito perigoso”, avisa.
O presidente sente o “termômetro” da população e sobe o tom das cobranças à equipe econômica
Adriana Fernandes, O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA – O risco de descontrole da inflação é o calcanhar de aquiles do presidente Jair Bolsonaro. Cobrado nas redes sociais pela alta da inflação, com vídeos que intitulam o movimento de alta dos preços como “Bolsocaro”, o presidente já reclamou em público diversas vezes do reajuste dos preços da carne, do arroz, do gás de cozinha e dos combustíveis.
O presidente sente o “termômetro” da população e sobe o tom das cobranças à equipe econômica, nas lives semanais de todas as quintas-feiras, e nos encontros frequentes com simpatizantes na porta da sua residência oficial, o Palácio da Alvorada.
Bolsonaro tem demonstrado cada vez mais desconforto com a combinação perversa de preços altos e desemprego, que retira o poder de compra da população e a popularidade de qualquer presidente da República.
A antecipação da corrida eleitoral pelo fator “Lula”, após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações do ex-presidente na Lava Jato, amplificou o risco de o presidente adotar medidas populistas para segurar os preços e aumentar os gastos públicos para garantir a sua reeleição no ano que vem.
Bolsonaro tem demonstrado cada vez mais desconforto com a combinação perversa de preços altos e desemprego. Foto: Gabriela Bilo/Estadão
Esse temor ganhou fôlego depois que, nas últimas semanas, o presidente ameaçou intervir na Petrobrás e Eletrobrás (empresas do governo responsáveis por importantes insumos para a produção), isentou o preço dos combustíveis e patrocinou uma manobra para retirar o programa Bolsa Família do teto de gastos, a regra que limite o crescimento das despesas à variação da inflação.
A consequência desses movimentos foi mais alta do dólar, que se aproximou de R$ 6 na votação da semana passada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do auxílio emergencial, ingrediente adicional a retroalimentar a inflação. “Com certeza, o Banco Central vai começar a aumentar os juros e as autoridades nunca gostam disso”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados e colunista do Estadão. Para ele, esse será o teste do “pudim” da política populista do presidente. “Não estou otimista. A tentação populista é enorme”, prevê o economista, que foi secretário de Política Econômica no governo FHC.
Mendonça de Barros chama atenção para um fator que acrescenta um complicador a mais nesse caldo que une política e economia: a população brasileira já se acostumou a viver com inflação baixa. Existe hoje uma geração inteira que não tem ideia do que seja viver num ambiente econômico de inflação alta. Brasileiros que nem sabem o que é isso.
Essa população não aceitaria a volta da inflação de forma mais sistemática e está incomodada com a pancada de aumento de preços em plena pandemia da covid-19, que derruba o crescimento do Produto Interno Bruto e tira emprego dos brasileiros. O ex-secretário lembra que a ex-presidente Dilma Rousseff perdeu espaço e apoio político por conta da inflação.
Desde o final do segundo semestre do ano passado, as surpresas do lado da inflação têm sido do lado negativo. A mais recente delas, a subida do IPCA, a inflação oficial do País, para 0,86% em fevereiro, ante 0,25% em janeiro. O resultado foi pressionado pelos preços da gasolina, motivo da irritação do presidente.
Na área econômica do governo, a expectativa é que as incertezas vão se dissipar com o “fundamento fiscal” garantido pela aprovação da PEC que autorizou o auxílio mas também contrapartidas de cortes de gastos em momentos de crise fiscal. Mesmo desidratada (o cálculo é de que a desidratação foi de 30%), o texto garantiu importantes medidas fiscais que serão reconhecidas como essenciais para mudar a trajetória das despesas. Associada à possibilidade de aumento dos juros pelo BC na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária, a avaliação é que a cotação do dólar deve cair e “amansar a inflação”.
A percepção do time do ministro da Economia, Paulo Guedes, é que o ciclo de alta commodities (produtos básicos, como petróleo, grãos e minério de ferro) no mercado internacional tem o potencial de “afundar” a taxa de câmbio, mas que o movimento na direção contrária, de alta do dólar, que ocorreu, é resultado do próprio governo tropeçando nos seus próprios passos. A avaliação é de que se não fossem esses atropelos a cotação do dólar deveria estar mais próxima de R$ 4,80.
Para o economista Armando Castellar. do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o populismo aumenta a incerteza de maneira preocupante. “O que o episódio da Petrobrás assusta porque deixa dúvida sobre se pode se repetir (para o lado do BC) quando começar o aperto monetário (alta dos juros básicos) que hoje em dia se faz necessário pela piora das perspectivas da inflação”, diz Castellar. Ele avalia que esse ponto será mais sensível quando a inflação em 12 meses bater em 7% logo mais à frente. Apesar de aprovada a autonomia, Bolsonaro ainda tem que validar a renovação da diretoria do BC.
Castellar diz que ainda falta uma âncora mais clara para frente diante do cenário eleitoral que se aproxima. Lembrando o poema de Carlos Drummond de Andrade, Castellar pergunta. “E agora José? Você marcha, José! José, para onde?”. Sem essa clareza, o Brasil não vai atrair os investidores, diz.
Racha no Novo vai além de conflitos por impeachment e oposição a Bolsonaro
Em guerra com o fundador João Amoêdo, lideranças e mandatários do partido apontam problemas de governança como origem da discórdia
José Fucs, O Estado de S.Paulo
O dia 12 de fevereiro de 2021 tinha tudo para ser comemorado com pompa pelo partido Novo. Fundado pelo financista João Amoêdo e por mais 180 apoiadores sem experiência política, para lutar pelo liberalismo econômico e pela moralização da vida pública, o Novo completava 10 anos de vida.https://068519710fb887343e1ceb49c4d44e66.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Mesmo com um desempenho que deixou a desejar no pleito municipal de 2020, no qual elegeu apenas 29 vereadores e um prefeito (Joinville-SC) em todo o País, e com uma queda de 15% no número de filiados no ano passado, de 48.429 para 41.218, não faltavam motivos para celebrar a data.
Único partido a não usar recursos dos pagadores de impostos para sobreviver e financiar as suas campanhas, o Novo tem, hoje, além dos representantes municipais, o governador de Minas Gerais, 8 deputados federais, 12 deputados estaduais e um deputado distrital.
Ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo. Foto: João Allbert/ Futura Press (26/06/2019)
Em 2018, nas eleições para a Presidência, as primeiras que o Novo disputou, Amoêdo ficou em quinto lugar, com quase 2,7 milhões de votos, o equivalente a 2,5% do total, à frente de nomes tarimbados, como o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), a ex-senadora Marina Silva (Rede), o senador Álvaro Dias (Podemos) e o ativista Guilherme Boulos (PSOL).
Mas, exceto por um comunicado oficial no site do partido e algumas manifestações acanhadas nas redes sociais, o aniversário que marcava a primeira década de atividade do partido passou praticamente em branco – e não só por causa das restrições impostas pela pandemia. O Novo vive uma guerra fratricida e a sua maior crise desde a fundação, em 2011. “O partido passa por um momento delicado, muito delicado”, diz um dos principais doadores do Novo, que prefere se manter na sombra.
Polarização
De um lado, está Amoêdo, que ficou sem função na direção partidária depois de ter renunciado à presidência, em março de 2020, para, segundo ele, “ter mais disponibilidade de tempo”, “mostrar que o Novo não depende só de uma pessoa” e “ter um pouco mais de liberdade” para expor as suas posições, sem que elas tenham uma conotação institucional. Do outro, estão os políticos do partido, aí incluídos o governador de Minas, Romeu Zema, a bancada federal e a maior parte de seus deputados estaduais e vereadores.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Foto: Pedro Gontijo/ Imprensa MG – 03/03/2021
Nas últimas semanas, o conflito entre os dois grupos se acirrou, levando a uma polarização tóxica de lideranças, filiados e simpatizantes da legenda. As divergências chegaram a tal ponto que, de acordo com informações obtidas pelo Estadão, Amoêdo praticamente não fala com Zema, principal mandatário do partido, nem com os deputados federais da legenda, a não ser por uma ou outra mensagem protocolar via WhatsApp.
‘Milagre’
Amoêdo defende de forma fervorosa que o Novo apresente um pedido de impeachment de Bolsonaro e estimulou a adoção de uma postura de oposição em relação ao governo, aprovada pelo Diretório Nacional, o órgão máximo do partido, em 6 de março, depois de muita controvérsia. Zema e a maioria dos mandatários se colocam contra as duas propostas e queriam que o partido mantivesse a postura de independência adotada desde a posse do presidente, em 2019, com apoio do próprio Amoêdo, mas foram derrotados nesta questão.
A decisão do Diretório Nacional representou uma espécie de compensação para Amoêdo, que havia amargado um revés no fim de janeiro, com a decisão do partido de não patrocinar por ora um pedido de impeachment de Bolsonaro. Inflamado por Amoêdo, o Diretório Nacional do Novo tentou impor a posição defendida por ele à bancada do partido na Câmara, mas a proposta foi rechaçada por seis de seus oito deputados federais, que ameaçaram se desligar da sigla se ela fosse levada adiante. Zema também se colocou contra a medida.
Dirigente partidário, Christian Lohbauer foi candidato a vice-presidente na chapa de João Amoêdo em 2018. Foto: Iara Morselli/Estadão
Para evitar um racha definitivo, de consequências imprevisíveis para o futuro do partido, o órgão teve de recuar. “O partido não acabou por milagre”, afirma Christian Lohbauer, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Amoêdo, integrante do Diretório Nacional e um dos signatários da ata de fundação do Novo, em 2011.
‘Clones do Amoêdo’
Até o atual presidente da legenda, Eduardo Ribeiro, que era considerado um amoedista, como são chamados os seguidores de Amoêdo, e vem adotando uma postura mais independente nos últimos tempos, posicionou-se contra o fundador em relação ao impeachment, para evitar a ruptura, apesar de ter apoiado a decisão do partido de se colocar como oposição ao governo. “O impeachment é um processo muito longo e o Bolsonaro conseguiu comprar um certo tempo ao se aliar com o Centrão”, diz. “Acredito que vale mais a pena a gente colocar todas as nossas energias na construção de uma alternativa ao bolsonarismo e ao petismo para 2022.”
Amoêdo, porém, parece disposto a “esticar a corda”, para forçar o expurgo dos “infiéis”, incluindo algumas de suas principais estrelas, como demonstrou ao estimular a aprovação da postura de oposição do Novo no começo do mês, e poderá voltar à carga para que o partido se coloque a favor do impeachment. “Acredito que deveria ser um caminho natural para o partido dizer se houve crime de responsabilidade do presidente e se deve haver pedido de impeachment”, afirma. “Se isso for feito, pode até haver uma cisão, mas o partido sairá fortalecido, pela coerência.”
Ao menos dois deputados, Alexis Fonteyne (Novo-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), reagiram à espetada, fazendo duros comentários em seu post. “Acredito que nem os clones do João Amoêdo iriam se entender com ele. Cada um iria querer ser mais protagonista que o outro”, diz Fonteyne. “Seria muito injusto, depois de eu ter trabalhado dez anos para a formação do partido, ter colocado tempo, recursos, não poder dizer que sou contra uma votação da bancada”, afirma Amoêdo.
Em meio à guerra de narrativas, os amoedistas passaram a classificar como “bolsonaristas” os mandatários do partido e a ala que os apoia – um rótulo rejeitado de forma veemente pelos atingidos. “Nenhum de nós quis que o Bolsonaro fosse presidente, tanto que lançamos candidato próprio em 2018, e nunca fomos base do governo na Câmara”, diz o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG), que preferiu anular o voto no segundo turno da eleição.
“Nenhum dos nossos mandatários estará pedindo votos para Bolsonaro quando ele for candidato à reeleição”, afirma o secretário-geral do governo de Minas, Mateus Simões, homem de confiança de Zema. “É possível discordar sem ficar tachando os outros de bolsonaristas, para tentar desqualificar as suas posições e os seus argumentos.”
‘Partido do João’
Como se tudo isso não bastasse, as divergências no Novo, segundo lideranças e filiados, se estendem à organização e ao funcionamento do partido. “As brigas políticas são o reflexo de um problema de governança”, afirma Mateus Bandeira, ex-candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo Novo e ex-presidente da Falconi, uma das principais consultorias em gestão do País. Ele se desfiliou da legenda após as eleições e está escrevendo um livro sobre a campanha, no qual dedica alguns capítulos ao partido e a Amoêdo.
Apesar de seu afastamento da direção, muitas lideranças e filiados da legenda dizem que o Novo “tem dono” e continua a ser “o partido do João”. Mesmo que seja praticamente unânime a percepção pelo grupo de que o fundador da legenda ainda tenha uma contribuição importante a dar, a visão é de que ele precisa trabalhar mais em equipe e não deve ter a palavra final nas decisões, impondo as suas ideias aos correligionários. “Está todo mundo cansado desse comportamento, O partido não pode se resumir à opinião do João Amoêdo”, diz Alexis Fonteyne.
A bancada do Partido Novo na Câmara Federal. Foto: Divulgação/ Partido Novo
No Diretório Nacional, ao menos dois dos cinco dirigentes são ligados a Amoêdo, de acordo com integrantes do partido, e um flutua para um lado e para o outro, ao sabor dos acontecimentos. Isso acaba inviabilizando a tomada de qualquer decisão que não tenha a bênção de Amoêdo, já que são necessários no mínimo 66,6% dos votos para aprovação de qualquer medida.
Fontes da legenda afirmam que um dos integrantes do Diretório Nacional é amigo de infância de Amoêdo e outros dois trabalhavam em empresas nas quais ele mantinha investimentos pessoais, criando um conflito de interesses que compromete a independência do órgão, embora ele negue os antecedentes das relações com os três. “A informação não é verdadeira”, diz.
Aplausos dos amoedistas
Amoêdo mantém também o controle da Comissão de Ética, cujos integrantes foram indicados por ele quando era presidente do partido e não foram trocados por seu sucessor. O órgão foi o responsável pelas expulsões do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do empresário Filipe Sabará, então candidato à Prefeitura de São Paulo, duas decisões que, apesar dos aplausos recebidos dos amoedistas, geraram desconforto fora do grupo.
Além disso, o órgão foi responsável, entre outras medidas, por repreensões a Fonteyne, porque ele queria usar o auxílio-moradia, por não ser de Brasília, e à vereadora paulistana Janaína Lima, porque ela queria ter nove assessores, em vez dos oito estabelecidos como limite pelo partido, independentemente do número oferecido pela Câmara de Vereadores de São Paulo e outras Casas legislativas.
O fato de a assessoria de imprensa pessoal de Amoêdo ser a mesma do Novo é outra questão que incomoda lideranças do partido, por associar a ele a comunicação partidária. O mesmo acontece em relação à empresa encarregada de cuidar de suas redes pessoais e das redes sociais da legenda. “A informação é pública e está inclusive no site da assessoria”, declara Amoêdo.
Ele contesta a afirmação de que ainda tem o controle do partido e diz que, se fosse verdade, a sua posição em favor da apresentação do pedido de impeachment de Jair Bolsonaro teria sido aprovada pelo Diretório Nacional. “Qualquer instituição num primeiro momento depende muito de seu fundador, mas para ter sucesso tem de ficar independente daquela pessoa ou daquele grupo inicial, porque senão não cresce.”
Braço político
Há, ainda, uma questão estrutural, relacionada à exclusão dos mandatários das decisões políticas, que costuma causar muito atrito no partido. Como o Novo separa a gestão partidária de seu braço político, não há um canal formal de participação dos mandatários nas decisões, ainda que, eventualmente, eles sejam ouvidos de maneira informal. “Falta comunicação entre o Diretório Nacional e os representantes do partido”, diz a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP).
Para tentar resolver o problema, algumas lideranças passaram a defender a proposta de que o Novo formasse um Conselho Político, que seria composto pelos integrantes do Diretório Nacional e pelos mandatários, mas ela não foi para a frente. “O que está no estatuto do partido é que não deveria haver contaminação das agendas política e administrativa. Mas, na prática, o braço político está sendo subordinado ao braço administrativo, que não leva em consideração o pessoal que está no front, ralando, e isso é um erro crasso”, afirma Christian Lohbauer. “O que tem de acontecer é que as orientações, as políticas de ação partidária, para onde nós vamos, o que a gente quer, têm de ser feitas junto com os mandatários.”
Por fim, embora a ideia de promover um processo de seleção dos candidatos do Novo, para que tenham aderência aos valores e princípios do partido, pareça uma boa solução na teoria, na prática não está funcionando como se imaginava. Lohbauer conta que, no processo seletivo dos candidatos às eleições municipais de 2020, algumas perguntas feitas pela banca examinadora foram “muito mal formuladas”. “Quantos votos o João teve nas eleições de 2018?” era uma delas. “Quais são os autores liberais mais conhecidos?”, outra.
“Nós não temos pessoas com capacidade de interpretar o ambiente político com a missão de escolher pessoas para serem políticas. Não é que a gente seja idiota. Estamos tentando fazer a coisa certa, mas não temos os entrevistadores mais preparados para ouvir todo mundo pelo Brasil afora”, diz. “A gente errou muito em 2020, porque não soube se adaptar, ser maleável, e não se permitiu errar, escolher mais gente, competir em mais lugares. Quis escolher só gente nota 10, na visão sei lá de quem. A sociedade é heterogênea, as pessoas são diferentes, não têm formação política. Não estou dizendo que tem de nivelar por baixo, mas o resultado está aí: lançamos 34 candidatos a prefeito em 5.570 municípios e elegemos apenas um.”
Sem solucionar os problemas de governança, os conflitos políticos conjunturais, que envolvem o impeachment de Bolsonaro e a posição da legenda em relação ao governo, poderão até ser superados, mas outros, provavelmente, virão mais adiante. As divergências políticas, pelo que representam para o partido e para o País, têm muito mais visibilidade, mas são as questões de governança que acabam, em última instância, por alimentar a discórdia.
Você não pode controlar os fatores externos, mas pode enfrentá-los melhor.
E é disso que se trata essa teoria valiosa.
Além de ter desenvolvido uma grande ferramenta de trabalho, seu criador é considerado uma das principais referências no estudo dos fenômenos do mercado.
Todo empresário deveria, pelo menos, saber quem é Michael Porter e o que ele representa para profissionais de marketing do mundo todo.
Por isso, fica meu convite para prosseguir na leitura sobre suas ideias e como aplicá-las em seu negócio.
Quem é Michael Porter?
Nascido no estado de Michigan, Estados Unidos, em 1947, o professor Michael Porter se notabilizou desde a publicação de seu artigo “As cinco forças competitivas que moldam a estratégia”, em 1979, na Harvard Business Review.
Dá para dizer que, depois dessa obra, o mercado nunca mais seria o mesmo.
Como veremos mais à frente, a aplicação do esquema proposto pela sua teoria se tornou fundamental dentro do planejamento estratégico de empresas de todos os segmentos.
Embora não seja unanimidade, como toda teoria com base científica, o fato é que há mais casos bem-sucedidos do que fracassos em decorrência da sua implementação.
Para entender melhor, precisamos considerar aquele que é o elemento mais imprevisível para todo empreendedor: o mercado.
Então, vamos desvendar as tais 5 Forças de Porter?
O que são as 5 Forças de Porter?
As 5 Forças de Porter são um instrumento que serve para referenciar a sua empresa em um contexto de competição.
Trata-se de um modelo que leva em conta os principais aspectos que ajudam a estabelecer a sua posição no mercado.
São eles:
Rivalidade existente entre os concorrentes
Poder de negociação dos fornecedores
Poder de negociação dos clientes
Ameaça gerada pela entrada de novos concorrentes
Ameaça gerada por possíveis novos produtos ou serviços.
Dessa forma, a teoria gira em torno de uma espécie de reconhecimento do território.
Em outras palavras, é como se estivéssemos falando de uma festa.
Antes de ir, você sempre procura saber que roupa usar, como se comportar e de que forma se dirigir às pessoas que lá estarão, não é mesmo?
Mais ou menos nessa linha, a ferramenta funciona como um referencial para você saber como é o mercado no qual deseja competir.
Serve, portanto, para avaliar a força de seus concorrentes e os possíveis riscos envolvidos ao entrar na disputa por clientes em um cenário até então pouco conhecido.
Será que seu negócio está inserido em um espaço altamente disputado?
Há margem para se aproximar de parceiros e clientes?
E suas soluções, quão ameaçadas estão nesse contexto?
Essas e outras questões são abordadas pela teoria, que tem total relação com a competitividade do mercado.
O que é a competitividade do mercado?
Então, você há de concordar que não se pode ter bons resultados dependendo da sorte, certo?
É justamente essa incerteza que as 5 Forças de Porter buscam minimizar.
Por isso, elas servem como suporte para que você saiba:
Se o investimento nesse mercado é viável
As possibilidades de lucro que um mercado apresenta
A partir dessas premissas, o eminente professor Porter sugere que o seu grau de competitividade aumenta em proporção às cinco forças avaliadas em seu esquema.
Ou seja, é por elas que você deverá orientar suas estratégias, sem deixar de considerar também suas forças e fraquezas internas, como sugere a também consagrada análise SWOT.
A importância das cinco forças de Porter
Quero destacar que essa ferramenta se destina a todo e qualquer tipo de empresa.
Da gigante transnacional até o negócio por conta própria iniciado por necessidade, todo empreendedor pode se beneficiar de sua aplicação.
Afinal, trata-se de um arranjo relativamente simples e que fornece respostas conclusivas.
Dessa forma, suas decisões enquanto gestor se tornam melhor embasadas.
Você não só antecipa riscos, como se coloca em condições de competir ou mesmo de buscar outros caminhos, se a análise revelar que o mercado em questão é inviável.
Se vê esse movimento como necessário para a empresa, saiba que não está sozinho.
Um estudo realizado pela empresa Conductor junto a profissionais de marketing apurou que 74% deles concordam que a análise competitiva é importante ou muito importante.
Por outro lado, 57% admitiram dificuldades para integrar as informações obtidas à estratégia.
Isso significa dizer que, sim, seu negócio se favorece do reconhecimento do mercado.
E também que, se há dificuldades para colocar essa ideia em prática, não é preciso tentar reinventar a roda. Por que não usar o que já existe e funciona bem?
É aí que entra a teoria das 5 Forças de Porter.
No próximo tópico, vou mostrar como ela funciona.
Como funcionam as 5 Forças de Porter?
Para aplicar o modelo proposto por Porter à sua realidade, você vai precisar de um trabalho de pesquisa.
É dessa forma que vai atender à análise de cada uma das cinco forças, o que vai determinar o quão capacitado o seu negócio está para encarar o cenário.
Embora seja livre para determinar seus limites, é fato que, quanto mais minucioso for o seu trabalho nessa fase, mais eficaz será a ferramenta.
Particularmente, vejo essa como a parte mais legal da teoria.
A partir dos pontos que ela levanta, sei por onde começar uma estratégia que me leve a uma condição diferenciada no mercado.
Isso não seria possível se eu começasse na base do improviso, sem método, sem planejamento.
Além disso, é uma oportunidade de aprender muito bem-vinda, já que a análise dos concorrentes não deixa de ser um atalho para o crescimento, como destaquei antes.
Por isso, o funcionamento das 5 Forças de Porter se baseia na formulação das perguntas certas.
Veja exemplos:
Como é a rivalidade entre os concorrentes? Trata-se de um mercado muito disputado?
Qual o poder de barganha dos clientes? Este mercado possui um público amplo ou limitado?
Qual o poder de barganha dos fornecedores? Há opções de qualidade e em quantidade?
Como frear a entrada de novos concorrentes? Que tipo de barreiras estão ao seu alcance?
Quais produtos podem substituir o que a empresa vende? O quão inovadora a sua solução é na comparação com o que o mercado oferece?
As respostas devem dizer exatamente o que você precisa saber sobre seu negócio e o mercado no qual está inserido.
A estratégia das cinco forças de Porter
Todo competidor representa uma ameaça a seus lucros.
Esse é um paradigma conhecido por todos os empresários.
Do trabalhador ambulante até o CEO de uma mega corporação, não há quem ignore esse fato.
Por mais que seu produto ou serviço seja inovador, em algum momento, ele será replicado ou algum concorrente entrará no mercado com uma novidade que o fará perder força.
É disso que trata a teoria das 5 Forças de Porter em sentido amplo.
Entender e prever o impacto que o mercado e os concorrentes têm e podem vir a ter sobre seu empreendimento.
Vamos agora nos aprofundar em cada uma das forças para que fique ainda mais claro para você.
Rivalidade entre concorrentes
O quesito “Rivalidade entre concorrentes” trata dos níveis de competitividade que o mercado apresenta.
Isso significa que ele pode ser mais ou menos competitivo.
Para mercados nos quais a competição é elevada, os esforços precisam ser proporcionais.
Em contrapartida, o retorno tende a ser maior se os investimentos forem direcionados de maneira correta.
Já os mercados pouco competitivos tendem a ser fáceis de entrar, mas, por sua vez, oferecem possibilidades menores de lucro.
Poder de barganha dos fornecedores
Qual o nível de dependência que seu negócio tem de fornecedores?
Será que você adquire insumos ou mercadorias para revenda com parceiros instáveis?
Esse é o foco desta segunda força de mercado.
Ao se debruçar sobre ela, você pode entender melhor o quanto seu negócio está nas mãos de terceiros.
Por isso, é altamente recomendável ter uma variedade de fornecedores e parceiros comerciais que reduzam sua dependência ao máximo.
Ter um plano B é sempre recomendável.
Ameaça de produtos substitutos
A concorrência pode não se materializar de forma direta.
Isso significa que produtos ou serviços que não sejam similares aos que você vende podem sim, tirar uma fatia do seu mercado.
Os concorrentes indiretos são aqueles que disputam o mesmo público que o seu, embora atuem em segmentos diferentes.
Quer um exemplo?
Pense em todos os produtos voltados a bebês, como papinhas, leites especiais e fraldas.
Quem fabrica fraldas deve se preocupar apenas com empresas o mesmo modelo de negócio, ignorando outras necessidades do seu público? Certamente, não.
É esse o tipo de força que deve ser identificada nesse item.
Basta olhar para o seu mercado e observar que exemplos não faltam.
Se a sua empresa vende água mineral, mas um cliente prefere matar a sede bebendo refrigerante, então, temos um caso de um bem substituindo outro.
O mesmo se aplica aos smartphones e tablets, que tomam o lugar dos computadores de mesa.
Ameaças de novos entrantes
Em tempos de revolução disruptiva, a ameaça de novos entrantes é uma das que mais ganham relevância dentro da teoria do professor Michael Porter.
No mercado de tecnologia, por exemplo, talvez as grandes empresas se preocupem mais com aquela inovação que vem de uma startup do que das que vêm das concorrentes.
Lembre-se do que o Uber fez com o segmento de táxis. Ou o que a Airbnb provocou na indústria hoteleira.
Novos entrantes que chegaram com uma proposta totalmente inovadora, para a qual as empresas que já atuavam não souberam como responder.
Pelo menos em uma etapa inicial, é o que se verifica.
Será que seu negócio está sujeito a essa ameaça?
Poder de barganha dos clientes
Há também outra força, a qual considero particularmente interessante.
O poder de negociação dos clientes diz muito sobre um mercado.
Basicamente, trata-se do conhecido ajuste entre oferta e demanda.
Quando há muitas empresas no mercado e menos clientes, a tendência aponta para um poder de decisão e de barganha maior do consumidor.
Do contrário, quando muitos clientes são atendidos por poucas empresas, então, a relação de inverte.
No seu mercado, há mais empresas para poucos clientes ou a realidade é oposta?
Uma nova força para se diferenciar da concorrência
Há ainda quem considere uma sexta força no mercado pela perspectiva de Porter, a capacidade de empresas complementares de se aliar.
Particularmente, acredito que essa é uma possibilidade que deve ser observada com a maior atenção.
Isso porque ela trata de uma das questões mais importantes do marketing: a distribuição.
É a esse tipo de aliança que a suposta sexta força se refere.
Imagine que você vende bebidas.
Se o seu concorrente fornece para dez bares de uma região e você para apenas dois, quem está melhor posicionado nesse mercado?
Ou seja, ele cuidou de fazer mais alianças do que você e isso exerce forte impacto nas vendas.
Tipos de Estratégias
A partir da análise da concorrência e do mercado, você deve ser capaz de aplicar as soluções propostas pelas 5 Forças de Porter.
Veja quais são elas.
1. Liderança total em custos
Nessa estratégia, sua empresa pode aumentar sua cota de mercado, reduzindo preços ou custos, o que provoca impactos na margem de lucro.
2. Diferenciação
Aqui, a estratégia consiste em diferenciar o produto ou serviço daquilo que o concorrente oferece, investindo em desenvolvimento e novos meios de fabricação ou prestação.
3. Foco
Aumentar o foco, no sentido estratégico, significa acertar em cheio o seu nicho de mercado, reduzindo a força dos concorrentes conforme apontam as cinco forças avaliadas.
Como aplicar as forças de Porter no seu negócio na prática?
Claro que, na teoria, é muito mais simples falar do que fazer.
O desafio mesmo é colocar em prática as soluções apresentadas depois de analisar o mercado em questão.
Por isso, o primeiro passo a ser dado é formar um planejamento que dê conta da realização das estratégias propostas.
Sua empresa decidiu que quer aumentar sua cota de mercado reduzindo os preços? Ótimo!
Mas será que você está antecipando os custos gerados por uma demanda que talvez não saiba como suprir?
Ou, ainda, seu estoque está preparado para abastecer um público que certamente chegará ávido por consumir barato?
Sendo assim, ao adotar as estratégias sugeridas, comece fazendo o dever de casa.
Planeje, antecipe possíveis problemas, mapeie os custos e observe se você realmente tem o preparo e estrutura para competir em novas condições.
3 Exemplos das 5 Forças de Porter em ação
Grandes empresas aplicam muito bem as 5 Forças de Porter e isso dá a seus gestores uma visão extremamente clara do mercado no qual estão inseridas.
O resultado é que elas dificilmente perdem espaço, a não ser em casos pontuais.
Mesmo assim, essas ameaças são a exceção que confirmam a regra.
Vale destacar que cada uma das cinco forças da teoria de Porter pode ser desmembrada em diversos outros itens que compõem uma análise aprofundada.
Todas podem ser conhecidas pela leitura da obra completa.
Agora, conheça brevemente o que três gigantes em seus segmentos identificaram com a ferramenta.
1. Coca-Cola
Pela aplicação das 5 Forças de Porter, a Coca-Cola é capaz de se situar no mercado brasileiro de forma bastante realista.
Um exemplo disso é a identificação do guaraná Dolly como um concorrente local, já que a marca tem forte penetração no estado de São Paulo.
Outro aspecto interessante é em relação aos substitutos.
Para a gigante das bebidas, hoje, produtos como o suco Del Valle, por exemplo, podem ser apontados como substitutos ao refrigerante.
2. Ambev
Já a distribuidora Ambev, ao aplicar as 5 Forças de Porter, chegou à conclusão de que a sua enorme fatia de mercado permite ditar os preços.
Ou seja, a partir do que a Ambev determina, os concorrentes devem ajustar os valores junto ao cliente final – isso se quiserem permanecer competitivos.
Talvez um ponto fraco, por incrível que pareça, esteja no poder de barganha dos consumidores.
Como a quantidade de marcas no mercado de bebidas é realmente muito grande, então, é muito fácil para um comprador substituir marcas, o que dificulta a fidelização.
3. Apple
Se Coca-Cola e Ambev navegam praticamente um “Oceano Azul”, o mesmo não se pode dizer da Apple.
A marca fundada por Steve Jobs precisa lidar com muitas forças externas que reduzem seus lucros, como a pirataria e a popularização de aparelhos com sistema Android, seu principal concorrente.
No entanto, a Apple ainda reina soberana no segmento de tablets com o seu iPad, embora já tenha perdido uma fatia expressiva desse mercado.
Conclusão
As 5 Forças de Porter são ou não uma ferramenta de grande utilidade?
Você viu neste artigo que nem mesmo empresas já consolidadas nos seus mercados deixam de recorrer a essa ferramenta para se manterem competitivas.
Essas informações podem ser levantadas a partir da poderosa ferramenta que conheceu no artigo, aplicando à sua realidade.
Então, qual das forças de Porter se mostra a mais desafiadora para a sua empresa? Deixe seu comentário!
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