sexta-feira, 12 de março de 2021

ESTADOS UNIDOS PRETENDEM DOAR VACINAS PARA O BRASIL CONTRA O COVID-19

 

Governo Biden estuda enviar vacina da AstraZeneca para outros países, inclusive o Brasil, diz NYT

Vacina não foi liberada para uso no país, que armazena 30 milhões de doses; o próprio laboratório tenta viabilizar doações para outras regiões do mundo

The New York Times, O Estado de S.Paulo

WASHINGTON – Funcionários do governo americano discutem internamente a possibilidade de repassar a outros países, incluindo o Brasil, milhões de doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca.

O imunizante ainda não recebeu autorização para uso emergencial dentro dos EUA, e, segundo o The New York Times, a possibilidade já é considerada pelas autoridades locais – e a própria AstraZeneca está incluída nas conversas.

“Nós entendemos que outros governos entraram em contato com o governo americano para falar sobre a doação das doses da AstraZeneca, e pedimos ao governo americano para que considere esses pedidos”, afirmou ao jornal americano Gonzalo Viña, porta-voz do laboratório.

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Cerca de 30 milhões de doses estão engarrafadas em uma unidade da AstraZeneca em Ohio, nos Estado Unidos. Foto: Miguel Medina/AFP

Os EUA já possuem 30 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, hoje armazenadas em um depósito no estado de Ohio, mas elas ainda não podem chegar aos braços dos americanos porque o laboratório não terminou os testes da fase 3 nos Estados Unidos e por isso não fez o pedido de uso emergencial à FDA, agência responsável por autorizar medicamentos no país.

Por outro lado, a vacina já foi liberada por cerca de 70 países, incluindo o Brasil, o Reino Unido e a União Europeia, onde há problemas no fornecimento das doses.

Segundo o The New York Times, o governo americano rejeitou os pedidos feitos até agora, mas Viña garante que as conversas estão em andamento.

Um dos fatores que podem travar as doações é o plano do governo dos EUA para intensificar o ritmo de vacinação no país. Segundo o presidente Joe Biden, até meados de maio o plano é ter doses suficientes para toda a população acima de 18 anos – nesta quinta, em discurso, o presidente instruiu os estados a liberarem as vacinas a todos adultos a partir do dia 1º de maio. Mas a AstraZeneca afirma que, caso as doses sejam repassadas, não haverá prejuízo aos americanos.

Doação de vacinas para o Brasil

Dezenas de milhões de doses da vacina contra o coronavírus produzida pela empresa sueco-britânica AstraZeneca estão paradas em fábricas americanas, aguardando os resultados de seu ensaio clínico nos Estados Unidos, enquanto os países que autorizaram seu uso imploram por acesso.

O destino dessas doses da vacina da AstraZeneca é o assunto de um intenso debate entre a Casa Branca e funcionários federais de saúde, com alguns argumentando que o governo deveria deixá-los ir para o exterior, onde são desesperadamente necessários, enquanto outros não estão prontos para abandoná-los, de acordo com o sênior funcionários da administração. A AstraZeneca está envolvida nessas conversas.

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Presidente Joe Biden em seu primeiro discurso solene em horário nobre fala sobre os avanços no combate ao coronavírus nos EUA  Foto: Doug Mills/The New York Times

As cerca de 30 milhões de doses são atualmente engarrafadas nas instalações da AstraZeneca em West Chester, Ohio, que lida com “acabamento de preenchimento”, a fase final do processo de fabricação durante a qual a vacina é colocada em frascos, disse um funcionário com conhecimento do estoque.

A Emergent BioSolutions, uma empresa em Maryland que a AstraZeneca contratou para fabricar sua vacina nos Estados Unidos, também produziu vacina suficiente em Baltimore para dezenas de milhões de doses a mais, uma vez que é colocada em frascos e embalada, disse o oficial.

Algumas autoridades federais pressionaram a Casa Branca a tomar uma decisão nas próximas semanas. Autoridades discutiram o envio de doses para o Brasil, que foi duramente atingido pelo agravamento da crise do coronavírus, ou para a União Europeia ou para o Reino Unido.

“Se essas ações de doação continuarem, buscaremos orientação do governo dos EUA sobre a substituição de doses para uso nos EUA”, disse Viña. A Casa Branca não respondeu a um pedido do NYT de comentário.

A hesitação do governo está, pelo menos em parte, relacionada às incertezas com o fornecimento da vacina dentro do país. A produção de vacinas é notoriamente complexa e delicada, e problemas como o crescimento de fungos podem interromper o progresso da vacinação.

Problema da vacina da AstraZeneca nos EUA

Em maio passado, o governo Trump prometeu até US$ 1,2 bilhão à AstraZeneca para financiar o desenvolvimento e a fabricação de sua vacina em parceria com a Universidade de Oxford, e para fornecer aos Estados Unidos 300 milhões de doses se ela se mostrasse eficaz. Autoridades federais e especialistas em saúde pública no ano passado consideraram a vacina, que é mais barata e mais fácil de armazenar por longos períodos do que algumas outras vacinas, como uma das primeiras a receber autorização.

Isso nunca aconteceu, em parte por causa de um padrão de erros de comunicação da AstraZeneca que enfraqueceu o relacionamento da empresa com os reguladores americanos e retardou o desenvolvimento da vacina. No fim do ano passado, o teste da AstraZeneca nos Estados Unidos foi suspenso por quase sete semanas porque a empresa demorou a fornecer ao FDA evidências de que a vacina não causou efeitos colaterais neurológicos graves em dois voluntários.

A empresa agora está lutando contra outro susto. Agindo por precaução, as autoridades de saúde da Dinamarca, Noruega e Islândia suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca na quinta-feira, após vários relatos em todo o continente de coágulos sanguíneos graves.

Uma autoridade europeia e a empresa disseram não haver evidências de qualquer relação entre a vacina e os coágulos. Na grande maioria dos casos, o surgimento de tais condições médicas não tem nada a ver com a vacina. Espera-se que algumas pessoas adoeçam por acaso após serem vacinadas, como aconteceria com qualquer grupo de pessoas.

A AstraZeneca também encontrou outros problemas com o lançamento da vacina. A escassez de oferta alimentou tensões com as autoridades europeias. Algumas pessoas na Alemanha e em outros países hesitaram em tomar a vacina, por medo de que seja de segunda classe por causa de sua eficácia geral mais baixa em testes clínicos em comparação com a vacina da Pfizer. A África do Sul suspendeu no mês passado seus planos de introduzir a vacina depois que um pequeno ensaio clínico descobriu que a vacina não parecia ser eficaz contra a variante sul-africana.

Nos Estados Unidos, a administração Biden tenta agir rápido para solicitar mais suprimentos das três vacinas autorizadas pelo F.D.A, o que afastou ainda mais a vacina da AstraZeneca. Os Estados Unidos podem nunca precisar das doses de AstraZeneca se elas forem liberadas para uso em emergência.

“Se tivermos um excedente, vamos compartilhá-lo com o resto do mundo”, disse Biden a repórteres na quarta-feira, falando em geral sobre o suprimento de vacinas dos EUA. “Vamos começar garantindo que os americanos sejam atendidos primeiro.”

A Johnson & Johnson, que tem autorização para sua vacina nos Estados Unidos, mas ficou para trás em suas metas de produção tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, recentemente pediu aos Estados Unidos que emprestassem 10 milhões de doses à União Europeia, mas o governo Biden também negou esse pedido, de acordo com autoridades americanas e europeias.

quinta-feira, 11 de março de 2021

EMENDAS PARLAMENTARES TRIPLICAM SEM CRITÉRIOS

 

Emendas parlamentares ‘sem carimbo’ triplicam e chegam a R$ 2 bilhões

Tipo de repasse não passa por órgãos técnicos dos ministérios nem por fiscalização do TCU; em 2020 foram R$ 621 milhões

Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Deputados e senadores indicaram quase R$ 2 bilhões em emendas parlamentares para repasse direto a Estados e municípios neste ano, sem intermediação dos ministérios nem pente-fino do Tribunal de Contas da União (TCU). O volume das chamadas emendas sem carimbo é três vezes maior do que o indicado em 2020, quando foram pagas pela primeira vez. 

Com a transferência direta, prefeitos e governadores podem usar o recurso em qualquer área, sem prestar contas no momento do repasse, diferentemente do que ocorre com outros tipos de emendas, carimbadas para projetos específicos. A fiscalização das transferências especiais caberá aos tribunais locais. 

Emendas parlamentares são recursos indicados todos os anos por deputados e senadores no orçamento da União e é usado por eles como ferramenta para aumentar o cacife político em seus redutos eleitorais. O pagamento é obrigatório, mas o momento da liberação é negociado com o Executivo, e serve como moeda de troca por votos em projetos de interesse do governo no Congresso.

Em 2020, essas emendas totalizaram R$ 621,2 milhões e, neste ano, ficarão em R$ 1,979 bilhão, conforme proposto pelos parlamentares no projeto de Lei Orçamentária (LOA). A proposta deve ser votada no Congresso até o próximo dia 24. 

Câmara
Vista do plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO (27/1/2021)

O argumento dos congressistas para escolher esse tipo de emenda é a rapidez para a chegada da verba em obras e projetos de interesse nos redutos eleitorais. Como não passam por ministérios nem precisam de atestado técnico de órgãos como a Caixa Econômica Federal, o risco de o recurso ficar “pendurado” e atrasar é menor, afirmam.

Das emendas empenhadas nos últimos seis anos, por exemplo, R$ 28,6 bilhões ainda não foram pagos. No caso das transferências especiais, tudo foi pago no mesmo ano, o que ampliou a adesão do Congresso a esse tipo de indicação. 

“Antes, se a obra dependia da Caixa, eram seis anos até receber o recurso. Tinha prefeito que não via a obra acontecer. Hoje, a gente manda e ele faz em sete meses”, afirmou o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), que indicou R$ 7,5 milhões para o Ceará nessa modalidade. “A fiscalização na ponta é tão eficiente quanto na esfera federal. Talvez até melhor, porque os órgãos estão próximos de quem está executando a obra.”

As transferências especiais são autorizadas para emendas individuais, aquelas indicadas por cada deputado e senador no Orçamento. Uma mudança na Constituição, em dezembro de 2019, permitiu esse recurso no Orçamento para os anos seguintes. Agora, o Congresso avalia ampliar o modelo sem carimbo para aquelas indicadas coletivamente por parlamentares de um mesmo Estado. Não há consenso, porém, sobre essa ampliação porque parlamentares de oposição aos governadores de seus Estados resistem a repassar recurso livre às administrações estaduais.

O primeiro ano das emendas sem carimbo, em 2020, serviu como um teste, na avaliação dos parlamentares. Vendo os recursos chegarem com mais rapidez em relação às outras indicações, a adesão aumentou. “Realmente, só conseguirei verificar o exato uso na prestação de contas, mas espero que o dinheiro público chegue o quanto antes a quem precisa”, disse o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor de R$ 1,980 milhão em emendas sem carimbo. 

Transferências de 2020 ainda não foram fiscalizadas

O Tribunal de Contas da União (TCU), que fiscaliza as contas do governo federal, e o Ministério da Economia, responsável pelas transferências indicadas pelos parlamentares, ainda não verificaram onde foi gasto o dinheiro repassado por meio de emendas especiais, sem carimbo, no ano passado, quando houve eleições municipais. 

As transferências especiais, segundo o TCU, ainda não foram tratadas em nenhum processo específico, mas serão contempladas na análise das contas do presidente Jair Bolsonaro, a ser enviada ao Congresso em junho. Na prática, porém, a fiscalização depende da prestação de contas feitas por Estados e municípios. “Como o controle do atendimento dessas condições fica a cargo do governo local, a prestação de contas pelo ente beneficiário torna-se crucial na verificação e na fiscalização do cumprimento da legislação”, disse o TCU. 

Em resposta ao Estadão, o Ministério da Economia classificou esse tipo de emenda como um “marco inovador, uma vez que essa nova modalidade proporciona mais simplicidade na transferência desses recursos”. A pasta criou uma plataforma na internet para acompanhar os repasses para prefeitos e governadores – eles não são obrigados, porém, a prestar contas de como gastaram o dinheiro nesse portal. “O acompanhamento da execução desses recursos deve ser realizado pelos órgãos de controle competentes, como os Tribunais de Contas Estaduais e Municipais.”

Pela Constituição, as emendas sem carimbo passam a pertencer aos municípios e Estados no momento da transferência. Pelo menos 70% precisam ser aplicados em investimentos e não podem entrar na conta de arrecadação a ponto de aumentar as despesas com o pagamento de servidores. Quem recebe pode aplicar o recurso onde quiser, o que é criticado por órgãos de controle por representar um “cheque em branco”. 

“Nunca acompanhei prestação de contas. Isso é feito pelos prefeitos para os tribunais. É uma novidade muito recente”, afirmou o deputado Júlio Cesar (PSD-PI), que colocou R$ 6,1 milhões em emendas livres para municípios do Piauí.

RESGATE ECONÔMICO DOS EUA BENEFICIA OS POBRES

 

Resgate econômico nos EUA se transforma em combate à pobreza, leia a análise

Projeto de Biden reduz a pobreza, de acordo com vários estudos, mas apenas por um ano, porque a maioria de suas provisões expira em 2021

Erica Werner / The Washington Post , O Estado de S.Paulo

No início, os democratas descreviam o pacote de estímulo como resposta a uma emergência econômica. Mas a linguagem mudou para algo diferente: uma medida contra a pobreza. O deputado Ro Khanna chamou o projeto de “uma revolução ideológica em nome da justiça”. Outros democratas, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, descreveram a ajuda como mais impactante que o Obamacare

As declarações corroboram as reclamações do Partido Republicano, de que o projeto trata mais de velhas prioridades progressistas do que ataca a crise econômica, que para muitos já estaria no fim. O esforço democrata, porém, levanta novas questões sobre o pacote, que é composto por ações únicas e de curto prazo que não promovem mudanças estruturais – a menos que as medidas sejam transformadas em permanentes.

O projeto de Biden reduz a pobreza, de acordo com vários estudos, mas apenas por um ano, porque a maioria de suas provisões expira em 2021. Os democratas pressionam para tornar definitivo alguns benefícios, mas encontrarão um Senado dividido. Os republicanos se queixam, chamando o pacote de uma “tentativa egoísta de endividar a próxima geração de americanos”. 

EUA - pacote econômico
Deputada Nancy Pelosi (E) e senador Chuck Schumer: democratas celebram aprovação do plano de estímulo financeiro sem um único voto do Partido Republicano  Foto: Jim Lo Scalzo/EFE

Ainda assim, os democratas não escondiam a satisfação com a aprovação do pacote, muito popular até entre os eleitores republicanos – embora não tenha obtido um único voto de um deputado do partido. A ajuda deve reduzir a taxa de pobreza de 12,3% para 8,3%, o que significa tirar 12 milhões de pessoas da miséria, segundo pesquisa liderada por Zachary Parolin, da Universidade Columbia.

O impacto vem de três dispositivos: benefícios para desempregados, pagamentos de US$ 1.400 por pessoa e crédito fiscal para famílias. Essas políticas representam um aumento de 20% na renda anual dos 25% de americanos mais pobres, segundo o Tax Policy Center. Algumas famílias receberão mais de US$ 10 mil em benefícios.

O tempo dirá se os democratas apostaram certo ou se enfrentarão a revolta da população, como preveem os republicanos. Por enquanto, os democratas argumentam que estão agindo para restaurar a fé na capacidade do governo de ajudar a população, mesmo que mudanças de longo prazo não ocorram. Após anos de frustração por não aprovar nada relevante na Câmara, eles acreditam que o sucesso do pacote será recompensado com votos nas urnas. 

*É JORNALISTA

RESTRIÇÕES SÃO NA VERDADE OPORTUNIDADES ESCONDIDAS

 

Porque as restrições são na verdade oportunidades: onde colocamos nosso foco faz toda a diferença

Por Kristen Cox*

Em seu livro “A Síndrome do Palheiro”, o Dr. Eli Goldratt escreveu: “identificar uma restrição significa que já temos uma apreciação sobre a magnitude de seu impacto no desempenho geral. Caso contrário, poderíamos também acabar com algumas trivialidades na lista de restrições; ou como eu os chamo, alguns choopchiks”.

O termo “choopchick” tornou-se, de alguma forma, onipresente entre os praticantes da Teoria da Restrição (Theory of Constraints – TOC). Essencialmente, é um termo hebraico informal para um artefato e, muitas vezes, se aplica ao dispositivo em um bule que produz o apito. Nas comunidades de melhoria de processo, choopchicks são aquelas coisas que nos fazem perder tempo e esforço. Portanto, o apito do bule faz muito barulho, atrai a atenção, mas não contribui para o aroma ou sabor do chá. Em geral, choopchick denota tempo de concentração e energia em atividades triviais ou insignificantes que nos distraem de se concentrar na “restrição” ou atividade que gerará os maiores ganhos em melhoria.

Por exemplo, um investidor pode ter duas contas: uma para um total de US$ 1.000 e outra para US$ 100.000. Com tempo limitado, o investidor pode acompanhar de perto e atender apenas uma das contas. Embora seja desejável obter um retorno sobre ambos os investimentos, os maiores benefícios obviamente virão do incentivo à conta com US$ 100.000. Assim como os investidores gastam mais tempo e atenção nos investimentos que gerarão maior retorno, as organizações devem concentrar tempo, atenção e dinheiro nas atividades que farão o mesmo.

Em contraste, quando entendemos qual é a real restrição em uma organização, podemos concentrar nosso escasso tempo e atenção na área que produzirá o maior impacto. As restrições são simplesmente oportunidades ocultas. Se aprendermos a descobri-las e, então, tirar vantagem delas, elas podem se tornar nossas melhores aliadas. A disciplina de não tentar melhorar tudo, mas incansavelmente concentrar-se em melhorar a restrição, é uma diferença fundamental entre a Teoria das Restrições (TOC) e muitas outras práticas – mas é transformadora.

Concentrar-se na restrição pode ser difícil porque as ideias “boas” são abundantes. A oportunidade de melhorar existe em toda parte em nossas organizações. No governo, os choopchiks estão por toda parte. Embora seja fácil obter uma lista de ideias para melhorar, o truque é identificar em quais investir tempo e energia. Às vezes, os choopchicks são camuflados em ideias que não necessariamente são ruins, mas que têm um alto custo de oportunidade. Uma ideia “boa” pode acabar sendo inimiga do melhor uso do tempo e do dinheiro.

As premissas nas quais baseamos nossas decisões operacionais contribuem diretamente para a maneira como o tempo e os recursos são gastos. A seguir, cinco premissas que podem ajudar a gerência a buscar choopchicks em vez das atividades que mais influenciam o sucesso organizacional:

1) Automação é uma bala de prata

Gastar dinheiro e tempo automatizando serviços ineficientes gera implementação de software e hardware caros. Um foco mais crítico deve ser primeiro melhorar o processo e depois automatizar apenas o que realmente beneficiará o sistema.

2) Todas as melhorias são equivalentes

Desperdício e oportunidades de melhoria existem em toda parte em uma organização. Saber o que focar e o que não focar é um dos insights mais críticos que a gerência deve colocar na mesa. Ao procurar uma nova ideia ou estratégia, o gestor deve perguntar sobre o custo de oportunidade. O que a organização não pode fazer colocando tempo e recursos nessa atividade? O investimento trará os maiores ganhos para o cliente e o contribuinte de imposto?

3) Todas as despesas são iguais

Concentrar-se em pequenas categorias de despesas, em comparação com a compreensão do custo total necessário para fornecer um serviço de qualidade, pode induzir em erro o gerenciamento e desviar tempo e energia limitados. O custo de fazer negócios e fornecer serviços é relativo e só faz sentido quando é considerado quanto a organização pode realmente fazer e a qualidade do serviço prestado. As organizações podem acabar gastando muito tempo para economizar alguns centavos apenas para perceber que eles levaram dólares para fazê-lo.

4) Todos os dados são importantes

Capturar, rastrear e relatar dados que têm pouco ou nenhum valor consomem recursos e criam trabalho. Uma organização pode criar uma grande quantidade de dados e ainda ter poucas informações para gerenciar estrategicamente. Os dados devem esclarecer a tomada de decisão, não confundi-la. As organizações devem garantir que o gerenciamento de dados esteja alinhado com as questões críticas necessárias para mover a agulha e operar de maneira mais eficaz.

5) Não existem indicadores demais

As medições afetam o comportamento organizacional. Muitos indicadores podem enviar mensagens conflitantes à equipe e podem promover a otimização local, a prática de melhorar algo localmente às custas do desempenho geral do sistema. As métricas dizem à gerência quando e onde intervir. Muitos indicadores podem fornecer muitos sinais enganosos e podem desperdiçar tempo e atenção gerencial. Da mesma forma, se os indicadores são irrelevantes ou de menor importância, tempo e atenção críticos ainda podem ser desperdiçados.

Evitar os “choopchicks” e manter o foco nas atividades que produzem mais alavancagem é um aspecto fundamental do processo de melhoria de desempenho do SUCCESS Framework do Estado de Utah.

*Kristen Cox é diretora executiva do Escritório de Administração e Orçamento do Governador de Utah (EUA), coautora do livro “Stop Decorating the Fish”e ganhadora do prêmio de melhor gestora pública dos EUA em 2016.

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MINISTRO GILMAR MENDES É CRITICADO PELA ASSOCIAÇÃO DE JUÍZES

 


Associação de juízes rebate Gilmar após críticas à Justiça Federal

Ajufe diz considerar ataques inadmissíveis. Ministro do STF votou pela suspeição de Moro em julgamento envolvendo Lula

Ministro Gilmar Mendes preside sessão da 2ª turma realizada por videoconferência

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) rebateu, nesta quarta-feira (10), as críticas do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre a Justiça Federal. Na terça-feira (9), em julgamento sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro em processo em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilmar afirmou que as supostas irregularidades da Operação Lava Jato são a “maior crise que já se abateu sobre a Justiça Federal do Brasil desde a sua fundação”.

A Ajufe afirmou, por meio de nota, que reitera “seu compromisso com a defesa intransigente da independência judicial e do livre convencimento dos magistrados em todas as suas decisões” e que “eventuais equívocos ocorridos durante a tramitação de qualquer processo judicial podem ser resolvidos por meio do sistema recursal vigente”.

A entidade disse considerar “inadmissível que a instituição Justiça Federal seja atacada de forma “genérica e agressiva por qualquer pessoa”, sobretudo por um ministro do Supremo
Tribunal Federal em uma sessão de julgamento da corte. “Nosso trabalho é
reconhecido e respeitado por toda a sociedade brasileira pela seriedade, eficiência
e correção”, afirmou.

A entidade também se manifestou sobre crítica indireta feita por Gilmar ao juíz Marcelo Brettas ao citar a 7ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, comandado pelo magistrado. Gilmar afirmou não saber ainda como não veio à tona escândalo envolvendo essa divisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e afirmou que lá ocorrem coisas de “corar frade de pedra”.

A Ajufe disse não concordar com “ilações desprovidas de qualquer elemento de prova contra juízes federais que atuam em outros processos, estranhos ao que estava sendo analisado pela 2ª Turma da Suprema Corte. Desferir críticas infundadas somente afrontam o equilíbrio das instituições e atentam contra a segurança jurídica”, disse.

Outra entidade a se manifestar foi a Apajufe (Associação Paranaense dos Juízes Federais), que manifestou apoio ao trabalho desenvolvido com pelos juízes federais, desembargadores e ministros que atuaram e atuam na Lava Jato. “É inconcebível, em um estado democrático de direito, que um ministro da Corte de maior hierarquia do Judiciário, ao julgar a suspeição de um magistrado, ataque a instituição da Justiça Federal como um todo. Como refere o próprio Ministro: ´é preciso dizer que todo atentado a qualquer instituição democrática é um atentado à democracia'”.

NECESSÁRIO TER ALTERNATIVA DE CANDIDATOS PARA PRESIDENCIA DA REPÚBLICA

 

A necessária alternativa para o caos

Para enfrentar Lula e Bolsonaro, as lideranças precisam se organizar para construir, já, uma candidatura capaz de sensibilizar o eleitorado

Notas&Informações, O Estado de S.Paulo

Lula da Silva e Jair Bolsonaro nunca desceram do palanque. O petista, nem quando esteve preso; o presidente, nem diante de uma pilha de mortos. Logo, os dois saem em considerável vantagem na disputa eleitoral de 2022, cuja campanha, totalmente fora de hora, começou no exato instante em que saiu o resultado da eleição de 2018.

Para enfrentá-los – e evitar que o País tenha que encarar no mínimo mais quatro anos de pesadelo –, as lideranças políticas, sociais e empresariais interessadas na democracia precisam urgentemente se organizar para construir, já, uma candidatura capaz de sensibilizar o eleitorado, em especial a parte – seguramente majoritária – que está farta da briga de rua em que se transformou a política brasileira nos últimos tempos.

Esse objetivo, que nada tem de trivial, implica necessariamente que as forças do centro democrático sejam capazes de deixar as vaidades de lado e costurar uma candidatura única. No atual cenário, quando há quatro ou cinco possíveis candidatos desse campo para disputar uma eleição, é porque não há nenhum.

Algo, contudo, parece ter se movido, especialmente depois que, por uma espantosa decisão judicial, o chefão petista Lula da Silva recuperou seus direitos políticos e deve ser candidato em 2022.

Em entrevista ao Estado, o governador de São Paulo, João Doria, que trabalha há tempos para se candidatar à Presidência pelo PSDB, disse que “nada deve ser excluído”, ao ser questionado sobre a possibilidade de seu partido apoiar um candidato de outra legenda. “Uma aliança pelo Brasil não pode estabelecer prerrogativas de nomes”, declarou Doria. Para o governador, “o fracionamento (de candidaturas de centro) só atenderá ao interesse dos extremos”, e o centro precisa de “juízo” – isto é, de “capacidade de dialogar, formular um programa econômico e social para o Brasil e escolher um candidato que seja competitivo para disputar a eleição e, ao vencer, governar a Nação”.

Outro político que já manifestou desejo de ser candidato, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, do DEM, foi na mesma linha do governador paulista quando disse ao jornal Valor que acredita na possibilidade de que seja encontrado ainda neste ano “o nome de quem vai levar a mensagem diferente das de Lula e de Bolsonaro”. Para Mandetta, agora é a hora de construir uma candidatura centrista “moderada” e “convergente”.

É evidente que Mandetta, como Doria e outros, pretende ser o cabeça de chapa dessa candidatura “convergente”, e é legítimo que acalente o projeto. Todos os que se julgam capazes de tirar o Brasil da rota do desastre, por meio de políticas públicas racionais e competentes, emanadas de um governo que respeite as liberdades e as instituições, devem se apresentar para a tarefa publicamente, o mais rápido possível.

Só assim será possível começar a discutir a sério quem, desses diversos postulantes, será o catalisador dos anseios dos brasileiros ajuizados, para construir uma candidatura capaz de emocionar os eleitores cansados tanto da corrupção antipolítica de Lula como da loucura antipolítica de Bolsonaro.

Aos que, como o apresentador Luciano Huck, vacilam diante da pugna eleitoral – que deverá ser especialmente feroz numa disputa que envolverá dois veteranos da desfaçatez e da truculência, Lula e Bolsonaro –, resta rogar que anunciem sem demora sua decisão, dizendo em voz alta o que pretendem para o País e preparando o estômago para, se for o caso, enfrentar o vale-tudo dos palanques.

O fato é que, a despeito das perspectivas sombrias, o País tem salvação – não obviamente pelo messianismo dos populistas autoritários e oportunistas que atormentam o Brasil há tempos, mas pelo respeito à lei, à coisa pública e à racionalidade econômica.

Seja quem for o candidato designado para enfrentar os arruaceiros da democracia, deve ser um que aposte no Brasil ordeiro e pacífico, capaz de ser o País civilizado e desenvolvido com o qual sempre sonhamos.

BOLSONARO E LULA SÃO VENDEDORES DE ESPERANÇAS FRUSTRADAS

 

Vendedores de esperanças

Bolsonaro e Lula vão disputar o mesmo eleitorado, num faroeste sem mocinhos

William Waack, O Estado de S.Paulo

11 de março de 2021 | 03h00

Nos fenômenos políticos brasileiros dos últimos 20 anos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro exibem uma importante característica em comum: foram vendedores de esperanças frustradas. As diferenças ideológicas e de estilo entre eles empalidecem diante do fato de que assumiram prometendo grandes transformações e acabaram governando com a mesma massa amorfa de forças políticas empenhadas em acomodar interesses setoriais, cartoriais, corporativistas e regionais às custas dos cofres públicos ou de pedaços da máquina pública – plus/minus a roubalheira petista. 

O fator excepcional agora é o alargamento e aprofundamento de crises simultâneas de saúde pública, economia estagnada e liderança política. Elas são causa e consequência ao mesmo tempo do esgarçamento do tecido social (perigo de anomia), da deterioração do equilíbrio dos poderes (Judiciário emasculando os demais) e da incapacidade generalizada de elites econômicas de enfrentar a estagnação de produtividade e competitividade da economia (já nem se fala mais de PIB ruim de ano para ano, mas de PIB ruim de década para década). 

Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro em Brasília  Foto: Adriano Machado/Reuters

Diante da tragédia da saúde e de seu impacto na economia – claudicante já antes da pandemia –, o problema para Bolsonaro e Lula é qual esperança vão vender. As bandeiras do lulopetismo estão manchadas não só pela corrupção adotada como forma de governo, mas, e ainda mais decisivos, pelo espetacular fracasso no intervencionismo e dirigismo da economia e a incapacidade de resolver mazelas sociais. São graves pois derivam de ideias equivocadas, em boa parte abraçadas por setores das elites empresariais. 

Sem ideias próprias, Bolsonaro abandonou sucessivamente qualquer conjunto coerente de postulados emprestados por Paulo Guedes, além de deixar para lá ou atuar contra as bandeiras da luta anticorrupção, da reforma e enxugamento do Estado e, de forma também espetacular, parou de se empenhar por destravar a economia do País. Que, ainda por cima, enfrenta o agravamento do sufoco fiscal, questão não meramente conjuntural (gastos com pandemia). 

A tripla crise é particularmente grave para a vida nacional, pois reforça um angustiante estado de paralisia no qual se destaca a percepção generalizada de que nada anda direito – inclusive criar alternativas políticas aos fracassados vendedores de esperanças. Paira um sentimento (sim, coisa subjetiva, mas política é coisa subjetiva também) de que impera por toda parte uma extraordinária hipocrisia: um STF que só toma decisões ao sabor da política, dizendo que não toma decisões políticas. Um Centrão que só pensa nos próprios interesses setorializados, quando fala que defende interesses do País. Um presidente que só pensa na reeleição e na própria família, quando diz falar pela coletividade, cujo sofrimento pouco o comove. 

Por uma desagradável ironia, Bolsonaro e Lula (ou as forças que representam) estão hoje na situação de terem de disputar a mesma parcela do eleitorado mais dependente de assistencialismo, mais arriscada a cair na miséria total se faltar a mão do Estado, mais ignorante e com a situação agravada pela falta de acesso a serviços básicos e educação de qualidade. Quadro piorado pela pandemia. 

É uma dura constatação, mas que até aqui não levou as diversas elites dirigentes brasileiras (entendidas como os grupos “que pensam” na economia, no ambiente cultural no sentido amplo e na condução de agrupamentos políticos) sequer a um diagnóstico comum, quanto mais a linhas de ação. A noção de que “a corrupção” seria a grande causa e a explicação para o nosso atraso relativo foi derrubada agora com o “desmascaramento” da Lava Jato (juntando na mesma trincheira safadeza com defesa de princípios da ordem democrática). “Mais saúde e educação”, as palavras de ordem de 2013 viraram slogans vazios de conteúdo.

Dizer que estamos vivendo um faroeste sem mocinhos é repetir Maquiavel, cuja originalidade estava na afirmação de que em política não se consegue realizar princípios. O problema é quando vira um faroeste sem esperanças.

*JORNALISTA E APRESENTADOR DO JORNAL DA CNN

BOLSONARO TROCA CHEFIA DA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

 

Bolsonaro exonera Fábio Wajngarten da Secom e nomeia militar para o cargo

Almirante Flávio Rocha, que hoje comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos, assume interinamente a vaga e acumula as duas funções; demissão e nomeação foram publicadas em edição do DOU na madrugada desta quinta, 11


Redação, O Estado de S.Paulo

O presidente Jair Bolsonaro exonerou Fábio Wajngarten do cargo de Secretário Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações. A demissão foi oficializada em edição do Diário Oficial da União (DOU) na madrugada desta quinta-feira, 11.

Na mesma publicação, Bolsonaro nomeu Flávio Augusto Viana Rocha para ocupar o cargo interinamente. O almirante, que atualmente comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), acumula as duas funções.

Fábio Wajngarten
Fábio Wajngarten estava na Secom desde abril de 2019, quando substituiu o publicitário Floriano Amorim. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Rocha será o terceiro nome a comandar a área de comunicação do governo. O primeiro chefe da Secom foi o publicitário Floriano Amorim, substituído por Wajngarten em abril de 2019.

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Demissão de Fábio Wajngarten e nomeação de Flávio Rocha foram oficializadas em edição do Diário Oficial da União na madrugada desta quinta-feira, 11. Foto: Reprodução/Diário Oficial da União

Desentendimentos 

A mudança, conforme apuração do Estadão de 25 de fevereiro, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria

Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.

Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno de Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial.

Almirante Flavio Rocha
O almirante Flávio Rocha, que comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos, assume o cargo e acumula as duas funções. Foto: Divulgação/Ministério da Defesa

Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de “bom de jogo” e “habilidoso”. Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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