sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

ESTADOS UNIDOS VOLTAM AO ACORDO DE PARIS

 

Estados Unidos voltam oficialmente ao Acordo de Paris nesta sexta-feira

Enviado especial do governo Joe Biden, John Kerry, vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao pacto climático que ajudou a negociar em 2015

Beatriz Bulla / Correspondente, O Estado de S.Paulo

WASHINGTON – Em abril de 2016, o então secretário de Estado americano do governo Barack Obama, John Kerry, levou sua neta para uma cerimônia na Organização das Nações Unidas (ONU). Com Isabelle, de dois anos, nos braços, ele assinou a adesão dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris. A mensagem era clara: na visão do governo americano, o tratado seria capaz de proteger o futuro das próximas gerações.

A participação dos EUA no acordo que busca conter o ritmo do aquecimento global, no entanto, durou pouco. Eleito no mesmo ano, Donald Trump anunciou em 2017 que os EUA deixariam o pacto climático.

Kerry vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015 Foto: Jim Lo Scalzo/EFE/EPA

Nesta sexta-feira, 19, Kerry, agora enviado especial presidencial do clima do governo Joe Biden, vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015. A medida foi promessa de campanha de Biden e começou a ser colocada em vigor no mesmo dia de sua posse.

Em 20 de janeiro, logo após prestar o juramento em frente ao Congresso, o recém-empossado presidente dos EUA assinou uma ordem para que o país aderisse novamente ao Acordo. Oficialmente, a adesão passa a valer 30 dias após o anúncio. Por isso, Washington estará de volta ao pacto, oficialmente, a partir desta sexta. Assinado por 195 países, o texto prevê esforços conjuntos para conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2°C até o fim do século.

Nos últimos quatro anos, o governo americano não apenas abriu mão dos compromissos assumidos no pacto, como também passou a criticar o que considerou um “alarmismo climático”. Na presidência, Trump minimizou a gravidade dos efeitos do aquecimento global e questionou consensos científicos sobre o tema.   Biden promete que a preocupação com o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental serão pilares da sua política externa e doméstica.

O ex-presidente americano Donald Trump embarcando no avião presidencial Air Force One Foto: Doug Mills/The New York Times

O governo americano promete agora se comprometer com políticas de redução de emissão de gases de efeito estufa e quer estimular que países concordem com novas metas, mais ambiciosas. “Dependemos uns dos outros para fazer esse trabalho. Falhar simplesmente não é uma opção. É por isso que aumentar as ambições em Glasgow é tão importante”, afirmou Kerry, no Fórum de Desenvolvimento Sustentável organizado há cerca de dez dias. Antes do encontro em novembro em Glasgow, onde será realizada a tradicional conferência do clima (COP) da ONU, os EUA sediarão em abril uma reunião de líderes para preparar os debates para o final do ano.

Para liderar o movimento global, o presidente americano diz que é preciso dar o exemplo no próprio país e se engajar de maneira multilateral. O Acordo de Paris permite aos americanos mostrar que irão trabalhar nas duas frentes. Em uma ordem executiva que assinou no fim de janeiro para estabelecer ações de seu governo sobre a questão climática, Biden escreveu que “ao implementar e desenvolver” os objetivos do acordo de Paris, os EUA “exercerão sua liderança para promover um aumento significativo na ambição climática global para enfrentar o desafio climático”.

Marcha pelo Clima em Nova YorkEm 2019, estudantes participaram em peso da marcha em Nova York por ações contra as mudanças climáticas Foto: Timothy A. Clary/AFP

Os EUA ficam em 2º lugar no ranking de maiores emissores de gases de efeito estufa (13% das emissões mundiais), e perdem apenas para a China. Em um pacote de medidas para conter as mudanças climáticas assinado no último dia 27, Biden se comprometeu a neutralizar as emissões de carbono dos EUA no máximo até 2050 e adotou medidas que miram a indústria de óleo e gás. Ele suspendeu a concessão de novas propriedades federais para a indústria de óleo e gás, se comprometeu com a conservação de 30% das terras e da água do país até 2030, recriou o Conselho Presidencial de Especialistas em Ciência e Tecnologia e assinou um memorando para se comprometer com a independência dos cientistas do país.

Nas medidas, o governo também determina que agências federais devem eliminar subsídios a combustíveis fósseis e identificar novas oportunidades de inovação com energia limpa. Biden e Kerry fizeram parte do governo que negociou o Acordo de Paris em 2015 e, em 2021, pretendem liderar um movimento que garanta sua eficácia.

O PROBLEMA MAIOR É A GANÂNCIA DA PETROBRAS DE APROVEITAR DO SEU MONOPÓLIO

 

Bolsonaro zera impostos federais sobre o diesel e ameaça presidente da Petrobrás

Medida anunciada pelo Facebook vale por dois meses, a partir de 1º de março; presidente diz que ‘alguma coisa’ vai acontecer na Petrobrás e classifica quarto aumento dos combustíveis no ano como ‘excessivo’

Redação, O Estado de S.Paulo

Após um novo reajuste de combustíveis pela Petrobrás, o presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira, 18, durante live semanal no Facebook, que a partir de 1.° de março não haverá qualquer imposto federal sobre o preço do óleo diesel. Bolsonaro considerou o aumento anunciado pela Petrobrás, o quarto do ano, “fora da curva” e “excessivo”. Ele reforçou que não pode interferir na estatal, mas ressaltou que a medida “vai ter consequência”.

Os impostos federais que incidem sobre o diesel são PISCofins e Cide. Com o anúncio da estatal, óleo diesel vai ficar 15,2% mais caro a partir de hoje, e a gasolina, 10,2%. Em 2021, diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8%, respectivamente.

Bolsonaro sugeriu, sem entrar em detalhes, que “alguma coisa” acontecerá na Petrobrás nos próximos dias. Foto: Facebook/Reprodução

“A partir de 1.º de março não haverá qualquer imposto federal no diesel por dois meses”, disse Bolsonaro na live. Durante os dois meses de isenção, ele afirmou que o governo estudará medidas para buscar zerar os tributos federais sobre o produto no longo prazo. “Até para ajudar a contrabalançar esse aumento, no meu entender, excessivo da Petrobrás”, disse.

O presidente sugeriu, sem entrar em detalhes, que “alguma coisa” acontecerá na petrolífera nos próximos dias. “Não posso interferir e nem iria interferir (na empresa). Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobrás nos próximos dias, tem de mudar alguma coisa”, disse. A Petrobrás afirmou ontem que não comentaria as declarações sobre a empresa e seu presidente, Roberto Castello Branco.

A redução do PIS/Cofins no óleo diesel anunciada por Bolsonaro atende a uma demanda de caminhoneiros, base de apoio do presidente que tem pressionado o governo por causa do aumento do combustível. Em ameaça indireta a Castello Branco, o presidente citou que o comandante da estatal chegou a dizer, há alguns dias, que não tinha “nada a ver com os caminhoneiros”.

“Como disse o presidente da Petrobrás, há poucos dias: ‘Eu não tenho nada a ver com caminhoneiro’. Foi o que ele falou. Isso vai ter uma consequência, obviamente”, disse Bolsonaro.

Antes da manifestação na live, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, havia divulgado nota criticando o novo reajuste. Ele questionou diretamente o governo. “Na pessoa do presidente da República, (o governo) sinalizou a diminuição dos impostos federais dos combustíveis e vamos para o quarto aumento consecutivo (…) se mantendo inerte.”

Ao lado do presidente na transmissão ao vivo, o ministro da InfraestruturaTarcísio de Freitas, afirmou que a redução no PIS/Cofins por dois meses é uma “ emergencial” enquanto o governo analisa formas de “combater a volatilidade do preço do diesel”.

Em outra frente, o governo enviou um projeto ao Congresso para que o ICMS, imposto estadual, tenha valor fixo. “A proposta nossa é que o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) decida qual é o valor do ICMS em cada tipo de combustível. Não é interferência nossa, o Confaz vai decidir”, disse Bolsonaro. O presidente sugeriu ainda que o Confaz possa delimitar um valor máximo para os combustíveis nos Estados.

Gás

O gás de cozinha também terá impostos federais zerados. A redução, segundo Bolsonaro, será permanente. “Hoje à tarde, reunido com a equipe econômica, tendo à frente o ministro Paulo Guedes, decisão nossa, a partir de 1.º de março, não haverá mais qualquer tributo federal no gás de cozinha.”

“(O preço do gás de cozinha) está em média R$ 90, na ponta, lá para o consumidor. E o preço na origem está abaixo de R$ 40. Então, se está R$ 90, os R$ 50 aí é ICMS, imposto estadual.” /EMILLY BEHNKE, DENISE LUNA, NICHOLAS SHORES E DANIEL GALVÃO

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

BRASIL NO MOMENTO SEM VACINA E ECONOMIA EM DECLÍNIO

 

Sem vacina e sem economia

Vacina é hoje um insumo essencial para retomada econômica, mas Jair Bolsonaro mostra-se incapaz de entender essa verdade

  •  Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Sobram máquinas e equipamentos parados, enquanto a economia rasteja, e há mão de obra ociosa em todo o País, por causa do desemprego, mas falta vacina para conter a covid-19 e abrir espaço a uma recuperação mais ampla. Vacina é hoje um insumo essencial para uma firme retomada econômica na maior parte do mundo, como têm dito e repetido dirigentes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de outras instituições multilaterais. Vacinação foi um dos primeiros assuntos mencionados pela economista Ngozi Okonjo-Iweala logo depois de anunciada, na segunda-feira, sua escolha para dirigir a Organização Mundial do Comércio (OMC). O presidente Jair Bolsonaro mostra-se incapaz, até hoje, de entender essa verdade simples.

“O aumento do número de casos de covid-19 representa um risco do processo de recuperação econômica”, segundo o Boletim Macro, edição de janeiro, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa incerteza, somada a outros fatores, como a suspensão do auxílio emergencial, levou a uma redução das expectativas em relação ao ritmo da atividade neste início do ano. Economia fraca no primeiro semestre e crescimento a partir do segundo compõem o cenário apresentado no boletim.

Risco de recessão, com recuo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e no segundo trimestres, é apontado por vários analistas mencionados nesta segunda-feira em reportagem do Estado. Outras equipes, pouco mais otimistas, projetam retração no período de janeiro a março e baixo crescimento nos três meses seguintes.

A melhora do quadro, em todos os casos, é associada a um possível ganho de impulso da vacinação, depois de um começo muito lento e muito mal preparado pelas autoridades federais. Sinais de escassez de vacinas em vários municípios, incluídas grandes capitais, comprovam a escandalosa inépcia do ministro da Saúde, estrito cumpridor de ordens do presidente da República.

O ano terminou com um Natal fraco, queda de 6,1% nas vendas do varejo, setor de serviços ainda estagnado e a indústria avançando mais devagar que nos meses anteriores. Nada sugere maior atividade no início de ano nem melhora significativa no mercado de emprego (14 milhões de desocupados, 14,1% da força de trabalho, no período setembro-novembro, segundo os últimos dados). A disposição de empresários e consumidores, no começo de ano, reflete esse desempenho medíocre, ou abaixo disso, da economia brasileira.

Em janeiro, o Índice de Confiança do Consumidor medido pela FGV caiu pela quarta vez seguida e atingiu o menor nível desde junho, quando se recuperava da queda recente. O Índice de Confiança do Empresário caiu, igualmente, em relação ao nível de dezembro.

Também a Confederação Nacional da Indústria detectou menor disposição do empresariado. O Índice de Confiança do Empresário Industrial caiu 1,4 ponto entre janeiro e fevereiro, na segunda queda consecutiva, e chegou a 59,5 pontos. Manteve-se na área positiva, acima de 50 pontos, mas a piora de humor desde o início do ano se agravou.

Medíocre talvez seja uma palavra suave para qualificar o desempenho econômico previsto, nas instituições financeiras e nas principais consultorias, para 2021. A mediana das últimas projeções ficou em 3,43%. Para isso, no entanto, bastará a economia manter a atividade alcançada no trimestre final de 2020, 3,14% superior à do período de julho a setembro, segundo o índice estimado pelo Banco Central.

Sem o auxílio emergencial, mais de 17 milhões de pessoas caem de novo no estado de pobreza, ampliando para cerca de 62 milhões o contingente de indivíduos com renda diária inferior a US$ 5,50. Passada a Quarta-feira de Cinzas, o governo ainda espera do Congresso medidas para restabelecer, em condições mais limitadas, o socorro financeiro abandonado, por falta de previsão e de planejamento, na virada do ano. Quanto às demais condições necessárias à sustentação da economia, continuam obscuras. Quando se trata de previsão e de planejamento, estão empatados, ou quase, os Ministérios da Economia e da Saúde.

DECISÕE DO STF PROVOCAM INSEGURANÇA JURÍDICA

 

Divisor de águas?

Byvaleon

 FEV 18, 2021

Divisor de águas?

É tudo muito diferente daquela vez quando a Câmara proibiu que um deputado fosse processado pelo regime militar

  •  William Waack, O Estado de S.Paulo

A história que se repete para nós não é uma farsa, tragédia, nem sequer uma rima tem. Em 1968, o AI-5 foi decretado para punir uma Câmara dos Deputados que impedira que fosse processado um deputado que defendia liberdades cerceadas pelos militares no poder. A atual Câmara dos Deputados – depois de uma ditadura, uma redemocratização e uma Constituição – vai se ocupar da situação de um deputado que usa das liberdades reconquistadas por gerações de brasileiros para propor acabar com essas liberdades.

Do ponto de vista do estado de direito e do funcionamento de suas instituições era mais fácil então identificar onde estava o “bem” e o “mal”. Não, não é a questão da “liberdade de expressão” consagrada na imunidade parlamentar: essa proteção não é absoluta nem existe para a prática de delitos penais e o incitamento do golpe e destruição da ordem democrática. O pano de fundo muito mais preocupante é o da legitimidade das instituições envolvidas.

Começa pelo STF. Uma parte relevante da “insegurança jurídica” que caracteriza as relações na sociedade brasileira se deve à atuação política desse órgão. E do entendimento, entre seus integrantes, de qual seria o melhor efeito político ao tomarem decisões que fizeram da Constituição (que cabe ao STF zelar) uma questão de interpretação dependendo das circunstâncias do momento. Com ministros dando rasteiras em ministros.

Essa noção (a da instabilidade causada por canetadas de magistrados), mais a situação de caos social com a greve dos caminhoneiros, é o que estava na raiz do “pronunciamiento” em 2018 do então comandante do Exército, general Villas Bôas. Na prática, o coletivo do STF aceitou o que dizia o oficial. Naquele mesmo ano assumiu um novo presidente da Corte e, num entendimento peculiar com o próprio general, aceitou-se como um dos principais assessores do presidente do STF quem até ali fora o chefe de Estado-Maior do Exército (e hoje é o ministro da Defesa). Tudo em nome da pacificação e estabilização da atmosfera política.

Segurança no prédio do STF foi reforçada na quarta, 17, após a prisão do deputado Daniel Silveira, em frente ao Congresso Nacional Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A franja aloprada do bolsonarismo, eleita com expressiva votação na onda disruptiva daquele ano, dedicou-se desde sempre a atacar qualquer instituição ou nome entendido como obstáculo ou adversário do “mito”, em boa parte incentivada por ele mesmo. Para efeitos práticos, foi acompanhada por alguns militares que, de fato, passaram a enxergar no STF um tolhimento inconstitucional dos poderes do chefe do Executivo. Até ele entender-se prazerosamente com o “Centrão”, esse velho conjunto de forças políticas em parte conduzido por gente notória por colidir com a ética, a moral e o Código Penal.

Legislativo brasileiro, a quem cabe a relevante decisão política sobre o deputado aloprado bolsonarista, vem perdendo qualidade e sofre com extraordinária fragmentação. São resultados muito evidentes de décadas de desgaste do sistema político. No topo desse desgaste figura exatamente a questão da representatividade, ou seja, do distanciamento entre quem elege e quem foi eleito – como ocorre com outros fenômenos do populismo moderno (como Trump), há mais do que um grão de verdade na denúncia que esses movimentos fazem “disso tudo que está aí”.

Em 1968, a decisão da Câmara de proibir que um deputado fosse processado pelo regime militar foi um divisor de águas na nossa história política. Não é o que se prenuncia agora, pois a palavra de ordem em Brasília é “acomodação”. Fora os estridentes aloprados e suas redes sociais, não há forças relevantes dispostas a partir para qualquer coisa remotamente parecida a um tudo ou nada. Os militares se acomodaram no governo, que se acomodou com o Centrão, empenhado desde sempre em acomodar seus interesses às custas dos cofres públicos, por sua vez esticados ao limite para acomodar as visões antagônicas de garantir ajuda emergencial e respeitar o teto de gastos.

Todos confortáveis com a ideia de que o próximo embate é só para 2022.

*JORNALISTA E APRESENTADOR DO JORNAL DA CNN

LIÇÕES APRENDIDAS COM OS CLIENTES QUE NÃO VOLTARAM

 

O que eu aprendi com os clientes que não voltaram

Gisele Poranga*

Receber críticas nem sempre é fácil, mas quando são construtivas e colaboram com o crescimento do negócio, a gente deve fazer questão de ouvir. A minha experiência ao lidar com os clientes, me mostrou que ouvir suas dores faz a empresa crescer de dentro para fora. Quando eles se sentem ouvidos, a satisfação é imediata e o resultado é indicar ainda mais os serviços da sua empresa para outras pessoas. Mas, quero contar aqui o que aprendi com aqueles clientes que não voltaram. E acredite, a gente aprende a lição na prática.

Um bom atendimento consiste em se colocar no lugar do cliente de verdade e ter uma escuta ativa em todos os momentos da sua jornada dentro da empresa. De acordo com uma pesquisa global feita pela Salesforce, 76% dos clientes dizem ser “mais fácil do que nunca” fazer negócios com outros, ou seja, mudar de marca quantas vezes for necessário, até que suas expectativas sejam atendidas. Sendo assim, quando o cliente se sente acolhido, por meio de um atendimento humanizado e direcionado para suas necessidades, é muito provável que este ele vire um promotor da sua marca, indique novos projetos, mas mais do que isso, fale bem do seu negócio por um longo período de tempo.

Conseguimos aprender – com os desafios diários – que os clientes possuem necessidades diferentes. Por isso, acho importante que sejam criadas algumas “personas” para direcionar o atendimento de acordo com o perfil de cada cliente e, consequentemente, melhorar a experiência de relacionamento. Por exemplo, se uma empresa possui o perfil mais comercial, não vai adiantar utilizar uma linguagem mais técnica voltada para o marketing digital, porque o foco final vai ser a venda. Parece simples, mas é interessante quando começamos a ter esta percepção para personalização do atendimento.

Uma dica que eu sempre dou é a de não robotizar um atendimento 100%, por meio de um chatbot. Investir em pessoas e treinamentos é tão importante quanto utilizar a tecnologia a favor do seu negócio. O sucesso do cliente deveria ser uma meta para toda a empresa e tudo começa com uma estratégia que vai do CEO até os seus funcionários. Quando os colaboradores estão engajados no propósito de colocar o cliente no centro, o sucesso da empresa é uma consequência deste objetivo.

Por isso, é muito importante entender o que os clientes pensam sobre sua empresa e se os serviços prestados estão atendendo às necessidades dos clientes para possíveis correções nas estratégias. Investir em um programa de relacionamento e fazer reuniões periódicas para poder corrigir a rota antes do cliente dizer um adeus, é fundamental. Proponha novas soluções e não se esqueça: do outro lado existe uma pessoa como você precisando de ajuda para solucionar seus desafios diários.

*Customer Success B2B Specialist do Apto

Comentário

Diferenciais da Valeon

  • Eficiência: A Valeon inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A Valeon foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • Abrangência: A Valeon atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • Comprometimento: A Valeon é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Vale do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Contato: (31) 3827-2297 / (31) 98428-0590

Site: https://valedoacoonline.com.br/

DEPUTADO DEFENDO AI-5 E MINISTRO DO STF APLICA O AI-5 NELE

 

‘Um defende o AI-5, o outro aplica o AI-5’, diz criminalista sobre prisão de Daniel Silveira

Sonia Racy

EDUARDO MUYLAERT. FOTO: RENATA JUBRAN/ESTADÃO

Indagado sobre a prisão do deputado Daniel Silveira, ordenada por Alexandre de Moraes, o criminalista Eduardo Muylaert não vacilou: “Um defende o AI-5, outro aplica o AI-5”, comparou.

Para ele, a liberdade de expressão não autoriza o insulto e nem a sedição.

A Lei, segundo o ex-secretário de segurança de SP, diz como enfrentar esses delitos. “É absurdo, em pleno século 21, quererem ressuscitar, como tem feito o ministro da Justiça, a malfadada Lei de Segurança Nacional de 1983, editada nos estertores da ditadura.” A democracia implica em confiança nas instituições e em seu respeito. “A Constituição não atribuiu ao STF o papel de delegacia de polícia”.

Muylaert defende que quando atacado, o STF deve requisitar inquérito sim. Mas a lei atribui sua condução à… PGR e à PF. O sistema de freios e contrapesos (checks and balances) visa preservar a harmonia e independência dos poderes. “Nessa fase, em que temos um Executivo ostensivamente autoritário, é importante que o Legislativo e mais ainda o Judiciário, fujam da tentação de exorbitar”

Para o advogado, democracia também não se faz com bravatas verbais, nem no parlamento, nem nos tribunais. “As palavras não voam, elas vão e voltam”, explica.

É fato que o AI-5 veio logo depois do discurso do deputado Márcio Moreira Alves, “em si, menos virulento do que o do hiperbólico Daniel Silveira”.  Entretanto, aponta Muylaert, estamos em 2021, e com duas espadas sobre as cabeças: a pandemia e o autoritarismo.

“É preciso que cada poder exerça na plenitude seu papel institucional, no espaço que lhe é atribuído. É isso que lhes traz confiança e dignidade. Ou ficamos nos caminhos traçados pela Constituição ou instaura-se perigosa anarquia institucional”.

Aí, salve-se quem puder.

PONZI É O INVENTOR DAS PIRÂMIDES FINANCEIRAS

 

O efeito Ponzi

Byvaleon

 FEV 18, 2021

O efeito Ponzi

Paulo R. Haddad

Expectativa de queda no PIB em 2020 de apenas 4% é alento ante cenários mais pessimistas

A divulgação de que a estimativa da taxa de crescimento do PIB brasileiro poderá ser negativa em 4%, em 2020, quando a expectativa, no auge da pandemia, era de que a queda poderia ser em torno de 10%, ilustra um fato muito importante. Em uma economia em recessão, com mulheres e homens desempregados e com elevada capacidade ociosa nas fábricas e nas infraestruturas, a retomada do crescimento da renda e do emprego passa por um aumento necessário e expressivo da demanda agregada. No caso, o aumento do consumo das famílias foi responsável pelo diferencial das taxas, enquanto duraram os auxílios emergenciais.

Um novo aumento expressivo do PIB em 2021 não virá da demanda de novos investimentos, já que os empreendedores estão diante de uma sobrecarga de incertezas sobre o futuro da economia.

Tampouco virá da demanda de exportações para um mundo ainda dominado pela pandemia da Covid-19 e pelo neoprotecionismo. E, certamente, não virá das despesas públicas, pois quase todas as Unidades da Federação estão financeiramente falidas, e o governo federal atribuiu a si mesmo duas restrições: um teto constitucional de gastos e um teto induzido para o endividamento público. Assim, essas três trilhas para a expansão da demanda agregada estão trancadas como alternativas para a retomada do crescimento.

Não seria a expansão do consumo das famílias, então, o gatilho para ativar a demanda na economia? Pesquisa da CNC apontou que 66,35% dos consumidores iniciaram 2021 endividados. O total das famílias com dívidas ou contas em atraso foi de 25,2%. O cartão de crédito manteve-se como a principal modalidade de endividamento das famílias (79,4%), sendo que 11,2% declararam não ter condições de pagar suas contas. Há pouco espaço para expandir o consumo quando as famílias estão comprometendo quase 25% de sua renda mensal para pagamento de dívidas.

Hyman Minsky definiu três perfis de situação financeira: quando os fluxos de rendimentos prospectivos de um empreendimento financiado cobrem o principal e os juros; quando as receitas imediatas e de curto prazo cobrem apenas os juros; e, finalmente, quando esses rendimentos são insuficientes para cobrir até mesmo os pagamentos de juros.

Denominou esse último perfil de “posição Ponzi”, como lembrança a Charles Ponzi, que, ao se endividar, no início do século XX, em Boston, realizando as primeiras experiências de pirâmides financeiras, através do pagamento da dívida velha com nova dívida, viu seus negócios (“o esquema Ponzi”) se desmoronarem. Acabou vindo morar no Rio de Janeiro, onde morreu e foi enterrado como indigente no Cemitério do Caju.

Apesar das taxas exorbitantes que pesam sobre o seu endividamento, as famílias brasileiras continuam em regime de estresse financeiro, enredadas num círculo vicioso de mais dívidas novas para rolar dívidas velhas, correndo o risco do “efeito Ponzi”. Para que possam contribuir com o aumento da demanda agregada, é necessário um processo radical de refinanciamento em condições tais, ao fim e ao cabo, que recomponha significativamente a sua renda disponível para consumo.

Como diz Hyman Minsky: “Pressões financeiras na forma de compromissos de pagamentos com marcantes dívidas de curto prazo e valores declinantes de ativos ameaçam tornar tensões financeiras em desastre financeiro. A fim de evitar uma crise abrangente, refinanciamento é necessário”.

Austeridade no país das maravilhas

Para se mudar a economia é preciso pensar em soluções que envolvem diversas variantes

A política econômica não pode ser apenas uma concepção de tecnocratas, que modelam um conjunto de decisões racionais para superar uma crise de falta de crescimento, de emprego e de oportunidades e que se realiza num vácuo político. Toda política econômica, ao ser implementada, envolve mudanças nos interesses e nos direitos dos diferentes grupos sociais.

Não há um real na estrutura das despesas públicas que não tenha vinculação com determinado grupo social, setor produtivo ou região administrativa. Tampouco há um único decreto ou peça de legislação relevante que seja neutro politicamente em relação a interesses estabelecidos e consolidados em algum segmento econômico e social da população.

Assim, a configuração de uma política econômica somente será crível em sua viabilidade operacional, a partir do contexto histórico em que se insere. Há políticas econômicas que dão certo e políticas econômicas que não funcionam, não apenas por suas inconsistências técnicas, mas, principalmente, porque não se encaixam adequadamente à realidade política do país.

Uma política de ajuste fiscal, visando ao equilíbrio das finanças do setor público consolidado e que não pode prescindir de reformas no sistema tributário e previdenciário e na estrutura da administração federal, induz uma avalanche de decisões que impactam conflitos de interesses e tensões políticas por todos os lados. Benefícios e ganhos podem ser abortados; custos e perdas podem se generalizar; incertezas podem se espraiar nas entranhas da sociedade.

Esse tipo de política tem que ser arquitetado levando-se em conta a consistência entre o tempo da economia e o tempo da política, considerando que os seus custos sociais se dão no curto prazo e os seus eventuais benefícios se dão no médio e no longo prazo. Em uma democracia política, toda decisão que muda os rumos da economia precisa ser negociada, consensualizada e pacificada com a sociedade civil.

Uma política econômica que não se limita a ajustes incrementais, mas a grandes transformações, não é, definitivamente, compatível com governos populistas e líderes autoritários que desencadeiam ações corrosivas das instituições, que arregimentam a população contra a informação e o conhecimento científicos.

Como diz Barry Eichengreen, historiador econômico da Universidade de Berkeley: “O populismo é divisivo e provoca, recorrentemente, desacordos e tensões entre interesses conflitantes na sociedade”.

Afirma, também, que o populismo floresce em contextos de fraco desempenho da economia, desigualdades sociais e regionais profundas, mobilidade social declinante e precário campo de oportunidades para as novas gerações.

Nesse contexto, um governo populista não resiste à tentação de intervir na trajetória da política econômica com medidas casuísticas de grande apelo popular, de questionar a legitimidade das instituições científicas que tomam decisões de longa maturação ou reorientar políticas públicas que contrariam interesses.

A síndrome do mar de Aral

Em lugar do desmonte das políticas públicas ambientais realizado por um governo populista e sem discernimento histórico, a Amazônia precisa que sejam consolidados os processos de preservação

A Amazônia é, atualmente, um dos mais amplos, diversificados e diferenciados ecossistemas do mundo, um verdadeiro patrimônio natural dos brasileiros que vem sendo dilapidado, ao longo do tempo, com a complacência ou até mesmo o incentivo das autoridades públicas. Segundo o Inpe, a área desmatada chegou ao nível mais alto desde 2008 – um total de 11.088 km², entre agosto de 2019 e julho de 2020.

São desmatamentos e queimadas do patrimônio público, definido no Artigo 225 da Constituição, que se caracterizam como “pequenos assassinatos” da natureza à espera de ações mais contundentes e incisivas do Ministério Público. Seria a Amazônia grandiosa em demasia para ser destruída ecologicamente através da ação diuturna de madeireiros, pecuaristas, garimpeiros, produtores de grãos? Vejamos a experiência histórica da catástrofe no mar de Aral.

O mar de Aral, entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, na Ásia Central, é um imenso lago que tinha uma área equivalente à soma dos Estados do Rio de Janeiro e de Alagoas, cujas águas tornaram-se salgadas. Atualmente, segundo relatórios de revistas científicas, ele está morrendo: há 50 anos, o governo soviético desviou dois rios que o alimentavam para irrigar plantios de algodão; os agrotóxicos dos projetos de irrigação poluíram 15% de suas águas, impactadas também pelas barragens de 45 usinas hidroelétricas; o desmatamento levou ao desaparecimento das florestas no seu entorno geográfico, além de outros danos ambientais, como problemas de saúde pública e mudança climática.

É possível elaborar uma narrativa sobre a história do auge e do declínio de cada um dos ecossistemas brasileiros, com a destruição de ativos e serviços ambientais. Todas as histórias têm em comum um processo de autofagia econômica: o valor econômico do que se destrói é quase sempre muito maior do que o valor econômico que se cria. No caso da Amazônia, o processo de destruição do seu valor econômico já atingiu mais de 20% da floresta. Ao processo antrópico de destruição de valor, somam-se as mudanças climáticas que estão levando à chamada “savanização” da região.

A experiência histórica do uso não sustentável dos biomas brasileiros mostra que áreas desmatadas para o avanço das atividades econômicas na Mata Atlântica (ciclo do pau-brasil, ciclo da cana-de-açúcar, ciclo da economia cafeeira, extrativismo etc.) deixaram, em seu rastro, áreas economicamente deprimidas e bolsões regionais de pobreza e de miséria social (o Agreste e o Sertão do Nordeste, o Vale do Jequitinhonha, o Vale do Mucuri, as áreas desmatadas da Amazônia). O que fazer?

Em lugar do desmonte das políticas públicas ambientais realizado por um governo populista e sem discernimento histórico, a Amazônia precisa que sejam consolidados os processos de preservação, conservação e reabilitação da sua riqueza natural, para que se possa evitar o empobrecimento de seus habitantes. Até quando? Como diz o Papa Francisco, na Encíclica Laudato Si’: “Os ecossistemas das florestas tropicais possuem uma biodiversidade de enorme complexidade, quase impossível de conhecer completamente, mas quando essas florestas são queimadas ou derrubadas para desenvolver cultivos, em poucos anos, perdem-se inúmeras espécies, ou tais áreas transformam-se em áridos desertos”.

MORO E LUCIANO HUCK MOVIMENTAM NOS BASTIDORES DA POLÍTICA

 

Aliados apelam para Moro retornar ao cenário eleitoral para 2022

Podemos e PSL tentam convencer ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato a se lançar candidato à Presidência

Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo

Líderes partidários e defensores da Operação Lava Jato passaram a fazer apelos públicos na tentativa de convencer o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro a se posicionar como potencial candidato na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022.

Com um perfil discreto, Moro submergiu desde que se tornou sócio-diretor da consultoria americana Alvarez & Marsal no ano passado, mas tem mantido conversas reservadas “como cidadão” sobre o cenário nacional com parlamentares aliados.

Nesses diálogos, segundo apurou o Estadão, Moro resiste a dar sinais claros sobre suas pretensões políticas, mas não descarta uma futura candidatura. O ex-ministro demonstra desconforto com o que interlocutores chamam de “progressiva deterioração” do País e dos mecanismos anticorrupção.

Os entusiastas da candidatura do ex-juiz voltaram a se mobilizar após a decisão da maioria da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar o compartilhamento da íntegra das mensagens vazadas da Lava Jato com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-ministro Sérgio Moro, hoje sócio-dretor da consultoria americana Alvarez & Marsal  Foto: REUTERS/Adriano Machado (12/5/2020)

A expectativa do julgamento sobre a suspeição de Moro no caso do triplex do Guarujá (RJ) deu munição à narrativa dos partidários de Lula, mas também aglutinou as correntes dissidentes do bolsonarismo que apostam no discurso contra a corrupção para formar uma frente eleitoral em 2022.

“Uma reviravolta (nas decisões da Lava Jato) chocaria a população que votou contra a corrupção em 2018 e beneficiária uma eventual candidatura do Moro, que simboliza esse sentimento. As cartas para 2022 ainda não foram apresentadas em sua plenitude, mas ele já tem visibilidade”, disse o senador Alvaro Dias (Podemos-PR).

O parlamentar, que disputou à Presidência em 2018, conversou com Moro pela última vez após a eleição para a presidência da Câmara. Na mesma linha, a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do Podemos, disse acreditar que Moro sai maior a cada “ataque” que sofre. “O povo sabe que ele, sozinho, tem reafirmado seu papel de herói nacional. Mesmo diante de mensagens hackeadas, obtidas de forma ilegal, o conteúdo revela a cautela e a seriedade que fez dele, no auge da operação, um orgulho de todos os brasileiros”, afirmou a dirigente.

O Podemos está em compasso de espera e considera o ex-juiz o seu “plano A” para 2022. Outra legenda que mantém as portas abertas para Moro é o PSL, que planeja um processo de expurgo da ala bolsonarista. “O PSL é um partido moderado e de centro- direita. Estamos buscando construir pontes com ele. Moro é o nome mais consistente do ponto de vista eleitoral. Ele aglutina os lavajatistas, antipetistas e aqueles que pregam a ética na política. Ou seja: as três vertentes da sociedade que o Bolsonaro abdicou”, disse o deputado federal Junior Bozzella (SP), vice-presidente nacional do PSL.

Em suas redes sociais, a deputada estadual paulista Janaína Paschoal (PSL) fez um apelo para que Moro entre no tabuleiro eleitoral de 2022. “Haja vista o inferno que estão transformando a vida dele, não vejo outro caminho para Sérgio Moro além de se candidatar à Presidência da República em 2022”, escreveu a parlamentar no Twitter.

Horizonte

No ano passado, apoiadores de Sérgio Moro no Congresso viram na sua contratação por uma consultoria americana e em manifestações recentes sinais de que o ex-ministro está reticente quanto a uma eventual candidatura em 2022. A interlocutores nos últimos meses, Moro indicou que não está determinado a ser protagonista em um projeto eleitoral neste momento.

Mas apesar da discrição, ele tem participado de articulações por uma candidatura de centro-direita, em oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Em setembro, ele jantou com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo o tucano, foi uma conversa “sem prerrogativa de nomes, mas sim de princípios”. Depois do encontro, Moro se reuniu com o apresentador Luciano Huck, que também se movimenta para disputar a Presidência.