sábado, 7 de novembro de 2020

POR UM BRASIL MELHOR

 

Por um Estado melhor

 

Notas & Informações – Jornal Estadão

 

 


*    A reforma administrativa é essencial para promover o equilíbrio fiscal, garantir investimentos e recursos para programas assistenciais, modernizar a máquina pública e reduzir as desigualdades entre o setor privado e o público e entre a elite e a base do funcionalismo. Mas, enquanto o presidente da República se entrega à sua campanha eleitoral, a reforma apresentada pelo governo, tardia e limitada, patina no Congresso entre a desarticulação das bases governistas e as pressões corporativistas.

Em meio ao vácuo de liderança, é alvissareiro notar que a sociedade civil está se mobilizando para pressionar as autoridades e subsidiá-las com ideias. A coalização Conectando pessoas por um Estado melhor, que reúne instituições acadêmicas como FGV, Insper, Fundação Dom Cabral, representantes do próprio governo, sindicatos, parlamentares e organizações do terceiro setor, acaba de lançar um movimento para debater e produzir propostas para o aprimoramento da gestão de pessoas na administração pública.

Não se trata de uma iniciativa isolada. Em reação às ameaças ambientais, 230 organizações formaram recentemente a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Entidades agropecuárias acabam de formar o Grupo de Trabalho de Pecuária Sustentável para promover a implementação do Código Florestal e o financiamento de serviços ambientais. O Centro de Lideranças Públicas mobilizou dezenas de instituições no movimento “Unidos pelo Brasil”, para pautar o diálogo com o Planalto e o Parlamento sob três pilares: reformas estruturais, combate à desigualdade e crescimento sustentável.

O movimento lançado pela coalizão Conectando pessoas por um Estado melhor se propõe a criar um “hub” de conhecimento para elaborar alternativas concretas em quatro áreas seminais para o funcionalismo: gestão de desempenho e desenvolvimento; segurança jurídica e matriz de vínculos; modelos de carreira; e, a pedido do Conselho dos Secretários de Administração dos Estados, políticas para a formação de lideranças.

Entre as iniciativas concretas, o grupo está fechando parceria com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e já apoia oito governos estaduais para promover processos de atração em seleção de cargos de liderança. Com dois deles – Sergipe e Pernambuco – também está implementando políticas de avaliação de desempenho.

Uma das principais preocupações da coalizão é valorizar o funcionário público, revertendo tanto a tendência à vilanização dos servidores como à sua vitimização. Ao mesmo tempo, será preciso enfrentar graves distorções sistêmicas.

Na comparação internacional, o Brasil não tem um número elevado de servidores: são 5,6% da população, enquanto a média dos países da OCDE é de 9,6%. Mas os gastos – 13,4% do PIB – estão entre os mais altos do mundo. Enquanto, por exemplo, as despesas do Poder Judiciário de países desenvolvidos, como Espanha, Inglaterra ou EUA, e de vizinhos como Argentina ou Chile oscilam entre 0,12% e 0,22% do PIB, o Brasil gasta 1,3%. A disparidade salarial entre o setor privado e o público, especialmente o federal, também está bem acima da média.

Concomitantemente à correção destas distorções, a reforma precisará investir em mecanismos de qualificação dos quadros. Como disse Weber Sutti, diretor de projetos da Fundação Lemann, que faz parte da coalizão, os governos que fizeram transformações para entregar melhores serviços passaram por uma reestruturação de gestão de pessoas focada na remoção de barreiras de atração, políticas claras de liderança e modelos de carreiras.

A pandemia mostrou o quão indispensável é o Estado para enfrentar graves crises nacionais. Como disse o filósofo Michel de Montaigne, ele mesmo um magistrado, “a mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil ao maior número de pessoas”. Antes que bombardear toda tentativa de reforma, as corporações dos servidores deveriam empenhar sua energia em debates como os que estão sendo promovidos pela coalizão, a fim de suprimir os vícios estruturais que obliteram e desonram a sua nobre ocupação.

 

BIDEN CONFIA QUE GANHOU A ELEIÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

 

“Os números são convincentes: nós vamos ganhar essa eleição”, diz Biden

 

Da Redação

 


Em discurso no fim da noite desta sexta-feira (6) em Wilmington, Delaware, o candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, afirmou que apesar de não ser uma declaração final de vitória, “os números são convincentes: nós vamos ganhar essa eleição”.

Essa foi a primeira declaração de Biden após consolidar uma virada sobre o candidato à reeleição Donald Trump em estados chave para a vitória, como a Geórgia e, principalmente, a Pensilvânia, no qual, caso seja confirmada a preferência dos eleitores desse estado, o democrata já garante numericamente mais de 270 delegados, valor necessário para ser eleito o 46º presidente dos EUA.

O ex-vice-presidente de Barack Obama repetiu o pedido de calma aos americanos e reafirmou que, embora a contagem avance devagar, esses votos representam o desejo de cada cidadão que quer que o país se una novamente.

Biden também citou o fato de ter recebido a maior votação da história no país, com mais de 74 milhões de votos até o momento. Superando com folga os mais de 69,5 milhões que Barack Obama recebeu em 2008. Donald Trump também já superou a marca de Obama nesta disputa contra Biden.

“Tivemos mais de 74 milhões de votos. É mais do que qualquer outra chapa teve na história e nossa margem está crescendo”, disse Biden.

O democrata, que está muito próximo de conquistar o posto máximo da Casa Branca também prometeu que não perderá tempo diante da pandemia de Covid-19, que fez com que o país tivesse nesta sexta, pelo terceiro dia consecutivo, recorde de novos casos de contaminação pelo novo coronavírus.

“Quero que todos saibam que, desde o primeiro dia, colocaremos em prática nosso plano para controlar esse vírus. É hora de nos unirmos como nação para curar”, disse Biden.

Suprema Corte determina que votos pelos correios sejam separados na Pensilvânia

 

Da Redação – Jornal Estadão

 

 

Suprema Corte dos EUA determinou nesta sexta-feira (6) que todas as cédulas de votação enviadas pelos correios e que chegaram após o dia da eleição, no último dia 3, sejam contadas separadas dos demais votos no estado da Pensilvânia. As informações são do NY Times.

A decisão atende a um pedido do partido Republicano, do presidente candidato à reeleição, Donald Trump, que vem afirmando, sem provas, que o partido Democrata, do candidato Joe Biden, tem tentado roubar as eleições.

Segundo a reportagem, a secretária de estado da Pensilvânia, Kathy Boockvar, já havia ordenado aos funcionários responsáveis pela contagem dos votos que separassem essas cédulas, mas que ela não tinha certeza se todos estavam fazendo.

As cédulas recebidas até esta sexta podem ser contadas, mas por enquanto não entrarão na contagem total. Esses votos enviados pelos correios, até o momento, tendem a beneficiar o candidato Joe Biden, que começou a apuração perdendo no Estado, mas conforme o andamento da apuração assumiu a liderança na preferência dos eleitores da Pensilvânia.

 

AVIÃO DA FAB LEVA EQUIPAMENTOS PARA RESTABELEER A ENERGIA NO AMAPÁ-AP

 

Aviões da FAB levam geradores para o Amapá

 

Poder360

 

 

A FAB (Força Aérea Brasileira) enviou ao Amapá aeronaves com toneladas de equipamentos necessários para reestabelecer a energia elétrica no Estado. Os aviões transportam máquinas de purificação de óleo e geradores para a capital Macapá. A missão, que começou nessa 6ª feira (6.nov.2020), deve terminar no sábado (7.nov).

 


© Divulgação/Ministério da Defesa As aeronaves transportarão máquinas de purificação de óleo e geradores para Macapá

Um incêndio em 1 transformador, na noite de 3ªfeira (3.nov), provocou o apagão em 14 das 16 cidades do Estado. O transformador atingido pertence à empresa concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), controlada pela espanhola Isolux, e foi totalmente destruído. Como outros 2 equipamentos também foram danificados, não houve possibilidade de reaproveitamento das peças para religamento da subestação.

O presidente Jair Bolsonaro disse nessa 6ª feira (6.nov) que acionou o Exército e a Marinha “desde o 1º momento” para reestabelecer, com uso de geradores próprios, a energia em pontos considerados estratégicos do Estado.

Nossa equipe está fazendo a filtragem do óleo contaminado que refrigera o 3º transformador, aproximadamente 46.000 litros“, disse o presidente em vídeo postado em seu perfil do Facebook. “O óleo estando em condições, o transformador será posto em funcionamento.” Segundo Bolsonaro, uma equipe se reunirá neste sábado (7.nov) para avaliar novas medidas.

O Ministério de Minas e Energias publicou portaria (íntegra – 63 KB) nessa 6ª feira (6.nov) autorizando “a contratação, de forma célere, excepcional e temporária, de geração de energia elétrica no montante de até 150 MW, no Amapá, por até 180 dias ou em prazo inferior, quando houver reconhecimento pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de condição satisfatória de atendimento ao Estado“.

Em nota, a pasta afirmou que “continuará não só a coordenar todas as medidas necessárias para o adequado atendimento à população do Amapá, mas também, promover a apuração dos fatos e responsabilidades relativas à perturbação verificada no dia 3 de novembro“.

Situação de emergência

O apagão levou o governo do Estado a decretar situação de emergência. Pessoas estão perdendo alimentos em virtude da falta de refrigeração e itens básicos começam a faltar nos mercados. Uma das poucas panificadoras da capital que ainda funcionam concentra longas filas na entrada. O estabelecimento decidiu limitar a quantidade de pães por cliente.

Além disso, as pessoas têm dificuldade de fazer compras de forma eletrônica por falta de internet estável e energia para carregar as máquinas de cartão. Os consumidores precisam sacar dinheiro para fazer compras, mas o apagão também não permite saques em caixas rápidos. Os principais hospitais do Estado estão operando a base de geradores a óleo diesel.

Retorno da energia em breve

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou na 5ª feira (5.nov) que o restabelecimento das condições normais de abastecimento energético no estado deve levar 30 dias. Ele esteve com o governador do Estado, Waldez Góes, para tratar da crise de energia.

Segundo afirmou o ministro na 5ª feira (5.nov), havia expectativa de que fossem restabelecidos de 60% a 70% do abastecimento de energia elétrica no Amapá no mesmo dia. Além do conserto dos geradores danificados, o governo tem providenciado o envio de geradores.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) está em Macapá desde o início da crise e tem enviado vídeos com relatos do que tem acontecido. “Depois de quase 65 horas sem energia, temos notícias do reestabelecimento em alguns bairros da cidade. Ao que tudo indica, pelos próximos 10 a 15 dias, por termos apenas 1 transformador na subestação funcionando, energia em sistema de racionamento”, afirmou o senador, na tarde de hoje. Ele tem atuado junto ao Poder Judiciário para tentar garantir a distribuição de cestas básicas e água à população, dentre outras medidas.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...