sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O ESTADOS UNIDOS USAM VOTO DE UM COLÉGIO ELEITORAL PARA ESCOLHER O SEU PRESIDENTE

 

Por que EUA usam colégio eleitoral em vez de voto direto para escolher presidente

 

 

A eleição presidencial dos Estados Unidos foi realizada em 3 de novembro. E, como em eleições anteriores, seria possível que o candidato com mais votos não seja o vencedor.

 

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Isso porque o presidente não é escolhido diretamente pelos eleitores, mas pelo que é conhecido como Colégio Eleitoral.

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Por que esse sistema foi escolhido?

Quando a Constituição dos EUA estava sendo elaborada, em 1787, era praticamente impossível a realização de uma votação popular nacional para eleger um presidente. Isso por causa do tamanho do país e das dificuldades de comunicação.

Ao mesmo tempo, havia pouco entusiasmo em permitir que o presidente fosse escolhido pelos legisladores da capital, Washington DC.

Assim, os criadores da Constituição inventaram o Colégio Eleitoral, com cada Estado escolhendo delegados para compô-lo.

Os Estados menores gostaram do sistema porque eles ganhavam, assim, uma voz mais forte na escolha do presidente do que no voto popular nacional.

O Colégio Eleitoral também era preferido pelos Estados do sul, onde os escravos constituíam grande parte da população. Mesmo que os escravos não votassem, eles eram contados no censo dos EUA (como três quintos de uma pessoa).

Como o número de delegados no Colégio era determinado pelo tamanho da população de um Estado, os Estados do sul tinham mais influência na eleição do presidente do que teriam em uma votação direta.

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Como funciona o colégio eleitoral?

Quando os americanos vão às urnas nas eleições presidenciais, estão na verdade escolhendo um grupo de delegados que representará a decisão do Estado no Colégio Eleitoral.

A palavra "colégio" aqui simplesmente se refere a um grupo de pessoas com uma tarefa comum. Essas pessoas são chamadas de "electors" (eleitores) e sua função é nomear o presidente e o vice-presidente.

O Colégio Eleitoral se reúne a cada quatro anos, algumas semanas após o dia das eleições, para cumprir essa tarefa.

O número de delgados/eleitores de cada Estado é aproximadamente correspondente ao tamanho de sua população — e proporcional ao número de parlamentares no Congresso dos EUA (deputados na Câmara e senadores).

A Califórnia tem o maior número de delegados — 55 — enquanto alguns lugares com baixa densidade populacional, como Wyoming, Alasca, Dakota do Norte e Washington DC, têm o mínimo de três.

No total, o Colégio tem 538 delegados.

Cada delegado representa um voto eleitoral, e um candidato precisa obter a maioria dos votos — 270 ou mais — para ganhar a Presidência.

Geralmente, o candidato que conquista maioria simples na votação do Estado, ganha todos os delegados deste Estado no Colégio Eleitoral.

Por exemplo, se um candidato ganha 50,1% dos votos no Texas, ele recebe todos os 38 votos eleitorais do Estado no Colégio. Se o mesmo candidato vencesse de forma esmagadora, com, digamos, 70%, ele continuaria levando apenas os 38 votos.

Portanto, é possível que um candidato se torne presidente vencendo uma série de disputas acirradas em certos Estados, apesar de ter menos votos em todo o país.

Existem apenas dois Estados (Maine e Nebraska) que dividem os votos do Colégio Eleitoral de acordo com a proporção de votos que cada candidato recebe.

É por isso que os candidatos presidenciais têm como alvo os chamados Estados-pêndulo — lugares sem preferência clara por Democratas ou Republicanos, onde tanto pode dar um como o outro — em vez de tentar conquistar o maior número possível de eleitores em todo o país.

Cada Estado em que ganham os aproxima dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral.

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Um candidato já perdeu o voto nacional, mas se tornou presidente?

Sim. Na verdade, duas das últimas cinco eleições foram vencidas por candidatos com menos votos no total nacional do que seus rivais.

É possível que uma pessoa seja o candidato mais popular entre os eleitores em todo o país, mas ainda assim não consigam conquistar delegados suficientes para obter os 270 votos no Colégio Eleitoral.


© Getty Images Em 2000, George W Bush foi eleito, embora Al Gore tenha vencido o voto popular com mais de meio milhão de votos

Em 2016, Donald Trump teve quase três milhões de votos a menos do que Hillary Clinton, mas obteve mais votos no Colégio Eleitoral.

Em 2000, George W. Bush venceu com 271 votos eleitorais, embora o candidato democrata Al Gore tenha vencido o voto popular com mais de meio milhão de votos.

Apenas três outros presidentes foram eleitos sem ganhar o voto popular, todos eles no século 19: John Quincy Adams, Rutherford B. Hayes e Benjamin Harrison.

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Os delegados têm de votar no candidato que venceu?

Em alguns Estados, não há uma obrigatoriedade expressa, mas, na prática, esses delegados sempre votam no candidato que ganha mais votos em seu Estado.

Se um delegado votar contra a escolha presidencial de seu Estado, é considerado "infiel". Em 2016, sete delegados votaram contrariando a vontade do Estado, mas nenhum resultado até hoje foi alterado por eleitores "infiéis".


© Getty Images Cada Estado tem direito a uma quantidade de eleitores no colégio© BBC

O que acontece se nenhum candidato obtiver a maioria?

Nesse caso, a Câmara dos Representantes, a câmara baixa dos legisladores dos EUA, vota para eleger o presidente.

Isso aconteceu apenas uma vez, em 1824, quando quatro candidatos dividiram o voto eleitoral, negando a qualquer um deles a maioria.

Com dois partidos dominando o sistema americano, é improvável que isso aconteça hoje.

 

MACAPÁ SEM LUZ DESDE DE TERÇA-FEIRA DEVIDO QUEDA DE RAIO

 

Sem luz desde 3ª feira, Macapá decreta estado de calamidade pública

 

Poder360

 

 

O prefeito de Macapá, Clécio Luís (PT), decretou nessa 5ª feira (5.nov.2020) estado de calamidade pública por 30 dias. Dos 16 municípios do Amapá, 14 estão sem eletricidade desde a noite de 3ª feira (3.nov).

 

O prefeito de Macapá, Clécio Luís (PT)© Wilson Dias/Agência Brasil O prefeito de Macapá, Clécio Luís (PT)

Nós alteramos o decreto de calamidade pública em razão do apagão. Estava só para pandemia. Estamos tendo dificuldade de comprar outros tipos de insumos. Então o decreto de calamidade pública vai nos ajudar a resolver problemas nesses dias enquanto não se encontra solução definitiva do apagão“, disse Clécio Luís.

O prefeito assinou outro documento autorizando postos de combustíveis a funcionar 24 horas por dia. Por causa de medidas de prevenção contra a covid-19, os locais podiam ficar abertos de 6h até 22h.

A prefeitura disponibilizou 6 caminhões pipas. Dois serão usados para abastecer hospitais e UBSs (unidades básicas de saúde) e 4 para bairros da cidade, ainda não especificados. Como a água fornecida não é potável, deve ser usada apenas para afazeres domésticos e higiene pessoal.

A segurança nas ruas foi reforçada. As escolas e UBSs terão apoio da Guarda Civil Municipal. A Defesa Civil, assistência social e zeladoria urbana estão disponíveis em caso de novas chuvas.

Na 3ª feira (3.nov), incêndio atingiu uma subestação de Macapá e danificou 2 dos 3 transformadores. O 3º está em manutenção desde dezembro de 2019.

O dano nos equipamentos fez com que o abastecimento fosse interrompido nas linhas de transmissão Laranja/Macapá e nas usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a região. Veja fotos e vídeos.

O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) disse na 5ª feira (5.nov) que o restabelecimento de até 70% da carga de energia elétrica no Amapá deverá acontecer nesta 6ª feira (6.nov).

O fornecimento de 100% da energia só será retomado em 15 dias, quando 1 segundo transformador chegará ao Estado. A segurança do sistema elétrico, porém, só estará estabelecida em 30 dias, quando o 3ª transformador for instalado.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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