domingo, 11 de outubro de 2020

PARCELA DOS MAIS JOVENS REDUZ E PARCELA DOS MAIS VELHOS AMUMENTA NO BRASIL

 

Menos crianças, mais velhos

 

Notas & Informações

 


Lenta na aparência, a transformação do padrão demográfico do País é profunda e, a despeito de ser aferida não anualmente, mas ao longo de décadas, tem sido surpreendentemente rápida em algumas regiões. Um desses dados que surpreendem pela intensidade da mudança acaba de ser divulgado pela Fundação Seade. Entre 1970 e 2020, a participação das crianças na população do Estado de São Paulo caiu pela metade. Das pessoas que viviam em São Paulo em 1970, 30% tinham até 12 anos de idade; em 2020, as crianças nessa faixa etária representam 15% da população paulista.

Há, obviamente, mais crianças vivendo em São Paulo hoje do que havia há 50 anos. A população com até 12 anos era de 5,3 milhões em 1970; hoje, ela é de 6,8 milhões (aumento de 28,3%). O crescimento da população do Estado, porém, foi muito mais rápido, tendo passado de 17,7 milhões para 44,6 milhões de pessoas (crescimento de mais de 150%), daí a notável queda da fatia das crianças no total.

A redução da população mais jovem – com o consequente aumento da parcela dos idosos, o que tem elevado a idade média dos brasileiros – é um fenômeno demográfico nacional. Ele vem sendo observado desde meados da década de 1960 e passou a mostrar maior intensidade a partir da década seguinte. É, coincidentemente, o período considerado no estudo demográfico da Fundação Seade, instituição vinculada ao governo paulista e responsável pela produção de estatísticas do Estado que compõem o quadro nacional elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estudos estatísticos apontam que mudanças nos indicadores de natalidade e de fecundidade na virada das décadas de 1960 e 1970 antecipavam as transformações que surgiriam de maneira exuberante nas estatísticas demográficas dos anos seguintes. Em 1970, a taxa de natalidade era de 37,7 nascimentos por mil habitantes. A de fecundidade era de 5,8 filhos por mulher. As décadas seguintes registraram queda ininterrupta desses indicadores, com mais intensidade nas últimas. Com base nos dados do Censo de 2010, a taxa de natalidade havia baixado para 16,0 nascimentos por mil habitantes e a de fecundidade, para 1,9 filho por mulher.

O estudo da Fundação Seade não contém a variação da taxa de natalidade, mas mostra que a queda da taxa de fecundidade, de 4,3 filhos por mulher para 1,7 entre 1970 e 2020, teve papel decisivo na mudança da estrutura etária da população paulista.

Um dado especial do estudo é o que mostra que a razão de sexo entre crianças, que indica o número de meninos para cada grupo de 100 meninas, vem aumentando paulatinamente nos últimos 50 anos. Era de 102,6 em 1970 e alcançou 104,7 neste ano. Este último índice é bastante próximo à razão de sexo ao nascer (próxima de 105).

A combinação dos efeitos da urbanização sobre a vida cotidiana, como a maior inserção da mulher no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade, é apontada como grande fator da mudança no padrão de fecundidade nas últimas décadas. Ao mesmo tempo, a redução das taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, em boa parte graças a melhores condições de vida na cidade, ajudou a aumentar substancialmente a expectativa de vida ao nascer.

Essas mudanças fizeram crescer o número de pessoas em idade ativa (pelo menos até 2010) e também o de idosos (com mais de 60 anos).

As consequências sobre as necessidades econômicas e sociais têm sido notáveis. Obviamente, é decrescente a demanda de vagas no ensino fundamental. Mas outras demandas surgiram. O envelhecimento da população resulta em novas carências na área de saúde, em que os tratamentos tendem a ser mais complexos e caros. Há maior necessidade familiar de cuidados com idosos, numa fase de transição demográfica em que a família diminui e mais mulheres trabalham fora. A sustentação do sistema previdenciário, já complicada, fica mais difícil com a redução do número de contribuintes e o aumento do de beneficiários.

São desafios que a sociedade e o Estado precisam encarar.

 

MÉDICO AFIRMA QUE O PRESIDENTE TRUMP NÃO CORRE RISCO DE TRANSMITIR O VÍRUS

 

Trump já não corre risco de transmitir vírus a outras pessoas, diz médico

 

dw.com

 

 

Médico da Casa Branca, no entanto, não esclareceu se último teste do presidente americano apresentou resultado negativo. Declaração ocorre após Trump fazer um comício para apoiadores na sede do governo.

 


© Tom Brenner/Reuters Trump discursa para apoiadores na Casa Branca. Ele voltou a tirar a máscara em público

O presidente dos EUA, Donald Trump, não apresenta mais um quadro contagioso, disse o médico da Casa Branca, Dr. Sean Conley, em comunicado na noite de sábado (10/10).

"Esta noite [sábado], é com satisfação que anuncio que, além de o presidente preencher todos os critérios para o fim em segurança do isolamento, à luz dos padrões atualmente reconhecidos, também já não corre o risco de transmitir (o vírus) a outras pessoas", disse no comunicado, acrescentando que a avaliação foi baseada em critério do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

A Casa Branca, no entanto, não confirmou imediatamente se a declaração de Conley indicava que o último teste do presidente apresentou resultado negativo para a presença do coronavírus.

Mais cedo no sábado, Trump fez sua primeira aparição pública desde que voltou à Casa Branca após uma estada de três dias em um hospital militar.

Trump discursou da sacada da Casa Branca em um comício chamado de "protesto pacífico por lei e ordem", considerado como o primeiro passo da retomada de sua campanha à reeleição. O evento contou com a presença de algumas centenas de pessoas no gramado em frente à sede do governo americano, o que gerou temores em razão do não cumprimento das recomendações de saúde, como o uso de máscaras de proteção e o distanciamento social. Trump também voltou a tirar a máscara em público enquanto discursava.

Recentemente, a Casa Branca foi acusada de organizar um evento que resultou em uma "superpropagação" do vírus. No dia 26 de setembro, a cerimônia que oficializou a indicação da conservadora Amy Barrett para a Suprema Corte pode ter sido o marco zero de um surto de coronavírus na cúpula do governo americano.

Após essa cerimônia em setembro, pelo menos onze pessoas que estavam entre os mais de 150 convidados testaram positivo para covid-19, incluindo Trump e a primeira-dama, Melania. Na ocasião, os convidados foram instruídos a não usar máscaras se tivessem testado negativo naquele dia. Fotos também mostraram os convidados aglomerados durante a cerimônia, nos jardins da Casa Branca.

As cenas voltaram a se repetir neste sábado. Em seu discurso, Trump se esforçou para demonstrar que está bem. E voltou a afirmar, sem citar dados científicos, que a doença surgida na China em dezembro vai simplesmente desaparecer. "Já está desaparecendo", assegurou. Até este sábado, os EUA acumulavam 7,6 milhões de casos e mais de 214 mil mortes por covid-19.

"Quero que saibam que nossa nação vai derrotar esse terrível vírus da China", disse Trump da varanda para uma multidão animada de centenas de pessoas reunidas no gramado sul da Casa Branca, a maioria usando máscaras, mas com muito pouco distanciamento social.

Até o momento, as tentativas de Trump de projetar uma imagem de liderança no combate ao crime parecem ter pouco impacto. Pesquisas de opinião colocam o democrata Joe Biden, o adversário de Trump nas eleições de 3 de novembro, com ampla vantagem em relação ao presidente. A diferença entre ambos, contudo, é menor em alguns dos estados considerados fundamentais para as pretensões de ambos os candidatos.

O evento deste sábado teve ares de comício eleitoral, apesar de constar na agenda do presidente como sendo apenas um de seus compromissos. Oficialmente, Trump deve realizar seu primeiro evento de campanha após a infecção por covid-19 nesta segunda-feira, na Flórida.

A campanha de Biden informou em nota que o ex-vice-presidente testou negativo para covid-19 neste sábado, antes de partir para um evento na Pensilvânia.

JPS/dpa/afp/ots

 

GOVERNO DÁ PRIORIDADE DE VOTAÇÃO AO MARCO DO GÁS E A LEI DE FALÊNCIAS NO CONGRESSO

 

Marco do gás e lei de falências são prioridades, diz governo

 

Amanda Pupo

 

BRASÍLIA - Pasta responsável pela articulação política do governo no Congresso, a Secretaria de Governo afirmou que o novo marco legal do gás e o projeto que atualiza as regras de falência e recuperação judicial têm “prioridade especial” para terem as votações concluídas no Senado até o início de novembro.

Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Governo, comandada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, afirmou que 2020 foi “atípico” tanto por ser ano eleitoral quanto pela chegada da pandemia do coronavírus.

 

© Tasso Marcelo/Estadão Setor aguarda aprovação de novas regras para gasoduto em Duque de Caxias

“Entre os meses de março e agosto, o Congresso ficou focado na aprovação de matérias relacionadas a amenizar as consequências da pandemia tanto no campo político quanto no social e na saúde, principalmente. Além disso, assim que as sessões foram retomadas (mesmo que de forma virtual), as medidas provisórias tiveram maior atenção para não caducarem (ou seja, perderem a validade)”, afirmou a pasta.

Segundo o ministério, há expectativa de avanço no relatório e na apreciação do projeto para a cabotagem (“BR do Mar”) na semana de 19 a 23 de outubro. Além disso, o governo espera que, entre esses dias, também seja votado o requerimento de urgência do projeto que institui um novo mercado de câmbio, enviado pelo Executivo no ano passado.

O ministério citou que ainda têm “atenção especial da articulação política” o marco legal das ferrovias e o projeto de autonomia do Banco Central. “Ressaltamos também que há uma rotina semanal com líderes e os presidentes das Casas sobre as pautas prioritárias para o Executivo. Esse trabalho foi se aperfeiçoando juntamente com a formação da base de apoio”, afirmou.

O governo, que se aliou a partidos do Centrão neste ano, destacou também a aprovação das PECs do orçamento de guerra (que suspendeu regras fiscais para ampliar os gastos no combate à pandemia), do Fundeb (principal financiador da educação básica), do novo marco do saneamento, do novo Código de Trânsito Brasileiro e da Lei de Segurança de Barragens. “Conseguimos formar uma base de apoio às propostas do Executivo”, disse a nota.

O Ministério de Minas e Energia, grande interessado nos novos marcos do gás e do setor elétrico, afirmou que trabalha junto com outros ministérios para que o Congresso conclua as votações desses projetos “na forma mais tempestiva possível”.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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