terça-feira, 6 de outubro de 2020

TURISMO PERDE 50 MIL EMPRESAS COM A PANDEMIA

 

CNC: turismo perde quase 50 mil empresas em 6 meses de pandemia

Agência Brasil

 


A crise provocada pela pandemia de covid-19 fez com que o setor de turismo perdesse 49,9 mil estabelecimentos, com vínculos empregatícios, entre março e agosto deste ano, segundo informou hoje (5) a Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC).

O saldo negativo no período equivale a 16,7% do número de empresas com vínculos empregatícios nestas atividades, verificados antes da pandemia.

Para a CNC, o surto de covid-19 afetou empreendimentos de todos os portes, mas os que mais sofreram perdas foram os micro (-29,2 mil) e pequenos (-19,1 mil) negócios. Regionalmente, os estados e o Distrito Federal registraram redução no número de unidades ofertantes de serviços turísticos, com maior incidência em São Paulo (-15,2 mil), Minas Gerais (-5,4 mil), Rio de Janeiro (-4,5 mil) e Paraná (-3,8 mil).

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a maior parte das atividades que compõem o turismo brasileiro permanece ainda sem perspectiva de recuperação significativa nos próximos meses, principalmente em virtude do caráter não essencial do consumo destes serviços.

“A aversão de consumidores e empresas à demanda, somada ao rígido protocolo que envolve a prestação de serviços dessa natureza, tende a retardar a retomada do setor”, disse Tadros, em nota.

Todos os segmentos turísticos acusaram saldos negativos nos últimos seis meses, com destaque para os serviços de alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes (-39,5 mil), e os de hospedagem em hotéis, pousadas e similares (-5,4 mil) e de transporte rodoviário (-1,7 mil).

Faturamento menor

A CNC calcula que, em sete meses (de março a setembro), o turismo no Brasil perdeu R$ 207,85 bilhões. “Mesmo com as perdas ligeiramente menos intensas nos últimos meses, o setor explorou apenas 26% do seu potencial de geração de receitas durante o período”, disse Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa.

Segundo o estudo, o faturamento do setor turístico apresentou queda de 56,7% até julho, em relação à média verificada no primeiro bimestre. Os números referentes ao volume de receitas evidenciam que o setor tem sido o mais afetado pela queda do nível de atividade ao longo da pandemia, sobretudo, quando comparado ao volume de vendas do comércio varejista (-1,6%), da produção industrial (-5,6%) e do setor de serviços como um todo (-13%).

Menos emprego

Com menos estabelecimentos com vínculos empregatícios, o setor de turismo também sofreu em relação à empregabilidade. Em seis meses de pandemia, foram eliminados 481,3 mil postos formais de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“A destruição destas vagas representou uma retração de 13,8% no contingente de pessoas ocupadas nessas atividades. E, na média de todos os setores da economia, a variação relativa no estoque de pessoas formalmente ocupadas cedeu 2,6%”, afirmou Fabio Bentes.

Os segmentos de agências de viagens (-26,1% ou -18,5 mil) e de hotéis, pousadas e similares (-23,4% ou -79,9 mil) registraram os cortes de empregos mais intensos.

 

PIX VAI FACILIATAR A VIDA DOS BRASILEIROS E AJUDA NA EXPANSÃO DAS VENDAS

 

Varejo aposta em facilidades do Pix: transações ocorrem em até 10 segundos do novo sistema

Marciano Menezes

 

 

Marcus Dantas, da Ping Pão: “Toda ferramenta nova facilita para o cliente e ajuda na expansão das vendas”

O novo meio de pagamentos e transferências financeiras instantâneas do Banco Central (BC), o Pix, que entra em plena operação no dia 16 de novembro, deve facilitar a vida dos brasileiros, impulsionar as vendas do varejo neste fim de ano e contribuir para a ampliação da clientela. Ontem, no primeiro dia de criação das chaves digitais (senhas), 3,5 milhões de pessoas fizeram o cadastro até as 18h30, segundo o BC.

“Toda ferramenta nova facilita para o cliente e ajuda na expansão das vendas e na atração, principalmente, do público mais jovem”, diz o proprietário da Ping Pão, Marcus Dantas, que pretende instalar a plataforma tão logo esteja disponível.

No novo sistema, as operações ocorrem em até 10 segundos, 24 horas e todos os dias do ano, independente de ser sábado, domingo ou feriado.

Com cinco lojas em Belo Horizonte e duas em Betim, na Grande BH, Marcus Dantas considera que sem a cobrança de taxas para as pessoas físicas no novo sistema, haverá mais facilidades para as transações comerciais. “Vai ajudar muito. Hoje o troco está muito difícil e a circulação de moeda gera outros custos, depósitos, além dos riscos”, enfatiza.

O Pix, que promete revolucionar a maneira como o brasileiro lida hoje com o dinheiro, será uma alternativa ao uso a meios tradicionais existentes no mercado como o boleto bancário, DOC (documento de ordem de crédito), transferência eletrônica disponível (TED), cartão de débito e pagamento em espécie. Além da redução de custos, a vantagem do sistema é que a transação é feita em segundos, sem a necessidade de cartão ou tokens. Basta um celular ou computador com acesso à internet. 
Na TED, a transferência hoje demora de 30 minutos a uma hora, enquanto no DOC o dinheiro só entra no dia seguinte na conta.

Rapidez
O consumidor que quiser adquirir um livro, por exemplo, se tiver a opção de leitura do QR Code, acessa o aplicativo da instituição financeira onde tem conta e clica na opção pagar com Pix, o que agiliza muito as transações. 

Chaves digitais
Desde ontem, já é possível o usuário cadastrar senhas (chaves digitais) associadas a contas bancárias, o que vai permitir o uso do novo sistema. 
Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores. Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número de celular, o endereço de correio eletrônico (e-mail) ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). (Com Agência Brasil).

 

Economista prevê redução de filas e comodidade

O economista-chefe da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio), Guilherme Almeida, aponta uma série de vantagens do novo sistema de pagamentos instantâneo: agilidade nas transações, possível redução de custos financeiros para os varejistas e novas oportunidades para que o comércio agregue valor ao serviço ofertado, já que a partir de 2021 será possível que os consumidores façam saques em lojas físicas, o que pode impulsionar o reuso de valores, além de gerar maior fluxo e reduzir saldo físico de recursos em caixa, conveniência e competitividade.

“Para exemplificar, temos o ganho de produtividade. Com o uso do QR Code e confirmação instantânea, por exemplo, podemos ter redução nas filas dos estabelecimentos e, consequentemente, maior fluxo em decorrência da comodidade”, avalia o economista.

Segundo ele, o Pix deve promover também uma redução dos custos financeiros do varejo. “Torna mais barata a transferência de valores entre os agentes econômicos (consumidores e empresas), além do pagamento de contas”, explica.

O economista da Fecomércio lembra também que o modelo pode beneficiar ainda redes que atuam com crediário, já que os clientes hoje utilizam apenas o cartão de crédito.

Mesma avaliação tem o advogado Cristiano Maschio, especialista em open banking. Segundo ele, o Pix veio para democratizar as transferências bancárias por dois motivos: baixo custo e transferência 24 horas, a qualquer momento. “Vou em uma fazenda no domingo, gostei de um porquinho e não tenho dinheiro ali na hora, transfere pelo Pix”, disse.

Em relação aos riscos, Maschio considera que serão os mesmos de uma TED ou DOC. “Se digitar errado, vai ser transferido errado, vai para a conta errada”, explica, lembrando que é necessária a atenção dos consumidores neste ponto. “O sistema é muito bom e vai facilitar as transações e a vida da gente”, avalia.

O especialista em finanças Paulo Vieira considera também uma evolução o novo sistema. “Todos esses sistemas acompanham a dinâmica de um mercado também mais dinâmico e que as pessoas não têm tempo e têm urgência das coisas”. Ele considera o Pix seguro e acredita as pessoas devem utilizar mais a senha gerada pelo sistema, para evitar uso de celular, e-mail ou CPF.

 

COLUNA ESPLANADA DO DIA 06/10/2020

 

Apostas no plenário

Coluna Esplanada

 

 


Com a conhecida má vontade do Congresso Nacional em legalizar os jogos de bingos e cassinos em projetos que tramitam há quase uma década – sempre revigorados em apensos ou novos textos – o Supremo Tribunal Federal pode dar um passo avante no tema, na esteira da quebra do monopólio da Caixa nas loterias. Cassino e bingo são jogos de azar enquadrados na Lei de Contravenções Penais, que completa 80 anos em 2021. Há duas ações tramitando na Corte: uma relatada pelo presidente Luiz Fux, e outra pelo ministro Edson Fachin, que podem ou não descriminalizar os jogos em seu voto-relatório. A eventual não recepção do Artigo 50 da Lei de 1941 pela Constituição Federal de 1985 pode abrir caminho para a volta dos jogos de azar. Essa é a aposta dos empresários do setor, cujas operações foram proibidas pelo presidente Lula em 2003.

Abre-caminho
A tese é parecida com a que foi julgada semana passada pelo STF, que derrubou artigo em Lei Federal que dava exclusividade à União para promover loterias.

No prelo
Estados que ainda não exploram loterias já formam grupos de trabalho, nas secretarias de Fazenda, para lançar loterias (em especial raspadinhas) no 1º trimestre de 2021. 

Retorno social
As discussões sobre o reforço do caixa somam-se aos obrigatórios repasses para áreas do Esporte e Ação Social, através de programas estaduais. 

Pet capitalista
Luuh Pinheiro, candidata a vereadora pelo Progressistas de Campinas (SP), soltou um ‘santinho’ virtual com essa frase: “Eu não suporto socialismo. Não desejo ver os brasileiros comendo seus próprios pets”.

Gestão no vermelho
No Recife, o candidato a prefeito Marco Aurélio (PRTB) propõe isenção de IPTU para idosos acima de 65 anos com imóvel único, e também para quem.. hastear a bandeira do Brasil na frente de casa. IPTU e ISS são as maiores fontes de receita de uma gestão.

Na edição
Acostumado a surpreender para todo lado, o presidente Jair Bolsonaro, que prometeu não fazer campanha este ano, gravou vídeo de apoio a um candidato à prefeitura de BH.

Resguardo
O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) avisou a amigos e família que está contaminado com Covid-19, e recluso em casa.

Fim do acordão?
Advogados opositores de Felipe Santa Cruz lançaram nas redes sociais o movimento #querodiretasnaOAB, para escolher o futuro presidente. Pela praxe, a Ordem tem rodízio para um representante de cada seccional estadual se tornar presidente.

Aliado envergonhado
A delegada Patrícia Domingos (Podemos) está proibida pelo Cidadania – o partido da coligação – de elogiar Bolsonaro; os candidatos mais à direita dizem que contam com o apoio do presidente, mas não apresentam uma foto sequer ao seu lado. 

Cadê o ídolo?
Até agora, Marília Arraes (PT) não postou uma foto com o maior ídolo do partido, Lula da Silva. Já João Campos (PSB) elogia o prefeito Geraldo Júlio, mas sem fotos. 

Na telinha
O caso citado ontem da Record TV do Rio com o sufixo 1010 para o whatsapp de contato (número em alusão ao de urna do prefeito Marcelo Crivella) não é o primeiro. Quem lembra é Cidinha Campos, na rádio Super Tupi: numa eleição do início dos anos 2000, a emissora foi tirada do ar 3 dias, porque o Crivella concorria com o numero 22 e a TV exibia o Salmo 22, com a narração “O 22 vai nos salvar”...

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...