segunda-feira, 5 de outubro de 2020

SEMANA DE TRABALHOS DO CONGRESO BRASILEIRO

 

Congresso debate Renda Cidadã com governo e tenta instalar CMO

 

Poder360

 

A semana no Congresso começa com a indefinição sobre como será financiado o novo programa social de renda mínima do governo federal, chamado de Renda Cidadã, em meio à troca de farpas entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).


© Sergio Lima/Poder360 Queimada no Cerrado vista atrás do prédio do Congresso Nacional em Brasília. A semana será de negociações entre os congressistas e o governo

Anunciado há uma semana, o novo projeto deve substituir o Bolsa Família e será apresentado junto à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Pacto Federativo, do senador Marcio Bittar (MDB-AC). Inicialmente, a ideia era usar recursos de precatórios e da Educação para financiar a medida.

  • Precatórios: o governo limitará pagamento de precatórios a 2% da receita corrente líquida. Este valor será somado com o Bolsa Família;
  • Fundeb: 5% do valor extra aprovado para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica neste ano será destinado a proposta.

A proposta, entretanto, não foi bem recebida pelo mercado e pelo Congresso. As fontes de financiamento pensadas inicialmente foram descartadas e agora o governo e os congressistas devem negociar ao longo da semana mais alternativas.

Em meio às tratativas, o governo ainda precisa enviar suas contribuições para a reforma tributária. O Planalto defende a criação de 1 imposto sobre transações digitais para desonerar a folha de pagamentos, mas essa saída não conseguiu a simpatia dos políticos em Brasília.

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Na semana passada, o presidente da Câmara acusou o ministro de interditar o debate sobre a reforma tributária. Este, por sua vez, respondeu que Maia estava aliado à esquerda numa escalada do desentendimento entre ambos.

Entrou em ação uma articulação ao longo do fim de semana para que seja realizado 1 encontro entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ideia é que os 2 se encontrem nesta 2ª feira (5.out.2020).

Participam das articulações, segundo apurou o Poder360, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PP-TO).

COMISSÃO DE ORÇAMENTO

Na última 3ª feira (29.set), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), adiou a instalação da CMO (Comissão Mista de Orçamento). Por falta de acordo para escolha de 1 nome para presidir o colegiado, a abertura dos trabalhos ficou só para 3ª feira (6.out.2020).

Alcolumbre afirmou que caso os líderes não se resolvam em 7 dias, a presidência será definida pelo voto. “Para não haver conflito, a gente adiou por uma semana. Na próxima semana vamos instalar a comissão. O meu compromisso foi que nesses 7 dias eles busquem o entendimento, se não tiver 1 acordo para a gente votar”, disse.

O acordo fechado em abril era para a eleição do deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA), mas há uma divergência sobre a divisão de cadeiras da comissão. O centrão reivindica duas vagas, uma para o PSC e outra para o Pros. Como as cadeiras são divididas proporcionalmente pelo tamanho das bancadas, há dúvida sobre qual bancada usar: a da eleição ou a atual.

Como pano de fundo dessa discussão estão as negociações de apoios para a próxima eleição para a Câmara dos Deputados. Há uma disputa de bastidores entre o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), pela escolha do presidente da CMO.

Com a saída do DEM e do MDB do chamado “blocão”, deputados ligados a Lira passaram a defender a tese de que poderiam indicar o nome para a comissão por formarem o maior agrupamento da Casa.

Como o PL tem a maior bancada da Casa (41 deputados), a escolhida foi Flávia Arruda (PL-DF). Ela é mulher do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, preso no episódio que ganhou as manchetes com o apelido de “mensalão do DEM”.

VV

domingo, 4 de outubro de 2020

EXPECIALISTA DA UFMG EXPLICA O TRATAMENTO DO PRESIDENTE TRUMP DOS EUA CONTRA O COVID-19

 

Vitamina D? Especialista da UFMG explica tratamento de Donald Trump contra a COVID-19

Tratamento deve ter uso de outros medicamentos, como antiviral, anticoagulante, colchicina e dexamentazona


Roger Dias

 


Trump foi internado num hospital como medida de prevenção(foto: Saul Loeb/AFP)

 

Infectado pelo coronavírus nesta sexta-feira em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi submetido a um tratamento pouco usual para pacientes com a doença. De acordo com documento divulgado pela Casa Branca, o presidente está sendo tratado com vitamina D, zinco, famotidina, melatonina e aspirina.

 

 

Um dos defensores da cloroquina, remédio não recomendado pelas autoridades de saúde, Trump curiosamente não está usando o medicamento. Desde o início da pandemia, ele defendeu a droga em várias oportunidades: "Eu tomo, muitos médicos tomam. Espero que encontrem alguma resposta (contra a COVID-19), mas acho que as pessoas devem ser autorizadas (a tomar)".

 

Estado de Minas ouviu a professora Jordana Coelho dos Reis, do departamento de microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para entender qual o tratamento submetido pelo presidente. A especialista afirmou que, além da vitamina D, é necessário que seja receitado um antiviral no controle da doença.

 

“O que ele fez foi uma reposição de vitaminas num tratamento sintomático para combater febre. Se o indivíduo não tiver deficiência de vitamina D, não se justifica o tratamento. Ainda não temos um protocolo padrão de coronavírus. Temos várias drogas testadas e outras em estudo. Até agora, é preciso que haja um antiviral no tratamento. O mais eficaz até agora é o rendivisir, usado para pacientes casos graves. O curioso é que, quando apareceu esse medicamento no mercado, o Trump comprou todo o estoque”.

 

Ela explica a função do uso de vitaminas nos indivíduos: “As vitaminas são importantes para o desenvolvimento de uma resposta imune no indivíduo. Se ele não tiver necessidade de usá-la, não é necessário usá-la”

 

Jordana cita ainda outros medicamentos que ajudam no tratamento da COVID: “Para um tratamento completo de coronavírus, é necessário um tratamento com antiviral, heparina (anticoagulante), colchicina e dexamentazona”.

 

Trump foi encaminhado a um hospital como medida de precaução contra o coronavírus. Segundo a Casa Branca, Trump será atendido no Centro Médico Militar Walter Reed, perto da capital Washington. Imagens da televisão americana mostraram o presidente caminhando, sem aparentar maiores dificuldades, até o helicóptero que o levou ao hospital. Poucos minutos depois, ele chegou à unidade.

 

 

 

PARTIDOS POLÍTIOS ARTICULAM ENCONTRO DE MAIA E GUEDES PARA SEGUNDA-FEIRA

 

Políticos articulam encontro entre Rodrigo Maia e Paulo Guedes na 2ª feira

 

Poder360

 

Está em curso uma articulação ao longo do fim de semana para que seja realizado 1 encontro entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ideia é que os 2 se encontrem na 2ª feira (5.out.2020).

 

© Sérgio Lima/Poder360 O presidente da Câmara e o ministro da Economia em junho de 2019; políticos articulam encontro para apaziguar relação entre os 2

Participam das articulações, segundo apurou o Poder360, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PP-TO).

As articulações ainda estão em curso e devem prosseguir ao longo do domingo (4.out.2020). Participam também do processo para viabilizar o encontro o presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, e os ministros do TCU Bruno Dantas e Vital do Rêgo.

A pauta do encontro é responsabilidade fiscal e corte de despesas para viabilizar o programa social federal que o presidente Jair Bolsonaro gostaria de criar para substituir o auxílio emergencial de 2020.

Se for realizada, a reunião deve ser na residência de Bruno Dantas, que vai oferecer 1 jantar.

Maia e Guedes estão rompidos.

O presidente da Câmara reclamou no seu perfil no Twitter que Paulo Guedes teria interditado o debate sobre a reforma tributária.

O ministro da Economia reagiu sugerindo publicamente que Maia estaria aliado com a esquerda para interditar as privatizações.

Por fim, Maia respondeu que o ministro estaria desequilibrado.

A consequência principal é que Guedes tem ficado isolado e muito desgastado diante de líderes partidários governistas. O Poder360 também já ouviu várias críticas de outros ministros à intempestividade e pouca habilidade política do titular da Economia.

Bolsonaro neste momento não vê vantagem em trocar Guedes. A maioria dos políticos também acha que seria desgastante fazer tal mudança neste período pré-eleitoral.

Sem uma relação mais lhana entre Economia e Congresso, dificilmente avançam as reformas em curso no Legislativo. Daí a preocupação de congressistas que agora tentam a ajudar a recompor a relação entre Guedes e Maia.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...