domingo, 6 de setembro de 2020

RANKING DAS UNIVERSIDADES MUNDIAIS

 

O Brasil no ranking das universidades

 

Notas & Informações

 

 


Em meio a tantas notícias ruins no campo da economia, da saúde pública e da vida política brasileira, a Times Higher Education (THE), entidade britânica especializada na avaliação comparativa de qualidade de universidades do mundo inteiro, divulgou uma informação alvissareira: apesar dos problemas que enfrentaram no ano passado, com contingenciamento de verbas orçamentárias, cortes de recursos para pesquisas, redução de bolsas de pós-graduação e acusações improcedentes de serem “locais de baderna”, por parte das autoridades do governo federal, várias universidades públicas brasileiras saíram-se relativamente bem no ranking de 2021.

A Universidade de São Paulo (USP), maior instituição de ensino superior do País, por exemplo, melhorou sua classificação, subindo do patamar das 251-330 para o das 201-250. A colocação no ranking THE é anunciada em grupos. O patamar da USP é o mesmo de tradicionais universidades europeias e dos países mais desenvolvidos da Ásia. Outra importante instituição paulista, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), passou do patamar das 501-600 para o das 401-500, ficando ao lado de importantes universidades de países em desenvolvimento.

Além da USP e da Unicamp, outras 44 universidades brasileiras – quase todas pertencentes à rede federal controlada pelo Ministério da Educação – foram classificadas no ranking da THE. A maioria – dentre as quais estão as Universidades Federais do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e as Pontifícias Universidades Católicas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul – manteve as mesmas colocações obtidas no último ranking, o que já é uma conquista, dadas as dificuldades financeiras e políticas que tiveram de enfrentar. A surpresa está no ingresso de seis novas instituições nacionais – das quais quatro são sediadas no Nordeste, a região mais pobre do País – no ranking de 2021. São as Universidades Federais de Juiz de Fora, Sergipe, Maranhão, Paraíba, Piauí e de Uberlândia. A Universidade Federal de Sergipe, em especial, surpreendeu por ficar entre as dez melhores universidades brasileiras. No ranking anterior, nem sequer havia sido classificada.

A THE avaliou 1.527 universidades de 93 países. Na edição anterior, foram avaliadas 1.396 de 92 países. Com 35 universidades federais, 11 estaduais e 6 confessionais e particulares, o Brasil é o sexto país mais representado no ranking de 2021. Entre outros critérios, a THE leva em conta qualidade de ensino, pesquisa de ponta, citações de artigos em revistas científicas, intercâmbio de professores e transferência de conhecimento científico para a indústria.

Na lista das dez melhores, a avaliação de 2020 não trouxe surpresa. Mais uma vez, destacaram-se duas instituições britânicas e oito americanas. A pesquisa mostra, contudo, que a hegemonia das universidades americanas e britânicas começa a ser ameaçada pelo avanço das universidades asiáticas. Pela primeira vez a lista das 20 melhores de 2020 incluiu a universidade chinesa de Tsinghua – originariamente uma escola preparatória para chineses com graduação que pretendiam fazer pós-graduação nos Estados Unidos. As universidades chinesas, que no último ranking ocuparam três posições na lista das cem melhores, na atual edição conquistaram seis posições. O ranking das 100 melhores deste ano inclui 16 universidades asiáticas – o maior número desde que esses levantamentos começaram a ser feitos.

O avanço da qualidade do ensino superior na Ásia mostra o quanto a região vem investindo em capital humano num momento em que a chamada Indústria 4.0 altera radicalmente o perfil do trabalho e, por consequência, a demanda de empregos. Para que as universidades brasileiras caminhem na mesma linha, é preciso maior competência e visão de mundo da área educacional do atual governo. Se elas se saíram relativamente bem na avaliação da THE deste ano, foi por sua capacidade de resiliência e não por iniciativa e empenho governamental.

V

49% DOS ELEITORES ACHAM ARRISCADO COMPARECER NAS URNAS DE VOTAÇÃO EM NOVEMBRO/2020

 

Poder360

49% acham arriscado ir votar presencialmente durante a pandemia

 

Rafael Barbosa

 

 

Pesquisa PoderData mostra que, mesmo com o adiamento do 1º turno para 15 de novembro, praticamente metade (49%) dos brasileiros acha arriscado ir votar presencialmente por causa da pandemia de covid-19. Outros 43% dizem haver segurança para realização do pleito. Os que não souberam responder são 8%.


 

© Sérgio Lima/Poder360 1º turno das eleições municipais será realizado em 15 de novembro. Antes, estava programado para 4 de outubro. Na imagem, urna eletrônica em testes em 2018

Em julho, o Congresso aprovou e promulgou projeto que alterou a data do 1º turno de 4 de outubro para 15 de novembro e do 2º de 25 de outubro para 29 de novembro.

Havia 1 temor de que os eventos ligados ao processo eleitoral, como as sessões de votação e a campanha, propagassem ainda mais o coronavírus.

 


© Fornecido por Poder360

A pesquisa foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 31 de agosto a 2 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 509 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Com as mudanças no calendário eleitoral, será possível a diplomação dos prefeitos e vereadores eleitos ainda em 2020. Será em 18 de dezembro.

 


© Fornecido por Poder360

PoderData separou recortes para as respostas à pergunta sobre a segurança nas eleições. Foram analisados os perfis por sexo, idade, nível de instrução, região e renda.

Os homens (53%), os moradores do Norte (52%) e os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (58%), bem como aqueles que ganham acima dessa faixa (57%) são os que mais acham seguro ir votar presencialmente.

Já as mulheres (56%), os moradores do Centro-Oeste (58%) e os desempregados ou sem renda fixa (54%) são os grupos que mais acham o pleito arriscado.

https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BB18KIhL.img?h=2170&w=1119&m=6&q=60&o=f&l=f© Fornecido por Poder360

Medidas de segurança

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ampliou em uma hora o horário de votação para reduzir a chance de aglomerações. Agora, as sessões ficarão abertas de 7h às 17h nos dias de votação.

Além disso, as primeiras 3 horas serão preferenciais para pessoas com mais de 60 anos, que fazem parte do grupo de maior risco para a covid-19.

O Tribunal também anunciou doação de empresas, que disponibilizarão protetores faciais, máscaras e álcool em gel para intensificar a segurança de mesários e eleitores.

PODERDATA

Leia mais sobre a pesquisa PoderData:

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter, no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.

Informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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