domingo, 16 de agosto de 2020

MORRE O IRMÃO MAIS NOVO DE DONALD TRUMP

 

Irmão mais novo de Donald Trump morre aos 71 anos

 

Poder360

 

 

© Reprodução/Twitter @@bennyjohnson Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, visitou Robert 1 dia antes da morte do irmão

Robert Trump, irmão mais novo do presidente norte-americano Donald Trump, morreu na noite de sábado (15.ago.2020). A informação foi divulgada pelo mandatário dos EUA em nota oficial.

Robert estava doente há meses. Foi internado em junho no Hospital Presbiteriano de Nova York. A causa da morte e os detalhes da condição de saúde de Robert não foram divulgados.

Robert foi vice-presidente executivo da Organização Trump, o conglomerado imobiliário e de investimentos de seu irmão mais velho. Ele se casou este ano com Ann Marie Pallan. Foi sua 2ª mulher. Seum 1º casamento foi com Blaine Trump, de 1984 a 2008.

O presidente Donald Trump visitou o irmão na última 6ª (14.ago). Ele afirmou que a morte de Robert foi pacífica:

“É com pesar que compartilho que meu incrível irmão, Robert, pacificamente faleceu hoje à noite. Ele não era apenas meu irmão, era meu melhor amigo. Ele fará muita falta, mas nos encontraremos novamente. Sua memória viverá em meu coração para sempre. Robert, eu te amo. Descanse em paz.”

Robert Trump, irmão mais novo do presidente dos Estados Unidos, morreu no sábado, aos 71 anos, depois ser hospitalizado por uma doença que não foi revelada, anunciou o governante republicano em um comunicado.

"É com pesar que compartilho que meu maravilhoso irmão, Robert, faleceu em paz esta noite", afirmou Trump em um comunicado da Casa Branca.

"Ele não era apenas meu irmão, ele era meu melhor amigo. Ele fará muita falta, mas vamos nos encontrar de novo. Sua memória viverá em meu coração para sempre. Robert, eu te amo. Descanse em paz".

O presidente, 74 anos, visitou o irmão por 45 minutos na sexta-feira em um hospital de Nova York.

A imprensa americana informou que Robert Trump estava gravemente doente, mas não revelou detalhes.

O presidente, que fez uma visita a Nova York a caminho de seu clube de golfe em Bedminster, em Nova Jersey, afirmou aos jornalistas na sexta-feira que o irmão passava por um "momento difícil".

Nascido em 1948, Robert foi durante muito tempo uma peça fundamental do império imobiliário da família Trump e era um fiel defensor do presidente.

Robert Trump recorreu sem sucesso aos tribunais para tentar impedir a publicação do livro escrito por sua sobrinha Mary Trump, com o título "Too Much and Never Enough: How My Family Created the World's Most Dangerous Man" (Demais e Nunca o Suficiente: Como Minha Família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo).

O livro, que apresenta o presidente dos Estados Unidos como produto de uma família "tóxica", é uma "vergonha", declarou Robert. Embora a justiça tenha proibido a publicação temporariamente, um juiz suspendeu a ordem em julho.

Mary era filha do irmão mais velho de Trump, Fred Trump Jr, que morreu vítima de alcoolismo em 1981.

"Tio Robert, nós amamos você. Você está em nossos corações e orações, sempre", escreveu no Twitter a filha e conselheira do presidente, Ivanka Trump.

 

sábado, 15 de agosto de 2020

COLUNA ESPLANADA DO DIA 15/03/2020

 

Tom certeiro

 

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini

 

   

 

O juiz federal Marcelo Bretas mirou o canhão judicial na mina de ouro de muita gente graúda. O R$ 1 bilhão de multa que o doleiro Dario Messer terá de pagar, com a confirmada delação premiada homologada, pega a reserva de todos os clientes que não conseguiram sacar suas movimentações até seu mandado de prisão. A Polícia Federal sabe disso, o juiz também. E ainda não há rastreamento de todas as contas offshore da turma. A delação vindoura será a mais esperada lista dos próximos meses, e o camburão da PF vai para pista com giroflex ligado. É a resposta para quem acreditava que a Operação Lava Jato estava morrendo. Ela apenas mudou a rota.

Duplo assassinato

A Polícia de Pernambuco aponta motivação banal, por desentendimento entre menores – como antecipamos – na morte do blogueiro Áquila Silva e de seu filho de 15 anos. Nome do atirador não foi revelado. Tem padrinhos fortes, e tem cargo comissionado.</CS></CW>

Mas...

Um mistério ronda o crime, por se tratar, por ora, apenas da versão do criminoso. Áquila denunciava prefeitos da região em seu blog na Mata Sul. O MP pode requerer investigações mais detalhadas além do indiciamento por duplo homicídio qualificado. 

Memorial

Um leilão de fotos antigas no site do leiloeiro Alberto Lopes oferece por R$ 30 (lance mínimo) uma suposta e raríssima foto (Lote 1189) de Cabo Anselmo, de 1984. 

Pneu furado

A Infosolo (lembram dela, como citamos?) derrapou na pista e caiu na vala dos encrencados na Justiça. A 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba acaba de acolher decisão do Ministério Público do Paraná e suspendeu o contrato da empresa com o Detran do Paraná, para registro de financiamento de veículos. O Gaeco já cerca o grupo há anos, com operações policiais.

Caixinha

Entre outras ilegalidades, descobriu-se que a própria empresa elaborou o edital que venceu, com ajuda de servidor. Isso mesmo. A Justiça mandou bloquear mais de R$ 79 milhões da empresa, valor apontado como superfaturamento nos serviços.

Quebra-mola

O Governo de Ratinho Jr., que herdou o contrato da gestão anterior, está numa situação delicada: o cidadão paranaense lesado, que pagou a mais pelos serviços, pode ir à Justiça contra o Estado.

 

Juiz na urna

O juiz aposentado Márlon Reis, idealizador da Ficha Limpa, atualmente trabalha como advogado eleitoral no eixo Norte-Nordeste, mas quer disputar para deputado federal em 2022. Márlon, que disputou e perdeu o Governo do Tocantins na última eleição, vai apoiar este ano Tiago Andrino (PSB) na disputa para a prefeitura de Palmas. 

Lá e cá

Sócia da Samarco, a mineradora gigante britânica BHP trabalha com sua banca advocatícia para minar o processo protocolado pelas vítimas da barragem rompida de Mariana (MG) na Justiça de Manchester, sede da empresa. A defesa alega que “os pedidos duplicam questões pré-existentes já andamento no Brasil, ou que estão sendo atendidas por meio do trabalho que é conduzido pela Fundação Renova”. 

Peso do malhete

O juiz Justice Turner, do Supremo Tribunal de Justiça da Inglaterra, é que vai bater o malhete até outubro se o processo protocolado na Justiça de Manchester seguirá lá ou deve ser julgado no Brasil. A banca internacional PGMBM representa mais de 200 mil vítimas brasileiras na ação, desde moradores a empresas e entidades. Na Justiça britânica, o valor da indenização pedido é de R$ 27 bilhões.

Destino certo

O trade turístico, bem unido nesta pandemia, comemora o incentivo oficial do Governo federal no setor, com a visita do ministro Marcelo Álvaro, ontem, a Porto Seguro. Não por acaso ele escolheu a cidade praiana do sul da Bahia para relançar o programa de incentivos a viagens. Porto vai ganhar um segundo aeroporto internacional, privado.

Axé!

A região do Sul da Bahia é uma potência turística nacional. Porto Seguro recebe voos lotados diários, todos os meses, com turistas que se espalham por praias paradisíacas como Trancoso, Caraíva, Santo André, Arrail D’Ajuda, Coroa Vermelha, entre outras.

 

O BRASIL REVISA O SEU PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (PND)

 

A revisão da PND e o controle da agenda externa do Brasil

 

Oswaldo Dehon R. Reis

 

 

O Ministério da Defesa entregou uma nova revisão da Política Nacional de Defesa (PND), da Estratégia Nacional de Defesa (END) e do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN) ao Congresso, para debate e aprovação. A atualização dos documentos básicos de defesa é rotineira e prevista em lei. Quadrienalmente são feitas as revisões, para ajustar cenários ao desenho da política. O programa do atual governo sugeria uma inflexão na PND, em direção a uma política que conferisse maior destaque a operações de garantia da lei e da ordem (GLO), integradas as forças de segurança. Mas, do que tratam essas políticas e quais as principais mudanças ante a revisão de 2016?

A PND é a política que estabelece os conceitos e diretrizes da atuação do Brasil no ambiente externo e, subsidiariamente, em plano doméstico. Criada em 1996, seus objetivos são assegurar os interesses nacionais e a defesa do território contra ameaças externas à soberania. A END, lançada em 2008, define ações para que se alcancem os objetivos da PND. Sua essência é a organização e composição de efetivos das Forças Armadas, a estruturação da indústria de material de defesa e as ações estratégicas de defesa, alinhadas à PND. Já o LBDN é um inventário público de nossas capacidades, dos efetivos, instalações militares, orçamento e políticas que norteiam a segurança nacional. Foi concebido em 2012 e, além de dar transparência interna às ações da política de defesa, tem uma finalidade clássica: restringe possível má compreensão regional e internacional da postura e dos objetivos da defesa. Apesar de ser uma política genuinamente top-down, com baixa participação na sociedade, inaugurou uma reflexão pública sobre meios e fins, dispêndios e efetividade para a área.

Na revisão de 2016 a noção da ordem política global era de multipolaridade cooperativa, interdependência e instabilidade, que se faziam notadas por insurgências e guerras híbridas. Em 2020 o que se lê na PND é o retorno à competição global por poder. Menções aos EUA ou à China são elusivas, ante a observação de que o cenário deve sustentar um aumento dos gastos de defesa no Brasil. Apesar das mudanças na big picture, não há na PND 2020 alteração da área de prioridade geoestratégica – mantêm-se a América do Sul, o Atlântico Sul, a África Ocidental e a Antártica.

Não surpreendente, mesmo com o consistente movimento de desintegração regional e aliança com os EUA, desde 2017, o processo, liderado pelo Itamaraty, desmontou instituições como a Unasul e seu Conselho de Defesa, abandonou a Celac e tem se distanciado da Argentina, sócia no Mercosul. A nova proposta de inserção contempla um movimento duplo, em pinça, realizado pelo Planalto, exercido por Ministério da Defesa e Itamaraty. A novidade inquietante é a securitização da região, exposta pela PND, ante a presença dos interesses de potências extrarregionais. Em 2016, a PND elegia os efeitos da ascensão internacional do Brasil como uma ameaça crível. Não há mais esse risco. A nova fala em terrorismo, tráfico de armas, insurgências, pandemias, ameaças cibernéticas e, com destaque, as tensões ligadas à Amazônia. A complexidade desses conflitos teria causado um efeito spillover para toda a América do Sul, percebida como um único complexo regional de (in)segurança.

A concepção política de defesa conserva o mesmo tripé anterior: desenvolvimento, diplomacia e defesa. Todos os objetivos de defesa foram mantidos, mas houve uma alteração na ordem dos pressupostos de ação. Em 2016 se privilegiavam a solução pacífica de controvérsias, o apoio ao multilateralismo e a atuação sob a égide de organismos internacionais. Em 2020 os supostos são a motivação, o preparo e o equipamento das Forças Armadas, a regularidade orçamentário-financeira e a mobilização em prol da defesa.

Dois pontos finais. A PND, a END e o LBDN não falam a mesma língua da política externa declaratória brasileira, sob o chanceler Ernesto Araújo. A mudança de tom e posição não alteraram a essência da estratégia da presença, a resiliente dissuasão e a escolha dos setores estratégicos. Diante das limitações correntes da formulação e implementação da política externa brasileira, minha hipótese é que o controle da agenda externa do País pode estar se aproximando das Forças Armadas. Afinal, o contraste, a ideologização e as magras entregas da chancelaria mostrariam a relevância do que ficou conhecido no meio militar e acadêmico brasileiro por diplomacia da defesa, algo comum nos EUA.

O segundo ponto é a distância, no campo das ideias, entre a agenda do Ministério da Defesa e a da pasta da Economia. As demandas de aumento dos gastos de defesa (de 1,5% para 2% do PIB), o financiamento estatal da infraestrutura científica e da base industrial de defesa, bem como a busca pela substituição de tecnologias estrangeiras, apontadas pelos documentos, são expressões da dissimetria. Infelizmente, não foi desta vez o debate sobre a institucionalização do Ministério da Defesa ou as relações civis-militares para a consolidação democrática do País.

CIENTISTA POLÍTICO, DOUTOR EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS (UNB), É PROFESSOR DE SEGURANÇA INTERNACIONAL (IBMEC)

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...