sábado, 15 de agosto de 2020

BRASIL RECORRE À OMC SOBRE FRANGO BRASILEIRO

 

Brasil vai à OMC por decisão das Filipinas de suspender frango brasileiro

 

Poder360

 

 

© Sérgio Lima/Poder360 A ministra Tereza Cristina disse que as Filipinas já tinham indicado que queriam proteger os produtores locais

O governo brasileiro vai acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) para contestar a decisão das Filipinas de suspender a importação de frangos vindos do Brasil. O país asiático anunciou na 6ª feira (14.ago.2020) que iria paralisar temporariamente as importações depois que vestígios do novo coronavírus foram encontrados em carregamento de asas de frangos vindo do Brasil.

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse ao Estado de S. Paulo que as Filipinas já tinham indicado que queriam proteger os produtores locais. Afirmou que a decisão foi tomada sem que houvesse provas concretas de contaminação. “O Brasil vai reagir. Não podemos misturar uma situação comercial com uma notícia que não tem confirmação. Um assunto comercial não se mistura com a pandemia”, disse.

Publicidade

x

Já prevíamos o aumento do protecionismo, e espero que não [haja 1 efeito cascata]. Só sei te dizer que, se as coisas forem pelo método científico, o Brasil está fazendo o seu trabalho”, afirmou Cristina.

O governo da cidade de Shenzhen, sul da China, disse na 5ª feira (13.ago) que tinha encontrado vestígios do vírus, mas não deu mais detalhes. No mesmo dia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou nota informando que não foi notificado oficialmente pela China sobre a “suposta detecção”. O ministério ressaltou ainda que a OMS (Organização Mundial da Saúde) descarta a transmissão de covid-19 a partir de alimentos ou embalagens de alimentos congelados.

Para o governo brasileiro, as Filipinas estão aumentando o protecionismo e usando a pandemia para justificar suas ações. A pasta da Agricultura enviou ao Itamaraty pedido para que articule a defesa brasileira junto ao governo das Filipinas e à OMC. A embaixadora das Filipinas no Brasil foi chamada para explicar as ações do país asiático.

 

ESTADOS UNIDOS ANUNCIAM SANSÕES À CHINA E HONG HONG

 

Trump anuncia sanções à China e fim de status especial de Hong Kong

 

dw.com

 

 

Presidente dos EUA assina lei com novas sanções contra empresas e autoridades chinesas devido a lei de segurança nacional imposta por Pequim a Hong Kong. China condena medidas e promete retaliação contra Washington.

© picture-alliance/dpa/AP/E. Vucci Trump:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ter assinado um decreto para encerrar o tratamento econômico e comercial especial concedido a Hong Kong, além de uma lei com a qual aplicará novas sanções a autoridades, empresas e bancos chineses para punir a China por restringir a autonomia da região. A lei foi aprovada com apoio bipartidário no Congresso americano no início deste mês. Nesta quarta-feira (15/07), a China reagiu prometendo retaliação.

Em entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca, Trump disse que Hong Kong agora será tratado da mesma forma que a China continental: "sem privilégios especiais, sem tratamento econômico especial".

"Assinei um decreto que põe fim ao tratamento especial dos EUA a Hong Kong. Agora, será tratada igual à China continental", inclusive na imposição de sanções, disse Trump.

"Eles não terão privilégios especiais, nenhum tratamento econômico especial, e não podem exportar tecnologias sensíveis para nós. Além disso, eles já sabem que colocamos tarifas maciças sobre a China", completou o chefe de governo, sugerindo que essas tarifas também serão aplicadas aos produtos de Hong Kong.

O decreto presidencial determina o bloqueio da propriedade americana de qualquer pessoa responsável ou cúmplice de "ações ou políticas que comprometam os processos ou instituições democráticas em Hong Kong". Um documento divulgado pela Casa Branca também afirma que as autoridades americanas podem "revogar exceções de licença para exportação para Hong Kong", e o decreto revoga tratamento especial para os portadores de passaporte de Hong Kong.

O decreto de Trump representa mais um passo em relação a seu anúncio em maio, quando ordenou que o seu governo minimizasse o tratamento preferencial dado à região, um status que ajudou a transformar a ex-colônia britânica num centro financeiro global durante as duas últimas décadas.

A medida é parte da retaliação de Washington pela aprovação da polêmica lei de segurança nacional para Hong Kong, que tenta proibir qualquer ato de "subversão contra o governo central chinês" na área e que Trump vê como uma forma de oprimir o território.

"Hoje assinei uma lei que me dá novas e poderosas ferramentas para responsabilizar os indivíduos e entidades envolvidos na extinção da liberdade de Hong Kong", declarou.

O presidente se referia à Lei da Autonomia de Hong Kong, recentemente aprovada pelo Congresso, que permite ao governo americano impor sanções contra indivíduos e bancos estrangeiros que contribuíram para a suposta erosão da autonomia do território semiautônomo.

"[Hong Kong] não será mais capaz de competir com os mercados livres. Suspeito que muitas pessoas vão deixar Hong Kong, e teremos mais negócios [nos Estados Unidos] por causa disso, porque acabamos de perder um grande concorrente", opinou.

O anúncio do Trump veio horas depois que a China anunciou sanções contra a empresa de armas Lockheed Martin, sediada nos EUA, e em meio à escalada das tensões com Pequim sobre Hong Kong, a pandemia da covid-19 e outras questões.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a China criticou as sanções dos EUA, dizendo que "difama maliciosamente" a lei de segurança nacional imposta em Hong Kong.

"A China dará as respostas necessárias para proteger seus interesses legítimos e imporá sanções a pessoas e entidades relevantes dos EUA", afirmou o Ministério do Exterior chinês.

A entrevista coletiva de Trump desta terça rapidamente se transformou em um longo comício, no qual o presidente, que provavelmente tentará a reeleição em novembro deste ano, comentou uma a uma as promessas eleitorais do pré-candidato do Partido Democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden.

Segundo o republicano, o entorno de Biden vem sendo um presente para os chineses e, caso ele chegue ao poder, aplicará uma ideologia única com relação à Venezuela e abrirá as fronteiras dos EUA a criminosos com políticas de imigração frouxas. "Todas as pessoas da América do Sul vão entrar aqui, todas as pessoas de todos os países vão entrar aqui", advertiu.

"Como vice-presidente, Biden foi um dos principais defensores do Acordo Climático de Paris, que era incrivelmente caro para o nosso país. Teria esmagado os fabricantes americanos, permitindo que a China poluísse a atmosfera com impunidade, mais um presente de Biden para o Partido Comunista Chinês'', disse.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ESTADOS UNIDOS FAZEM APREENSÃO DE GASOLINA QUE IA PARA A VENEZUELA

 

WSJ: EUA apreendem gasolina iraniana destinada à Venezuela

 

AFP

 

 

© Marcelo Garcia A sanções americanas obrigaram o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a buscar ajuda para suprir as necessidades de gasolina do país

O governo dos Estados Unidos apreendeu quatro navios supostamente carregados com gasolina iraniana com destino à Venezuela, informa o Wall Street Journal.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu no mês passado uma ordem para apreender a carga dos navios "Bella", "Bering", "Pandi" e "Luna", vinculando as embarcações à Guarda Revolucionária do Irã, que Washington considera um grupo terrorista.

Os quatro navios foram interceptados no mar e agora estão em deslocamento para Houston, Texas, afirma o jornal, que citou fontes do governo americano.

A ação da justiça americana afirma que o empresário iraniano Mahmud Madanipur, que supostamente tem vínculos com a Guarda Revolucionária, organizou envios para a Venezuela utilizando empresas de fachada offshore e transferências de navio a navio para evitar as sanções contra Teerã.

O embaixador do Irã na Venezuela afirmou que as informações de que petroleiros iranianos foram capturados são "outra mentira e guerra psicológica" dos Estados Unidos.

"Os navios não são iranianos, o dono e sua bandeira não têm nenhuma relação com o Irã", indicou Hojat Soltani no Twitter.

A Venezuela é muito dependente da receita do petróleo, mas a produção do país caiu a aproximadamente 25% de sua capacidade na comparação com 2008 e a economia do país foi devastada por seis anos de recessão.

As sanções de Washington contra o governo do presidente Nicolás Maduro obrigaram a Venezuela, que refinava petróleo suficiente para as próprias necessidades, a recorrer a aliados como o Irã para aliviar a escassez de gasolina.

O Irã enviou várias embarcações com gasolina este ano à Venezuela para ajudar o país a enfrentar a escassez.

bur-mtp/dan/mis/mar/fp

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...