terça-feira, 11 de agosto de 2020

MINSTRO PAULO GUEDES DISSE QUE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS NÃO SOFRERAM QUEDAS NA PANDEMIA

 

Vendas para China preveniram choque nas exportações, diz Guedes

 

Notícias Ao Minuto Brasil

 

 

© Reuters O “apetite” asiático teria compensado a queda nas vendas para os Estados Unidos, a Europa e a Argentina

A recuperação rápida da economia de diversos países da Ásia, especialmente a China, impediu que a pandemia do novo coronavírus provocasse um choque nas exportações brasileiras, disse hoje (10) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, o “apetite” asiático compensou a queda nas vendas para os Estados Unidos, a Europa e a Argentina.

O ministro participou de uma reunião virtual do Fórum de Incentivo à Cadeia Leiteira, promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária. Durante o encontro, Guedes disse que, graças ao consumo da Ásia, as exportações brasileiras fecharam o primeiro semestre quase estáveis em relação ao mesmo período de 2019.

De janeiro a junho, o Brasil vendeu US$ 102,43 bilhões ao exterior, valor 6,4% inferior ao do mesmo período de 2019. Segundo os números mais atualizados do Ministério da Economia, divulgados nesta segunda-feira, as exportações somam US$ 125,74 bilhões até a primeira semana de agosto, recuo de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado pelo critério da média diária.

A balança comercial – diferença entre exportações e importações – registra superávit de US$ 32,08 bilhões até a primeira semana de agosto. O resultado é 16,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo estava em US$ 27,59 bilhões.

Os saldos crescentes na balança comercial registrados nos últimos meses estão ocorrendo porque, com a alta do dólar e a crise econômica, as importações estão caindo mais que as exportações. Até a primeira semana de agosto, as compras do exterior somavam US$ 93,66 bilhões, com recuo de 11,5% em relação ao mesmo período de 2019 também pelo critério da média diária.

No encontro, o setor leiteiro apresentou reivindicações para que o governo lide com a queda nos preços para o produtor. O ministro da Economia informou que a melhor maneira de lidar com as flutuações no preço do leite consiste em estimular o fornecimento de seguros mais sofisticados contra as oscilações.

O secretário de Política Econômica da pasta, Adolfo Sachsida, disse que o governo trabalha com três instrumentos para conter as flutuações e dar mais previsibilidade para os preços agrícolas. Ele citou o fortalecimento dos seguros, o oferecimento de instrumentos de mercado financeiro e a consolidação de um banco de dados de custos regionais.

Sobre os mecanismos de mercado, Sachsida informou que o governo discute com o Banco do Brasil o fornecimento de contratos de balcão (contratos de investimentos futuros fora da bolsa de valores) para que o produtor possa comprar opções que “garantam preços futuros à frente”. Ele não informou uma data para a adoção da medida.

Por meio de contratos de opções, o produtor se protege de eventuais quedas de preços, com o governo assumindo o prejuízo. Caso o preço suba para além do nível fixado, o contrato perde a validade, e o produtor pode vender o alimento a preços de mercado. Esse mecanismo é aplicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Com informações da Agência Brasil

 

MOURÃO DEFENDE O GOVERNO BOLSONARO

 

O governo fictício de Mourão

 

Notas & informações

 

 

Com palavras civilizadas, incomuns na atual diplomacia brasileira, o vice-presidente Hamilton Mourão discursou como representante de um governo imaginário, ao participar de evento ibero-americano organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele pode ter manifestado suas ideias, ao falar em compromisso com “parâmetros globais de sustentabilidade” e com o multilateralismo, mas esses valores têm sido rejeitados, de forma persistente, pelo presidente Jair Bolsonaro e por vários ministros. A noção de uma ordem multilateral é hoje igualmente execrada no Palácio do Planalto e na Casa Branca, endereço do guia e modelo do principal mandatário brasileiro.

“Executamos medidas urgentes para conter o desmatamento e as queimadas e estamos construindo um planejamento para médio e longo prazos para a Amazônia Legal”, disse o vice. Ele usou a primeira pessoa do plural, mas faltou – detalhe importantíssimo – esclarecer a quem se refere o pronome “nós”.

Haverá nesse pronome uma referência ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles? Nesse caso, como dar conta de sua tentativa, há poucos dias, de baixar a meta de redução do desmatamento? Mais difícil, ainda, é explicar a posição do presidente da República, crítico das informações ambientais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), protetor do ministro Salles e apoiador de suas ações contra o Ibama.

Na Amazônia, admitiu o vice-presidente, o desmatamento em 2020 poderá ultrapassar o do ano anterior. Se houver necessidade, acrescentou, o governo poderá manter até 2022 a ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), usando a força militar para proteção do ambiente.

Mas o general Mourão foi além, ao comentar a importância da preservação ambiental para o sucesso comercial do agronegócio. O aumento dos crimes ambientais, afirmou, expõe o agronegócio a campanhas difamatórias e a políticas protecionistas no exterior.

O problema é real. Essas campanhas, no entanto, são favorecidas por ações e atitudes do presidente e de outras autoridades, pormenores omitidos pelo vice-presidente. Mas ele mostrou realismo – virtude rara, no governo, quando se trata dessas questões – ao mencionar a importância, para as empresas, de apresentar boas “credenciais ambientais, sociais e de governança”.

Além do vice-presidente, só a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem mostrado percepção dos problemas criados pelo presidente, por ministros e por pessoas próximas da Presidência, quando defendem o afrouxamento da defesa ambiental ou ofendem parceiros comerciais.

Ainda falando em nome de um governo que não deveria ser imaginário, o vice-presidente mostrou pesar pela morte de mais de 100 mil pessoas pela covid-19. “São perdas irreparáveis, que colocam toda a nação em luto”, afirmou. O presidente só mencionou o assunto quando foi inevitável, nos últimos dias, sempre mostrando impaciência e logo passando a outro tema. “Vamos tocar a vida”, foi a frase de Bolsonaro, na quinta-feira, logo depois de comentar com o ministro da Saúde a proximidade do número 100 mil.

O general Mourão mencionou ainda os desafios da recuperação econômica e falou sobre prioridades da política econômica e sobre a pauta de reformas. Nessa altura, aproximou-se mais da realidade do atual governo. Isso em nada enriqueceu o discurso. Poderia tê-lo piorado, se o vice-presidente se dispusesse a defender, como há poucos dias, a criação de um tributo semelhante à CPMF.

Esse tributo será necessário, segundo o ministro da Economia, para permitir a desoneração da folha de pagamentos. O vice-presidente incorporou esse argumento. Não lhe ocorreram, aparentemente, duas perguntas simples e óbvias: 1. Por que só a CPMF, uma aberração execrada na maior parte do mundo e condenada, no Brasil, por economistas de primeiro time, tornará possível aquela desoneração? 2. Foram examinadas outras soluções?

Mas o discurso ficou longe desses detalhes. Assim, pôde soar como se refletisse ideias e atitudes de um governo organizado, moderno e guiado por valores civilizados.

 

© Dida Sampaio/Estadão O vice-presidente Hamilton Mourão

 

RÚSSIA DESENVOLVEU E APROVOU A PRIMEIRA VACINA DO MUNDO CONTRA O CORONAVÍRUS

 

Putin anuncia que Rússia desenvolveu e aprovou a "primeira" vacina contra o coronavírus

 

AFP

 

 

© Alexey NIKOLSKY (Arquivo) O presidente russo Vladimir Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo em 29 de julho de 2020

A Rússia desenvolveu a "primeira" vacina contra o coronavírus, que provoca uma "imunidade duradoura", declarou nesta terça-feira (11) o presidente Vladimir Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo exibida pela televisão.

"Esta manhã, pela primeira vez no mundo, foi registrada uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin. "Sei que é bastante eficaz, que dá uma imunidade duradoura", completou.

Nas semanas prévias ao anúncio, cientistas estrangeiros expressaram preocupação com a rapidez da criação de uma vacina deste tipo, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu respeito às diretrizes estabelecidas e que a Rússia seguisse "todos os estágios" necessários para desenvolver uma vacina segura.

Putin afirmou inclusive que uma de suas filhas foi inoculada com a vacina.

"Uma das minhas filhas tomou esta vacina. Acho que ela participou nos experimentos", disse Putin, segundo a agência Interfax, antes de acrescentar que ela teve um pouco de febre e "nada mais".

A vacina será distribuída em 1 de janeiro de 2021, de acordo com o registro nacional de medicamentos do ministério da Saúde, consultado pelas agências de notícias russas.

O presidente Vladimir Putin disse, nesta terça-feira, 11, que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação para uma vacina contra a covid-19, após menos de dois meses de testes em humanos. A aprovação abre caminho para a imunização em massa da população russa, ainda que o estágio final de testes clínicos para testar a segurança e eficácia continue.

A velocidade com que a Rússia está se movimentando para lançar sua vacina destaca a determinação em vencer a corrida global por um produto eficaz, mas despertou preocupações de que pode estar colocando o prestígio nacional acima da ciência e da segurança sólidas. Moscou, no entanto, afirmou que a aprovação é sinônimo da sua “proeza científica”.

Em uma reunião governamental na televisão estatal, Putin afirmou que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, é segura e que até mesmo foi administrada a uma de suas filhas. “Sei que funciona de maneira bastante eficaz, forma uma forte imunidade e, repito, passou em todos os testes necessários”, disse Putin. Ele disse que espera que o país comece a produzir em massa a vacina em breve.

 

A partir da aprovação pelo Ministério da Saúde do país, inicia-se um estudo maior envolvendo milhares de participantes, comumente conhecido como estudo de Fase 3. Esses ensaios, que exigem uma certa taxa de participantes que contraem o vírus para observar o efeito da vacina, são normalmente considerados precursores essenciais para que uma vacina receba aprovação regulatória.

Especialistas em todo o mundo têm insistido que a corrida para desenvolver vacinas contra o novo coronavírus não comprometerá a segurança. Entretanto, pesquisas recentes mostram uma crescente desconfiança do público nos esforços dos governos para produzir rapidamente o imunizante.

Os profissionais de saúde russos que tratam pacientes com covid-19 terão a chance de se voluntariar para serem os primeiros vacinados logo após a aprovação do imunizante, disse uma fonte à Reuters no mês passado.

Mais de 100 vacinas possíveis estão sendo desenvolvidas em todo o mundo para tentar frear a pandemia de covid-19. Pelo menos quatro estão em testes finais de Fase 3 em humanos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...