terça-feira, 16 de junho de 2020

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/06/2020

Só na laje

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini

 

 

 

A ativista encrenqueira Sara Winter, que invadiu com grupo bolsonarista a laje do Senado no sábado (veja vídeo em nosso Twitter) e soltou rojões no Palácio do STF, quer disputar vaga para deputada federal em 2022. A prisão decretada ontem é toda a mídia que precisa para reforçar seu nome junto à militância da ultra direita. Mas a depender da Justiça e do peso do malhete sobre sua farra, seu nome pode passar longe do registro de candidatura, enquadrada em crimes na Lei de Segurança Nacional.


Rumo à gaveta
Desespero no SBT e Rede TV!. Faltam duas semanas para ‘caducar’ a MP 923/20, que autoriza sorteios de prêmios pelas emissoras. E nada de entrar na pauta do Senado. 
 
Contramão
 UFRJ avisa que só retoma aulas se houver vacina contra o Covid-19. Faculdades privadas e algumas públicas, como USP e federal da Paraíba, já ministram aulas on-line para graduação.
 
Diário da cadeia
A despeito de todo o esforço no controle e dos milhares de testes, 17 agentes penitenciários do DF estão contaminados pelo Covid-19; 224 se salvaram. Um faleceu.
 
Era Covid
A Prefeitura de Eusébio (CE) dispensou licitação (Processo nº 2020.05.08.0002) para contratar por R$ 3.589.499,70 “empresa especializada para a Contratação emergencial de Organização Social para assumir a gestão da Unidade Provisória de Atendimento a Pacientes Portadores de COVID -19”. Ufa.. Você entendeu? Nós também não. 
 
  
Motorizados
 O Comando Militar do Planalto/3ª Brigada de Infantaria Motorizada, do DF, pagará R$ 14.115,00 (dispensa de licitação nº 23/2020) por kits de teste rápido entregues pela Medlevensohn Comércio e Representações. Mas se esqueceu de publicar a quantidade. 
 
Mediunidade on-line
 Com o médium João de Deus em prisão domiciliar em Anápolis, por crimes de abuso sexual, a Casa Dom Ignácio de Loyola, onde atendia, reabre hoje em Abadiânia (GO). Funcionários não descartam fazer videoconferência para ele dar um ‘oi’ aos seguidores.
 
Taxiando
Apesar de garantir que a recuperação judicial não afeta operações no Brasil, a LATAM lidera a aterrissagem de clientes no Procon de Brasília. Até sexta-feira foram 173 reclamações, desde março. Gol é alvo de 53, e Azul, de 18 ocorrências.
 
Trans Eunício
 Derrotado para o Senado em 2018, o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB) comemora a Lei nº 14.012, sancionada dia 10, projeto de sua autoria que denomina Rodovia Padre Cícero o trecho da BR-116 entre Pacajus (CE) e a divisa com Pernambuco. É rota certa dos romeiros.
 
Fogueira apagada
Única fonte de renda para sobreviver durante o ano, artistas que cantam no São João no Nordeste, contratados por prefeituras, estão em situação desesperadora nesta pandemia que cancelou festas. Apelam para shows virtuais,  sem o esperado retorno financeiro.
 
Precavido
O senador Fernando Bezerra Coelho, MDB, não dá ponto sem nó. Já enviou emissários para conversar com o governador Paulo Câmara (PSB), se precavendo para o caso de não conseguir apoio do seu partido para disputar o Palácio em Pernambuco em 2022. Quer garantir, neste cenário, apoio de Câmara para seu retorno ao Senado.
 
Aliás..
..Paulo Câmara se coloca como um nome a vice para qualquer chapa presidencial de centro-esquerda. 
 
Protegido
O conhecido jornalista Carlos Brickmann fez B.O. por ameaça recebida em duas cartas de um leitor um pouco revoltado com publicações. Estamos de olho.
 
ESPLANADEIRA

# O advogado Bruno Cabral e o desembargador José Antônio Piton realizam live amanhã, às 19h, com tema: "Covid-19 e o direito trabalhista", no instagram @drbrunocabral .  # A Universidade Corporativa Hostnet, uma das maiores provedoras de internet do País, já formou a primeira turma para o curso com mais de 30 parceiros. # Delta Energia faz live sobre o setor de energia pós-pandemia com ministro Bento Albuquerque, hoje, às 16h. # Unilever concluiu entrega de 24 mil kits de testes para Covid-19 doados para Secretaria de Saúde de Pernambuco.

 

BOLSONARO PEDE AO STF QUE NÃO AFRONTE O GOVERNO

Bolsonaro pede que STF não afronte Executivo e cita ‘interferência brutal’

 

Gregory Prudenciano, Daniel Galvão e Pedro Caramuru

 

 

SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido-RJ) julgou como uma “interferência brutal” do Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão ministro Alexandre de Moraes que impediu a posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, em substituição a Maurício Valeixo. Em entrevista à TV BandNews, Bolsonaro disse que não pode concordar tal iniciativa e que estaria sendo até complacente com o que entende como interferência indevida no Poder Executivo.

“Foi mais uma brutal interferência do STF no Executivo, não podemos concordar com isso. Estou sendo consciente e complacente demais, não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo”, falou o presidente.

Na entrevista, Bolsonaro também disse que o STF errou ao dar autonomia a Estados e municípios no desenvolvimento e aplicação de medidas contra a covid-19. “O STF errou, tinha que ter uma orientação governamental, eu poderia fazer um conselho, fazer as políticas”, explicou.

Decisão

A decisão de barrar a nomeação de Ramagem, no fim de abril, ocorreu após pedido apresentado pelo PDT. No despacho, o ministro considerou que as declarações do ex-ministro Sérgio Moro sobre tentativa de interferências na autonomia da PF tornaram necessária a suspensão da posse, ao menos em caráter provisório. Ele também citou a divulgação de mensagens trocadas entre o presidente e o ex-ministro e a abertura do inquérito no próprio Supremo para investigar as acusações. Segundo Alexandre de Moraes, o caso apresenta “ocorrência de desvio de finalidade”.

 

 

 

 

 

 

BOLSONARO MANDA RECADO PARA OS ESPALHADORES DE GOLPE

‘Como vou dar golpe se eu sou o presidente?’, questiona Bolsonaro

 

Redação

 

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro negou nesta segunda-feira, 15, a intenção de uma intervenção militar no Brasil, apesar de sua constante participação em manifestações antidemocráticas, marcadas por mensagens pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso. “Como darei um golpe se sou presidente da República e chefe supremo das Forças Armadas?”, questionou Bolsonaro em entrevista à TV Band News nesta segunda-feira.

“Existe AI-5? Não existe mais atos institucionais. É a mesma coisa que levantar uma faixa ‘pena de morte’, não existe pena de morte. É a mesma coisa ‘intervenção militar, artigo 142’, não existe intervenção militar”, disse Bolsonaro.


© Gabriela Biló/Estadão O presidente Jair Bolsonaro; ao fundo, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo

O AI-5 foi o Ato Institucional mais duro instituído pela repressão militar nos anos de ditadura, em 13 de dezembro de 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos municípios e Estados. Também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus, e instalou a censura nos meios de comunicação. A partir da medida, a repressão do regime militar recrudesceu.

O presidente fez uma referência a uma nota divulgada por ele na sexta-feira, 12, assinada com o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para declarar que as Forças Armadas não cumprem “ordens absurdas” como tomada de poder e que também não aceitam julgamentos políticos que levem à tomada de poder “por outro poder da República”.

Bolsonaro também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que retomou na semana passada a análise em plenário de duas ações que pedem a cassação da chapa eleita à Presidência em 2018. As ações tratam de ataques cibernéticos a um grupo de Facebook. As campanhas de Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) alegam que, durante a eleição, o grupo do Facebook “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataque virtual que alterou o conteúdo da página, incluindo o nome, que mudou para "Mulheres COM Bolsonaro #17”, e isso teria beneficiado a imagem de Bolsonaro, então candidato.

“Com todo o respeito, mas me julgar por uma página que ficou fora do ar por menos de 24 horas, pra cassar a chapa Bolsonaro-Mourão, é inadmissível isso daí. Isso, no meu entender, é começar a esticar a corda. É começar a alimentar uma crise, que não existe da nossa parte”, disse.

As ações que mais preocupam o Palácio do Planalto são outras quatro, que apuram irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral.

Se a chapa for cassada ainda neste ano pelo TSE, novas eleições deverão ser convocadas para definir o novo ocupante do Palácio do Planalto. Caso o presidente e o vice sejam cassados pelo tribunal em 2021 ou 2022, caberá ao Congresso a escolha. Até hoje, o TSE jamais cassou um presidente da República.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...