quarta-feira, 13 de maio de 2020

COLUNA ESPLANADA DO DIA 13/05/2020


Teste
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








O presidente Jair Bolsonaro liberou o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, para negociar apoio dos partidos do Centrão (PSD, Progressistas, PL, Republicanos, DEM, MDB etc) para consolidar a governabilidade que até hoje não alcançou. Mas as apostas todas do núcleo palaciano estão no arquivamento da denúncia contra o presidente (caso Sérgio Moro) pelas mãos do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ninguém confia no Centrão. É o mesmo que, aliado de Dilma Rousseff, a rifou em dois dias e fechou com Michel Temer para a derrocada da petista.

Tá feia...
A situação anda tão complicada nas contas dos brasileiros que as dívidas de boletos de água e luz, necessidades básicas residenciais, cresceram 18% em abril, aponta o Serasa.
...a coisa
A maioria dos devedores do Brasil, hoje, são mulheres (50,78%) e a dívida acumulada, em média, por pessoa, é de R$ 3.206,72.
Quepe
O Planalto cogita nomear um alto oficial para a secretaria de Comunicação do Ministério da Saúde. Algo que não se vê ali desde o regime militar.
Povo sofre
Bandidagem não perdoa nem crise da saúde. Operação Expurgo, da PF, cercou empresas e secretaria de saúde da cidade de Santana (AP), de desvios de R$ 1,8 milhão.
Turma do canteiro
O setor de construção civil é um dos poucos em atividade permanente desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil. Agora, a turma do canteiro pode ter uma proteção extra – como adicional de periculosidade. Projeto de Lei do deputado estadual Campos Machado obriga empreiteiras a indenizar em até R$ 300 mil os operários que forem contaminados no ambiente de trabalho. Tramita na Alesp. Mas lobby contra é forte.
Freio
A apuração do Índice de Atividade Industrial, da Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil, mostra que abril manteve a queda na intenção em lançar produtos: houve retração de 14,5% na comparação com março. O acumulado do ano ficou - 25,7%.
Lado de lá
O presidente da Tanzânia, John Magufuli, que não adotou medidas restritivas de circulação, mandou a população rezar para se livrar do coronavírus.

Leitura na tela
O Diário de Pernambuco, 194 anos, o mais antigo do Brasil, deixou de circular impresso, seguindo a tendência de vários jornais. Aponta crise gerada pelo coronavírus.
Trancados
Pesquisa Demanda indica que 71% dos brasileiros “querem rigor nas medidas de isolamento social para combate ao coronavírus”. Foi realizada entre 18 e 21 de abril.
Se vira, motorista
A indústria automobilística no mundo – em especial no Brasil – acredita que os pneus um dia vão se ligar por vontade própria aos eixos dos carros. Constata-se que, de algumas décadas até hoje, o número de parafusos de fixação das rodas caiu de cinco para quatro, e agora carros populares já circulam com três. E tem a balela de que a liga é confiável.
Esperança
Vem aí a Quina de São João, já liberada para aposta nas lotéricas da Caixa. Sorteio será 27 de junho e o prêmio, por baixo, de R$ 140 milhões. Boa sorte.

EX-MINISTRO DA JUSTIÇA SÉRGIO MORO PEDE QUE O VÍDEO DA REUNIÃO DO DIA 22/04/2020 SEJA DIVULGADO


Moro pede que STF autorize divulgação da íntegra de vídeo de reunião

Renato Souza 

 

© Divulgação/Agência de Notícias do Acre 


O ex-ministro da Justiça Sergio Moro pediu oficialmente ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorize a divulgação, na integra, do vídeo gravado na reunião ministerial realizada no dia 22 de abril. De acordo com Moro, as gravações não contém assuntos que representam "segredo de Estado", como alega o governo.
A solicitação foi realizada no âmbito de um inquérito aberto no Supremo para apurar as declarações de Moro, que acusa o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal com interesses políticos e pessoais. O vídeo, com pouco mais de duas horas de duração, registra o encontro de Bolsonaro com o corpo de ministros, no Palácio do Planalto.
Em um dos trechos, o presidente afirma que troca "todo mundo da segurança. Troco o chefe, troco o ministro" para que a família dele não seja prejudicada. De acordo com Moro, ele se referia a investigações da Polícia Federal. O presidente afirma que fez alusão a eventuais ataques contra seus familiares, e que fez referência ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A defesa de Moro alega que existem fatos ofensívos aos ministros, como o fato da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, que afirmou, na reunião, que governadores e prefeitos deveriam ser presos. No entanto, o ex-ministro diz que esses argumentos não são suficientes para manter as imagens sob sigilo. "Não se desconhece que, de fato, existem manifestações potencialmente ofensivas realizadas por alguns Ministros presentes ao ato e que, se tornadas públicas, podem gerar constrangimento. De todo modo, esta circunstância não é suficiente para salvaguardar o sigilo de declarações que se constituem em ato próprio da Administração Pública, inclusive por não ter sido levado a efeito em ambiente privado", diz um trecho da peça de defesa de Moro.


VÍDEO DA REUNIÃO DO DIA 22/04/2020 MOSTRA UMA COISA E O BOLSONARO FALA OUTRA COISA.


Vídeo reforça denúncia de Moro contra Bolsonaro; saiba quem vai depor hoje

Sarah Teófilo 





© Minervino Júnior/CB/D.A.Press Bolsonaro: 'Não existe no vídeo todo as palavras Polícia Federal nem superintendência. Não tem nada demais. Estou tranquilíssimo' Pessoas que tiveram acesso ao vídeo exibido, nesta terça-feira (12/5), na Polícia Federal, dentro do processo que investiga denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro, afirmam que o que foi dito na reunião ministerial de 22 de abril é impactante para o chefe do Executivo. Ficou claro que a grande preocupação dele, ao mudar a chefia da Superintendência da corporação no Rio de Janeiro é proteger os filhos. Ele também estava apreensivo com as repercussões de investigações sobre aliados.
"Todos que assistiram ao vídeo ficaram atônitos. Explicitou-se o que, até então, eram suposições: o presidente Jair Bolsonaro só está preocupado em livrar seus filhos do cerco da PF. Por isso, ele quer tanto ter o controle do órgão e acesso às investigações", contou um dos presentes. Em uma das partes do vídeo, Bolsonaro diz: “Querem f. minha família”. A corporação está próxima de pegar Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), os filhos 02 e 03 do presidente, por disseminação de fake news com o intuito de destruir reputações e defender a volta da ditadura.
A avaliação de duas pessoas que participaram da exibição do vídeo, no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, é de que a situação é muito ruim para o governo. “Como Bolsonaro vai rebater o que disse e está gravado? Vai dizer que fizeram montagem?”, indagou uma das fontes.
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O vídeo foi exibido por determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Assistiram à gravação, além de Moro, integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU) e procuradores e investigadores que acompanham o caso. Advogado do ex-juiz, Rodrigo Sánchez Rios ressaltou que o material confirma todas as denúncias feitas pelo cliente. Ao deixar o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro afirmou que Bolsonaro queria interferir no comando e nas ações da PF. Logo depois, o presidente da República tentou desqualificar as declarações do ex-juiz. Com o vídeo da reunião em que o chefe do Executivo disse que demitiria o ex-magistrado se ele não mudasse a chefia da PF, o clima no Palácio do Planalto é de alerta máximo. Tudo indica que será liberada a parte da gravação que envolve Moro.
"Segurança"
Bolsonaro disse, ontem, que não mencionou a PF na reunião. “Não existe no vídeo todo as palavras Polícia Federal nem superintendência”, frisou. Ele afirmou que falou sobre preocupação relativa a sua segurança. “Não tem nada demais. Estou tranquilíssimo.”
Questionado se havia comentado algo relacionado aos filhos, respondeu que após ter sido esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018 esteve preocupado com a segurança da família. Segundo ele, no entanto, quem cuida da segurança dele e da família é o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).  “Em Juiz de Fora, o Adélio (Bispo) cercou o meu filho no vídeo. Talvez quisesse assassiná-lo ali. A segurança da família é uma coisa. Não estou e nunca estive preocupado com a Polícia Federal. A Polícia Federal nunca investigou ninguém da minha família, isso não existe no vídeo”, reforçou. "O vídeo é meu. Não é oficial, mas é meu. Eu poderia não entregar o vídeo."
Ele disse ter entregado a gravação para impedir especulações sobre o conteúdo. “Para evitar falarem que eu sumi com o vídeo porque ele era comprometedor”, afirmou.
Cadeia
O vídeo da reunião também registra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, dizendo “que todos tinham que ir para a cadeia, começando pelos ministros do STF”, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, defendendo a prisão de governadores e prefeitos.
Por meio da assessoria, a ministra Damares Alves disse que pediu “a punição de prefeitos e governadores no contexto de desvios de insumos durante a pandemia e violação de direitos, citando como exemplo atos truculentos contra idosos que não respeitarem as regras de isolamento e distanciamento social”. Já a assessoria do Ministério da Educação informou que Weintraub não vai se manifestar.
Próximos depoimentos
Confira os nomes que serão ouvidos no âmbito do inquérito que apura suposta tentativade interferência política de Bolsonaro no comando da Polícia Federal
Hoje (13/5)15h — Edifício-sede da PF Carlos Henrique de Oliveira Souza, delegado da PFAlexandre da Silva Saraiva, delegado da PFCarla Zambelli, deputadaQuinta-feira (14/5)15h — local a ser definidoRodrigo de Melo Teixeira, delegado da PF

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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