Plenário da Câmara aprova ajuda a estados e municípios
Agência Brasil
© Cleia Viana/Câmara dos Deputados Sessão na Câmara
dos Deputados - 13/04/2020
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
segunda, 13,, por 431 votos a 70, o Projeto de Lei Complementar 149/19,
substitutivo do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) ao projeto conhecido como Plano
Mansueto, que prevê ajuda financeira da União a estados, Distrito Federal e
municípios para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. O texto segue para
apreciação do Senado.
O projeto prevê compensar a queda de arrecadação do
Imposto de Circulação, Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre
Serviços (ISS) de 2020 em relação ao ano passado e reduzir os efeitos na
economia da crise do coronavírus.
O pacote emergencial que recompõe durante seis
meses as perdas de estados e municípios não prevê contrapartidas dos
governadores e prefeitos, como queria a equipe econômica.
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Vários líderes partidários defenderam a retirada do
aumento de limite de endividamento dos estados do projeto, e o líder do
governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que o governo é contra o texto.
Uma das críticas é ter deixado fora do projeto o congelamento de salários dos
servidores. Ele também criticou a negativa de vincular os recursos da
recomposição a gastos especificamente voltados para o combate do novo
coronavírus.
“O governo quer ajudar os estados e os municípios,
mas não desta forma”, disse Vitor Hugo. Ele afirmou ainda que o critério da
divisão dos recursos deve levar em conta a contaminação por covid-19.
O líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim
(Cidadania-SP), disse que a votação é importante neste período de crise. “Tudo
o que está sendo votado é temporário e engloba o período da crise. Estamos
fazendo tudo para tomar as medidas necessárias agora e, depois, retomar os
cuidados com a questão fiscal”, disse Jardim.
O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) destacou que
não é bom permitir novos empréstimos no momento atual. “É um relatório simples
e competente, que lida com o fato de que os estados e municípios terão perda de
receitas e aumento das despesas, e não poderão abrir mão das despesas com
saúde”, disse.
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Contas públicas
O projeto de ajuda aos estados pode gerar impacto
nas contas públicas de pelo menos R$ 105 bilhões até R$ 222 bilhões. É o que
diz nota técnica divulgada no último sábado (11) pelo Ministério da Economia
sobre o substitutivo do Plano Mansueto.
Desse de R$ 105 bilhões, R$ 9 bilhões são
suspensões de dívidas com a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); R$ 55 bilhões decorrem das
operações de crédito autorizadas pelo substitutivo; e R$ 41 são transferências para
recompor perdas de arrecadação com o ICMS e o ISS.