sábado, 21 de março de 2020

PARLAMENTARES QUEREM ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO - NÃO É HORA DE GASTAR DINHEIRO COM ELEIÇÕES


Parlamentares sugerem adiar eleições municipais de outubro por coronavírus

Por Maria Carolina Marcello 




© Reuters/ADRIANO MACHADO .
Por Maria Carolina Marcello


BRASÍLIA (Reuters) - Senadores sugeriram nesta sexta-feira que as eleições municipais previstas para outubro sejam adiadas por conta dos impactos da epidemia do novo coronavírus.
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), encaminhou ofício à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, em que pede o adiamento das eleições para 2022 para evitar o contágio de pessoas com o início da campanha eleitoral e ajudar na economia de recursos públicos.
 “A crise provocada pelo coronavírus, com a consequente incerteza não somente sobre a extensão, mas também sobre a duração desta pandemia que tem vitimado milhares de pessoas em todo o mundo, tem gerado a paralisação de diversas atividades”, diz o documento encaminhado ao TSE.
O senador argumenta, no ofício, que o início da campanha eleitoral, em agosto, irá resultar em “movimentação e aglomeração de pessoas não somente durante todo o período da campanha política, mas também no dia da população ir as urnas, momento que pode gerar uma grande multiplicação do contágio desta doença”.
“É válido ressaltar também, além do fatos de disseminação do vírus, que por sua ação há um reflexo direto na economia no Brasil”, citando gastos previstos com o fundo eleitoral, e os recursos a serem utilizados pela Justiça Eleitoral para a realização das eleições.
O líder do PSL não foi o único a recorrer ao TSE sobre as eleições. Constam, no sistema eletrônico do tribunal, pelo menos duas consultas sobre o tema.
Durante a sessão desta sexta-feira em que foi aprovado o decreto de calamidade pública por unanimidade, parlamentares aproveitaram para tocar no assunto. O senador Carlos Viana (PSD-MG), aproveitou fala em inédita sessão remota da Casa para levantar o tema.
“Quero aqui também, senhor presidente, colocar a todos os pares do Senado, já há um primeiro pensamento sobre a possibilidade de nós adiarmos as eleições de outubro”, disse.
“É claro que essa é uma decisão ainda prematura, mas que precisa começar a fazer parte das nossas discussões, em primeiro lugar pelo calendário que ora já está valendo e que pode ser muito prejudicado pelas quarentenas com o cancelamento das reuniões”, argumentou, acrescentando ser necessário que o ministro Roberto Barroso, próximo a assumir o comando da Justiça Eleitoral, inicie uma avaliação sobre a possibilidade.
“Ainda que legalmente não tenhamos hoje essa possibilidade constitucional, se por parte do TSE for colocada essa necessidade por conta da pandemia, eu tenho a certeza de que o Parlamento irá responder com toda a tranquilidade, para, quem sabe, criarmos um novo calendário, para que o Brasil possa ter um novo marco também na questão eleitoral”, afirmou Viana.
Na mesma linha, o senador Elmano Férrer (Podemos-PI), chamou a atenção para a hipótese, prevendo que pela “curva de crescimento dessa pandemia”, “ela vai ser grave exatamente nos meses de junho e julho”.
“Eu acho que chegou o momento de nós prorrogarmos as eleições, para que haja uma coincidência de eleições --eleições gerais em 2022, de prefeito, vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República”, defendeu.
Já a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), informou ter protocolado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre as eleições e sobre a destinação de recursos de campanha.
“Eu estou protocolando uma PEC hoje, em razão também da eleição que vem agora. Não podemos destinar dinheiro para as eleições, sendo que estamos precisando de dinheiro para a saúde, e aí vamos desfavorecer candidatos que não estão no poder”, disse, durante a sessão em que os senadores se pronunciavam por videoconferência ou por telefone.
“Por isso estou protocolando uma PEC hoje sobre isso e também sobre a destinação do fundo especial de campanha.”
Na quinta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou projeto de lei que autoriza o Executivo a destinar recursos dos fundos partidário e eleitoral ao enfrentamento de crises de saúde pública em casos de declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

ANIVERSÁRIO E VIDA DE BOLSONARO COM PROBLEMAS DE AVANÇO DO CORONAVÍRUS


Bolsonaro completa 65 anos pressionado pelo avanço do coronavírus no país

Maurício Ferro 




© Sérgio Lima/Poder360 Bolsonaro durante anúncio de medidas para combater a pandemia de coronavírus. Presidente faz aniversário durante momento de avanço da covid-19 no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro completa 65 anos neste sábado (21.mar.2020). Ele disse na 6ª feira (20.mar) que comemoraria a data no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, com a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a filha Laura, de 11 anos, e a enteada Letícia.
Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), Bolsonaro disse que não receberia mais de 8 pessoas em casa. O militar também falou que nunca foi afeito a grandes festas de aniversário.
Nascido em 1955 na cidade de Glicério, no estado de São Paulo, o atual presidente viveu nas cidades de Jundiaí (1964), Sete Barras (1965) e Eldorado (1966). Eis infográfico com a trajetória do atual chefe do Palácio do Planalto:


© Fornecido por Poder360
Em 1973, ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. No ano seguinte, foi para a Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). Em 1977, concluiu o curso de formação, bem como o curso de paraquedismo militar na Brigada Paraquedista do Rio.
Depois, em 1978, casou-se com Rogéria Bolsonaro, com quem teve os filhos Flávio, Carlos e Eduardo. Os 3 são políticos atualmente. O 1º é senador, o 2º é vereador na cidade do Rio e o 3ª, deputado federal.
Foi na cidade do Rio onde o atual presidente iniciou sua trajetória política. Após ganhar projeção por escrever o artigo “O salário está baixo” para a revista Veja e ser investigado por supostamente planejar atentados a bombas em quartéis como protesto aos vencimentos, elegeu-se vereador em 1988. Ficou preso por 15 dias.
Àquela altura, Bolsonaro já era capitão, patente adquirida em 1979. O atual presidente assumiu o mandato em 1989, ano no qual já estava livre da acusação sobre os atentados. O STM (Superior Tribunal Militar) o inocentou.
Bolsonaro ficou pouco na Câmara Municipal. No ano seguinte, em 1990, candidatou-se a deputado federal e foi eleito. Assumiu em 1991 e não saiu mais da Câmara. Foi reeleito em outras 6 oportunidades. Ao todo, 28 anos.
No passado recente, a contar desde 2014, o então deputado federal teve diversas trocas de partido (além de outras que somava em sua trajetória) de olho numa sigla pela qual se lançaria candidato à Presidência.
Parou no PSL e foi eleito, depois de uma campanha na qual sofreu 1 atentado à faca em setembro. No entanto, não permaneceu muito. Logo no 1º ano de mandato, anunciou que criaria seu próprio partido, o Aliança pelo Brasil. Atualmente, Bolsonaro está em seu 2º ano de mandato e sem vínculo partidário. Passa neste momento pela maior dificuldade de seu governo: lidar com uma pandemia em nível global que deve provocar uma onda de mortes e derrubar a economia do país.
Criticado por chamar de “histeria” as reações ao coronavírus, o presidente foi alvo nesta semana de panelaços por 3 dias seguidos. Também houve atos a favor do chefe do Palácio do Planalto, mas em menor dimensão.
Apesar dos protestos contrários, Bolsonaro mantém sua aprovação em cerca de 1/3 do eleitorado, segundo levantamento da XP Investimentos.

CIENTISTA BRASILEIRO PRÊMIO NOBEL MORRE DEVIDO O COVID-19


Sérgio Trindade, nobel da paz com IPCC, morre em NY vítima do coronavírus

Beatriz Bulla 






© Foto: Arquivo Pessoal Especialista brasileiro em energia renovável, ganhador do Nobel da Paz de 2007 como membro do IPCC, morreu em NY em decorrência do coronavírus
O especialista em bioenergia Sérgio Campos Trindade morreu na quarta-feira, 18, aos 79 anos, em Nova York, em decorrência de complicações associadas ao coronavírus. A morte foi informada pela Agência Fapesp e por familiares de Trindade nas redes sociais.
O engenheiro químico recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007 ao lado dos integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) pela luta na preservação do meio ambiente e a divulgação do conhecimento sobre mudanças climáticas e os efeitos no planeta.
O brasileiro era um especialista em energia renovável e trabalhava como consultor em negócios sustentáveis. Ele era membro do Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência vinculada à Unesco.
"Tio Sérgio sempre foi uma referência na família. Uma inspiração e um ponto de contato. Somos muitos Arrudas espalhados pelo mundo, mas sempre tivemos na sua casa e de tia Helena Arruda Trindade, próxima a Nova York, um ponto de acolhimento garantido. Encontrá-lo era sempre certeza de escutar novidades", conta o jornalista Felipe Arruda Mortara, colaborador do Estado e sobrinho-neto de Trindade.
"Quando começava a contar sobre suas pesquisas e palestras sempre se entusiasmava. Era um viajante apaixonado e adorava contar dos países que conhecia. Já manifestava preocupação com as mudanças climáticas há mais de uma década, quando ainda era algo muito abstrato para todos. Uma pessoa à frente de seu tempo. Aliás, soava quase como uma loucura dizer que um parente seu era ganhador de um Prêmio Nobel da Paz. Afinal, sempre disseram que o Brasil nunca teve um Nobel. A sensação era a de que todos não tinham ideia do tamanho do Tio Sérgio", afirma Mortara.
O Estado de Nova York tem 5,5 mil casos confirmados de coronavírus, mais de 40% do número infecções no país inteiro. Os EUA registraram até agora 12 mil confirmações do vírus.

LULA PAZ E AMOR FAZ CAÇA ÀS BRUXAS CONTRA A OPOSIÇÃO

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