sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

CONGRESSO PROMETE DAR ANDAMENTO NAS REFORMAS ADMINISTRATIVA E TRIBUTÁRIA


Reformas administrativa e tributária vão começar a andar no Congresso

Alessandra Azevedo







© Marcos Brandao/Senado Federal Alcolumbre disse que o colegiado atuará nos moldes da comissão criada na tramitação da reforma da Previdência Governo e Congresso deram sinais de que, em breve, as duas reformas esperadas para este ano, administrativa e tributária, devem sair do papel. Após sucessivas postergações, o presidente Jair Bolsonaro prometeu, nesta quinta-feira (6/2), que está “na iminência” de enviar a proposta que corta direitos de novos servidores públicos. Já a unificação de impostos deve ser discutida em conjunto, por um grupo de 20 deputados e 20 senadores, conforme decidiram os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Alcolumbre explicou que o colegiado vai atuar nos moldes da comissão especial de senadores criada durante a tramitação da reforma da Previdência. À época, o Senado juntou um grupo à parte para acompanhar os trabalhos em andamento na Câmara. O objetivo era que, quando o texto chegasse à avaliação da Casa, não houvesse muita discordância, para que a tramitação fosse mais rápida. Na visão dele, a estratégia “deu muito certo”, o que sugere que deve ter bons resultados se replicada no caso da tributária.
“O texto que chegou da Câmara foi aprimorado no Senado, mas foi amplamente debatido no decorrer dos debates da comissão especial”, lembrou Alcolumbre. Segundo ele, “o mesmo rito, nós vamos estabelecer na reforma tributária”. O resultado das discussões deve ser um novo texto, mais próximo de um consenso entre as duas propostas de emenda à Constituição (PECs), hoje em discussão — a 45/2019, na Câmara, e a 110/2019, no Senado. Também pode incluir uma possível contribuição do Executivo, ainda não enviada ao Congresso.
Se for criado um texto único, a tramitação precisará começar do zero, pela Câmara. Na primeira etapa, passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Em seguida, pela avaliação de uma comissão especial. Só então pode ir ao plenário e, depois, ser debatida no Senado. A ideia da versão unificada é justamente facilitar o andamento e acelerar o trâmite. Quando uma PEC é alterada pelo Senado, precisa retornar à Câmara, o que atrasa a promulgação.
Administrativa
Embora tenha prometido uma proposta em breve, Bolsonaro não especificou uma data para o envio. O mesmo acontece, há meses, em relação à contribuição à tributária, o que leva parte do parlamento a crer que nenhuma delas deve avançar. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a comissão especial da reforma da Previdência, considera “difícil” chegar a um consenso na tributária, por se tratar de propostas, segundo ele, “inconciliáveis”, com premissas contraditórias.
Quanto à administrativa, Ramos não enxerga “nenhuma possibilidade de aprovação antes das eleições municipais”, em outubro. “Eu espero que o governo federal encaminhe o mais rápido possível. Acho que temos que nos esforçar para passar na CCJ e criar uma comissão especial, mas não deve passar disso por agora”, acredita. Em ano de eleições municipais, os parlamentares não estão tão interessados em discutir mudanças impopulares.
A ideia do governo é alterar as estruturas do funcionalismo público. Entre outros pontos, a reforma deve colocar em risco a estabilidade de novos servidores e as remunerações iniciais, que, em geral, são mais altas do que de quem exerce funções semelhantes na iniciativa privada. Apesar das controvérsias, o líder do Novo, Paulo Ganime (RJ), vê na administrativa a possibilidade mais rápida de aprovação. “Cada uma impacta atores diferentes da sociedade. Acho que ela afeta menos categorias, vai ter menos pressão contrária. Para os servidores atuais, não é quase nada”, disse.

NOTÍCIAS DO DIA 07/02/2020


Agenda do dia: veja o que você precisa saber hoje

                                                                 © Foto: Erika Kinetz/AP

SAÚDE
- Resgate de brasileiros em Wuhan sofre atraso
A operação de resgate dos brasileiros isolados em Wuhan, epicentro do novo coronavírus na China, atrasou, o que vai postergar o retorno deles ao Brasil. De acordo com o Ministério da Defesa, as aeronaves enviadas pelo governo chegaram a Varsóvia, na Polônia, a penúltima escala prevista, mas não têm ainda previsão de quando poderão cruzar o espaço aéreo chinês para pousar na cidade. A previsão de pouso na China foi adiada para a noite desta sexta-feira (7). (Via Estadão)

- Bolsonaro sanciona lei da quarentena do coronavírus
O presidente Jair Bolsonaro sancionou na noite desta quinta-feira (6) a Lei da Quarentena Sanitária do Coronavírus. A medida regulamenta o quadro de emergência de saúde pública decorrente do vírus no Brasil. Segundo o texto, há a necessidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 'definir ações e responsabilidades mais claras para todos os Estados membros e garantir articulação internacional para o enfrentamento de eventuais epidemias globais'. (Via Correio Braziliense)

GOVERNO
- Governo quer transgênicos em terras indígenas
A abertura das terras indígenas do País para exploração mineral, pecuária, geração de energia e agricultura, propostas previstas no projeto de lei anunciado na quinta-feira pelo governo, inclui até o plantio de transgênicos. O projeto de lei do governo tem sido duramente criticado por ambientalistas, que veem na proposta uma série de inconstitucionalidades. (Via Estadão)

JUSTIÇA
- Aras recorrerá de homologação da delação de Cabral
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pretende recorrer da decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que homologou o acordo de delação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O ministro decidiu aceitar o contrato firmado entre Cabral e a Polícia Federal. Para ter acesso a benefícios, ele se comprometeu a devolver R$ 380 milhões recebidos por meio de propina na época em que ele ocupava o cargo de governador. (Via Correio Braziliense)

- Juiz rejeita denúncia contra Glenn Greenwald
O juiz Ricardo Leite rejeitou nesta quinta (6) a denúncia oferecida contra o jornalista Glenn Greenwald, fundador do 'The Intercept Brasil', no caso do hackeamento de autoridades. Os outros seis denunciados pelos procuradores tornaram-se réus. O magistrado citou recente liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF. (Via Poder 360)

ECONOMIA
- Dólar fecha em alta e bate máxima recorde ante real
O dólar teve forte alta nesta quinta (6) e encerrou em máxima histórica nominal ante o real. O dólar à vista fechou com alta de 1,11%, a R$ 4,2859 na venda, pouco acima do recorde anterior, do último dia 31 de janeiro. Na última quarta (5), o Banco Central reduziu a Selic em 0,25%, resultando a nova mínima histórica de 4,25% ao ano. (Via Forbes)

MUNDO
- Casa Branca confirma morte de líder da Al Qaeda




FUTEBOL
- Brasil empata com o Uruguai e adia classificação à Olimpíada
Em uma partida marcada por falhas de ambos os goleiros, Brasil e Uruguai empataram por 1 a 1 pela penúltima rodada do quadrangular do Pré-Olímpico. O resultado deixa o time do técnico André Jardine com dois pontos e precisando de uma vitória no último confronto, contra a Argentina, no próximo domingo (9), para se classificar aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Jogador do Corinthians, Pedrinho chutou a bola que deu o gol ao Brasil, porém o árbitro considerou gol contra do goleiro uruguaio. (Via ESPN)
- Eliminação de gigantes marca a Copa do Rei
A Copa do Rei foi marcada por duas zebras nesta quinta-feira (6). No estádio de San Mamés, o Athletic Bilbao venceu por 1 a 0 e eliminou o Barcelona com gol de Iñaki Williams nos acréscimos do segundo tempo. Já no Santiago Bernabéu, na capital espanhola, a Real Sociedad derrotou o Real Madrid por 4 a 3 e avançou à semi-final do torneio eliminatório. (Via ESPN e O Gol)

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...