segunda-feira, 5 de agosto de 2019

CÂMARA OS DEPUTADOS REINICIA VOTAÇÃO DO SEGUNDO TURNO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA


Câmara pode votar reforma da Previdência em 2º turno nesta semana



© Sérgio Lima O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou 8 sessões deliberativas para esta semana. Em pauta: a reforma da Previdência

A Câmara dos Deputados deve iniciar as discussões e votar nesta semana a proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19) em 2º turno. O presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou 8 sessões do plenário (eis a pauta da semana) e a proposta consta como item único para debate.


O tema vai voltar ao plenário após duas semanas de “recesso branco” no Congresso –período sem previsão regimental em que não há cobrança de presença nas Casa Legislativas. Os deputados entraram em recesso em 18 de julho e, na teoria, retornaram na última 5ª feira (1º.ago). Mas é só nesta 3ª feira (6.ago) que as atividades começam a engrenar.
Pela pauta, a discussão central será em torno da reforma da Previdência. Ninguém espera que o projeto seja derrubado. Mas não será uma votação fácil. Provavelmente se estenderá por vários dias. Pode ir até 6ª feira (9.ago). Se ficar para a semana seguinte, o que é improvável, haverá frustração.
Nesta fase, as modificações no texto serão mais limitadas. Só estarão permitidas emendas supressivas, que eliminam trechos do texto aprovado em 1º turno. Nada poderá ser acrescentado. Mas há, mesmo assim, risco de estrago.
Uma das preocupações do governo é o item que transfere à Justiça Federal a exclusividade para as ações que envolvem Previdência. Há 1 lobby forte por trás da mudança. Juízes paulistas puxam a fila. Corporações do serviço público também atuam para aprovar emendas supressivas.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, passou a última semana mapeando a ação dos lobbies. Prepara munição para neutralizá-los.
Da mesma forma que no 1º turno, a proposta vai precisar do voto de 308 deputados para ser aprovada e, assim, enviada ao Senado, onde também passará por 2 turnos de votação.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O texto da reforma foi apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro em 20 de fevereiro. Depois de tramitar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e na Comissão Especial, a proposta foi aprovada em 10 de julho por 379 votos contra 131 no plenário da Casa. Saiba como cada deputado e cada partido votou.
A votação em 1º turno foi concluída em 12 de julho. A Câmara aprovou regras que suavizam o cálculo da aposentadoria de mulheres, que são mais brandas para policiais e para professores. Além de 1 novo tempo mínimo de contribuição para homens, que passou de 20 anos para 15 anos.
Os deputados, por outro lado, rejeitaram emendas ao texto que alteravam as regras de transição da reforma e a manutenção do abono salarial para quem ganha até 2 salários mínimos.
No dia da aprovação em 1º turno, o governo estimou que a reforma resultaria em uma economia próxima de R$ 900 bilhões em 10 anos. Seis dias depois, aumentou a previsão para R$ 933,5 bilhões em 10 anos.
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PROBLEMAS ECONÔMICOS DE MINAS GERAIS E DO BRASIL


'É inadmissível uma reforma sem estados e municípios', afirma o presidente da ACMinas

Lucas Simões





“Nós não temos 13 milhões de desempregados. Temos mais. O Brasil tem o subemprego, tem aqueles que poderiam trabalhar oito horas e trabalham três. Então, esse número é bem maior, que deve chegar a 30 milhões com desalentados, subempregados, trabalhando sem carteira”, disse Aguinaldo Diniz Filho
Entusiasta dos governos Zema e Bolsonaro, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas) para o biênio 2019/2020, Aguinaldo Diniz Filho, é um defensor da reforma da Previdência. Para o empresário, é essencial a idade mínima de aposentadoria, a inclusão dos estados e municípios e o fim de privilégios e da disparidade entre o setor público e privado. O próximo passo para alavancar a economia do país, comandada por um “dream team”, segundo ele, é a reforma tributária e, posteriormente, a política. Nesta entrevista, Diniz, que também é presidente do Conselho de Administração da Cedro Têxtil, fala ainda desburocratização, desemprego e investimentos.
Qual o impacto da liberação de até R$ 500 do FGTS neste ano e da criação do saque-aniversário na economia? 
O FGTS foi um fundo criado para a aposentadoria, pensando no futuro do trabalhador. Mas o FGTS tem uma remuneração baixa, todos sabemos. E isso tem um objetivo, que é fazer o dinheiro do FGTS ser usado para o fundo de construção civil e imobiliário. O que é muito importante, porque fomenta a infraestrutura do país. Então, com a gravidade da situação econômica e o desemprego, acho que a medida do governo de liberar não o FGTS todo, mas parte dele, os tais R$ 500, evidentemente em hipótese alguma vai resolver o problema da economia. Mas entendo que o governo tomou uma medida sensata: não prejudica o objetivo de construção e moradia porque não zera o FGTS e ainda alivia aquele dono de uma conta do FGTS que está sem emprego. O que não poderia é descaracterizar o FGTS e isso não foi feito.
Segundo dados do IBGE, o desemprego atinge 12,3 milhões de brasileiros. Como gerar emprego e renda para melhor esse indicador?
Nós não temos 13 milhões de desempregados. Temos mais. O Brasil tem o subemprego, tem aqueles que poderiam trabalhar oito horas e trabalham três. Então, esse número é bem maior, que deve chegar a 30 milhões com desalentados, subempregados, trabalhando sem carteira. O desemprego é o maior problema que temos. Nós precisamos de crescer a economia com investimentos. Existe um item chamado formação bruta de capital fixo, que no Brasil está em 15%. Para o país crescer 3%, precisa de uma formação bruta de capital fixo de 20%, segundo análises dos economistas. Isso não está acontecendo. E não tem mágica. Mas você não resolve isso de hoje para amanhã. Na minha opinião, o caminho é criar condições de investir na infraestrutura, na construção civil, em tecnologia e inovação. Mas, para criar isso, o Brasil precisa criar confiança. Existe no mundo, hoje, US$ 26 trilhões com juros negativos. Ou seja, esse dinheiro está procurando para onde ir. Por isso, precisamos gerar confiança e segurança jurídica para que haja o investimento. Pois o governo não está podendo investir, principalmente com esse déficit fiscal de R$ 136 bilhões.
A reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, pode ajudar a recuperar a confiança para investimentos no país?
Não tenho a menor dúvida de que precisamos da reforma da Previdência. Evidentemente, talvez não seja a reforma ideal porque precisávamos fazer uma economia de R$ 1,2 trilhão, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. Houve alguns ajustes, o que é natural. Pra mim, se eu fosse legislador, ia focar em dois pontos. Manter uma idade mínima de aposentadoria, porque a vida mudou e hoje, felizmente, estamos vivendo mais. Além disso, é essencial acabar com os privilégios. Existem vários privilégios incompatíveis com o momento econômico do país. Hoje, temos o sistema geral da Previdência, com o limite de aposentadoria de R$ 5.800, e os regimes próprios, que muitas vezes não são compatíveis com isso. Não é justa a disparidade que existe entre o setor privado e o setor público. Se houver um entendimento nisso, vamos dar um salto de confiança. Mas temos que esperar a aprovação. Acredito que a reforma vai trazer a confiança, que gera investimento. Mas na votação no primeiro turno, falar que gerou uma mudança, não. Outro ponto é que é inadmissível uma reforma da Previdência sem estados e municípios. É fundamental porque o que pode ocorrer é que Minas tenha uma reforma diferente da Bahia, do Pará, assim como pode acontecer com os municípios.
E qual a expectativa para a reforma tributária? A ACMinas tem restrições a mudanças nos impostos?
A reforma da Previdência vai provocar um clima positivo e a oportunidade de outras reformas, como a tributária. Um dos problemas é que, atualmente, ouço dizer que existem cinco reformas tributárias no ar. Com o déficit fiscal que os estados e o país estão, não vejo uma reforma tributária que reduza impostos. Mas se for uma reforma tributária que desburocratize, ajuda. E neutra, no sentido de não aumentar impostos. Tem um estudo do Jorge Gerdau que diz que a Gerdau tem 200 pessoas trabalhando na área tributária no Brasil, enquanto empresas dele no Canadá têm apenas nove pessoas para fazer o mesmo serviço. Se a gente conseguir desburocratizar os impostos, é um avanço. O ICMS, por exemplo, a empresa não paga imposto, quem paga é o contribuinte. A população paga e a empresa repassa para o estado. O ICMS de Minas tem 703 artigos. Imagina a dificuldade para a empresa entender o que ela está pagando. Isso tem que mudar. Na minha opinião, acabou a reforma da Previdência, tem que discutir a tributária e, na sequência, a reforma política.
Qual a avaliação o senhor faz do governo de Jair Bolsonaro (PSL) até o momento. Quais erros e acertos o senhor apontaria? 
O Bolsonaro foi eleito com 57 milhões de votos e montou um dream team na economia. O Bolsonaro criou o time da economia que pode resgatar a situação caótica da economia do país. Eu e o empresariado como um todo temos confiança absoluta no governo Bolsonaro. Mas o que acho que o governo Bolsonaro precisa é construir alianças de consenso porque estamos em um país dividido e precisamos criar harmonia. Um consenso geral com o Congresso e a sociedade civil. E isso passa muito pelo presidente. Nós precisamos de diminuir a polarização no país.
E como o senhor avalia as políticas do governador Romeu Zema (Novo), que envolvem privati-zações, revisão da Lei Kandir e adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF)?
O governador Zema tem sete meses de governo e pegou o Estado com dificuldades. Sobre a Lei Kandir, que o governo tem R$ 135 bilhões a receber, somos favoráveis. Não é justo com o Estado. E no projeto de recuperação fiscal, o governo tem que tomar medidas duras, mas esse é o caminho para ajustar a situação fiscal do Estado. Zema é um empresário que está tentando administrar o Estado de forma mais empresarial para que a gente saia da situação de déficit, atraso de pagamentos, por exemplo.
Após assumir a ACMinas neste ano, quais as metas da sua gestão para a associação no biênio 2019/2020?
Somos uma entidade de 118 anos e eu sou o 40º presidente. A maioria dos associados são de médias e pequenas empresas, focadas em múltiplos setores, e é nesse sentido que vamos trabalhar. Para esse período de dois anos, estabelecemos cinco pilares para nossa gestão. O primeiro ponto é melhorar o portfólio de serviços para os associados, com oferta de trabalho e projetos. O segundo ponto é crescer nossa imagem institucional. A associação comercial teve e tem momentos da mais alta relevância. As primeiras discussões para criação da Fiat foram feitas nessa casa, assim como as discussões para a criação da Usiminas. O terceiro ponto é uma reestruturação financeira, com redução de custos. O quarto é fortalecer os 19 conselhos empresarias que temos, das mais diversas áreas, como turismo, cultura, economia, mineração e energia. Por exemplo, vamos ter no dia 20 de agosto uma palestra sobre o futuro da mineração. É papel da associação pautar esses debates, claro. E o quinto pilar é um estudo para mudar a nossa sede. Queremos um lugar de acesso mais fácil e estudamos essa possibilidade.
Mas qual a prioridade?
Temos muitas prioridades, mas falando de uma delas, em 19 de agosto teremos um debate sobre a Medida Provisória (MP) 881, que trata da liberdade econômica. A MP 881, que ainda terá que virar lei, desburocratiza e traz possibilidades de empreendimentos. É uma legislação que cria um mundo novo na economia do país. Ela diz, por exemplo, sobre atividades que não têm risco e estarão passíveis de serem desburocratizadas. E isso minimiza o furor regulatório do Estado.

CRONOLOGIA DOS MASSACRES LETAIS NOS EUA


EUA: 172 pessoas morreram nos 10 massacres mais letais dos últimos anos

Estadão Conteúdo 







Dois massacres atingiram os Estados Unidos neste final de semana. No sábado (3), um atirador abriu fogo em um centro comercial lotado em El Paso, no Texas, matando 20 pessoas. Na madrugada deste domingo (4), um novo ataque aconteceu em Ohio, resultando em nove mortes. As investigações dos dois massacres ainda estão em curso.

Com forte histórico, os Estados Unidos somaram 172 mortes nos 10 massacres mais letais dos últimos dois anos. Confira a lista:

4 de agosto de 2019: Um atirador usando uma armadura matou nove pessoas em um bairro boêmio em Dayton, Ohio. O suspeito foi morto pela polícia.

3 de agosto de 2019: Um atirador abriu fogo em um shopping center em El Paso, Texas, matando 20 pessoas e ferindo mais de vinte. Um suspeito foi levado em custódia.

31 de maio de 2019: DeWayne Craddock, trabalhador da cidade de Longtime, abriu fogo em um prédio que abriga escritórios governamentais em Virginia Beach. Ele matou 12 pessoas e feriu várias outras antes de ser morto pela polícia.

15 de fevereiro de 2019: Gary Martin matou cinco colegas de trabalho em uma fábrica em Aurora, Illinois, durante uma reunião disciplinar na qual ele foi demitido. Ele feriu um outro funcionário e cinco dos primeiros policiais a chegarem à fábrica suburbana de Chicago antes de ser morto pela polícia durante uma troca de tiros.

7 de novembro de 2018: Ian David Long matou 12 pessoas em um bar de música country em Thousand Oaks, Califórnia, antes de tirar sua própria vida. Long era um veterano de combate que lutou na guerra do Afeganistão.

27 de outubro de 2018: Robert Bowers abriu fogo na sinagoga Tree of Life, em Pittsburgh, Pensilvânia, durante os cultos matinais do Shabat, matando 11 pessoas e ferindo outras. Foi o ataque mais mortal contra os judeus nos EUA.

28 de junho de 2018: Jarrod Ramos disparou pelas janelas dos escritórios do jornal Capital Gazette em Annapolis, Maryland, matando cinco pessoas. As autoridades dizem que Ramos enviou cartas ameaçadoras ao jornal antes do ataque.

18 de maio de 2018: Dimitrios Pagourtzis abriu fogo em uma aula de arte na Santa Fé High School, em Santa Fé, no Texas, matando oito estudantes e dois professores. Explosivos foram encontrados na escola e fora do campus.

14 de fevereiro de 2018: Nikolas Cruz matou 17 estudantes e funcionários na Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida. O massacre ultrapassou o ataque de Columbine e se tornou o evento mais letal em uma escola secundária nos EUA.

5 de novembro de 2017: Devin Patrick Kelley, que havia sido dispensado da Força Aérea após uma condenação por violência doméstica, usou uma arma de fogo estilo AR para atirar em uma congregação em uma pequena igreja em Sutherland Springs, Texas, matando mais de duas dúzias de pessoas.

1º de outubro de 2017: Stephen Paddock abriu fogo contra um festival de música ao ar livre em Las Vegas, do 32º andar de um hotel-cassino, matando 58 pessoas e ferindo mais de 500.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou que as investigações policiais sobre os massacres ocorridos neste fim de semana no Texas e em Ohio estão avançando rapidamente. Em publicação no Twitter, Trump disse que o FBI e autoridades estaduais e locais estão trabalhando conjuntamente tanto em El Paso (Texas) como em Dayton (Ohio).

"A informação está sendo rapidamente acumulada em Dayton. Muito já foi aprendido em El Paso. A aplicação da lei foi muito rápida em ambos os casos. Atualizações serão dadas ao longo do dia!", escreveu.

Autoridades da Casa Branca informaram que Trump, que está passando o fim de semana em seu New Jersey Golf Club, seria atualizado sobre ambos os tiroteios ao longo do dia.
Polícia dos EUA investiga possibilidade de crime de ódio em El Paso
Autoridades norte-americanas estão investigando a possibilidade de o tiroteio em El Paso, no Texas (EUA), que deixou ao menos 20 mortos e 26 feridos, ter sido um crime de ódio. Os trabalhos em andamento buscam confirmar se um texto racista e contrário à imigração publicado na internet pouco antes do tiroteio foi escrito pelo atirador. El Paso tem aparecido de forma proeminente no debate sobre imigração e possui atualmente 680 mil habitantes, muitos dos quais de origem latina.
Dois policiais que falaram sob condição de anonimato identificaram o atirador no como Patrick Crusius, de 21 anos, que estaria sob custódia. As autoridades não divulgaram seu nome em uma coletiva de imprensa, mas disseram que ele foi preso sem que a polícia tenha dado nenhum tiro. O suspeito é proveniente de Allen, cidade que fica a cerca de 10 horas de carro de El Paso, e já foi fichado pela polícia sob acusações de homicídio.
A polícia informou que mais de duas dúzias de pessoas ficaram feridas no ataque a uma área comercial a cerca de 8 quilômetros do principal ponto de fronteira com Ciudad Juarez, no México. Muitas das vítimas foram baleadas em um supermercado e várias estão em estado grave.
O tiroteio ocorreu menos de uma semana depois de um jovem de 19 anos matar três pessoas e ferir ouras 13 em um popular festival na Califórnia, antes de morrer. Horas depois do massacre em El passou, houve outro tiroteio em massa, em Dayton, Ohio. Segundo a polícia, nove pessoas foram mortas por um atirador que foi morto a tiros por policiais.


DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

Brasil e Mundo ...