terça-feira, 30 de julho de 2019

O BRASIL BUSCA PARCEIROS PARA A EXPLORAÇÃO DA AMAZÔNIA


Bolsonaro diz que busca parceria internacional para gestão da Amazônia

Agência Brasil








Em resposta a questionamentos de países europeus sobre a gestão das riquezas naturais da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (27), durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro, que busca parcerias “no primeiro mundo” e, em especial com os Estados Unidos, para a exploração do território amazônico brasileiro.
“O senhor presidente da França [Emmanuel Macron], a senhora Merkel [chanceler da Alemanha] queriam que eu voltasse para cá [depois da reunião do G20], demarcando mais 30 reservas indígenas, ampliando reservas ambientais. Isso é um crime. Só de reserva indígena já temos 14% tomados aqui no Brasil. Na Reserva Ianomâmi, são 9 mil índios e tem o dobro do estado do Rio de Janeiro. É justo isso? Terra riquíssima. Se junta com Raposa Serra do Sol é um absurdo o que temos de reservas minerais ali. Estou procurando o primeiro mundo para explorar essas áreas em parceria e agregando valor. Por isso, a minha aproximação com os Estados Unidos”, disse Bolsonaro.
Durante o discurso, na cerimônia de formatura, o presidente já havia abordado o assunto. “O Brasil é nosso. A Amazônia é nossa. A Presidência é do povo brasileiro. Povo esse ao qual devo lealdade absoluta”, disse, ao reafirmar que está cumprindo promessa feita durante a campanha eleitoral, de “colocar o Brasil no local destaque que ele merece. É declarar nossa verdadeira independência, e é lutar para o bem de todos”, finalizou.
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COLUNA ESPLANADA DO DIA 30/07/2019


Pente-fino do INSS

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini






Cerca de 275 mil aposentadorias por invalidez e mais de 452 mil auxílios-doença foram suspensos, até agora, pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Os dados, repassados à Coluna, são da Subsecretaria da Perícia Médica Federal, e integram o balanço da primeira etapa do pente-fino nos benefícios para combater fraudes. O INSS notificou, no primeiro semestre, segurados com benefícios considerados suspeitos. As irregularidades mais comuns são acúmulo indevido de benefícios, pagamento pós-óbito e obtenção de benefícios de forma criminosa, com a apresentação de documentos falsos ao INSS.
Recurso
Os segurados incluídos no pente-fino são comunicados por carta e caixas eletrônicos da rede bancária. O trabalhador urbano tem 30 dias para apresentar recurso; o rural, 60. Caso o INSS não aceite o argumento do segurado, o pagamento é cancelado.
Hackers
Causa estranheza a demora das operadoras de telefonia móvel e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em anunciar medidas de segurança para combater a atuação de hackers após a revelação da invasão de aparelhos de inúmeras autoridades.
Sigilo
As investigações da Polícia Federal que levaram à prisão da quadrilha cibernética identificaram falhas e brechas que facilitaram a atuação dos criminosos. A PF, inclusive, enviou ofício à Anatel, mas o assunto é mantido sob sigilo pela agência.
Previdência
O Planalto vai turbinar a campanha publicitária da reforma da Previdência, já aprovada em primeiro turno na Câmara, passará por votação – também em dois turnos – no Senado. Os valores ainda estão sendo fechados, mas o plano, bancado com recursos públicos, é ampliar os comerciais de televisão e postagens em redes sociais.
R$ 51 milhões
À Coluna, a Secretaria de Comunicação da Presidência posiciona que, para o segundo semestre, ainda “não há dados consolidados a informar”. Informa ainda que, até agora, para as ações de divulgação da Nova Previdência, “foram alocados os valores de R$ 51.050.000,00 para a execução de serviços especializados em publicidade e mídia”.
Língua insana
Jair Bolsonaro se complica com a língua insana. Falar em beneficiar filho, em tratar com mineradoras e atacar o presidente da OAB citando seu pai, em um troco sobre o ataque de Santa Cruz a Moro, só contribui para perder mais apoio popular.
Opinião
Não à toa, por essas e por outras, Bolsonaro ostenta, nas recentes pesquisas de opinião, o pior resultado em primeiro mandato desde Fernando Collor de Mello, em 1990.
Mais um
O general Oswaldo de Jesus Ferreira é um dos cotados para assumir a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Sebastião Barbosa, ex-presidente da empresa, foi exonerado há duas semanas.
Na mesma
Dois anos e sete meses depois da crise dos presídios, quando mais de 130 detentos foram mortos, o sistema carcerário brasileiro permanece o mesmo: caótico e ineficiente. O Plano Nacional de Segurança, anunciado à época pelo então presidente Temer, não vingou e, no governo Bolsonaro, os presídios não figuram entre as prioridades.
Carnificina
Resultado da leniência da União e dos estados: mais uma carnificina – com 50 mortos -, em Altamira, Pará. Estado que, de acordo com recente auditoria do TCU, não aplicou recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para a criação de novas vagas em presídios.
Fake
Um vídeo que circula nas redes sociais sugere que a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), fora vítima de latas arremessadas durante o Fortal, carnaval fora de época de Fortaleza. O partido diz que é fake; a deputada não estava em Fortaleza na data da festa.
Hepatites
As cúpulas do Senado e da Câmara estão iluminadas de amarelo para marcar a campanha contra as hepatites virais. O Ministério da Saúde estima que 1,7 milhão de brasileiros sejam portadores do vírus da hepatite C e 756 mil portadores do vírus da hepatite B.


segunda-feira, 29 de julho de 2019

OS BRASILEIROS JÁ PODEM INVESTIR EM TECNOLOGIAS NO EXTERIOR


Brasileiro pode investir em gigantes da tecnologia sem precisar sair de casa

Estadão Conteúdo







Se investir em uma empresa estrangeira já parece atrativo em tempos de juros baixos no Brasil, aportar recursos em uma gigante da tecnologia - como Google, Microsoft ou Facebook - pode ser ainda mais interessante. As principais formas de fazer isso incluem recibos emitidos por aqui, que espelham o desempenho das ações lá fora, e o investimento feito com uma conta aberta no exterior.

A escolha depende, sobretudo, dos recursos que o investidor tem à mão e de quanto está disposto a arriscar.

Para quem não tem muito dinheiro disponível, uma alternativa são os Certificados de Operações Estruturadas (COE). Com esse produto, o investidor não compra a ação da empresa no exterior, mas adquire um papel que reflete o desempenho de um grupo de empresas por um período determinado. O investimento mínimo costuma ser de R$ 5 mil e o prazo, de pelo menos cinco anos.

Esse produto surgiu em 2014 e foi se diversificando desde então. Hoje, há opções para quem se interessa por empresas de tecnologia. Um produto que uma corretora oferece atualmente, por exemplo, tem seus rendimentos calculados a partir do desempenho de ações da Netflix, Amazon e da Disney.

"Há opções emitidas por grandes bancos brasileiros e do exterior. O Brasil sempre teve uma cultura de juros altos e se acostumou com produtos simples. Ainda estamos descobrindo opções de investimentos", diz Maite Kattar, especialista em COEs da XP Investimentos.

As regras de remuneração variam, mas costuma funcionar assim: em um COE que acompanha ações de empresas de tecnologia, se todos os papéis tiverem subido ao fim do período, o investidor recebe o capital investido mais o porcentual de alta do ativo e uma taxa fixa, de 9% a 10% ano, geralmente. Em caso de queda no preço do ativo, o investidor recebe só o capital que ele havia investido.

"Com os juros em um patamar historicamente baixo e com perspectiva de queda, esse tipo de produto fica mais atrativo", diz Fabio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão, Commodities e Novos Negócios da B3.

Uma desvantagem é o tempo em que o capital fica parado sem remuneração, caso as ações não tenham um bom resultado. Uma opção são os COEs autocallables, que podem ser encerrados antes. Em um investimento de cinco anos, por exemplo, a cada seis meses é verificado se as ações subiram ou caíram. Se tiverem subido, o contrato é encerrado e o prêmio, pago.

Lá de fora

Uma saída para quem mira em empresas de tecnologia no exterior é fazer um investimento direto, abrindo uma conta em uma corretora estrangeira. O investidor vira sócio direto da empresa que ele comprar a ação e não é necessário ser um investidor qualificado (que tem pelo menos R$ 1 milhão investidos). Além disso, ele pode ter acesso a mais opções de ativos no exterior.

O gerente de sistemas José de Paula, 35 anos, acha que vale a pena ampliar o portfólio de investimentos quando conseguir abrir uma conta para receber o dinheiro nos Estados Unidos. "Quero ficar de olho em ações de tecnologia, como Apple e Google, e no setor entretenimento, sobretudo a Disney, que tem mostrado bons resultados de bilheteria de cinema."

"Quando o investidor olha as empresas da B3, a maioria já está madura e sem crescimento exponencial para o futuro", diz Enrico Trotta, analista do setor de tecnologia do Itaú BBA. Ele avalia que, por conta do atual cenário econômico, muitos investidores, inclusive os conservadores, têm migrado da renda fixa para a variável. "E há uma geração de millennials que busca empresas de tecnologia."

Algumas desvantagens, porém, devem ser consideradas. "É preciso arcar com encargos para enviar capital a uma corretora lá fora, que chega a 1,3% de spread e de 1,1% de IOF. Quanto maior o investimento, mais baratos ficam os encargos", diz Alberto Amparo, da Suno Research. E o investidor precisa considerar a variação cambial, que pode fazer com que o investimento acabe não valendo a pena.

Espelho

Outra opção é investir nos chamados Brazilian Depositary Receipts (BDR), certificados que representam ações de empresas estrangeiras negociadas no Brasil. Os papéis são comprados aqui e espelham os resultados das ações no exterior.

"Mesmo sendo caros, os papéis de empresas de tecnologia têm grande potencial de crescimento. Elas estão criando serviços que serão essenciais", diz Roberto Teperman, diretor de vendas da Legg Mason no Brasil.

As opções de BDRs no País são limitadas, mas entre os títulos não patrocinados (os mais comuns) disponíveis na B3 estão os de grandes empresas de tecnologia, como Alphabet (do Google), Apple, Facebook e Amazon.

Em 2018, o volume negociado de BDRs foi de R$ 22,9 milhões, quase três vezes mais que no ano anterior. Entre os recibos mais negociados, o da Amazon foi o papel mais líquido, respondendo por 8,26% dos negócios da Bolsa, seguido por Apple (6,22%) e Google (5,54%).

Segundo a B3, porém, é preciso ser um investidor qualificado para ter acesso a esse produto, ou seja, ter mais de R$ 1 milhão investidos, o que restringe esses investimentos. Para investidores comuns, uma alternativa é buscar fundos que tenham esses papéis. No mercado, há opções em torno de R$ 25 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

Brasil e Mundo ...