segunda-feira, 22 de julho de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 22/07/2019


Servidores expulsos

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini






Cento e dezenove servidores foram expulsos do funcionalismo público nos últimos sete meses pela prática de atos relacionados à corrupção. Além desses, de acordo com a Controladoria-Geral da União, outros 111 agentes públicos foram punidos por abandono, negligência, inassiduidade, acumulação de cargos e participação em gerência ou administração de sociedade privada. As sanções incluem cassações de aposentadorias e destituições de ocupantes de cargos em comissão. Desde 2003, mais de 7 mil pessoas foram expulsas do serviço público.
Carne Fraca
Entre os demitidos, estão dois servidores envolvidos nas investigações da Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF em 2017: Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente federal de Agricultura do Paraná e Maria do Rocio Nascimento, ex-chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Propina
As investigações revelaram diversos recebimentos de vantagens indevidas provenientes de frigoríficos sujeitos à fiscalização pelo Ministério da Agricultura no Paraná. Os servidores demitidos estão proibidos de voltar a exercer qualquer cargo público federal.
É cesta!
O Banco de Brasília (BRB) inicia hoje um programa inédito e audacioso. O presidente Paulo Henrique Costa vai anunciar o patrocínio oficial da instituição para as seleções brasileiras de Basquete masculina e feminina, além do Flamengo e da seleção de Brasília.
É 3 pontos!
E mais, as seleções vão transferir seu centro de treinamento para a capital federal. "Por isso estamos chamando de Projeto Brasília Capital do Basquete Brasileiro", revela Paulo Henrique à Coluna. "O patrocínio da seleção envolve todas as modalidades, inclusive de base e olímpica".
Nota 10
O BRB pretende estimular a prática da modalidade nas escolas públicas da capital com vistas também a ser um celeiro de talentos no esporte para os Jogos de Tóquio de 2020 e nas próximas Olimpíadas.
FGTS
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) classifica como “medida de curto fôlego” a liberação das contas do FGTS. O correto, diz o petista, seria pegar os recursos do FGTS e investir em moradia popular e em saneamento básico “para criar empregos para os 13 milhões e 400 mil desempregados”.
Ativos
A Secretaria de Governança do Patrimônio da União (SPU), órgão vinculado ao Ministério da Economia, finaliza um plano para a venda de imóveis da União até 2022. A pasta irá adotar modelo baseado em experiências internacionais na venda de ativos imobiliários públicos.  A União tem atualmente mais de 750 mil imóveis.
Turismo
O senador e líder de Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho, está tentando fazer do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) o novo ministro do Turismo em substituição ao atual Marcelo Álvaro, enrolado no laranjal do PSL.
Prefeitura
Bezerra quer levá-lo para o MDB de Pernambuco para disputar a prefeitura do Recife. O partido está em alta no Estado depois da indicação de Antônio Campos para a  presidência da Fundação Joaquim Nabuco, nomeação que ninguém entendeu, pois se esperava alguém do PSL ligado a Luciano Bivar.
Palestra
Carlos Lupi, presidente do PDT, dá palestra hoje, na sede do partido em São Paulo, sobre "ser agente político" no curso Escola de Candidatos.
Estamos aí
É o título da biografia que a produtora e cantora Amanda Bravo, diretora de o Beco das Garrafas e filha de Durval Ferreira (1935-2007), começou a escrever sobre seu pai, em parceria com a fotógrafa Nildé Ferreira, viúva do músico.

ESPLANADEIRA
# A Academia Brasileira de Letras comemorou seus 122 anos de fundação no dia 18 de julho. Na solenidade, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou o Selo Comemorativo em homenagem aos acadêmicos Machado de Assis e Joaquim Nabuco.
# O Museu Nacional da República recebe em sua área externa a exposição “Brasília: da edificação ao cotidiano”, promovida pela Embaixada da França, Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), Aliança Francesa de Brasília e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

sábado, 20 de julho de 2019

EMBARGO DOS EUA PREJUDICAM AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O IRÃ


Embargo dos EUA contra Irã afeta empresas brasileiras, diz Bolsonaro

Agência Brasil








O presidente abordou o assunto ao ser questionado sobre a recusa da Petrobras em abastecer dois navios iranianos

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (19) que empresas brasileiras foram alertadas, pelo governo, sobre embargos econômicos impostos pelos Estados Unidos contra o Irã, que podem afetar as relações comerciais entre o Brasil e o país islâmico. O presidente abordou o assunto ao ser questionado sobre a recusa da Petrobras em abastecer dois navios iranianos que estão, desde junho, ancorados próximos ao Porto de Paranaguá (PR). Com isso, eles ficam impedidos de retornar ao país de origem. A Petrobras teme violar a legislação norte-americana devido ao embargo, o que poderia trazer graves prejuízos para a empresa, que é grande exportadora de petróleo para os EUA e possui ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
"Existe esse problema, os Estados Unidos, de forma unilateral, pelo que me consta, têm embargos levantados contra o Irã. As empresas brasileiras foram avisadas por nós desse problema e estão correndo o risco neste sentido e o mundo está ai", disse Bolsonaro. Ele reafirmou sua aproximação do presidente dos EUA, Donald Trump, mas ressaltou que o Brasil seguirá sem intervir em conflitos de outros países.
"Eu, particularmente, estou me aproximando cada vez mais do Trump, fui recebido duas vezes por ele, ele é a primeira economia do mundo, segundo mercado econômico. E hoje abri para jornalistas estrangeiros que o Brasil está de braços abertos para fazermos acordos, parcerias, para o bem dos nossos povos. O Brasil é um país que não tem conflito em nenhum lugar do mundo, graças a Deus, pretendemos manter nessa linha, mas entendemos que outros países têm problemas e nós aqui temos que cuidar dos nossos em primeiro lugar", disse.
Navios
De acordo com a administração do Porto de Paranaguá, os navios iranianos Bavand e Termeh aguardam para abastecimento na baía do porto desde o início de junho. Nenhuma das embarcações movimentou ou vai movimentar carga pelos terminais paranaenses, e apenas fariam o abastecimento no local. O navio Bavand aguarda ancorado em frente ao porto. A embarcação já está carregada com 48 mil toneladas de milho, carga que foi operada no porto de Imbituba (SC).
Já o navio Termeh aguarda, desde o dia 9 de junho, ancorado a cerca de 20 quilômetros do porto paranaense. A embarcação está vazia, e aguarda combustível para seguir rumo ao porto de Imbituba (SC), onde também receberá uma carga de milho que será exportado ao Irã.
Para abastecer, os navios não precisam atracar e recebem o combustível por barcaças. A Petrobras é a principal fornecedora. Procurada pela Agência Brasil, a estatal disse que outras empresas podem comercializar o combustível e que o risco envolvido na operação é de responsabilidade da empresa exportadora.
"O risco envolvido na contratação de navios sancionados deve ser de responsabilidade da empresa exportadora e não da Petrobras, que não tem qualquer relação com as atividades comerciais da exportadora. A companhia reitera que não é a única fornecedora de combustível para embarcação no país", afirma a empresa.
A reportagem também tentou entrar em contato com a agência marítima que representa as embarcações no Paraná, a Unimar, mas a empresa não quis comentar o assunto. O impasse também está sendo tratado na Justiça.
Exportações
O Irã é um importante destino de produtos agrícolas brasileiros. A balança comercial entre os dois países é amplamente favorável ao Brasil. Em 2018, por exemplo, foram exportados mais de US$ 2,26 bilhões de dólares para o país islâmico, enquanto o Brasil importou US$ 39,9 milhões, resultando em um saldo positivo de US$ 2,22 bilhões.
O principal produto brasileiro vendido ao Irã é justamente milho em grãos, que representa 36% do total de exportações, seguido por soja (34%), farelo de soja (12%), carne bovina (12%) e  açúcar de cana (5,5%).