sábado, 6 de julho de 2019

TRUMP PROMETE VIAGEM HUMANA PARA MARTE EM BREVE


Trump faz do 4 de julho sua festa patriótica, e promete colocar “em breve” a bandeira dos EUA em Marte

Amanda Mars 



                                       © A. Harnik (AP) O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Donald Trump transformou seu discurso do 4 de Julho – o primeiro em várias décadas de um presidente norte-americano no Dia da Independência – em uma festa de exaltação patriótica, na qual elogiou todo tipo de façanhas e heróis made in USA: da invenção da lâmpada ao jazz, da derrota do nazismo à chegada à Lua. Sobre este tema, voltou a prometer: “Logo mais iremos de novo à Lua, e também vamos pôr em breve a bandeira em Marte”. No monumento a Abraham Lincoln em Washington, e perante uma multidão considerável, apesar da chuva que havia caído pela tarde, Trump pregou a unidade do país, atualmente mergulhado numa forte polarização política. A fissura era evidente na própria celebração: de um lado da esplanada, o republicano com seus seguidores; no outro, a manifestação contra ele.
Além de ser o Dia da Independência, o 4 de julho é um dos poucos feriados de um país onde eles são escassos. Tradicionalmente, os norte-americanos vão assistir aos desfiles civis pela manhã e depois fazem churrasco até a hora dos fogos, à noite. "Feliz 4 de julho!", se diz a estranhos e conhecidos, como se fosse Natal – afinal é o aniversário da nação –, e as bandeiras das listras e estrelas podem ser vistas por todo lado. É uma jornada patriótica, mas não política, e a mudança introduzida por Trump despertou muitas críticas, não só por seu protagonismo, mas também pela incomum mobilização de veículos e aviões militares.
Houve exibição de tanques e outros veículos armados, aviões militares sulcando o céu e música militar. Também alguma falha de planejamento: o presidente pronunciou seu discurso por trás de um biombo de vidro que, com a chuva, ficou completamente manchado de gotas, de modo que sua imagem ao vivo apareceu borrada na TV, algo anticlimático para o peso de suas palavras. “Para os norte-americanos nada é impossível”, bradou, depois de homenagear a criação da Cruz Vermelha, o voto das mulheres e a realização do Super Bowl. “Enquanto nos mantivermos leais à nossa causa e recordarmos nossa grande história, e enquanto não deixarmos de lutar por um futuro melhor, não haverá nada que a América não possa fazer”, disse. “Nunca se esqueçam de que somos norte-americanos e o futuro nos pertence”, arrematou.
Trump afinal não fugiu do roteiro de um discurso planejado em chave patriótica, embora o ambiente tivesse algo de comício: as longas filas para entrar, os bonés vermelhos com o lema trumpista “Make America Great Again” (“torne a América grande outra vez”) e, claro, a manifestação contra, desta vez organizada pelos ativistas do Code Pink, com um desses balões gigantes com forma de um Trump bebê que ficaram tão famosos recentemente pelas mãos dos manifestantes de Londres. Os democratas tinham criticado previamente a participação de Trump no evento, independentemente do conteúdo, por causa da data e do lugar, o monumento a Lincoln, um templo sagrado da história norte-americana, que homenageia o presidente que acabou com a escravidão e de onde Martin Luther King pronunciou sua famosa frase “Eu tenho um sonho”.
O mandatário tinha em mente um grande desfile militar desde que assistiu ao do dia da Queda da Bastilha, em Paris, em 14 de julho de 2017, convidado pelo presidente Emmanuel Macron. Ele ficou encantado e retornou disposto a importar a ideia. Inicialmente pensou em uma grande marcha das Forças Armadas em Washington no Dia dos Veteranos do ano seguinte, em 11 de novembro de 2018, mas teve que recuar por causa do custo – cerca de 92 milhões de dólares, quase tudo a cargo do Departamento de Defesa –, embora Trump tenha culpado a Prefeitura, democrata. Nos Estados Unidos não há tradição de desfiles militares; o último foi em 1991, para comemorar o final da Guerra do Golfo, e o próprio Pentágono não entendeu aquele gasto.
Finalmente, o republicano se conformou com uma pequena mobilização de tanques M-1 Abrams e veículos armados Bradley trazidos da Geórgia, além do sobrevoo de caças de combate e música militar no Mall. Trump foi enumerando e elogiando cada um dos cinco ramos das Forças Armadas, depois do que a orquestra tocava seu hino e aviões de combate sobrevoavam o lugar. Ao todo, o ato durou quase uma hora. Logo depois, teve início o tradicional show de música com fogos.
Desde Harry Truman, em 1951, nenhum mandatário se dirigia às massas no Mall no Dia da Independência. O The Washington Post recordava nesta semana uma das últimas vezes em que um presidente quis proferir um discurso de 4 de Julho: foi Richard Nixon – não ao vivo, e sim através de uma gravação – em plena reação à guerra do Vietnã. Acabou em distúrbios.
Vários parlamentares democratas questionaram o Departamento de Interior a respeito dos custos da celebração. “O povo norte-americano tem o direito de saber quanto do seu dinheiro será gasto para transformar o 4 de Julho, na prática, em um ato de campanha eleitoral”, disseram em nota o senador Tom Udall, do Novo México, e quatro deputados democratas. “Todas as informações indicam que o presidente está planejando transformar um dia de unidade em um dia de vaidade e tenta usar o Exército com propósitos políticos”, acrescentam.
O presidente não entrou na refrega partidária durante seu discurso, embora o ato tenha sido por si só um banho de massas e poder. Ele próprio o havia revelado em 24 de fevereiro como se estivesse anunciando uma nova temporada de The Apprentice, o reality show que ele apresentava: “Marquem na agenda! Em 4 de julho teremos uma das maiores concentrações da história de Washington DC. Será chamada de Uma Saudação à América e terá lugar no Monumento a Lincoln. Grandes fogos, exibições, entretenimento e um discurso de seu presidente favorito, eu”, escreveu no Twitter.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

PREFEITA DE AMSTERDÃ QUER ACABAR COM A PROSTIUIÇÃO NO CENTRO DA CIDADE


Prefeita de Amsterdã quer acabar com vitrines que exibem prostitutas

Estadão Conteúdo









A prefeita se reunirá com trabalhadores do sexo, residentes e comerciantes locais neste mês, e as propostas devem ser discutidas em setembro pelo conselho municipal.

A primeira prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, apresentou um projeto nesta quarta-feira (3), de reformulação do Distrito da Luz Vermelha, bairro na região central da cidade voltado para a prostituição.

A região é conhecida por ter bordéis com vitrines, onde as profissionais do sexo ficam expostas para a rua.

Os planos incluem quatro pontos principais: incluir cortinas para acabar com as vitrines, fechar todos os bordéis no centro da cidade e transferi-los para outros locais, reduzir o número de bordéis no centro da cidade e intensificar as permissões de trabalho que regularizam a profissão.

Halsema justifica que tem como objetivo melhorar as condições de trabalho das prostitutas, reduzir a taxa de crimes e diminuir o turismo na região, localizada no centro da cidade no distrito de Wallen, próxima ao canal. As mudanças sociais, como o aumento do tráfico humano, também são parte da pauta da prefeita.

"Somos forçados pelas circunstâncias porque Amsterdã muda", argumentou Femke em uma entrevista antes do lançamento.

"Para muitos visitantes, as trabalhadoras do sexo se converteram em uma atração visual. Em alguns casos, isso é acompanhado de um comportamento perturbador e uma atitude desrespeitosa para com as trabalhadoras nos mostruários", informa o texto da prefeitura. "Ao mesmo tempo, houve um grande aumento da prostituição clandestina".

As propostas, delineadas em um relatório intitulado "O Futuro da Prostituição nas Vitrines de Amsterdã" também incluem um projeto mais abrangente para uma nova "zona erótica" afastada do centro, que teria até um portão de entrada, semelhante a um sistema usado em Hamburgo, segundo a prefeita.

Mesmo assim, a cidade também poderia aumentar o número atual de 330 mostruários na Luz Vermelha, ou até criar um hotel só para as prostitutas.

A prefeita se reunirá com trabalhadores do sexo, residentes e comerciantes locais neste mês, e as propostas devem ser discutidas em setembro pelo conselho municipal. Uma delas será escolhida e submetida a votação no fim do ano.

O Distrito da Luz Vermelha é um dos pontos turísticos para os 18 milhões de turistas anuais da maior cidade holandesa. Como a prostituição foi legalizada na Holanda em 2000, os trabalhadores sexuais devem se registrar na câmara de comércio local e pagar impostos sob sua renda.
Cerca de 7 mil pessoas estão registradas neste setor em Amsterdã, e 75% são originárias de países do Leste Europeu, segundo dados oficiais.
(Com agências internacionais)

COLUNA ESPLANADA DO DIA 05/07/2019


Patota chia

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







Principal formulador da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tornou-se o principal crítico do governo sobre as alterações de trechos da proposta que avança na Câmara. É que os deputados mexeram com o andar de cima, os bancos. O embate entre portas é forte com deputados. Dois pontos no parecer do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), irritaram Guedes: retirada da capitalização - obsessão do ministro -, e o aumento da alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido dos bancos dos atuais 15% para 20%. Cálculos do relator da reforma apontam que o aumento da taxa sobre os banqueiros, se aprovado, terá “potencial arrecadatório de aproximadamente R$ 50 bilhões nos próximos 10 anos”.
Do outro lado
A reforma da Previdência já é alvo da oposição no Senado. Será mais difícil na Casa Alta a articulação do governo, onde o Palácio não tem, hoje, mais que 30 aliados.

Explica essa
Em requerimentos já em análise pela Comissão Diretora, senadores pedem ao ministro Guedes informações sobre os dados que embasaram a apresentação da proposta.

Conta aí
Cid Gomes (PDT-CE) requisita acesso “aos parâmetros quantitativos e qualitativos” que garantem o R$ 1 trilhão. Leila Barros (PSB-DF) quer detalhamento das aposentadorias especiais de professores, por sexo, entre outros pontos específicos sobre invalidez.

Fumo neles!
Depois de mais de três anos de tramitação no Senado, o projeto que proíbe propaganda de cigarros enfim foi aprovado na CCJ e seguirá para análise e votação na Câmara. O texto determina a proibição da exposição nos pontos de venda, mudanças nas embalagens de cigarros, eliminação de sabor adicional, além do enquadramento do ato de fumar em veículos com menores de 18 anos como infração de trânsito.

Aviso prévio
José Serra, autor da proposta, capitaliza o tema. Fez questão de lembrar sua gestão no Ministério da Saúde anos atrás, que cercou a indústria cigarreira. “O primeiro passo foi quando ocupava o Ministério da Saúde e isso já teve efeito sobre as vidas, sobre poupar vidas e recursos para tratamento”, diz Serra.

BNDES com FAT
Além da pressão de empresários e reações negativas de parlamentares, estudos técnicos pesaram para a retirada do parecer da proposta de reforma da Previdência da emenda que vedava o repasse de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador ao BNDES.

‘Pressão’ técnica
Nota técnica de consultores do Senado apontou que a medida teria impacto fiscal de R$ 217 bilhões, em 10 anos. Contudo, apontaram, a análise mostrou que o impacto para a União se daria apenas pelo lado financeiro e tenderia a ser “muito pouco relevante”. Deputados também receberam carta de executivos e ex-executivos do BNDES com pedido de manutenção dos recursos do FAT.

Domingo sagrado 1
Presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo (Fecomerciários), o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) pretende derrubar a Portaria 604, que autoriza de forma permanente o trabalho aos domingos em 78 setores econômicos. O parlamentar argumenta, no Projeto de Decreto Legislativo 428/19, que a portaria fere vários preceitos legais.

Domingo sagrado 2
Diz ainda que, além de descumprir a Constituição e a CLT (que garantem o descanso semanal remunerado do trabalhador), a medida exorbita do poder regulamentar e dos limites de delegação legislativa: “Sem qualquer negociação entre trabalhadores e empregadores, a Portaria 604 quer transformar a exceção em regra, numa afronta à legislação trabalhista”.

O Rio de Marina
A escritora Marina Colasanti conclui seu segundo livro de memórias. Em “Vozes de Batalha”, ela conta a história de sua tia avó, a cantora lírica Gabriela Besanzoni, e do marido dela, Henrique Lage (que remodelou o Parque Lage, herança de sua família, para dar de presente à esposa em 1920). Lúcia Ryff cuidará da divulgação.
Esplanadeira
# O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) lançou a Frenta Parlamentar da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

MOURÃO CRITICA PLANO DE GOLPE SEM PÉ E NEM CABEÇA

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