sábado, 29 de junho de 2019

G20 TERMINA COM TENDÊNCIA PARA O LIVRE-COMÉRCIO


G20 termina com apoio dos países aos fundamentos do livre-comércio

Cúpula em Osaka terminou neste sábado (29); grupo de países publicou documento em que apontam preocupação com desigualdades de gênero, mudança demográfica e outros temas que afetam a economia.
Por G1


Líderes do G20 posam para foto tradicional em Osaka, no Japão — Foto: Ludovic Marin / AFP Photo

Os países do G20 concluíram neste sábado (29) sua cúpula com um pronunciamento em favor do livre-comércio e com um texto que cobre temas que interferem na economia: meio ambiente, criptomoedas, desigualdade de gênero, mudança climática, sistemas de impostos, comércio internacional etc.
Há diretrizes de como o grupo das maiores economias do mundo entende que deve ser a solução de cada uma das preocupações, ainda que não sejam descritas em detalhe.
"Nós, os líderes do G20, nos reunimos em Osaka, no Japão, em 28 e 29 de junho de 2019, para fazer esforços conjuntos para enfrentar os principais desafios econômicos globais. Trabalharemos juntos para promover o crescimento econômico global, ao mesmo tempo em que aproveitaremos o poder da inovação tecnológica, em particular a digitalização, e sua aplicação para o benefício de todos", diz o texto divulgado ao final do evento.
Clima difícil com os Estados Unidos
Os Estados Unidos se recusaram a reafirmar o compromisso com as metas do Acordo de Paris, o que todos os outros países do G20 fizeram.
Essa divisão existe desde que Donald Trump virou presidente dos EUA.
Pelo acordo, 200 países concordam em limitar o aquecimento global a menos de 2ºC. As políticas industriais atuais farão com que a média da temperatura global aumente em 3ºC até o fim do século, de acordo com um relatório da ONU.
Antes da cúpula, já se sabia que haveria esse desentendimento entre os EUA e os outros 19 países do grupo. O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que ele não aceitaria um texto final que omitisse a reafirmação sobre o acordo.
Para explicitar a discordância, o documento final da cúpula do G20 tem um parágrafo sobre o tema.
"Os Estados Unidos reiteram sua decisão de sair do Acordo de Paris porque ele desfavorece os trabalhadores e contribuintes americanos."
Economia deve voltar a crescer, ainda que moderadamente
O crescimento continua baixo, de acordo com o texto. A economia global deverá ter alguma melhora moderada perto do fim do ano e em 2020, com condições financeiras favoráveis e medidas de estímulo.
O texto fala sobre intervenção estatal na economia: "Nós afirmamos que políticas macroeconômicas e estruturais calibradas e específicas para a circunstâncias de cada país são necessárias para resolver os desequilíbrios excessivos e mitigar os riscos para que o G20 atinja seu objetivo de um crescimento forte, sustentável, balanceado e inclusivo."
Reforma da entidade de comércio internacional
O grupo de maiores economias está interessado em reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC), a entidade que aplica multas a países que infringem regras internacionais do tema.
"É necessário ter alguma ação a respeito do funcionamento do sistema de resolução de disputas que seja consistente com as regras, conforme negociadas pelos membros da OMC."
O sistema de impostos, outro tema que pode envolver disputas entre países –a ideia é evitar que alguma economia adote uma tributação que "eroda a base".
"Medidas defensivas vão ser consideradas contra certas jurisdições", afirma o texto.
Trabalho intermediado é uma preocupação do G20
Formas de trabalho novas, como a contratação intermediada por aplicativos, podem ser uma fonte de novas oportunidades, mas, ao mesmo tempo, preocupam o G20.
Elas podem "impor desafios para o trabalho decente e sistemas de proteção social", de acordo com o texto.
Outra mudança tecnológica que está no radar do grupo são as criptomoedas. "Ainda que elas não representem uma ameaça à estabilidade do sistema financeiro global nesse momento, estamos monitorando os desenvolvimentos de perto e permanecemos vigilantes à riscos existentes e emergentes", afirma o grupo.
O documento do G20 afirma que houve avanços na redução da desigualdade de remuneração entre gêneros, mas que a ela precisa ser atacada –o trabalho não-remunerado das mulheres, destacam, é um obstáculo para a participação delas no mercado.
Japão, anfitrião da cúpula, enxerga estabilização da economia
Os líderes do G20 "estiveram de acordo na sua determinação em favorecer o crescimento econômico" e mostraram sua "ansiedade e descontentamento no contexto da globalização" e pelo "sistema comercial global", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao final da cúpula que durou dois dias na cidade de Osaka.
O Grupo dos Vinte "foi capaz de reafirmar os fundamentos do livre-comércio", segundo Abe, que destacou, em particular, o apoio do G20 para "conseguir mercados abertos, livres e não discriminatórios" e "um campo justo".
"É difícil encontrar uma solução para tantos desafios globais de uma só vez, mas conseguimos mostrar uma vontade comum em muitas áreas", afirmou o premier japonês.
Os líderes também reconheceram os "claros riscos negativos na economia global", segundo Abe, acrescentando que os países do G20 "concordaram em sua determinação em favorecer o crescimento econômico" e de "reformar a Organização Mundial do Comércio".
A declaração final acordada pelos líderes aponta "a intensificação das tensões geopolíticas e comerciais", mas o texto não inclui qualquer menção ao aumento do protecionismo, no atual contexto de conflitos comerciais entre os Estados Unidos e China e outros países.
"O crescimento global parece estar se estabilizando e, em geral, espera-se uma recuperação moderada ainda este ano e em 2020", afirma a declaração conjunta do G20, que também se compromete a "enfrentar os riscos" decorrentes das tensões mencionadas acima e "empreender mais ações" se necessário.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 29/06/2019


Pista livre

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










O Tribunal de Justiça do Paraná tomou uma decisão corajosa, de acabar com o monopólio dos registros de automóveis no Estado, que rendia para a empresa Infosolo, de Brasília, mirabolantes R$ 100 milhões por ano - em regime de exclusividade e a preços caros para os consumidores. Espera-se que os paranaenses contem, agora, com um mercado aberto à livre concorrência, com redução expressiva de preços. A Infosolo já teve seus controladores denunciados no Mensalão e a empresa suspensa por inidoneidade pela CGU (Limpou o nome anos depois). A empresa conquistou monopólio no período em que Ricardo Barros era o manda-chuva do Paraná - em parte na gestão de Beto Richa, e na gestão da esposa, Cida Borghetti, que substituiu o tucano.
Altos valores
As concorrentes da Tecnobank inventaram um faturamento para a empresa que jamais existiu. Usaram a matemática superfaturada.

B3 sai 
Fontes anteciparam um movimento da B3 no mercado de registro de automóveis: a empresa está saindo do segmento e registradoras já operam diretamente com bancos.

Contramão 
Em outras ocasiões, já citadas, a Infosolo reclama ser vítima de concorrência, mas a decisão judicial recente prova que não.
Promoção...
Uma ascensão curiosa na Caixa Econômica Federal: a servidora Tatiana Thomé de Oliveira foi alçada em fevereiro a vice-presidente de governo, sem passar por processo seletivo, conforme norma do banco. O Conselho de Administração da Caixa já cobrou explicações do presidente. Ela trabalha há 12 anos na instituição.

...Interina
Em nota à Coluna, a Caixa informa que “a empregada, com mestrado e doutorado em Engenharia pela UFRS, com experiência em PPI, participou do processo seletivo para a diretoria-executiva do banco, apresentando pré-requisitos para a função”, e que assumiu o cargo, interinamente, com a saída de João Carlos Gonçalves da Silva.

Pós-rebelião
Com a nova crise penitenciária, o secretário de Segurança do Amazonas já caiu, só falta deixar o cargo. O governo procura, discretamente, um substituto, em Brasília. <EM><QA0>
Êpa, êpa
Apesar de apoiarem “incondicionalmente” a aprovação da reforma da Previdência, representantes do setor de máquinas e equipamentos trabalham para eliminar do texto a emenda que prevê que parte das receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) deixe de ser repassada ao BNDES e passe à Previdência Social.

Nosso bolso?
A lei determina que 40% dos recursos do FAT sejam transferidos ao bancão para financiamentos das empresas. “Essa emenda vem para desidratar completamente o BNDES”, pontua o presidente do Conselho da Abimaq, João Marchesan.

Bilhete na mão...
Porto Seguro vai ganhar novo aeroporto internacional, via PPP. Os alemães que investiram ali no CT da seleção de 2014, ficaram animados com o potencial turístico da região e bem desanimados com o atual terminal, concedido pelo governo baiano.

... e pé na areia
Não à toa, Porto Seguro é um dos principais (e mais caros) destinos do Brasil, nas quatro estações. O terminal recebe mais de mil passageiros por dia, que vão para as praias de Santo André, Arraial D’Ajuda, Trancoso, Caraíva, Coroa Vermelha e outras.

Caesar no Brasil
A venda do grupo Caesar de resorts e cassinos por US$ 8,5 bilhões para a também americana Eldorado pode mexer com os projetos do grupo, que mira o Brasil. Investidores esperam legalização dos jogos para propor dois grandes resorts-cassinos.
Esplanadeira
# O deputado federal Lucas Gonzales lança na terça-feira a Frente Parlamentar em Combate ao Suicídio e Automutilação. # O Conselho Regional de Biomedicina - 3ª Região marca presença no Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, de 2 a 5 de julho, em Brasília.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

EX-ASSESSOR DE TRUMP CRITICA A ATUAÇÃO DE MINISTRO DO STF

  sil e Mundo Declarações de Steve Bannon nos EUA ...