terça-feira, 11 de junho de 2019

GOVERNO DE MINAS GERAIS NÃO TEM DINHEIRO PARA INVESTIR - SOLUÇÃO - PRIVATIZAR AS ESTATAIS


Pressão na Assembleia: secretário de Governo diz a deputados que Minas pode ficar “inadministrável”

Lucas Simões






Em uma tentativa de alertar os deputados sobre saídas para a crise fiscal de Minas Gerais, o secretário de Governo, Custódio Mattos, afirmou ontem que o Estado ficará “inadministrável” nos próximos anos, caso não recorra ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal. O projeto deverá ser enviado à Assembleia nas próximas semanas, mas poderá enfrentar resistência dos deputados.
Convidado a prestar contas na Assembleia Legislativa sobre os quatro primeiros meses de governo, Custódio Mattos compareceu, ontem, à Comissão de Participação Popular e fez um apelo aos deputados pela aprovação do RRF.
“As projeções financeiras do Estado mostram que temos déficit de R$ 15 bilhões, somado aos R$ 35 bilhões que herdamos (da gestão passada). Isso significa dizer que o Estado ficará inadministrável”, disse o secretário de Governo. “A convicção do Executivo de Minas Gerais é que, sem a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, não temos condições de sair da crise, sob pena de agravá-la muito”, completou.
Ainda segundo Mattos, o projeto do RRF deverá ser enviado para a Assembleia em “questão de semanas”, mas ele não precisou um prazo específico. O secretário evitou adiantar detalhes do texto, como previsões de privatizações.
A eventual adesão de Minas ao RRF depende da Assembleia Legislativa. A principal polêmica diz respeito às contrapartidas condicionadas pela União para que a dívida do Estado com o governo federal seja suspensa por três anos. Por mês, Minas paga R$ 520 milhões à União, de uma dívida total de R$ 82,7 bilhões. Entre as exigências, estão congelamento de salários, proibição de concursos público e privatização de estatais como a Cemig, a Copasa e a Codemig.
A maioria dos deputados, porém, tem se furtado de declarar apoio ao projeto, principalmente pelo temor em relação às contrapartidas da União. Além disso, muitos parlamentares ainda acusam o governo de falta de diálogo com a Casa e de não propor outras soluções para a crise.
“O governador está sendo pouco ativo. Existem outras opções, como insistir na Lei Kandir. Outra coisa é a venda parcial do controle do Estado na Codemig e Codemge. Essa já foi uma questão apresentada pelo governo anterior. Isso é diferente de privatizar todas as estatais e proibir todos os concursos públicos. Será que uma estatal não basta?”, criticou o deputado André Quintão (PT), líder da oposição.
Até mesmo o vice-líder de governo na casa, o deputado Gustavo Valadares (PSDB), que tem defendido a postura do governador Romeu Zema (Novo) frente à crise financeira do Estado, evitou manifestar apoio pela aprovação do RRF e teceu alguns questionamentos ao governo.
O tucano cobrou maior empenho do governador para pleitear a revisão da Lei Kandir no Congresso. Desde 1996, essa legislação isenta empresas de pagar ICMS sobre importação de produtos primários e causou um rombo de mais de R$ 135 bilhões aos cofres de Minas nesse período.
“Esta é uma das saídas. É preciso mais ênfase e vontade na questão da Lei Kandir. O STF já nos deu a bola para que o Congresso regulamente a Lei Kandir. Eu troco os 30 ou 40 votos favoráveis da reforma da Previdência que Minas tem no Congresso pela Lei Kandir. Por que não? Mas ele (o governador) está buscando um outro caminho”, disse o deputado do PSDB.

Presidente da Cemig não descarta privatização da empresa

Uma eventual adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) dependeria, dentre outras condições, da venda da Cemig. Questionado sobre o assunto, ontem, durante sabatina na Assembleia, o presidente da estatal, Cledorvino Belini, afirmou que, se o Estado não puder investir na companhia, o único caminho possível para manutenção da Cemig seria a privatização.
Belini foi convidado a prestar contas sobre a gestão da Cemig, dentro do programa Assembleia Fiscaliza, que também ouviu o secretário de Governo, Custódio Mattos, na manhã de ontem.
Ao ser questionado sobre a viabilidade e o impacto de uma privatização da Cemig, Belini afirmou que a companhia tem uma dívida de R$ 15 bilhões e necessita de um investimentos de pelo menos R$ 6 bilhões em redes de transmissão até 2023.
Por isso, a privatização da companhia dependeria do volume de investimentos que o Estado seria capaz de fazer. “Se o Estado tiver condições de fazer esse aporte, tudo bem. Se não tiver, só vejo outro caminho, que é a privatização”, disse o presidente da estatal.
“Não foram feitos investimentos e não dá para fazer do dia para a noite, é impossível. Como empresa mista, não vamos conseguir a mesma eficiência da iniciativa privada. Mas a privatização da companhia compete ao governo do Estado. Nosso papel é a gestão da empresa”, completou.
O presidente da Cemig também afirmou que a companhia passou, neste ano, por um enxugamento de 15% no número de conselheiros e diretores. Mas ainda assim a folha de pagamento está sufocada, ao somar 5.700 servidores da ativa e cerca de 11 mil aposentados, que consomem R$ 220 milhões por ano da estatal.
“Tenho que atender a demanda de pensões e aposentados. Muitos têm os mesmos salários que tinham na ativa. É inviável demais”, disse Belini. Nesta quarta-feira, o programa Assembleia Fiscaliza irá receber o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, que também será sabatinado sobre o RRF.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 11/06/2019


Câmara aprova jogos

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








A Câmara Federal está disposta a aprovar a legalização dos jogos de azar - bingos, cassinos, bicho, apostas on-line e afins. É o que revela sondagem inédita da Paraná Pesquisas com 238 dos 513 deputados - 46,39% dos mandatários da Casa. Do total de entrevistados, 52,1% são a favor, 40,8% são contra e os indecisos somam 7,1%. Um projeto de lei sobre o assunto precisa de maioria simples, ou 257 votos, para passar. O resultado anima os defensores da legalização e vai estimular o governo a investir no tema, que pode render R$ 20 bilhões/ano em impostos - além de R$ 6,7 bilhões imediatos com as outorgas e gerar 200 mil empregos diretos, cita Magnho José, maior especialista no Brasil sobre o assunto. A sondagem foi feita por telefone e presencialmente, de 27 a 31 de maio, a pedido do Instituto Brasileiro do Jogo Legal.
Rota              
A maioria dos deputados (40,1%) indica que os cassinos e bingos devem ser abertos em cidades turísticas ou em cidades de baixo IDH (21,6%).

Do contra
Os contra justificam possível lavagem de dinheiro (20,6%), aumento do vício (17,2%), religião (10,1%), fiscalização deficitária (9,7%) e ausência de controle (9,2%).

Recuo
Perdeu força a proposta bancada pelo bilionário Sheldon Adelson, dono de cassinos nos EUA e que passou em lobby por Brasília. Apenas 7,2% aprovam cassinos integrados a resorts - incentivados em um projeto pelo americano.

É do jogo
A eventual aprovação da legalização vai obrigar o governo a criar agência regulatória e fiscalizadora para o setor, a exemplo de outros países. Já tem esboço no Palácio.

Estímulo & tramitação
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, ambos apoiadores da proposta, vão receber a pesquisa hoje. Uma cópia vai para o ministro Paulo Guedes, que sonha em arrecadar mais para a União. Dois projetos em tramitação, que liberam todos os jogos, interessam ao setor e ao governo. A aprovação do substitutivo ao PL 442/91 na Câmara ou o avanço do PL 186/14 no Senado.

Dupla do barulho
O MDB, partido dos senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra Coelho, não estará na base do governador Paulo Câmara (PSB) para a disputa da Prefeitura do Recife. Sem nenhum vereador na Câmara dos Vereadores e sem força política na capital, a legenda pretende lançar candidato próprio nas eleições de 2020.

Moro & Dallagnol
O portal The Intercept Brasil cita a palavra “facções”, pejorativamente, em relação aos procuradores da Operação Lava Jato. Pegou mal. Muita gente já vê um viés partidário ideológico nos textos, com desrespeito às instituições públicas do Judiciário.

Confusão para todos
Fato é que os dois lados devem explicações. Sérgio Moro agiu além de seus limites, se for comprovado seu conteúdo. E o site divulgou material privado obtido supostamente de forma criminosa, com arapongagem. A legislação do Brasil, defasada, não prevê punição para esse tipo de divulgação jornalística.

CPI mista
O PDT engrossou o coro da oposição e vai pedir CPI mista (Câmara e Senado) para investigar procuradores e o ministro Moro. A decisão foi tomada ontem na sede do Rio.

Incansável 
O diretor de Planejamento da Plural, Hélvio Rebeschini, adora criticar a Petrobras e a política energética do governo. A última bomba dele foi contra o aumento da concorrência no setor de refino. Questionado sobre a venda de oito das 13 refinarias da estatal, Rebeschini afirmou: “As empresas que assumirem o comando das refinarias, assim como a Petrobras, tomarão o preço do petróleo no mercado internacional como base, na hora de atribuir valor”.

Força, guerreiros!
Começou ontem em Brasília o curso preparatório de formação dos 177 delegados federais e mais de 900 policiais, peritos e papiloscopistas aprovados em concurso e convocados pelo governo. Ao todo, serão mais 1.047 profissionais nas ruas.

GT da Fumaça
A Folha de S.Paulo entrou na história também, tema destacado pela Coluna há semanas, e publicou reportagem sobre o mistério do Grupo de Trabalho das cigarreiras, no Ministério da Justiça, que atua para tentar reduzir a carga tributária dos cigarros.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

segunda-feira, 10 de junho de 2019

TRUMP DIVULGARÁ ACORDO COM O MÉXICO


Trump: EUA divulgará mais detalhes sobre acordo com México

Agência Brasil







O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (9) que seu governo divulgará mais detalhes sobre seu acordo com o México. A declaração desmente notícias de que não houve novos compromissos importantes feitos pelo México para conter um fluxo de imigrantes da América Central na fronteira sul dos EUA.
"O México não estava cooperando na fronteira e agora tenho plena confiança, especialmente depois de falar com o presidente deles ontem, de que eles serão muito cooperativos e querem fazer seu trabalho corretamente", disse Trump, por meio de sua conta no Twitter.
Sem dar detalhes, o  presidente norte-americano acrescentou que algumas coisas não mencionadas no comunicado de imprensa de ontem, "uma em particular", foram acordadas. "Isso será anunciado no momento apropriado."
O acordo, anunciado na última sexta-feira (7), após três dias de negociações em Washington, impediu a imposição, por Trump, de 5% de tarifas de importação sobre todos os produtos mexicanos a partir desta segunda-feira (10). A negociação aumenta a segurança na fronteira sul do México e amplia um programa polêmico que envia migrantes em busca de asilo nos Estados Unidos, para o México, enquanto seus casos estão sendo verificados.
Também pelo Twiiter, Trump criticou uma reportagem do jornal The New York Times, segundo a qual o acordo consiste em compromissos previamente acordados pelo México, chamando-a de "falsa". (Lesley Wroughton e Doina Chiacu)

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