sábado, 8 de junho de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 08/06/2019


Pontapé na reforma

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







O texto da reforma da Previdência poderá ser votado no Plenário da Câmara Federal nas primeiras semanas de julho. A previsão, no entanto, depende de dois fatores: apresentação do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) até a quarta-feira e da resistência da oposição, que já avisou que pretende estender a discussão da matéria. Na comissão da Câmara que discutiu a reforma do ex-presidente Michel Temer, a votação durou três dias. O presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PR-AM), pretende convocar sessão 24 horas depois da apresentação do parecer para leitura.
É do jogo
Como é praxe da oposição, algum deputado deve pedir vistas, o que interrompe a tramitação por duas sessões do plenário.

No compasso
Ramos já tem conversado com líderes para fechar acordo sobre os procedimentos e agilizar a votação. Enquanto isso, a economia do Brasil segue em compasso de espera.

Caixa-preta 
O Senado ainda não lançou e nem tem previsão de dar publicidade ao novo portal que vai disponibilizar as notas fiscais de despesas pagas por senadores com a verba indenizatória. A Câmara Federal já disponibiliza as notas para consulta pública há anos. A previsão do novo portal do Senado era março, conforme registrou a Coluna.

Explica aí!
A Casa Alta foi até alvo de inquérito civil no Ministério Público Federal por desrespeito à Lei de Acesso à Informação. A ação foi apresentada pela Operação Política Supervisionada. Em maio, o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, pediu à Corte apuração sobre a conduta do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), de manter em sigilo notas fiscais com gastos de verba de gabinete.

Bloqueio... 
Incomodada com recentes decisões do STF, a cúpula da CPI do BNDES da Câmara se reuniu com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, e pregou a manutenção harmônica e independente dos poderes. Recentemente, o ministro Gilmar Mendes oficializou dispensa para que investigados não sejam obrigados a comparecer às CPIs.

...judicial
Já a ministra Cármen Lúcia negou o acesso dos integrantes da CPI às informações do celular do ex-diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva. Aos deputados, Toffoli concordou com a necessidade do comparecimento dos convocados, já que, aos investigados, cabe o direito ao silêncio.

OAB x corrupção
O presidente recém-reconduzido da Comissão da Advocacia Estatal da OAB nacional, Carlos Castro, revela que um dos principais objetivos do grupo é regulamentar a carreira dos advogados de estatais para fortalecer os mecanismos de combate à corrupção. Castro palestrou no Congresso Nacional da Advocef, em Foz do Iguaçu.

Pacote (de mídia)
Prevista para estreia em 12 de junho, a campanha publicitária pela aprovação do pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, é alvo de questionamentos pelo PSol. Em dois requerimentos protocolados no MJ, o partido pede o detalhamento de verba, as agências contratadas e a lista de veículos de comunicação.

Poder das redes
Veja como o Brasil é mesmo o país das redes sociais. Pesquisa da Diário de Campo revela que o hábito de seguir influenciadores digitais é expressivo por aqui: 84,3% dizem que acompanham com frequência o dia a dia deles pelo Instagram. Foram ouvidas 1.260 pessoas, entre março e maio.

Influencers
O estudo comprova que a estratégia de marcas em investir nos influenciadores digitais é certeira: 49% dos entrevistados já fizeram compras de produtos indicados e 76% já mudaram de opinião após ler comentários dos influencers.
Esplanadeira
# No lançamento do projeto “PDT de portas abertas”, em Campinas e em Ribeirão Preto, interior de SP, Carlos Lupi convocou os militantes para a greve geral do dia 14 deste mês. # A Acqua Logic lançou software de big data analytics para gestão inteligente de controle de perdas em sistemas de abastecimento de água.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

O GOVERNO VAI COMEÇAR A VENDA DE ESTATAIS COM AUTORIZAÇÃO DO STF


Petrobrás diz que agora poderá focar em óleo e gás

Fernanda Nunes e Mônica Scaramuzzo

RIO/SÃO PAULO - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a venda de subsidiárias de estatais sem o aval do Legislativo demonstra, segundo o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, que “instituições fortes funcionam no Brasil”.
Segundo o executivo, com a venda de subsidiárias, a empresa poderá focar no seu negócio principal, que é a produção de petróleo e gás, principalmente no pré-sal.
Para analistas, a decisão do Supremo abriu um cenário bem mais positivo para a Petrobrás. A estatal tem um plano de venda de ativos com o qual pretende levantar cerca de US$ 27 bilhões.



© Paulo Vitor|Estadão A estatal tem um plano de venda de ativos com o qual pretende levantar cerca de US$ 27 bilhões
Um desses ativos, citado pelo próprio Castello Branco, é a sua distribuidora de gás de cozinha (GLP), a Liquigás. “Vemos a decisão do STF como uma importante salvaguarda para a continuidade do programa de desinvestimento da Petrobrás”, disseram os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, do BTG Pactual.
Para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no entanto, a importância da decisão vai muito além da Petrobrás. “A decisão do STF não tem a ver só com a Petrobrás, tem a ver com um futuro promissor do País”, disse.
Privatizações
A equipe econômica tem um plano ambicioso de venda de estatais, e a votação no Supremo dá mais segurança jurídica para a execução desse plano. Segundo estimativas do banco Credit Suisse, o governo tem potencial para levantar R$ 400 bilhões com a venda de estatais – incluindo-se aí as chamadas “empresas-mãe”. Nesses casos, porém, o Supremo decidiu que será necessário o aval do legislativo para a venda.
Um outro levantamento, feito pela consultoria alemã Roland Berger, indica que o governo tem potencial para captar cerca de R$ 100 bilhões somente com a venda das empresas investidas pelo braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), o BNDESPar. Entre as principais empresas estão a JBS e Marfrig.
Outro importante ativo que pode ser negociado pelo governo é a empresa de energia Eletrobrás. Mas, em vez de vender ativo por ativo, Antonio Bernardo, presidente da Roland Berger para América Latina, defende transformar a empresa em uma “corporation” (companhia com capital pulverizado, sem um controlador definido), com o governo mantendo uma “golden share” (ação especial que dá poder de veto) para decidir sobre aspectos estratégicos da companhia.
Segundo Bernardo, a Eletrobrás tem potencial de atingir valor de mercado de até R$ 100 bilhões nos próximos dois a três anos – hoje, está em torno de R$ 46 bilhões. “Nesse modelo, o governo poderia vender suas ações aos poucos no mercado”, disse.
A abertura de capital e a emissões de ações de empresas já listadas (follow on) já são práticas que têm sido adotadas por estatais. A BR Distribuidora, da Petrobrás, abriu seu capital no fim de 2017, levantando cerca de R$ 5 bilhões. Agora, a Petrobrás, que detém 70% das ações, pode vender os papéis e reduzir sua fatia abaixo de 50%.
Modelo semelhante poderia ser adotado para o Banco do Brasil. Mas Bernardo reconhece que não há disposição de o governo privatizar o Banco do Brasil, Caixa e Petrobrás.
Crise política
Especialista em privatização, Sandro Cabral, professor do Insper, vê as crises políticas que o governo Bolsonaro vem atravessando como um entrave para o processo de venda das estatais. “As turbulências assustam os investidores”, disse. Segundo Cabral, o governo tem um bom quadro técnico, mas a questão política não pode ser dissociada. “Não sabemos qual reforma da Previdência será aprovada.”
Segundo Cabral, muitas empresas, sobretudo as elétricas, têm estruturas bastante complexas. “Tem de analisar se vende tudo ou fatia o negócio. Tem de pensar no processo de consolidação que isso pode gerar”, disse.
Estatal pede registro para oferta de ações da BR Distribuidora
A Petrobrás anunciou ontem que solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registro de uma oferta pública de ações (follow on) da BR Distribuidora. A ideia é reduzir sua participação na subsidiária, que hoje está em torno de 70%. O porcentual de venda pode ficar entre 20% e 30%.
Pela cotação de ontem, a BR Distribuidora valia na B3, bolsa de valores de São Paulo, R$ 28,9 bilhões. Isso significa que a venda das ações poderia render à Petrobrás até R$ 8 bilhões.
O anúncio ocorre um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que a venda de subsidiárias de estatais não precisa passar por autorização do Congresso Nacional. Desde abril, o mercado aguardava o anúncio da venda das ações da BR Distribuidora, que ficou em espera desde que o ministro Edson Fachin suspendeu a venda da Transportadora de Gás Associado (TAG), por R$ 33 bilhões.
A venda da participação da Petrobrás na distribuidora de combustível faz parte de um amplo plano de desenvolvimento iniciado ainda sob a gestão do executivo Pedro Parente para reduzir as dívidas da companhia. A meta da estatal é se desfazer de cerca de US$ 27 bilhões até 2022.

EUA SUSPENDE TARIFAS QUE SERIAM APLICADAS CONTRA O MÉXICO


EUA chega a acordo com México e suspende ameaça de tarifas

Tamires Vitorio 





                                                                                         © Chris Jackson/Reuters Donald Trump: presidente dos EUA afirmou que mais detalhes sobre acordo serão publicados em breve

São Paulo — O presidente americano Donald Trump postou em seu perfil no Twitter nesta sexta-feira (7) que os Estados Unidos e o México chegaram a um acordo sobre a imigração. O acordo acontece depois de ameaças do governo americano de impor tarifas sobre os produtos mexicanos.
“É um prazer informar que os Estados Unidos da América alcançaram um acordo com o México. As tarifas que seriam implementadas na segunda-feira contra o México foram suspensas por tempo indefinido. O México, por sua vez, concordou em tomar medidas fortes para controlar a onda de migração pelo país para a nossa fronteira no sul. Isso está sendo feito para reduzir, ou eliminar, a imigração ilegal vinda do México para os EUA. Mais detalhes serão publicados em breve pelo Departamento do Estado Americano. Obrigado!”, escreveu o presidente.


I am pleased to inform you that The United States of America has reached a signed agreement with Mexico. The Tariffs scheduled to be implemented by the U.S. on Monday, against Mexico, are hereby indefinitely suspended. Mexico, in turn, has agreed to take strong measures to....

....stem the tide of Migration through Mexico, and to our Southern Border. This is being done to greatly reduce, or eliminate, Illegal Immigration coming from Mexico and into the United States. Details of the agreement will be released shortly by the State Department. Thank you!


GOVERNO LULA ESCOLHEU SEU INIMIGO NÚMERO UM AS BIG TECHS

  Big Techs ...