segunda-feira, 3 de junho de 2019

TENSÃO ARMADA NO GOLFO PÉRSICO


Irã diz que qualquer conflito no Golfo levaria petróleo a mais de US$100







LONDRES (Reuters) - Embarcações militares dos Estados Unidos no Golfo estão sob alcance de mísseis iranianos, disse um assessor militar do aiatolá iraniano Ali Khamenei no domingo, alertando que qualquer conflito entre os dois países pressionaria os preços do petróleo, levando-os para acima de 100 dólares o barril.
O Irã e os Estados Unidos têm ensaiado um confronto mais duro, um ano após Washington ter deixado um acordo nuclear entre iranianos e potências globais que visava limitar o programa nuclear de Teerã em troca da retirada de sanções internacionais.
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O governo norte-americano reimpôs as sanções no ano passado e as endureceu em maio, quando ordenou a todos países que parassem compras de petróleo iraniano. Nas últimas semanas, os EUA também sinalizaram um confronto militar, dizendo que estavam enviando forças extras para o Oriente Médio em resposta a ameaças do Irã.
Um importante assessor militar do aiatolá Khamenei, Yahya Rahim Safavi, disse que os Estados Unidos têm conhecimento de que suas forças militares na região estão dentro do alcance de mísseis terrestres de sua Guarda Revolucionária.
"O primeiro tiro disparado no Golfo Pérsico irá pressionar os preços do petróleo para acima de 100 dólares. Isso seria insuportável para a América, a Europa e os aliados dos EUA, como Japão e Coreia do Sul", afirmou Rahim Safavi, segundo a agência de notícias Fars.
O presidente dos EUA Donald Trump condenou o acordo nuclear, assinado por seu antecessor Barack Obama, criticando-o por não ser permanente e não cobrir o programa de mísseis balísticos do Irã nem o papel do país em conflitos ao redor do Oriente Médio.
Trump disse na semana passada esperar que o Irã possa sentar à mesa de negociações para a obtenção de um novo acordo.
O presidente iraniano Hassan Rouhani sugeriu no sábado que o Irã pode se dispor a conversas se os EUA mostrarem respeito, mas disse que o país não será pressionado a negociar.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA NA CÂMARA ESTÁ CHEGANDO AO SEU FINAL


Raio X das 277 emendas à reforma da Previdência mostra transição no foco
Agência Câmara Notícias






Terminou na quinta-feira (30), às 19 horas, o prazo para apresentação de emendas ao texto da reforma da Previdência (PEC 6/19). No total, foram 277, das quais 163 entregues no último dia (59%).
Depois da conferência das assinaturas, as emendas serão analisadas pelo relator na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que pode acatá-las ou não, no todo ou em parte.
Para apresentar emendas, cada autor precisava coletar pelo menos 171 assinaturas de deputados. Se não passar na comissão especial, qualquer uma ainda poderá ser analisada pelo Plenário.
As bancadas do PDT e do PL fizeram emendas substitutivas globais – na prática, textos novos. A economia prevista com a aprovação integral do texto original é de R$ 1,236 trilhão em dez anos.
Raio X das emendas
As regras de transição dos atuais servidores públicos e trabalhadores do setor privado foram o principal foco das emendas apresentadas.
Juntos, os termos “transição” ou “pedágio” surgiram como os principais tópicos nas emendas à reforma da Previdência, com 71% – estão em 197 das 277 sugestões apresentadas. Na outra ponta, “abono salarial” só aparece em 8 (3%).
Muitas sugestões são amplas, com várias mudanças ao mesmo tempo; mas também há emendas que tratam de pontos específicos. Como um texto pode conter mais de um tópico, o total de menções é muito superior ao de emendas.
palavras-chave
Emendas
% total
transição, pedágio
197
71%
servidor, servidora, servidores, RPPS
154
56%
RGPS, regime geral
142
51%
mulher, mulheres, gênero
130
47%
lei complementar, desconstitucionalização
125
45%
valor da aposentadoria, valor do benefício, cálculo, média aritmética,
115
42%
tempo de contribuição
112
40%
idade mínima, sobrevida
93
34%
militar, militares, Forças Armadas, bombeiros
73
26%
policial, policiais, guardas, penitenciário, penitenciários, socioeducativo, socioeducativos
65
23%
rural, rurais
59
21%
alíquota, alíquotas, progressiva, progressivas, confisco
41
15%
BPC, benefício de prestação continuada, benefícios de prestação continuada
30
11%
capitalização, capitalizado, 201-A,
19
7%
mandato, mandatos
11
4%
abono salarial
8
3%
A tabela acima indica o total de emendas com um ou mais termos de cada grupo de palavras-chave, no texto da norma ou nas justificativas.
Ainda que um tópico seja citado mais de uma vez, o levantamento evita a dupla contagem ao considerar como apenas uma a proposta que traga ao mesmo tempo, por exemplo, “policial” e “policiais”.
Esses resultados foram obtidos a partir do Sistema de Informações Legislativas (Sileg), por meio de um buscador que examinou o conteúdo das 277 emendas em comparação a assuntos debatidos na comissão especial que analisa a reforma da Previdência – ou, de modo simplificado, as “palavras-chave” mais usadas por parlamentares nas reuniões.
Parecer
Samuel Moreira reafirmou ontem que espera concluir o relatório até no máximo 15 de junho, mas ressalvou que poderá adiantar o trabalho.
“Concentro esforços para ajudar o presidente da Câmara a cumprir o cronograma que deseja”, disse, citando pedido feito por Rodrigo Maia, que não quer esperar o final do semestre para a votação em Plenário.
“Posso até adiantar um pouco, é possível que até o final da semana que vem ou no começo da outra o relatório seja entregue”, continuou.
Mudanças
A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende alterar o sistema de Previdência Social para os trabalhadores do setor privado e para os servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios).
A idade mínima para a aposentaria será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Há regras de transição para os atuais contribuintes.
O texto retira da Constituição vários dispositivos que tratam da Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, segundo o governo, é conter a diferença entre o que é arrecadado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios.
Em 2018, o déficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 264,4 bilhões.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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