quinta-feira, 9 de maio de 2019

MINISTRO PAULO GUEDES DEBATE COM OS DEPUTADOS A REFORMA DA PREVIDÊNCIA


Guedes diz a comissão da Câmara que 'velha Previdência' é regime 'condenado à falência'
Ministro da Economia é o primeiro a ser ouvido pela comissão especial da Câmara que analisa a proposta do governo de reforma da Previdência.

Por Fernanda Calgaro e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo 

‘Velha previdência é uma fábrica de privilégios’, diz Paulo Guedes em audiência na Câmara
Jornal Nacional









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‘Velha previdência é uma fábrica de privilégios’, diz Paulo Guedes em audiência na Câmara

A comissão especial da Câmara que discute a reforma da Previdência começou às 14h40 desta quarta-feira (8) a sessão destinada a ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a proposta.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) mexe nas regras de aposentadoria e é considerada pelo governo federal como uma das principais medidas para recuperar as contas públicas.
Guedes é o primeiro a ser ouvido pelo colegiado, que irá realizar uma série de audiências públicas para discutir a proposta.
Ele chegou ao plenário da comissão acompanhado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem defendido a aprovação da reforma. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também foi à audiência pública em uma demonstração de apoio.
Na primeira intervenção, o ministro disse que, há 40 anos, havia 14 contribuintes por aposentado e, atualmente, são sete. "Quando os filhos e netos dos presentes pensarem em se aposentar, serão dois, três jovens para cada idoso", afirmou.
Para Guedes, o atual sistema enfrenta déficit em todas as áreas. “O sistema já está condenado à quebra”, declarou. “A razão principal para fazermos a reforma é que a velha Previdência é um regime condenado à falência”, complementou.
Segundo o ministro a "velha" Previdência é uma "fábrica de privilégios" e uma "máquina perversa de transferência de renda”.

Com um discurso de acabar com privilégios de certas categorias, Guedes argumentou que a aprovação da reforma irá reduzir, por exemplo, as desigualdades entre a aposentadoria do trabalhador do setor privado e a dos servidores públicos.
“A nova Previdência quer remover os privilégios, quer reduzir as igualdades de forma que essa ilustre plateia do Legislativo, por exemplo, onde a aposentadoria média é R$ 28 mil, [...] enquanto a aposentadoria média do INSS, do trabalhador brasileiro, desamparado, é R$ 1,4 mil. É [uma diferença de] 20 vezes”, afirmou.
Dirigindo-se aos parlamentares, disse que essa diferença não era algo “razoável” e que eles não poderiam legislar “em benefício próprio”.
“Isso não é razoável, não é razoável que quem legisla, legisla em benefício próprio com uma aposentadoria 20 vezes maior do que a do trabalhador comum. Então, essa é uma ocasião extraordinária para o Congresso [...] se encaminhar em direção a um sistema mais igualitário”, destacou.
Em seguida, ele esclareceu que se referia aos funcionários do Legislativo e não aos deputados. “São os funcionários do Legislativo que ganham 20 vezes mais do que o trabalhador comum, não são os deputados”, corrigiu-se.
Durante a audiência, Guedes abordou alguns dos pontos considerados mais controversos entre os parlamentares, como as mudanças nas regras da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos de baixa renda.
Líderes de 13 partidos, que representam cerca de 290 dos 513 deputados, já se posicionaram de forma contrária a esses dois itens.
Ao defender as alterações em relação à aposentadoria rural, Guedes argumentou que pode haver muita fraude no campo e que uma pequena contribuição permitiria o controle. “A sorte está com os senhores em decidir sobre isso”, afirmou.
Sobre o BPC, Guedes ressaltou que não se trata de uma redução do benefício. Hoje, o BPC é pago no valor de um salário mínimo para idosos com 65 anos ou mais que comprovem viver em condição miserável.
Pela proposta, teriam direito ao benefício os idosos a partir dos 60 anos, mas com o valor reduzido para R$ 400. Os idosos teriam de aguardar até os 70 anos para receber o benefício integralmente.
Relator
Depois de uma exposição do secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, que apresentou números para justificar a necessidade da reforma, o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), fez um discurso a favor da aprovação da matéria.
Moreira afirmou que não haverá “cálculo eleitoral que seja maior do que a nossa responsabilidade hoje com o sistema de Previdência”.
Ele disse ainda que a atual Previdência está “cheia de puxadinhos” e precisa ser “minimamente planejada”. Moreira ponderou que a reforma não irá resolver todos os problemas do país e que outras medidas são necessárias, mas que ela é “fundamental”.
“Estamos no papel de cuidador do futuro, de garantidor do futuro das aposentadorias”, declarou em referência aos parlamentares.
Tumulto
A reunião era realizada em clima de relativa calma quando o ministro se irritou e deu respostas mais duras aos parlamentares de oposição, gerando gritaria no plenário da comissão.
A confusão começou quando Guedes afirmou que não iria reagir "nem à ameaça nem à ofensa". O ministro disse ter notado um “padrão” na Câmara. Segundo ele, após algumas horas de audiência, as perguntas ficam mais pessoais e a “baixaria começa”.
Disse que estavam fazendo pesquisas sobre ele no Google para atacá-lo e que, se fizesse o mesmo e buscasse por “dinheiro na cueca”, iria aparecer “coisa”. Ele fez referência ao episódio envolvendo um ex-assessor do deputado José Guimarães (PT-CE), flagrado com dinheiro na cueca.
Antes, a deputada Áurea Carolina (PSOL-MG) havia citado o fato de Guedes ter sido investigado por suposta fraude a fundos de pensão antes de ser ministro.
Outra questão que irritou o ministro foi a afirmação do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) de que ele poderia ser enquadrado em crime de responsabilidade por não ter respondido a um pedido de informações sobre a previdência feito pelo parlamentar.
"Depois de umas seis horas [de audiência], eu já notei que tem um padrão. Depois de umas seis horas, a escalada fica um pouco mais pessoal. Então, eu estou sendo ameaçado de crime de responsabilidade, estão entrando no Google para pegar coisas minhas. Mas eu já estou compreendendo um pouco mais como é que funciona a Casa. Então, não vou reagir nem à ameaça nem à ofensa”, afirmou Guedes.
“Então, [sobre] o custo de transição de 1 trilhão, respondendo ao deputado José Guimarães... também se eu ‘googlar’ ‘dinheiro na cueca’ vai aparecer coisa. Se eu ‘googlar’, né, vai aparecer. Depois de seis horas, a baixaria começa. É o padrão da Casa: ofensa, ataque”, disse.
Os deputados de oposição se insurgiram e houve um princípio de tumulto. Aliados do governo intervieram e o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), conseguiu retomar o controle da situação.
Guimarães, então, pediu a palavra e disse que não pegava bem para um ministro de Estado desrespeitar os parlamentares. Ressaltou ainda ter sido inocentado no episódio sobre o dinheiro na cueca. Guedes, por sua vez, reconheceu que havia se excedido e pediu desculpas.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 09/05/2019


Atalho para aprovação

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini










O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem um atalho legal para acelerar a tramitação da Reforma da Previdência e garantir a aprovação do texto ainda no primeiro semestre, como deseja o Palácio do Planalto. Se as discussões emperrarem na Comissão Especial, por exemplo, Maia poderá “avocar” a votação do relatório diretamente no plenário após cumpridas as 40 sessões – prazo que o colegiado tem para analisar o parecer. Outro plano é o presidente da Câmara suspender o recesso parlamentar para concluir a aprovação da reforma.

Todavia
Rodrigo Maia, no entanto e por enquanto, nega a aliados que vá interferir no andamento dos trabalhos na comissão especial e descarta suspender o recesso. A conferir.

Tributária..
A proposta de reforma tributária que será enviada pelo Governo ao Congresso focará na simplificação de tributos e, assim como a reforma da Previdência, é fundamental para ajustar as contas do País. A afirmação é do subsecretário de Assuntos Fiscais da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério da Economia, Geraldo Julião Júnior.

..vem aí
“Nossa taxação é do século 19”, diz Julião. Ele pontua ainda que “enquanto tivermos esse sistema com esse nível de complexidade de tributos, a gente gera Refis e sonegação porque ninguém sabe efetivamente qual tributo pagar”. O Governo ainda não tem definida a data de envio da reforma tributária ao Congresso.

Mais do mesmo?
Pelo visto, o Palácio quer começar do zero e desdenha do pacote relatado pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) no Governo Temer, que prevê o mesmo. Hauly rodou o País em eventos com empresários. Um dos tópicos é a taxação na fabricação, e não no produto final, para baratear mercadorias na praça e não pesar no bolso dos mais pobres.

Fraude no Pronaf
Senadores da Comissão de Agricultura apuram quais foram as providências adotadas por secretarias e órgãos após auditoria do Tribunal de Contas da União ter identificado prejuízo de R$ 15 bilhões em fraudes na emissão da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

1 milhão!
A fiscalização apontou que mais de um milhão de declarações emitidas entre os anos de 2007 a 2017 apresentaram irregularidades. A presidente do colegiado, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) aponta que é preciso verificar se as “medidas solicitadas pelo TCU foram tomadas de forma eficaz para sanar os prejuízos constatados”.

Só no papel
Semana passada, o BNDES suspendeu o repasse de verbas para investimentos do Pronaf. É aquela história na praça: o Brasil tem as melhores leis, já o ‘cumpra-se’...

De quem sabe
]O ex-secretário-Geral da Mesa Diretora da Câmara Mozart Vianna, com mais de 40 anos de serviços a 12 presidentes, prevê que a Reforma da Previdência sofrerá alterações na comissão especial e dificilmente será aprovada no 1º semestre na Casa.

Fase de ajustes
]Mozart diz à Coluna ser natural a desarticulação da base governista, já que houve uma mudança no perfil do Congresso Nacional e o Governo ainda “está na fase de ajustes tanto na Câmara quanto no Senado”.

Posto Ipiranga
Atende pelo nome de Sânzio o “cara” que é o verdadeiro Posto Ipiranga do Detran-MG. Nos corredores do departamento já virou mantra: se precisar de pátio, chama o Sânzio; de vistoria veicular, chama o Sânzio; se quer fazer registro de contrato, chama o Sânzio.

Fala, diretor
O diretor da Plural Hélvio Rebeschini nega veemente as citações sobre eventuais comentários seus, entre amigos, sobre o presidente Bolsonaro e Castelo Branco, da Petrobras. Em nota, diz que ele e a Plural “têm defendido publicamente o livre mercado e a atual política de preços da Petrobras que acompanha os preços internacionais”.

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
reportagem@colunaesplanada.com.br



O PAPEL DAS MÃES NA CRIAÇÃO DOS FILHOS


O desafio da maternidade

Simone Demolinari











Grande parte do nosso comportamento, jeito de ser e forma de manifestar emoções deriva da maneira como fomos criados pelos nossos pais. Nossa criação influencia diretamente na formação da nossa personalidade e no nosso desenvolvimento desde a infância até a fase adulta.

Nesse contexto, o papel da mãe é fundamental e os impactos são amplamente sentidos, tanto para os aspectos positivos, quanto para os negativos.
Certas formas de agir da mãe desencadeiam reações nos filhos, como por exemplo: uma mãe quando é muito crítica costuma formar filhos inseguros, com sensação de inadequação, tímidos, com autoestima baixa e sensação de menos valia.

A crítica da mãe direcionada ao filho nem sempre é percebida como algo tão nocivo. Na maioria das vezes, ela tem conotação de educação. Dentro dessa crença, algumas mães, são bastante severas e sem perceber, acabam apontando imperfeições nos filhos. A severidade na crítica castra e espontaneidade e cria um constante clima de medo.

Vale lembrar que a saúde emocional da mãe também é a saúde emocional do filho. Uma mãe depressiva, por exemplo, perde a vivacidade e energia que a maternidade exige.

Isso porque a depressão traz consigo muito mais que tristeza, traz também irritabilidade, ansiedade, desanimo, mau humor, negatividade, entre outros problemas psíquicos e físicos. A depressão gera na mãe uma oscilação emocional que fica entre a incapacidade emocional e a culpa de não estar sendo boa o suficiente. A carga emocional acaba sendo transmitida ao filho. 

Vale lembrar que a
saúde emocional da mãe também é a saúde emocional do filho.
​Uma mãe depressiva,
por exemplo, perde a vivacidade e energia que
a maternidade exige

Dessa forma, o filho acaba desenvolvendo uma autocobrança excessiva se imputando o papel de cuidar do outro. Acabam puxando muita responsabilidade para si acreditando ser de sua responsabilidade o papel de por fazer tudo funcionar bem. Aprendem a doar ilimitadamente e sentem enorme dificuldade em receber.

Algo parecido ocorre quando a mãe é ansiosa e sem paciência com as demandas do filho. A ansiedade gera um desequilíbrio que acaba desaguando numa ausência emocional.

Toda essa irritabilidade, fruto da ansiedade, acaba deixando claro, numa linguagem não verbal, que ser mãe é um fardo pesado. E, claro, que essa carga acaba sendo sentida pelo filho que, por sua vez, se sente culpado. Com isso, acabam desenvolvendo um medo irracional da rejeição.

Devido a tamanha responsabilidade na formação do equilíbrio psíquico do filho, o psicanalista Donald Winnicott escreveu sobre o comportamento da mãe que ele considerava a ideal. Foi aí que cunhou o termo “mãe suficientemente boa”, e estimava que apenas 10% delas conseguiam atingir essa marca.

A mãe sobre a qual ele faz referência está sempre comprometida com a maternidade, deixando ao filho a sensação de acolhimento, proteção e alegria. Tem uma percepção aguçada que a permite atender às necessidades do filho e desenvolver seu “self” desde a infância.
Os filhos tendem a ser indivíduos independentes, seguro de si, com boa autoestima, inteligência intrapessoal e rápida cicatrização emocional.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...