quinta-feira, 25 de abril de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 25/04/2019


Bolsonaro e o Patriota

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini











O presidente da República, Jair Bolsonaro, estuda mudar de partido. Chamou para conversar, por intermédio de amigo em comum, o presidente do Patriota, Adilson Barroso. O encontro será na semana que vem. Fontes do Palácio afirmam que Bolsonaro está insatisfeito com o caso dos candidatos “laranja” de aliados do PSL – como o de Luciano Bivar, presidente da legenda, e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro. Mas quem o preocupa para valer é Gustavo Bebianno, seu ex-ministro, que controlou o PSL e comandou as articulações de palanques estaduais durante a campanha. Bolsonaro, segundo aliados, ficou alheio às negociações partidárias e ao caixa do ex-aliado.
Estratégia
Se fechar com o Patriota, Bolsonaro vai esperar a aprovação da reforma da Previdência e provocar uma debandada de deputados federais e estaduais para o novo partido.

À espera
A Coluna procurou Adilson Barroso. Ele confirmou que foi consultado por aliado do presidente para agenda, mas garante que não sabe o teor da pauta da reunião.

Desandou 
Barroso foi quem deu o primeiro espaço para Bolsonaro, que se candidataria pelo Patriota. Mas Bebianno queria o controle da legenda, o que foi negado. E Bolsonaro optou pelo PSL, que entregou toda a executiva para o Bebianno.

Plano B
A outra opção do presidente é fundar um novo partido. Plano por ora não prioritário.

Café no bule.. 
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, visitou o então presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu mais de uma vez em agenda extra. Agora descobre-se que a usina binacional Itaipu patrocinou com R$ 1,5 milhão evento de empresa do ministro, o VII Fórum Jurídico de Lisboa, sem a aplicação da logomarca no painel.

..Comporta fechada
A direção de Itaipu correu para explicar: o apoio milionário foi fechado no Governo Temer via Fundação Getúlio Vargas, parceira do IDP - Instituto de Direito Público, ligado ao ministro Gilmar. O novo diretor de Itaipu, general Silva e Luna, cancelou há meses outros repasses milionários desse convênio.

De olhos abertos
O presidente Bolsonaro coça o ouvido nervoso ao ouvir dois nomes no gabinete: Wilson Witzel e João Dória, governadores do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente. Ambos surfaram na onda do bolsonarismo para se eleger. E, para o presidente, já atuam nos bastidores “para furar” seus olhos como pré-candidatos ao Planalto.

Aliás..
.. o presidente já segura pedidos de agendas dos governadores com ele.

Ouvidoria
Um importante governador (não é Dória nem Witzel) comprou maletas de escuta telefônica de empresa israelense, com alta tecnologia, informam fontes do negócio. Ele garantiu ao fornecedor que serão para uso da Polícia Civil. Estamos de olho.

Da arquibancada
O ex-senador Luiz Estevão, em prisão de regime semi-aberto, foi domingo ao Estádio Nacional para a final do Brasiliense (time de sua propriedade) contra o Gama. Além de perder, ouviu umas ironias. Levou de boa.

Frente da Enfermagem 
Os mais de 2 milhões de enfermeiros em atuação no País poderão ter um novo espaço de interlocução com o Congresso. O deputado Célio Studart (PV-CE) coleta assinaturas para a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem. Piso salarial, redução de carga horária e espaço adequado para repouso estão na pauta.

Memória
Para quem não tem ideia da importância de Lenardo Boff no cenário mundial, vale uma lida sobre “teologia da libertação”, por alto (o Google ajuda). Há também episódio histórico de uma inquirição dele no Vaticano, no Tribunal Eclesiástico presidido pelo cardeal Joseph Ratzinger, em 1985, quando foi renegado pelo Vaticano. Ratzinger viria a ser o Papa Bento 16.

Vai falar
Como revelou a Coluna ontem, Boff foi vetado pela direção do Inca para uma palestra como voluntário, mas a entidade voltou atrás e o liberou, por não haver teor político.


quarta-feira, 24 de abril de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA VENCE MAIS UMA ETAPA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


Reforma da Previdência é aprovada na CCJ da Câmara após governo ceder ao Centrão

Marcella Fernandes







Após quase 9 horas de uma conturbada sessão, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23).
Apesar de a oposição ter conseguido, com obstruções, atrasar o calendário da equipe de Paulo Guedes, essa foi a primeira vitória no Congresso do texto entregue aos parlamentares por Jair Bolsonaro há dois meses.
Foram 48 votos a favor e 18 contrários ao relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), que é favorável à PEC 6 de 2019.
O avanço só foi possível após a equipe econômica entrar em acordo com o Centrão. Foram retirados 4 pontos da proposta original: o fim do pagamento de multa do FGTS para aposentados; a exclusividade da Justiça Federal do Distrito Federal para julgar processos contra a reforma e o dispositivo que garante somente ao Executivo a possibilidade de propor mudanças na Previdência.
Também caiu a possibilidade de se alterar, por projeto de lei, a idade máxima da aposentadoria compulsória, o que poderia afetar indicações para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Freitas apresentou uma complementação de voto com uma réplica de 13 votos apresentados em separado na comissão. “Não vemos desidratação da reforma. Vamos manter um valor saudável para economia. Qualquer outra coisa poderá ser alterada na comissão especial”, disse a jornalistas antes da reunião no colegiado.
A complementação foi lida no fim da tarde, após o colegiado derrubar requerimento para retirar a PEC da pauta. “Importa-nos valorizar o consenso e entendimento majoritário nessa comissão e dar prosseguimento na tramitação da proposta com urgência”, disse na leitura. O relator ressaltou que manteve a essência da proposta.
O texto agora segue para comissão especial, que terá 40 sessões do plenário para votar um parecer. No colegiado, serão feitas mudanças no conteúdo. Pontos como mudanças na aposentadoria rural e no BPC (benefício de prestação continuada) podem ser retirados. A comissão estava prevista para ser instalada em 7 de maio, mas pode ser adiantada para a próxima quinta-feira (25), a depender do ritmo dos trabalhos.
A etapa seguinte é no plenário da Câmara, onde a PEC precisa de 308 votos, em dois turnos, para ser aprovada. Se isso acontecer, o texto segue para o Senado. Governistas estimam concluir a tramitação na Casa até 15 de julho.

Oposição tenta atrasar mais reforma da Previdência
Foi uma longa sessão, em que deputados do PT, PSol e PCdoB, principalmente, tentaram tentaram atrasar ainda mais a votação com requerimentos e questões de ordem. A tática já vinha sendo usada nas últimas semanas.
O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), negou os pedidos apresentados nesta terça e limitou o tempo para os questionamentos.
“Não vou aceitar que fiquem gritando. Isso daqui não é feira”, respondeu. Governistas também fizeram coro. “Não é possível ficar usar meios procrastinatórios para empurrar essa discussão com a barriga”, disse a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-PR).
A reunião começou às 15h, meia hora após o horário previsto, com apresentação de questões de ordem da oposição para evitar o debate. Um dos argumentos foi o sigilo de informações sobre a proposta decretado pela equipe econômica. “Como dados de uma proposta dessa magnitude para a sociedade brasileira são sigilosos? (...) Fere frontalmente a Constituição da República”, criticou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

ARÁBIA NÃO PERDOA O TERRORISMO - MATA OS TERRORISTAS


Arábia Saudita executa 37 pessoas acusadas de terrorismo

Estadão Conteúdo













O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman prometeu diminuir as condenações


As autoridades da Arábia Saudita informaram nesta terça-feira (23), que 37 pessoas acusadas de terrorismo foram executadas - uma delas crucificada -, dois dias depois de um ataque terrorista frustrado ter tido autoria reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O Ministério do Interior anunciou que as execuções aconteceram depois que o Tribunal de Apelação, o Tribunal Supremo e um decreto real confirmaram as penas. De acordo com a nota, as pessoas executadas foram condenadas por crimes como adoção de ideologia extremista, formação de células terroristas, desestabilização da segurança, assassinato de soldados e traição por colaboração com entidades hostis ao reino.

Ainda segundo a pasta, as execuções aconteceram nesta terça nas cidades de Riad, Meca, Medina, Kassala, Al Qasim e Asir. O governo informou que todos os executados, que foram identificados no comunicado, eram sauditas. Segundo a nota, um deles foi crucificado, uma modalidade de execução não muito comum nos últimos anos e reservada aos autores de crimes considerados extremamente graves.

As execuções aconteceram dois dias depois de as forças de segurança informarem sobre um possível ataque "terrorista" frustrado no qual quatro supostos autores da ação tinham como alvo um centro de investigação na província da Al-Zulfi, 260 quilômetros ao norte de Riad.

No ano passado, as autoridades executaram 149 presos, três a mais do que em 2017, apesar da promessa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman de reduzir o número de pessoas condenadas a essa pena no reino.

As últimas execuções em massa na Arábia Saudita haviam acontecido em janeiro de 2016, quando 47 pessoas, também condenadas por "terrorismo", incluindo o líder religioso xiita Nimr Baqir Al-Nimr, foram executadas no mesmo dia. (Com agências internacionais)

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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