terça-feira, 23 de abril de 2019

INQUERITO SOBRE FAKE NEWS É ENCERRADO


Dodge se reúne com Toffoli após decisões em inquérito sobre fake News

Agência Brasil













A reunião foi o primeiro encontro oficial após as decisões em inquérito aberto por Toffoli para investigar a divulgação de notícias falsas contra a Corte


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se reuniu nesta segunda-feira (22) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. O encontro durou cerca de 30 minutos e foi realizado no gabinete do ministro.
A reunião foi o primeiro encontro oficial entre as duas autoridades após as decisões da semana passada no inquérito aberto pelo presidente para investigar a divulgação de notícias falsas contra a Corte.
Ao sair da audiência, Dodge disse que a "conversa foi muito boa" e que mantém boa relação com o STF
Na decisão mais recente sobre o caso, tomada na quinta-feira (18), o relator do caso, Alexandre de Moraes, revogou a própria decisão que determinava a retirada de uma reportagem sobre o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, do site O Antagonista e da revista Crusoé. A determinação ocorreu no inquérito que investiga a divulgação de noticias falsas.
Inquérito sobre notícias falsas
O caso envolvendo críticas sobre a Corte começou no mês passado. Ao anunciar a abertura do inquérito, no dia 14 de março, Toffoli referiu-se à veiculação de “notícias falsas (fake news)” que atingem a honorabilidade e a segurança do STF, de seus membros e parentes. Segundo ele, a decisão pela abertura está amparada no regimento interno da Corte.
Na segunda-feira (15), Alexandre de Moraes, que foi nomeado por Toffoli como relator do inquérito, determinou a retirada de reportagens da revista Crusoé e do site O Antagonista que citavam o presidente da Corte, Dias Toffoli.
No dia seguinte, Moraes autorizou a Polícia Federal a realizar buscas e apreensões contra quatro pessoas, entre elas, o candidato ao governo do Distrito Federal nas últimas eleições, o general de Exército Paulo Chagas (PRP).
Em seguida, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, arquivou o inquérito, mas Moraes rejeitou a medida.
Apesar de a procuradora entender que o arquivamento é um procedimento próprio da PGR e irrecusável, Moraes tomou a manifestação como uma solicitação e entendeu que a medida precisa ser homologada pelo STF.
A Advocacia-Geral da União (AGU) manifestou-se nesta segunda-feira (22) contra um pedido da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) que pleiteava o arquivamento do inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar ofensas e ameaças contra a Corte, seus ministros e familiares.
A investigação foi aberta por uma portaria publicada pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que nomeou o ministro Alexandre de Moraes como relator. A iniciativa não previu nenhuma participação da Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso, como costuma ocorrer em todos os processos abertos no Supremo, causando polêmica.

Trata-se do mesmo inquérito em que Moraes, determinou, na semana passada, a retirada do ar de uma reportagem publicada no site O Antagonista e na página da revista Crusoé sobre o presidente do STF, Dias Toffoli. Após críticas, incluindo de colegas de Supremo, o relator voltou atrás e liberou a publicação.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a arquivar o inquérito, argumentando que o STF é um órgão julgador, e, por isso, não poderia figurar também como acusador no inquérito, pois esse seria um papel exclusivo do Ministério Público. Em resposta, porém, Moraes recusou o arquivamento.
Na manifestação enviada ao Supremo, o advogado-geral da União, André Mendonça, discordou da PGR. Para ele, “não se sustenta a alegação de que esse Supremo Tribunal Federal estaria fazendo as vezes de Estado-acusador, quando, em verdade, apenas lhe competiria o papel de Estado-julgador”.
Sem indícios
O AGU argumenta não haver indícios de que o próprio STF pretenda abrir, por conta própria, uma ação penal em decorrência do inquérito.
“O que está em curso consiste apenas em fase prévia, de cunho investigativo, cuja principal finalidade é colher elementos”, explicou Mendonça.
“As eventuais conclusões desse procedimento prévio poderão ensejar a instauração de ação penal, a qual tramitará perante a autoridade jurisdicional competente para apreciá-la e julgá-la”, escreveu. Ele também refutou a avaliação de que o inquérito seja típico de “tribunal de exceção”.
Entre os argumentos da ANPR no pedido de arquivamento estava o de que o inquérito não tem alvo específico, havendo notícias de que procuradores poderiam ser investigados “a qualquer momento e, sem conhecerem os motivos, tornarem-se investigados”.

O AGU também refutou esse ponto. “Dos termos utilizados pela citada portaria, não há como inferir que os associados da impetrante, ou mesmo parcela deles, seriam objeto de atos relacionados ao inquérito”, afirmou Mendonça.
“Em verdade, a entidade associativa autora vale-se apenas de notícias divulgadas pela imprensa, sem apresentar documento formal e oficial que possa embasar suas alegações e justificar o seu receio”, acrescentou o AGU.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, arquivou nesta terça-feira (16) o inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar notícias falsas (fake news) e ofensas que tenham a  Corte como alvo. Em manifestação enviada ao Supremo, Dodge também informou que as provas produzidas na investigação própria da Corte não serão usadas pelo Ministério Público para acusar os envolvidos.
Dodge arquivou a parte do inquérito que deveria caber legalmente à PGR.  Apesar da decisão, o inquérito continuará em tramitação pelo Supremo.
Em manifestação enviada à Corte, Dodge se posicionou contra o andamento da investigação, por entender que foi desrespeitado "o devido processo legal e ao sistema penal acusatório estabelecido na Constituição de 1988". Com base nesse entendimento, o MP é o responsável pela condução da investigação criminal.
"O ordenamento jurídico vigente não prevê a hipótese de o mesmo juiz que entende que um fato é criminoso determinar a instauração e designar o responsável por essa investigação", diz Dodge.
A decisão da procuradora foi anunciada após Alexandre de Moraes, designado como relator do caso, autorizar a Polícia Federal a realizar buscas e apreensões contra quatro pessoas, entre elas, o candidato ao governo do Distrito Federal nas últimas eleições, o general de Exército Paulo Chagas (PRP).
Na segunda-feira (15), em outra decisão, Moraes determinou a retirada de uma matéria jornalística relacionada ao presidente da Corte, Dias Toffoli.
Ao anunciar a abertura do inquérito, no dia 14 de março,  Toffoli referiu-se à veiculação de “notícias falsas (fake news)” que atingem a honorabilidade e a segurança do STF, de seus membros e parentes. Segundo ele, a decisão pela abertura está amparada no regimento interno da Corte.
Até a publicação desta reportagem, o STF não havia se manifestado sobre a decisão de Dodge de arquivar o inquérito.

COLUN A ESPLANADA DO DIA 23/04/2019


STF e STM

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini











O Supremo Tribunal Federal acompanha discreto e com atenção especial o trágico episódio no Rio de Janeiro. O ministro Marco Aurélio Mello vocaliza, embora seja oficialmente um comentário pessoal, a contato da Coluna, “que os soldados responsáveis” pela morte do catador de lixo Luciano Macedo “devem ser apenados” no Superior Tribunal Militar. “Temos que confiar na Justiça Militar. Os culpados devem responder por seus atos. Isso não poderia ter acontecido, pois o estado democrático de direito tem que ser respeitado”, comentou o ministro, por telefone.

Memória
Conforme noticiado, o catador foi ajudar (com o veículo já parado!) a família cujo carro foi alvejado por 82 tiros no subúrbio, episódio em que morreu o músico Evaldo Rosa.

A conferir
Nove soldados que participaram da ação foram presos preventivamente pelo próprio Exército. Eles alegaram, a priori, que se tratava de um carro suspeito em um assalto.

Xaropinho
Ratinho ofereceu seu programa de TV no SBT ao ministro Dias Toffoli, presidente do STF, para dar sua versão sobre o inquérito contra supostas ‘fake news’ e a censura.

Dançou sozinho
Assessores palacianos se reuniram há dias com índios Pataxós e os convidaram para dançar para o presidente Jair Bolsonaro no Palácio na última quinta-feira. A turma recusou. Apareceram lá os Ianomami fazendeiros de Roraima, com discurso progressista sobre agronegócio – o que lhes é de direito. Mas não consenso entre etnias.

Desafinou 
A turma da conexão São Paulo-Nova York anda reclamando do Cônsul-Geral do Brasil na cidade americana, Ênio Cordeiro. Ele recusa sucessivos convites da Câmara de Comércio para falar sobre oportunidades de investimento no Brasil. Gente que passou por lá estranha não ver a foto do presidente Bolsonaro em sua sala, como praxe.
Estacionou
A crise de confiança no Brasil se espalhou pela opinião pública internacional e, especialmente, na diplomacia européia. Efeito da reforma parada no Congresso.

Day after
Já foram melhores os dias de petistas ex-inquilinos do Palácio. Erenice Guerra, ex-chefe da Casa Civil de Dilma, vende parte da adega. Conseguiu uns R$ 20 mil recentemente.

Instituto Bigode 
O ex-presidente José Sarney, que despacha discretíssimo de sala na torre do Brasília Shopping, repete a quem o visita que não se trata de escritório, e sim de um Instituto.

Esplanada armada
Sob a alegação de falta de “amparo legal”, PT, PSOL e PCdoB tentam derrubar a Portaria 441, na qual o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, autoriza o uso da Força Nacional de Segurança na Esplanada por 33 dias.

Levante popular?
No período, estão previstas manifestações de movimentos de povos indígenas e atos no 1º de Maio Unificado contra a Reforma da Previdência (PEC 06/19). As legendas apresentaram projetos de Decreto Legislativo para sustar a medida. Autoridades de inteligência do Governo têm informações de que preparam baderna. A conferir.

Respaldo
O líder do PT, Paulo Pimenta (RS), aponta que a Força somente poderá ser empregada nos Estados e no DF por solicitação expressa do governador: “O que não aconteceu neste caso”. O PSOL sustenta no PDL que “não cabe à Força Nacional, no estado democrático de direito, a função de reprimir manifestações populares”.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...