terça-feira, 16 de abril de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/04/2019


Equação da bomba

Coluna Esplanada













Um pré-acordo entre os envolvidos selará a paz na tensão causada pelo presidente Jair Bolsonaro ao questionar o aumento de 5,7% do combustível na Petrobras. Na reunião de amanhã, a direção da petroleira manterá o discurso da necessidade - e inevitabilidade - do reajuste. A equipe do Palácio rechaçará o índice que considera alto. E os lados chegarão a um índice que não derrube as ações da empresa, tampouco o discurso de Bolsonaro pró-caminhoneiros.
Segurando
Investidores estrangeiros de olho no Brasil se assustaram com a possível intervenção de Bolsonaro na Petrobras. Querem segurança jurídica para trazer seus bilhões.
Mercado
Fato é que apontam o óbvio: a Petrobras é empresa de capital aberto na Bolsa. Intervenção do sócio majoritário atrapalha planos da empresa e afugenta investidores.
Retorno
Em 2015, a Coluna revelou que o príncipe de Abu Dhabi, sócio minoritário com alguns bilhões em ações, contratou advogada em Nova York para conseguir indenização de prejuízos causados pela descoberta da 'Lava Jato'.

Malhete no canteiro
A revelação é do colunista Cássio Bruno, do Informe O Dia, do Rio: adivinha quem é a desembargadora relatora do processo que proibiu a prefeitura de intervir na construção dos prédios da milícia na Muzema, onde dois desabaram? Marília de Castro Neves, a mesma que causou polêmica na internet ao criticar a falecida vereadora Marielle Franco.
Tigre guloso
Polêmica em Varginha (MG): a prefeitura gasta R$ 300 mil por ano com um tigre siberiano no zoológico da importante cidade tropical. Sim, a ‘capital’ mineira do café, com clima tropical, tem um tigre siberiano. E o bicho deve comer filé mignon e picanha. A revelação foi do Mais Notícias, da Rede Mais/Record Minas.
Dança das contas

Presentão do governador Ibaneis Rocha para o DF: Uma hora de show da Anitta para cofres públicos não sai por menos de R$ 300 mil.

Bicadas

Já foram muito mais tranqüilos os dias de Aécio Neves e Marconi Perillo - seu aliado - dentro do PSDB com os outros colegas. Ambos estão na mira da Justiça, e dos aliados.
Mercado x Saúde

A alemã Bayer vendeu para o Ministério da Saúde doses do inseticida Malathion, que vieram de navio na gestão passada, mas 300 mil litros foram descartados pois venceram. Agora, o Estado do Paraná, que luta contra a dengue, quer comprar bom lote. E a empresa promete entregar de avião - a custo muito alto - porque chega rápido.
Oposição permanente
Com Lula da Silva preso e sem perspectiva de volta, Ciro Gomes (PDT) já deu a largada desde janeiro para a sua campanha presidencial de 2022. Participa hoje de encontro com artistas, intelectuais e empresários no Teatro Vanucci, na Gávea. Tema: análise dos 100 dias do governo de Bolsonaro.

Memórias

Maria Tereza Goulart vai lançar sua biografia, “Uma mulher vestida de silêncio”, amanhã na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. A foto da capa da ex-primeira dama ao lado de Jango, no histórico comício da Central do Brasil, em março de 1964, é de Evandro Teixeira.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

ALEMÃES CRIAM ALGORÍTIMO QUE PREVÊ MORTES EM "GAME OF THRONES"


Estudantes alemães criam algoritmo para prever mortes em 'Game of Thrones'

Estadão Conteúdo










Segundo a previsão do programa, Daenerys Targaryen tem a maior chance de sobrevivência



Estudantes de ciências da computação da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, desenvolveram um programa que vasculha a internet em busca de dados sobre Game of Thrones e, com um algoritmo, prevê quais personagens são mais propensos a morrer ou sobreviver ao final desta oitava e última temporada.

O supervisor do projeto, Guy Yachdav, disse que as taxas de sobrevivência são previstas com base em análises de longevidade semelhantes a de estudos científicos usadas para examinar os efeitos de tratamentos médicos.

Yachdav afirmou que, embora a análise "dependa de dados extraídos do mundo da fantasia, as mesmas técnicas de inteligência artificial são usadas exatamente como no mundo real".

Os resultados foram apresentados em um site. Segundo a previsão do programa, Daenerys Targaryen tem a maior chance de sobrevivência, com 99%, e Bronn é o mais propenso a morrer.

O programa também faz análises de morte e sobrevivência de acordo com a casa dos personagens, por exemplo. Há ainda comparações entre os dados da série e dos livros de George R. R. Martin.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DA TRAGÉDIA DA VALE EM BRUMADINHO-MG


Sobe para 228 o número de mortos na tragédia da Vale em Brumadinho

Simon Nascimento










Subiu para 228 o número de mortes confirmadas em decorrência do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Grande BH. A estrutura entrou em colapso no fim da manhã do dia 25 de janeiro e cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério vazaram.
De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais neste domingo (14), restam, agora, 49 pessoas desaparecidas e não há previsão de encerramento das buscas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Neste domingo, segundo o tenente-coronel Anderson Passos, que está comandando as buscas nesta semana em Brumadinho, os trabalhos vão se concentrar em áreas onde trabalhadores atuavam na operação da barragem. Os locais foram escolhidos após mapeamento da área e trabalho dos cães farejadores.
Trabalham na área atingida pela lama 138 bombeiros. Os militares são auxiliados por 73 máquinas e um drone. “Agradecemos a todos pelo apoio que temos recebido, o que nos permitirá seguir buscando por quantos 80 dias mais forem necessários. Nosso respeito às famílias das vítimas, que confiam e mantém a esperança em nosso trabalho”, disse o militar em comunicado enviado à imprensa.

GASTO COM MILITARES NAS FRONTEIRAS DO BRASIL É MUITO GRANDE


Gastos do Brasil com refugiados chegam a R$ 265,2 milhões

Estadão Conteúdo











Os gastos com as ações militares que o Brasil realiza na fronteira com a Venezuela superam, com folga, a média anual dos custos que as Forças Armadas do País dedicaram às ajudas humanitárias no Haiti, um país devastado pela guerra civil e terremotos.

Nos últimos 12 meses, o governo sacou R$ 265,26 milhões dos cofres públicos para apoiar as ações militares em Roraima, na fronteira com o país governado por Nicolás Maduro. Isso equivale a mais que o dobro da média anual que o Brasil dedicou às operações no Haiti, entre 2004 e 2017. Na média, nos 13 anos da missão realizada no país caribenho, foram injetados R$ 130 milhões por ano pelo Brasil.

Ao jornal O Estado de São Paulo, o Ministério da Defesa confirmou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que serão feitos mais investimentos na ação militar em Roraima. Por trás desses custos, justifica o governo, está a complexidade e abrangência da missão nas bordas da Venezuela. "Trata-se de uma atuação muito mais complexa, pela abrangência das responsabilidades que temos hoje", disse o general Carlos Teixeira, que coordena a operação de ajuda humanitária em Roraima.

Teixeira, que também atuou em missões no Haiti, afirma que as ações militares em Boa Vista e Pacaraima abrangem desde a manutenção do efetivo até o suporte de toda atividade humanitária, diferentemente do que foi feito no país caribenho. "No Haiti, o gasto brasileiro foi feito para manter nossa tropa por lá, pagar o treinamento, a alimentação e os insumos dos militares. Agora, na Venezuela, esse custo para manter a tropa é só uma pequena parcela. A maior parte dos recursos é usada para receber os refugiados que chegam doentes e famintos. Temos de receber essas pessoas, dar alimento, medicar. E tudo isso custa dinheiro."

620 militares trabalham nas fronteiras do País

Atualmente, o efetivo de oficiais brasileiros deslocados para os trabalhos na fronteira é de 620 militares, entre agentes da Marinha, Exército e Aeronáutica. O governo brasileiro mantém, em alojamentos, 8.500 venezuelanos refugiados. "Cada uma dessas pessoas precisa tomar café, almoçar e jantar todo dia. Numa conta rápida, são mais de 25 mil refeições, diariamente. Por isso, o custo é muito maior mesmo."

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que o governo já admite a necessidade de colocar mais dinheiro nas ações, mas que avalia como isso será feito, para que não afete o orçamento da própria pasta. "O presidente determinou que haja aporte de mais recursos para dar continuidade ao trabalho da Operação Acolhida."

O Ministério da Defesa, a Casa Civil e o Ministério da Economia avaliam a forma como esse aporte será feito, afirmou Silva. "Vale destacar que a Operação Acolhida tem sido muito elogiada, virou referência. É um trabalho conjunto de várias instituições e entidades."

Os R$ 265,26 milhões que o governo já usou para lidar com a crise na fronteira com a Venezuela saíram do Tesouro Nacional, em créditos extraordinários sacados em março e novembro do ano passado. Medidas provisórias liberaram a verba para os programas de assistência emergencial, segurança na fronteira, acolhimento humanitário e interiorização de venezuelanos no Brasil.

A fronteira com o país vizinho foi fechada por Maduro no dia 21 de abril e assim permanece até hoje. A crise prossegue e, na avaliação do general Carlos Teixeira, não há prazo para o fim da operação, devido às incertezas políticas do País e a situação de caos em atendimentos sociais básicos. Apesar do bloqueio, venezuelanos continuam a entrar no Brasil pela mata, em áreas mais isoladas.

"Sabemos que, no total, cerca de 160 mil venezuelanos entraram no País desde 2015. A maioria está em Roraima. Desse total, 8.500 são refugiados e estão abrigados conosco. Outros 8 mil foram interiorizados por meio do Ministério da Defesa e da ONU", diz Teixeira.

Para o professor do Instituto de Relações Internacionais da USP Pedro Feliú, os recursos que o Brasil tem injetado nas ações são altos, mas necessários não só pela situação trágica vivida pela população venezuelana, mas também pela consequência da posição política que o País adotou. "É claro que esse gasto se justifica pela urgência da ajuda humanitária. O Brasil não poderia fechar a sua fronteira. Quem fez isso foi Maduro. Agora, é preciso admitir que há um custo político nessa conta. O Brasil, ao reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela, dispensou a possibilidade de mediar o conflito", avalia Feliú.

"O Brasil poderia ter sido a força neutra para atuar nesse caso, mas acabou por romper uma tradição política histórica."

Manaus vira opção para venezuelanos

A cidade de Manaus tem sido a segunda parada para muito refugiados venezuelanos que, com a demora em conseguir trabalho ou regularização de suas situações em Pacaraima e Boa Vista, partem rumo à Zona Franca. "Isso tem acontecido, de fato. Muita gente não quer aguardar a regularização de sua entrada no País e parte para se aventurar em Manaus. Tivemos problema, mas agora a situação já está regularizada. Estamos cuidando disso", disse o general Carlos Teixeira, que coordena a operação de ajuda humanitária.

Atualmente, há 13 abrigos montados em Roraima, sendo 11 deles em Boa Vista e dois em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Os abrigos foram organizados para receber, separadamente, mulheres solteiras, homens solteiros, casais com e sem filhos, LGBTs e indígenas. "Toda pessoa tem o direito de sair, de circular, de arrumar o trabalho. Nós estimulamos isso. Mas há um processo que deve ser cumprido para a interiorização das pessoas. É preciso que um município do País abra uma vaga", comentou Teixeira.

Duas semanas atrás, durante a madrugada, uma ação integrada do governo do Amazonas com o Ministério Público e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) fez a realocação voluntária de 230 refugiados venezuelanos que estavam dormindo no entorno da rodoviária de Manaus. Eles foram levados para espaços provisórios da prefeitura da capital. A ação mirou pessoas de maior vulnerabilidade, idosos, mulheres, gestantes e famílias com crianças. A ONU informou que 3 milhões de venezuelanos deixaram o país nos últimos anos, o equivalente a 10% de sua população total.

A 214 quilômetros da fronteira com a Venezuela, dentro de um galpão em Boa Vista, 200 toneladas de alimentos e remédios estão armazenadas há um mês e meio, à espera que o governo venezuelano libere a entrada dos mantimentos e medicações para a população.

"Os produtos são não perecíveis, mas têm limite. Hoje, estão em condições de serem entregue. Assim que o governo venezuelano sinalizar, vamos enviar", disse o general Carlos Teixeira. Os alimentos e remédios, que chegaram em 23 de fevereiro, foram doados pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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