Horário de
Verão termina neste fim de semana e pode ser o último no país
Liziane Lopes
Os relógios devem ser atrasados em uma hora
O Horário de Verão
2018/2019, que foi mais curto por causa das eleições, termina
a 0h deste domingo (17) em dez estados brasileiros, incluindo Minas
Gerais, e no Distrito Federal. Este ciclo pode ser o último caso o governo
federal opte pelo fim da medida, diante das mudanças de hábitos do consumidor
que tornaram praticamente nula a economia de energia. Agora, com o uso mais
disseminado do ar condicionado, o horário de pico de consumo migrou do fim para
o meio da tarde, anulando as vantagens da medida. Em Minas, a Cemig
informou que não vai divulgar balanço da economia energia neste ano porque
estudos preliminares feitos pela empresa apontam que ela está bem perto de
zero.
Segundo estudos
realizados pela Secretaria de Energia Elétrica (SEE) do Ministério de Minas e
Energia (MME) em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), "a aplicação da hora de verão, nos dias de hoje, não
agrega benefícios para os consumidores de energia elétrica, nem tampouco em relação
à demanda máxima do sistema elétrico brasileiro, muito em função da mudança
evolutiva dos hábitos de consumo e também da atual configuração sistêmica do
setor elétrico brasileiro". Com isso, os resultados levantados ainda em
2018 foram próximos à neutralidade para o setor.
Esses dados
já foram encaminhados à Casa Civil da Presidência da República e serão
realizadas novas análises anuais técnicas dos resultados do ciclo 2018/2019 e,
quando concluídas, serão encaminhadas à Presidência da República, a quem cabe a
decisão de manter ou não o horário brasileiro de verão.
Relógios devem ser
atrasados em uma hora
Neste fim de semana,
a 0h de domingo, os relógios devem ser atrasados em uma hora nos estados
de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal.
Tradicionalmente, o
Horário de Verão tem início no terceiro domingo de outubro. Mas, neste
ciclo, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral, o presidente Michel Temer
assinou decreto, em dezembro de 2017, para que o início do período não
ocorresse entre o primeiro e o segundo turno do pleito.
Houve ainda pedido
para que ele fosse adiado para 18 de novembro para não atrapalhar as provas do
Exame Nacional do Ensino Médio, mas Temer decidiu manter a data de 4 de
novembro, mesmo dia de aplicação da primeira etapa do Enem.
Com as mudanças, ele
foi encurtado em 14 dias. Ao todo, foram 105 dias. Em 2018, por causa das
alterações, muitos celulares modificaram a hora de forma automática na data
programada para início da medida, causando confusão e reclamações entre os
usuários.
Entenda quando
começou o horário de verão
O horário brasileiro
de verão foi instituído, pela primeira vez, pelo presidente Getúlio
Vargas, por meio do Decreto nº 20.466, de 1º de outubro de 1931, com
vigência de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Ele foi suspenso em
1933, tendo depois períodos de alternância. Em 2018, de acordo com o Decreto nº
6.558, a hora de verão ficou definida em moldes similares aos atuais.
O principal objetivo
do horário de verão sempre foi o melhor aproveitamento da luz natural em
relação à artificial, de forma a reduzir a concentração de consumo no horário
entre 18h e 21h. Mas mudanças nos hábitos dos brasileiros com maior
concetração de gastos de energia no período da tarde, por causa do uso de ar
condicionado, têm feito com que as autoridades avaliem a possibilidade da sua
extinção.
O Horário de Verão
também é adotado em países como Canadá, Austrália, Groelândia, México, Nova
Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Há aqueles que
gostam e também os que reclamem do horário de verão, em vigor desde ontem em
alguns estados brasileiros, inclusive Minas Gerais. Para os que se queixam da
mudança, os impactos no corpo são as principais justificativas.
Cansaço, fadiga, exaustão, dor de cabeça e irritabilidade são efeitos comuns nesse período, mas que podem ser amenizados com alguns cuidados simples.
Cansaço, fadiga, exaustão, dor de cabeça e irritabilidade são efeitos comuns nesse período, mas que podem ser amenizados com alguns cuidados simples.
Nesta primeira
semana, principalmente, especialistas sugerem a adaptação da dieta com comidas
mais leves e bastante água, além de evitar atividades intensas à noite. “Parece
que uma hora é pouco, mas são alterações importantes de metabolismo e níveis
hormonais. O ideal é fazer um esforço para manter a rotina, mesmo sem sono ou
fome”, afirma o clínico geral Valério Trindade, da Unimed-BH.
Bem comuns no dia a
dia, deve-se evitar assistir televisão e usar aparelhos como celulares e
tablets na cama. Para não atrapalhar o repouso à noite, o médico recomenda,
mesmo com sonolência, não tirar cochilos à tarde quando esses forem possíveis.
A adaptação do
organismo ao horário de verão varia, mas pode levar de sete a 14 dias. “Por
isso, é preciso ter paciência”, observa Valério Trindade.
A partir de meia-noite
deste sábado (3), os relógios precisarão ser adiantados em uma hora. Muitas
pessoas reclamam da mudança, que pode deixar todo mundo mais sonolento e
indisposto por algumas semanas. E não é diferente com os bichinhos.
O nosso organismo demora um pouco para se adaptar. Isso porque uma hora da nossa rotina é "deslocada" e o relógio biológico natural se ajusta de acordo com as atividades cotidianas, principalmente com a luz do dia. O mesmo acontece com os animais de estimação.
"Eles estão acostumados a ter uma rotina e a alteração do horário é algo ao qual precisam se adaptar. Como consequência, os pets podem se sentir mais sonolentos e com alteração nos horários de se alimentar", explica a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clínicas da Petz.
Uma dica importante para ajudar o animalzinho na mudança é, aos poucos, alterar os horários de alimentação dele. O mesmo vale para o momento do passeio. Essas medidas poderão evitar comportamentos inadequados e latidos excessivos.
Não se assuste se o cão ficar mais lento. A preguiça também pode os atingir. Vale a pena, ainda, investir em hidratação, pois as temperaturas começam a aumentar nessa época do ano. Troque sempre a vasilha de água e deixe o cachorro em ambientes frescos.
"As pessoas devem ficar atentas se o pet está se alimentando normalmente, se está ingerindo água, se a urina e as fezes estão normais. Os animais desidratam pelo calor excessivo, então a ingestão de água e e a alimentação são muito importantes, orienta Karina. Fique atento ao uso de ar condicionado e ventiladores para não provocar problemas respiratórios no animal.
Há uma lista de cuidados básicos e que já podem ser colocados em prática agora, aproveitando o horário de verão, para a estação mais quente do ano que se aproxima:
- Foque na hidratação, deixando água fresca disponível para o cão;
- Evite passear em horários mais quentes, das 10h às 16h;
- Fique atento à temperatura do asfalto antes de começar a caminhar com o cachorro, pois ele pode queimar as patinhas;
- Fazer pausas durante o passeio é sempre bom. Uma dica é, em dias mais quentes, borrifar um pouco de água no pelo do pet;
- Existe protetor solar específico para pets para ser usado no focinho, extremidades das orelhas e barriga. O produto evita câncer de pele;
- Atenção para picadas de insetos, pulgas e carrapatos, pois as altas temperaturas formam um ambiente ideal para a proliferação deles;
- Para quem vai ao litoral, é preciso fazer a prevenção contra dirofilariose. Um vermífugo, ministrado pelo veterinário, deve ajudar;
- A carteira de vacinação precisa estar em dia.
O nosso organismo demora um pouco para se adaptar. Isso porque uma hora da nossa rotina é "deslocada" e o relógio biológico natural se ajusta de acordo com as atividades cotidianas, principalmente com a luz do dia. O mesmo acontece com os animais de estimação.
"Eles estão acostumados a ter uma rotina e a alteração do horário é algo ao qual precisam se adaptar. Como consequência, os pets podem se sentir mais sonolentos e com alteração nos horários de se alimentar", explica a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clínicas da Petz.
Uma dica importante para ajudar o animalzinho na mudança é, aos poucos, alterar os horários de alimentação dele. O mesmo vale para o momento do passeio. Essas medidas poderão evitar comportamentos inadequados e latidos excessivos.
Não se assuste se o cão ficar mais lento. A preguiça também pode os atingir. Vale a pena, ainda, investir em hidratação, pois as temperaturas começam a aumentar nessa época do ano. Troque sempre a vasilha de água e deixe o cachorro em ambientes frescos.
"As pessoas devem ficar atentas se o pet está se alimentando normalmente, se está ingerindo água, se a urina e as fezes estão normais. Os animais desidratam pelo calor excessivo, então a ingestão de água e e a alimentação são muito importantes, orienta Karina. Fique atento ao uso de ar condicionado e ventiladores para não provocar problemas respiratórios no animal.
Há uma lista de cuidados básicos e que já podem ser colocados em prática agora, aproveitando o horário de verão, para a estação mais quente do ano que se aproxima:
- Foque na hidratação, deixando água fresca disponível para o cão;
- Evite passear em horários mais quentes, das 10h às 16h;
- Fique atento à temperatura do asfalto antes de começar a caminhar com o cachorro, pois ele pode queimar as patinhas;
- Fazer pausas durante o passeio é sempre bom. Uma dica é, em dias mais quentes, borrifar um pouco de água no pelo do pet;
- Existe protetor solar específico para pets para ser usado no focinho, extremidades das orelhas e barriga. O produto evita câncer de pele;
- Atenção para picadas de insetos, pulgas e carrapatos, pois as altas temperaturas formam um ambiente ideal para a proliferação deles;
- Para quem vai ao litoral, é preciso fazer a prevenção contra dirofilariose. Um vermífugo, ministrado pelo veterinário, deve ajudar;
- A carteira de vacinação precisa estar em dia.