sábado, 19 de janeiro de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 19/01/2019


Rombo da Previdência

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini









O rombo no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deve fechar 2019 em mais de  R$ 210 bilhões. Em 2017, o déficit havia sido de R$ 182,4 bilhões e, nos doze meses até novembro de 2018, acumula R$ 196,0 bilhões. Se a previsão para 2019 for confirmada, será um aumento próximo a 11% em apenas um ano. Os dados constam no relatório de acompanhamento fiscal produzido mensalmente pelo Instituto Fiscal Independente (IFI), vinculado ao Senado Federal. A retomada da atividade econômica, de acordo com o documento, “ainda é gradual”.

Servidores & militares
Para os regimes de previdência dos servidores públicos, a previsão de déficit “é elevada”.  Entre os servidores civis, o déficit esperado é de R$ 44,3 bilhões, ou 0,6% do PIB. Entre os militares, o resultado negativo é de R$ 43,2 bilhões, ou 0,6% do PIB.
Fatura
O relatório fiscal frisa que essa é a fatura a ser financiada por receitas não previdenciárias, “impossibilitando o seu uso em outros serviços públicos essenciais, além de dificultar enormemente a busca do equilíbrio das contas públicas”.
China
Além de serem taxados como “semianalfabetos” pelo “guru” do governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho, os deputados do PSL que estão na China são alvos de críticas de colegas que recusaram o convite para a viagem.
Comunista 

Carlos Jordy, segundo deputado federal mais votado do PSL do Rio, diz que recusou o convite por não “confiar em país comunista”. Os deputados foram à China para conhecer um sistema de reconhecimento facial usado no país. O site oficial do partido, que registra atividades de parlamentares, não fez nenhuma menção à viagem.
Contrabando
A sanção da nova lei 13.804, que prevê a cassação da carteira de habilitação de motoristas flagrados transportando cargas contrabandeadas, é um importante passo na luta contra o mercado ilegal, afirma Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).
Contrabando 2
A iniciativa faz parte das 10 Medidas Contra o Mercado Ilegal, estudo realizado em parceria com o Centro de Estudos de Direito Econômico e Social. Vismona acredita que a punição para os motoristas pode ser rápida: “De acordo com a nova Lei, o motorista deverá perder a CNH após decisão judicial final, mas o texto permite solicitar de imediato a suspensão ou até mesmo cassação da CNH de quem for preso em flagrante”.
Funai
O general do Exército Franklimberg Riberito de Freitas reassumiu o comando da Fundação Nacional do Índio (Funai) afirmando que a política indigenista precisa se fortalecer e “nossas ações terão como único objetivo melhorar as condições de apoio para os indígenas”.
Patrimônio
Militar e indígena, Franklimberg presidiu a Funai entre maio de 2017 e abril de 2018.  O general traçou o planejamento estratégico 2018-2019 da Fundação que prevê, entre outros pontos, a preservação e promoção do patrimônio cultural dos povos indígenas por meio de pesquisas, documentação e divulgação de suas línguas.
Caraíva
A prefeitura de Porto Seguro (BA) proibiu qualquer construção ou reforma – seja pequena ou grande -, além de licenças para pousadas em Caraíva por 24 meses com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período. Os argumentos são a superlotação da vila e questões ambientais. Atendeu ao pedido da Associação de Moradores de Caraíva que critica o avanço desordenado de construções de pousadas sem qualquer licença.
Cinema
A rede de cinema Kinoplex registrou, nas duas últimas semanas, um aumento de bilheteria de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo o melhor resultado da empresa nos últimos cinco anos. Filmes como “Minha Vida em Marte” e “Homem-Aranha no Aranhaverso” contribuíram para um aumento de 15% do número total de espectadores nas salas do Kinoplex em todo o Brasil.

ESPLANADEIRA
Carlos Alberto Serpa e o Cardeal do Rio, Dom Orani, entregam o Prêmio São Sebastião de Cultura, neste sábado, 19, no Teatro Cesgranrio.
(*) Por Walmor Parente, interino e subeditor

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

PRODUTOS DA ROÇA DO BRASIL SERÃO COMERCIALIALIZADOS NA CHINA


Da Roça para a China: Mercado em Xangai vai vender de queijo a frango caipira

Rafaela Matias












Em viagem a Xangai, empresário percebeu que as iguarias mineiras caíram no gosto dos chineses e resolveu abrir por lá filial do Mercado de Origem


Queijos, cafés, cachaças, frango caipira, mel, pão de queijo e outras iguarias típicas vão sair das terras de pequenos produtores de Minas Gerais diretamente para a China. Para vender as delícias da roça aos consumidores orientais, a Fundação Doimo, responsável pelo Mercado de Origem, já em construção no “circuito de motéis” na BR-040, saída de BH para o Rio, vai abrir uma filial do espaço em Xangai. Com mais de 24 milhões de habitantes, a cidade é a maior daquele país, o mais populoso do mundo.
Os itens, que vão atravessar o oceano a partir do segundo semestre deste ano, serão comercializados em um espaço de 500 mil metros quadrados. O empreendimento deve ser aberto em outubro, quando também será inaugurada a primeira unidade do Mercado de Origem em BH.
Mais de 3 mil fabricantes já se mostraram interessados na exportação. O projeto é em parceria com a Emater-MG, que atua na seleção e capacitação dos interessados.  O objetivo é aproximar o pequeno produtor agropecuário do consumidor final, eliminando atravessadores, para tornar o preço mais vantajoso tanto para quem compra, quanto para quem vende.
O empresário Elias Tergilene, presidente da Fundação Doimo, conta que a ideia de intermediar a exportação surgiu durante a Feira de Xangai, em outubro passado, quando os chineses se encantaram pelas delícias da roça mineira. “Ficaram apaixonados pela cachaça, pelo pão de queijo, o café, o mel. E viram que levando as mercadorias direto dos nossos produtores conseguimos fazer um preço muito melhor”, afirma Tergilene.
O empresário se surpreendeu, por exemplo, com o preço do café servido por lá. “Chegam a cobrar o equivalente a R$ 15 por xícara”, diz, garantindo que com a exportação direta o valor pode cair em até 80%. A intenção é aproveitar o déficit da produção agropecuária chinesa para abastecer o mercado gourmet com os produtos daqui.
“A China hoje produz apenas 30% do que consome, por isso há muito espaço para quem quer exportar alimentos”, afirma Elias, que, durante estudo para a implementação do projeto identificou que os chineses gastam até 70% da renda com comidas e bebidas.
Para levar os itens da roça até Xangai, a Fundação fará toda a logística de transporte, distribuição e vendas. Já a produção ficará a cargo dos pequenos produtores rurais, que contam com o apoio da Emater-MG para atingir o volume necessário por meio da criação de cooperativas.
“Estamos ajudando na adequação de cooperativas que já existem e na criação de grupos para que possam se formalizar e atingir um volume satisfatório”, explica Ana Luiza Resende Oliveira, coordenadora técnica de Organização e Mercado da Emater-MG.
Assim como a matriz, construída no extinto motel Master e num lote anexo, adquiridos por R$ 30 milhões, além da área do antigo motel Sunny, o Mercado de Origem chinês reunirá centenas de lojas temáticas, cada uma especializada em um produto, com nome e informações do produtor responsável.
A diferença é que, na China, as vendas serão só no atacado, para fazer valer a exportação. O transporte será feito por contêineres, em navios que chegarão ao destino em 30 dias, e de avião, para levar os alimentos altamente perecíveis.

Região dos motéis na BR-040 vira novo polo de gastronomia
A instalação do Mercado de Origem no circuito de motéis da BR-040, área às margens da rodovia que tem ligação direta com o Anel Rodoviário, fortaleceu a região como nova fronteira gastronômica e econômica de BH.
Conforme o Hoje em Dia antecipou, em matéria publicada em novembro de 2018, os motéis Master (antigo Playboy) e Sunny saíram de cena para a chegada do mercado gourmet. E não demorou até que um concorrente vislumbrasse o potencial do espaço.
Assim, na área de 21 mil metros quadrados que abrigava o motel Capri está sendo construído o Armazém 356. Lançado pela construtora EPO, o empreendimento funcionará como um mercado multifuncional que irá reunir itens relacionados a alimentação, casa, carro, paisagismo, pets, entre outros.
A ideia é oferecer um centro de compras onde a pessoa vá para resolver todas as necessidades de uma só vez, poupando tempo e deslocamento.
“As pessoas buscam comodidade. E faz parte do conceito de cidade sustentável um lugar que atenda a todas as suas demandas. A tendência é que, com o tempo, cada parte da cidade tenha o seu mercado”, acredita Guilherme Santos, diretor de Novos Projetos do Grupo EPO.







A menos de 3 quilômetros do Armazém 356 e do Mercado de Origem, o Mercado da Boca foi inaugurado em março de 2018 com investimentos de R$ 8 milhões. Atualmente, o espaço recebe 35 mil pessoas por mês, em 18 restaurantes, seis bares, escola de gastronomia, espaço de eventos e espaço kids.
Negócio promissor
O tipo de negócio é tão promissor que, além da unidade principal do Mercado de Origem da região dos motéis, a Fundação Doimo já tem outros dois projetos em andamento: em Ribeirão das Neves e em Venda Nova, ambos com lançamento previsto para 2020.
O grupo também pretende participar de licitação da Prefeitura de Belo Horizonte para abrir filiais do Mercado de Origem nos mercados da Lagoinha, do Cruzeiro, Novo, de Santa Tereza e do Padre Eustáquio.
“A ideia é que os espaços reúnam, além do centro de compras dos produtores rurais, bares, restaurantes, espaço de eventos, cozinha-escola, Lava Jato, espaço kids e diversas opções de lazer”, afirma Elias Tergilene, presidente da Doimo.
Ana Luiza Resende Oliveira, coordenadora técnica de organização e mercado da Emater-MG, afirma que BH era carente de empreendimentos como esses.
“Os mercados são importantíssimos e Belo Horizonte precisava disso. Cada vez mais os consumidores querem produtos naturais, frescos, acessíveis, e a maneira mais fácil de conseguir isso é comprando direto com o produtor”, diz.
Segundo ela, esses centros também ajudam a fomentar a produção no Estado e a gerar renda para os pequenos fabricantes.

EUA PREOCUPADOS COM NOVOS MÍSSEIS DESENVOLVIDOS PELA RÚSSIA


EUA cogitam criar sensores antimísseis no espaço

Estadão Conteúdo








Donald Trump revelará uma nova estratégia de defesa antimísseis para enfrentar os novos armamentos da China, da Rússia, do Irã e da Coreia do Norte



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelará nesta quinta-feira (17), uma nova estratégia de defesa antimísseis, pensada para enfrentar a ameaça representada pelos novos armamentos da China, da Rússia, do Irã e da Coreia do Norte. Os detalhes serão revelados em visita ao Pentágono junto com membros do alto escalão de Defesa dos EUA.

O documento, compilado desde 2010 e encomendado em 2017, conclui que, para proteger o território americano, é preciso investir em defesa espacial e usar esses sistemas para detectar, rastrear e eliminar ameaças de mísseis. Reconhecendo as preocupações sobre inserir armas no espaço, há demanda por estudos e por isso decisões finais não foram feitas.

Segundo especificou um funcionário do alto escalão, os EUA querem colocar sensores no espaço para detectar mais rapidamente quando mísseis de inimigos são lançados. A fonte, que falou sob condição de anonimato, afirma que os americanos veem o espaço como uma área para investir em tecnologias de alta capacidade para prevenir ameaças.

O Pentágono lançará ainda um estudo sobre a criação de um novo sistema de interceptação, com uma espécie de drone equipado com mísseis, capaz de permanecer na órbita terrestre para destruir mísseis hipersônicos hostis em seu pico.

A nova estratégia antimísseis dos EUA tem como objetivo proteger o país de ameaças balísticas da China, Rússia, Irã e Coreia do Norte. Além disso, os americanos querem se preparar para ataques de armas hipersônicas, que podem se deslocar a mais de 5 mil km/h e são quase impossíveis de interceptar com a tecnologia atual.

No mês passado, o governo russo anunciou ter feito testes com armas que viajam 20 vezes mais rápido que a velocidade do som e têm rápida manobra, o que dificulta a interceptação.

Atualmente, os sistemas de defesa estão em terra ou em bases navais e fazem a destruição dos mísseis em pleno voo. Trump e o vice-presidente, Mike Pence, já enfatizaram que o espaço é o próximo passo na defesa de mísseis.

Qualquer expansão na área de defesa desse escopo pode competir com outras prioridades, incluindo bilhões de dólares a mais que a administração de Trump prometeu gastar em uma nova geração de armas nucleares.

Uma expansão da área de Defesa teria importantes implicações na diplomacia dos Estados Unidos, dada a hostilidade de longa data com a Rússia e a preocupação da China de que os mísseis americanos de longo alcance na Ásia podem minar a segurança nacional chinesa.

MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS SUSPEITAS DE UM ASSESSOR DO FILHO DE BOLSONARO DESGASTA O GOVERNO


Recurso de filho de Bolsonaro desgasta governo

Estadão Conteúdo
                                                                                                                                  









Ao solicitar a suspensão das apurações, o filho de Bolsonaro alegou que o cargo de senador lhe confere foro especial no STF


O pedido feito pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a suspensão das investigações relativas a movimentações financeiras de seu ex-assessor Fabrício Queiroz causou mal-estar no Palácio do Planalto. Nos bastidores, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e ministros disseram que a estratégia usada por Flávio tem potencial para provocar mais desgaste ao novo governo.

Ao solicitar a suspensão das apurações, o filho de Bolsonaro alegou que o cargo de senador lhe confere foro especial no STF. Embora não tenha tomado posse - o que ocorrerá em 1.º de fevereiro -, Flávio já foi diplomado.

A argumentação contradiz discurso do presidente, que sempre disse ser contrário ao foro privilegiado. Além disso, houve incômodo no Planalto com o fato de Flávio sustentar que nada tinha a ver com essa situação e agora pedir para que as investigações envolvendo seu ex-assessor fossem suspensas.

Ao conceder a liminar, o ministro Luiz Fux, do STF, disse que deferia a solicitação do senador eleito "até que o relator da presente reclamação (Marco Aurélio Mello) se pronuncie quanto ao pedido de avocação do procedimento e de declaração de ilegalidade das provas que o instruíram".

A estratégia usada por Flávio foi classificada por dois auxiliares de Bolsonaro como "um tiro no pé" porque pode contaminar o governo. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) considerou a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, incompatível com seu patrimônio.

Aliados de Bolsonaro afirmaram que Flávio não deveria ter recorrido ao STF porque, com a iniciativa, deu a entender que teme a investigação. Em nota, a assessoria do filho do presidente declarou que a solicitação foi feita tendo em vista "nulidades diversas, como a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador para fins de investigação criminal, sem autorização judicial". Jair Bolsonaro não se manifestou nesta quinta-feira, 18, sobre o assunto.

Militares

Até agora, o núcleo político do governo tentava separar Bolsonaro de Queiroz. Mesmo assim, os militares sempre diziam que o ex-assessor deveria dar explicações o mais rápido possível para que não pairasse qualquer dúvida sobre o caso.

Em recente entrevista a reportagem, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, declarou que Queiroz precisava esclarecer os depósitos feitos na conta dele. "Acho que o problema é o Queiroz", disse.

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro, chegou a afirmar que as explicações dadas por Queiroz careciam de mais "consistência".