quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

COM NOVO DECRETO PRESIDENCIAL OS CIDADÃOS BRASILEIROS VOLTARÃO A TER PORTE DE ARMAS


O porte de armas

Manoel Hygino










Gerson Camata, de 77 anos, ex-governador do Espírito Santo e ex-senador, foi assassinado com um único e certeiro tiro no pescoço, na Praia do Canto, em Vitória, no dia 22 de dezembro, em frente de um restaurante.
O autor dos tiros fugiu, mas foi preso, prestando esclarecimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Camata governou o Espírito Santo (de 1982 a 1986) e exerceu três mandatos como senador, de 1987 a 2011, além de ter sido vereador em Vitória, deputado estadual e deputado federal. Camata nasceu em Castelo, no Sul do Espírito Santo, em 1941. Foi jornalista e apresentador de programa, na Rádio Cidade de Vitória. Era formado em ciências econômicas pela universidade federal da capital capixaba. A polícia confirmou que o assassino, um ex-assessor de Camata, de 66 anos, agiu em represália por ação judicial que o antigo chefe lhe movia.
O registro merece observação especial. Quem lembra é o jornalista Leandro Mazzini, do Hoje em Dia. Gerson Camata é autor do projeto que estabeleceu o Estatuto do Desarmamento. Na justificativa da proposta, de que originou a lei 10.826/03, o então senador frisou: “a onda de violência que vem se avolumando em nosso país, fartamente noticiada, tem como uma de suas principais causas a facilidade de obtenção e uso de armas de fogo”.
Coincidentemente, dezembro último era o 15º ano de vigência do Estatuto do Desarmamento. Fabrício Rabelo, coordenador do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança e autor do livro “Articulando em segurança: contrapontos do desarmamento civil”, comentou em artigo que “é falsa a ideia de que a vigência do Estatuto do Desarmamento reduziu homicídios”.
Verdade é que não decresceu o número de homicídios no Brasil, a julgar simplesmente pela conclusão que se extrai dos meios de comunicação. O presidente Jair Bolsonaro, ainda eleito, no dia 29 último, anunciou que baixaria decreto para assegurar a posse de arma de fogo e o respectivo registro definitivo aos cidadãos sem antecedentes criminais sem necessidade de renovação da liberação a cada cinco anos, como está na atual legislação.
O assunto é sumamente relevante e, segundo se prevê, o que o novo governo propuser será obviamente submetido ao Legislativo para palavra final. Bolsonaro escreveu que se trata de melhorar o que já existe, porque “outras formas de aperfeiçoamento dependem também do Congresso Nacional, cabendo o envolvimento de todos os interessados”.
Quem tiver arma não pode sair com ela aí pelas ruas. Pela presente legislação, só têm autorização de portá-las os integrantes das Forças Armadas, policiais, agentes penitenciários e empresas de segurança privada, comprovada a necessidade por exercício profissional de risco. Os demais cidadãos precisam ter “ficha limpa”, diz o ministro do gabinete institucional, general Augusto Heleno.
Além disso, terá de cumprir exigências como fazer exames de vista e observar regras do registro. “Ninguém vai vender armas na esquina, não é isso”. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi claro: “o Brasil não será mais porto seguro para criminosos”.


Decreto que flexibiliza posse de armas de fogo pode sair nos próximos dias

Agência Brasil 














Segundo Onyx, o assunto está sendo tratado com o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro


O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira (8) que na próxima semana o decreto que flexibiliza a posse de armas de fogo deve estar pronto. O assunto foi tratado pelo presidente Jair Bolsonaro durante reunião ministerial na manhã desta terça-feira no Palácio do Planalto.
"Na reunião de hoje de manhã, o presidente chamou a atenção para algo muito importante, que era de que todos aqueles compromissos de campanha que ele assumiu as ruas do Brasil, que nós, os ministros, tínhamos a tarefa de materializar. Então, o primeiro que está sendo materializado é a questão da posse de arma, que é algo muito importante, na avaliação do presidente", destacou.
Segundo Onyx, o assunto está sendo tratado com o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro. O decreto diz respeito à posse de arma de fogo. No texto será esclarecido que se trata de “posse”, que permite ao cidadão ter a arma em casa ou no local de trabalho. Já o porte diz respeito à circulação com arma de fogo fora de casa ou do trabalho.
Na semana passada, em entrevista ao SBT, Jair Bolsonaro disse que o decreto vai tirar a “subjetividade” do Estatuto do Desarmamento. De acordo com o presidente, uma das ideias é comprovar a efetiva necessidade com base em estatísticas de mortes por arma de fogo. Assim, moradores de locais com altos índices de mortalidade teriam mais facilidade em adquirir armas.
Apoio ao Nordeste
Onyx Lorenzoni também anunciou a criação de grupo interministerial para tratar de questões relacionadas à região Nordeste do país, como estratégias de desenvolvimento e atendimento de demandas em diversas áreas.
"Serão de seis a oito ministérios que vão trabalhar, em parceria, para apresentar alternativas de desenvolvimento e atendimento aos estados do Nordeste do Brasil", informou. A primeira reunião do grupo está agendada para a próxima sexta-feira (11).



terça-feira, 8 de janeiro de 2019

BOLSONARO FARÁ HOJE A SEGUNDA REUNIÃO COM OS SEUS MINISTROS


Bolsonaro diz que quer ouvir ministros sobre planos e medidas rápidas

Agência Brasil











É a segunda reunião em cinco dias. A primeira foi no último dia 3, também no Palácio do Planalto



O presidente Jair Bolsonaro adiantou nesta terça-feira (8), na sua conta no Twitter, os principais temas da reunião ministerial desta terça. O presidente disse que vai ouvir cada ministro sobre os planos, propostas de enxugamento das pastas e medidas de rápida implementação. De acordo com o presidente, o “país não pode mais esperar”.
É a segunda reunião em cinco dias. A primeira foi no último dia 3, também no Palácio do Planalto, quando o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu a redução de gastos, corte de pessoal e a busca por diálogo com a oposição e o Congresso Nacional.
“Em menos de duas semanas de governo, mais uma reunião para ouvir cada um dos ministros sobre os planos, propostas de enxugamento das pastas e medidas de rápida implementação. Nosso país não pode mais esperar. Logo, novidades na linha que o brasileiro sempre exigiu.”
A reunião do Conselho de Ministros, que engloba a equipe inteira, está marcada para as 9h no Palácio do Planalto. A última durou cerca de quatro horas.

GRUPO DE LIMA NÃO RECONHECE SEGUNDO MANDATO DE MADURO


Grupo de Lima diz que não reconhecerá segundo mandato de Maduro

Estadão Conteúdo










Nicolás Maduro deve assumir uma nova gestão no próximo dia 10



Representantes do chamado Grupo de Lima - grupo que reúne Brasil, Colômbia, Peru, Chile, entre outros países - afirmaram nesta sexta-feira, 4, que não irão reconhecer a legitimidade de um segundo mandato do presidente Nicolás Maduro na Venezuela e fizeram um apelo para que ele abdique de assumir uma nova gestão, como pretende fazer no próximo dia 10.

Para esse grupo, do qual ainda participam Canadá, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Guiana e Santa Lúcia, Maduro deveria convocar outra eleição e abdicar de assumir o governo enquanto elas não são realizadas.

Formado há mais de um ano, o Grupo de Lima já havia avisado que se recusava a reconhecer o resultado da última eleição presidencial na Venezuela, realizada em 20 de maio, uma vez que o país teria fracassado em assegurar "um processo transparente, justo e democrático de acordo com os padrões internacionais".

Os Estados Unidos não fazem formalmente parte do Grupo de Lima, mas o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, participou da reunião através de uma videoconferência. Também participou dela o novo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo.

LAVA JATO CONTRA A CORRUPÇÃO SE ESPALHA PELO PAÍS


Modelo para Moro, 'Lava Jato' se ramifica pelo País

Estadão Conteúdo










Modelo de combate às organizações criminosas defendido pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, a Operação "Lava Jato" perdeu o ímpeto no Paraná, mas se espalhou pelo País. Números da Divisão de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Federal (PF), mostram que o total de prisões em casos envolvendo organizações criminosas atingiu seu ápice em 2018, com uma média de 410 casos por mês. Em relação aos 233 registros de 2014, ano em que a "Lava Jato" começou a investigar desvios na Petrobrás, a alta é de quase 76%.

"A intensificação do combate às organizações criminosas nos outros Estados é uma leitura que está correta. A "Lava Jato" criou um modelo que permitiu a utilização de instrumentos, como a delação premiada, com segurança e eficiência", diz a subprocuradora-geral da República Monica Nicida. Como comparação, a "Lava Jato" de Curitiba registrava em 16 de novembro - data em que Moro deixou a magistratura - uma queda de 15% nas prisões ante 2014.

Os números da PF, obtidos por meio da Lei de Acesso a Informações, mostram esse efeito. As prisões em casos de organizações criminosas envolvidas com delitos financeiros ou desvio de verbas públicas aumentaram desde 2016 em 16 das 27 unidades da Federação. Foi nesse ano que a "Lava Jato", cuja maioria das investigações já foi encerrada, registrou o maior número de detenções no período (68) - em 2018, o total fechou em 49.

Entre os Estados com aumento nas prisões de acusados de envolvimento em organizações criminosas destaca-se o Rio de Janeiro, que viu quadruplicar esse número. Foram 186 casos no ano passado, ante 46 em 2016, ano em que o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi preso. Desde então, uma série de detenções ocorreu no Estado a partir de desdobramentos das investigações do Ministério Público. No fim de 2018, sobrou até para o então governador, Luiz Fernando Pezão, acusado de dar continuidade ao esquema de Cabral - eles negam as acusações.

"A Lava Jato foi mais circunstancial do que planejada, pois a Polícia Federal já vinha atuando fortemente no combate à corrupção, mas o juiz Moro tem o mérito de ter imprimido a celeridade aos processos", afirma Edvandir Félix de Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF. Integrantes da "Lava Jato" falam em mais operações com a ida de Moro para o governo e rebatem acusação de que a ação teve como único alvo políticos do PT.

'Integridade'

Ao todo, 2.115 prisões foram decretadas entre 2014 e 2018 com base em investigações da PF sobre organizações criminosas envolvidas no desvio de verbas públicas no País. Para o cientista político José Álvaro Moisés, da USP, isso é consequência do que chama de um "sistema de integridade" composto por PF, Ministério Público Federal e Justiça Federal, fortalecido nos últimos anos. "Um conjunto de instituições de fiscalização, controle e de aperfeiçoamento da legislação que veio sendo progressivamente criado pelo Congresso e promulgado por diferentes presidentes, inclusive pelo ex-presidente Lula, preso por circunstâncias dessa legislação."

A mesma legislação também passou a ser usada em outros campos criminais, como o tráfico de drogas. É aqui que atuam as facções criminosas que o agora ministro Moro quer combater com a mesma intensidade usada na "Lava Jato". A importância dessa atuação para a PF pode ser medida pela quantidade de prisões de traficantes ligados a organizações criminosas feitas pelos federais entre 2014 e 2018: 7.149.

Orientação

Muitas dessas prisões ainda são feitas com base em flagrantes, mas aqui também a PF passou a usar os instrumentos novos da legislação. Já o MPF, por meio de suas 2.ª Câmara (Criminal) e 5.ª Câmara (Combate à corrupção), passou a divulgar orientações para seus integrantes com informações, por exemplo, sobre como fazer uma delação premiada ou um acordo de leniência.

"Hoje, está muito claro para a PF, o MPF, a Receita e a inteligência da Previdência que temos de trabalhar para asfixiar o crime financeiramente e ter como foco os grandes agentes e a recuperação de ativos. E isso vale para a corrupção assim como para as milícias", diz a subprocuradora-geral da República Luíza Cristina Frischeisen, coordenadora da 2.ª Câmara.


DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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