Presidente do
STF derruba liminar que poderia levar à soltura de Lula e Azeredo
Da Redação com
Agência Brasil
O presidente do STF,
ministro Dias Toffoli, revogou a decisão do colega de Corte
O presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, derrubou a decisão do ministro
Marco Aurélio Mello, que determinava a soltura de todos os
presos que tiveram a condenação confirmada pela segunda instância da
Justiça, mas ela ainda não havia sido transitado em julgado.
Após a decisão de
Marco Aurélio, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
pediu liberdade à Justiça Federal em Curitiba. A defesa do ex-governador
Eduardo Azeredo também havia pedido sua libertação.
Porém, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu ao próprio Supremo e, ao analisar o caso, Toffoli, que está de plantão na Corte, deurrubou a decisão de Marco Aurélio.
Porém, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu ao próprio Supremo e, ao analisar o caso, Toffoli, que está de plantão na Corte, deurrubou a decisão de Marco Aurélio.
Com a decisão, a
liminar (decisão provisória) de Toffoli terá validade até o dia 10 de abril de
2019, quando o plenário do STF deve julgar novamente a questão da validade da
prisão após o fim dos recursos na segunda instância.
O julgamento foi
marcado antes da decisão desta terça-feira (19) do ministro Marco Aurélio.
Ao justificar a
suspensão da decisão, Toffoli disse que Marco Aurélio contrariou "decisão
soberana" do plenário que, em 2016, autorizou a prisão após segunda
instância. "A decisão já tomada pela maioria dos membros da Corte deve ser
prestigiada pela presidência", decidiu Toffoli.
O entendimento atual
do Supremo permite a prisão após condenação em segunda instância, mesmo que
ainda seja possível recorrer a instâncias superiores. Essa compreensão foi
estabelecida em 2016 de modo provisório, com apertado placar de 6 a 5. Na
ocasião, foi modificada jurisprudência que vinha sendo adotada desde 2009.
O assunto voltará ao
plenário da Corte, em 2019, quando os ministros irão analisar o mérito da
questão.