terça-feira, 27 de novembro de 2018

SONDA DA NASA POUSOU EM MARTE ONTEM DIA 26/11/2018


Sonda da Nasa pousa em Marte e manda 1ª imagem

Estadão Conteúdo









Primeira imagem enviada pela sonda Insight de Marte

O módulo espacial InSight, a primeira missão da agência espacial americana Nasa para estudar o interior de Marte, pousou nesta segunda-feira, 26, com sucesso na superfície do planeta vermelho. A sala de controle do Laboratório de Propulsão da Nasa em Pasadena, na Califórnia, recebeu nesta segunda às 17h53 (horário de Brasília) o sinal de que a sonda InSight havia pousado em Marte.

"Te sinto, Marte. E logo conhecerei seu coração. Com esta aterrissagem a salvo, estou aqui. Estou em casa", disse em seu perfil oficial no Twitter o módulo InSight, que tem transmitido sua viagem desde que deixou Terra em maio. Os cientistas e técnicos da Nasa na sala de controle em Pasadena reagiram com sorrisos, aplausos e abraços coletivos à esperada notícia de que InSight tinha concluído sua viagem espacial com sucesso.

Poucos minutos depois, às 17h58, a Nasa recebeu a primeira fotografia de Marte enviada pela sonda InSight. A imagem foi enviada por dois satélites que acompanharam a sonda durante sua travessia. "Minha primeira foto em #Marte", escreveu a Nasa na conta criada para a InSight no Twitter. "A capa da minha lente ainda não foi retirada, mas tinha de mostrar a vocês uma primeira vista do meu novo lar".

A InSight terminou nesta segunda-feira, com seu pouso em Marte, uma viagem de 485 milhões de quilômetros, que separam a Terra do planeta vermelho. A jornada havia começado no dia 5 de maio, quando decolou da Base Aérea Vandenberg na Califórnia.

O que a sonda vai investigar

Diferentemente de outras missões anteriores da Nasa centradas na superfície ou na atmosfera de Marte, a novidade da InSight é que seu principal propósito é estudar o interior do planeta para conhecer mais de perto sua composição e evolução. Para isso, conta, entre outros instrumentos, com um sismógrafo e uma sonda que medirão a atividade e a temperatura internas do planeta, respectivamente.

Neste ponto, será fundamental o trabalho de uma escavadora mecânica, incluída no módulo, que perfurará até cerca de cinco metros de profundidade a superfície marciana. O módulo pousou e se instalou nesta segunda em uma região plana de Marte conhecida como Elysium Planitia, onde realizará sua atividade investigativa.

Os 'sete minutos de terror'

Para "aterrissar" com sucesso, InSight teve de superar os tais "sete minutos de terror", como foi batizada pela Nasa a delicada e breve fase de sua missão na qual o módulo atravessou a atmosfera marciana a quase 20 mil quilômetros por hora até reduzir sua velocidade para cerca de oito quilômetros por hora pouco antes de pousar.

A previsão é que a sonda InSight permaneça em operação em Marte durante cerca de dois anos.

Outros lançamentos

Esta é primeira vez desde 2012 que um artefato pousa sobre Marte, depois do veículo Curiosity da Nasa, o único atualmente ativo na superfície do planeta vermelho. Só os Estados Unidos conseguiram colocar artefatos no planeta. Mais da metade das 43 tentativas de levar a Marte robôs, satélites e outros - executadas por agências espaciais de todo o mundo - falharam. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

UNIÃO EUROPEIA APROVA ACORDO DO BREXIT


União Europeia aprova acordo do Brexit e texto segue para Parlamento britânico

Estadão Conteúdo









A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e os líderes dos países-membros do bloco aprovaram um acordo de 585 páginas


Mais de dois anos após os britânicos votarem para se separar da União Europeia, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e os líderes dos países-membros do bloco aprovaram na manhã deste domingo um acordo de 585 páginas que estabelece os termos do divórcio.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, comunicou o fato por meio de sua conta oficial no Twitter. "Os 27 membros da UE endossaram o Acordo de Retirada e a Declaração Política sobre as futuras relações entre UE e Reino Unido", escreveu Tusk no microblog.

Agora começa a parte mais difícil. Primeiro, May enfrenta a disputa política de sua vida para conquistar apoio para o acordo no seu próprio Parlamento, que deve votá-lo no começo de dezembro.

Dezenas de companheiros de seu Partido Conservador, bem como o Partido Trabalhista, ameaçaram rejeitar o pacto. Se May perder, ela terá de correr contra o relógio para renegociar os termos - e garantir sua aprovação - antes que o Reino Unido tenha de deixar o bloco, no dia 29 de março de 2019.

Porém, os líderes da União Europeia já avisaram que se o Parlamento britânico rejeitar o acordo, não serão oferecidas condições melhores.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse nesta manhã que o acordo foi "muito equilibrado", sem vencedores ou perdedores. Ele alertou que, se o Parlamento votar contra, Londres terá dificuldades para negociar novas mudanças.

Mesmo que o acordo do Brexit seja aprovado pelo Parlamento, o Reino Unido irá iniciar negociações - que provavelmente levarão anos - para estabelecer novas relações de comércio e segurança com a União Europeia. Isso porque quando o país votou a favor da saída, ele efetivamente decidiu desfazer quatro décadas de tomadas de decisão conjuntas - sobre leis e regulações que abrangiam desde o compartilhamento de informações sobre criminosos e terroristas até normas alimentares e impostos - que regem a relação do Reino Unido com seu maior parceiro comercial.

Como resultado, a menos de quatro meses para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia continua como um salto no escuro, com empresas, bancos e famílias incertos de como se preparar.

O PROGRAMA MAIS-MÉDICOS ESTÁ COM 84% DAS VAGAS PREENCHIDADAS


Bolsonaro descarta Revalida para médicos formados no Brasil

Agência Brasil












O presidente eleito, Jair Bolsonaro, descartou neste domingo (25) a possibilidade de submeter os médicos brasileiros ao Revalida – prova de avaliação e qualificação exigida para os profissionais formados fora do Brasil. Segundo ele, a hipótese não é considerada. Também criticou a prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos recém-formados para que tenham o número da entidade.
"Eu sou contra o Revalida para os médicos brasileiros, senão vai desaguar na mesma situação que acontece na OAB. Não podemos formar jovens e depois submetê-los a ser boys de luxo em escritórios de advocacia", afirmou o presidente eleito.
A afirmação de Bolsonaro ocorreu depois de ele participar de almoço na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro, para participar do 10º Encontro do Calção Preto, que reúne antigos e atuais comandantes, professores e monitores da escola.
Histórico
Em entrevista ao jornal O Globo, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta, confirmado para o Ministério da Saúde, defendeu a aplicação do exame Revalida para os médicos brasileiros, nos moldes do que ocorre com os profissionais da OAB. Segundo ele, seria um bom exemplo uma recertificação após cinco anos da formatura.
Para Mandetta, o sistema que observa a atuação médica dos profissionais que trabalham no Brasil é “um dos modelos de fiscalização do exercício profissional mais frágeis do mundo”.
Indicações
No Rio, Bolsonaro reafirmou a disposição de concluir a montagem de sua equipe ministerial até a próxima semana. Ele disse que negocia com as bancadas e não com os partidos. São aguardadas definições para os ministérios do Meio Ambiente, da Cultura, do Esporte, dos Direitos Humanos, Minorias e Mulheres.
"Estamos escolhendo o melhor, conversando com as bancadas e não com os partidos, de forma independente, e isenta. Que sejam [pessoas] honestas e pensem no Brasil e não na agremiação partidária."
Votações
Bolsonaro reiterou a importância de o Congresso Nacional votar temas de relevância. Segundo ele, o empenho não é para o presidente da República ou o Parlamento, mas para o país.
"[As votações] são para o país e aí vai da consciência de cada um. Eu decidi, há quatro anos, quando iniciei a minha campanha, fazer uma política diferente. Se vai dar certo, espero que sim. A mesma é que daria errado."
Jogo
Mesmo fã de futebol, o presidente eleito resolveu desistir de assistir ao jogo do  Palmeira com o Vasco, hoje no São Januário. Ele disse ter sido desaconselhado a ir ao estádio. "Vou ver em casa mesmo e torcer pelo empate."
Bolsonaro também afirmou que segue as orientações médicas à risca, embora tenha reconhecido que ficou aborrecido com o adiamento da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia para 20 de janeiro de 2019.
O presidente eleito disse que pretende ir a Brasília na próxima terça-feira (27) e retornar no dia 28 para o Rio de Janeiro.
84% das vagas do Mais Médicos foram preenchidas, diz Ministério da Saúde

Estadão Conteúdo









Desse total, 13.341 apresentavam registro profissional válido

No terceiro dia de inscrição para o Programa Mais Médicos, 84% das vagas disponíveis já foram ocupadas. Balanço divulgado na manhã desta sexta-feira (23), pelo Ministério da Saúde mostra que 19.994 pessoas preencheram os dados para participar do programa.

Desse total, 13.341 apresentavam registro profissional válido. Nesse grupo, 7.154 já escolheram o local de trabalho.

site para inscrições, que por dois dias apresentou problemas, está estável no momento. As inscrições para médicos com diploma válido no País vão até dia 7.

ALTERAÇÃO DE EMBRIÕES CONTRA O HIV POR PESQUISADOR CHINÊS


Chinês alega ter editado genes de bebês pela primeira vez na história

Estadão Conteúdo









Um pesquisador chinês alega ter dado um passo inédito na ciência mundial: a criação dos primeiros bebês geneticamente modificados. He Jiankui, de Shenzen, diz ter alterado o DNA de gêmeas que nasceram no início deste mês com uma "poderosa" ferramenta.

Se for verdade, o feito, além de um grande salto para ciência, seria também paradigmático no que tange à ética. A China proíbe a clonagem humana, mas não especificamente a edição de genes. "A sociedade vai decidir o próximo passo, em termos de aceitar ou de proibir essa ciência", disse He.

O caso será divulgado oficialmente nesta terça-feira (27), durante a Conferência de Edição de Genes, em Hong Kong. Segundo o pesquisador, ele alterou embriões de sete casais durante tratamentos de fertilidade, mas apenas um engravidou. He explicou que seu objetivo não era curar ou prevenir doenças hereditárias, mas tentar criar uma característica que poucas pessoas têm: a habilidade de resistir a possíveis infecções pelo vírus transmissor da Aids, o HIV.

O pesquisador ainda informou que os pais das crianças pediram para não serem identificados ou entrevistados. He escolheu modificar geneticamente o gene contra o vírus HIV porque, segundo ele, trata-se de um grande problema na China. Ele tentou desativar um gene chamado CCR5, que forma uma porta proteica que permite que o vírus que causa a Aids entre em uma célula.

No experimento feito com sete casais, todos os homens tinham HIV, e todas as mulheres não tinham o vírus, mas a alteração genética não foi feita para evitar a transmissão, uma vez que há diferente maneiras de fazer isso sem a modificação do DNA.

Não há nenhuma confirmação independente das declarações de He, e o experimento não foi publicado em uma revista científica, onde seria vetado por outros especialistas. Alguns cientistas revisaram o material que o pesquisador disponibilizou para a agência de notícias Associated Press, mas disseram que a informação é insuficiente para dizer se a edição funcionou ou se danos estão descartados.

Eles também notaram evidências de que a edição estava incompleta e que pelo menos uma gêmea parece ser uma "colcha de retalhos" de células com várias mudanças.

Um cientista americano disse que participou do trabalho na China, mas explicou que esse tipo de edição de genes é proibido nos Estados Unidos, porque as mudanças no DNA podem ser transmitidas para futuras gerações e podem prejudicar outros genes.

Muitos cientistas acreditam que esse tipo de trabalho é muito arriscado para ser experimentado, e alguns deles denunciaram o estudo chinês como experimentação humana.

"Isso é inconcebível... Um experimento em humanos que não é nem moralmente nem eticamente defensável", disse Kiran Musunuru, um especialista em edição de genes da Universidade da Pennsylvania e editor de uma revista científica.

"Isso é prematuro demais", completou Epic Topol, que comanda a Scripps Research Translational Institute of California.

Os críticos também alegam que não é possível precisar se os casais participantes tinham total entendimento do procedimento, porque, nos formulários de consentimento, estava descrito como "programa de desenvolvimento de vacinas contra Aids".

Mas He afirmou que ele explicou os objetivos do procedimento e deixou claro para os casais que o processo nunca tinha sido feito anteriormente. Além disso, ele disse que providenciou cobertura médica para todas as crianças concebidas pelo projeto.

Aqueles que se posicionam contra o "experimento" de He ainda ressaltam que as pessoas afetadas podem ficar mais sujeitas a pegar outras viroses, como gripes comuns.

Mas há quem defenda o estudo. George Church, um famoso geneticista da Universidade Harvard, destacou a iniciativa de tentar editar genes "à prova" do HIV, que ele chamou de grande ameaça à saúde pública.

A edição de DNA é uma tecnologia recente. Há poucos anos, os cientistas descobriram uma forma fácil de alterar genes, conhecida como CRISPR-cas9, mas só recentemente foi testada em adultos para tratar doenças fatais.

O projeto do cientista chinês está suspenso até a segurança deste primeiro experimento ser analisada por especialistas.

He Jiankui estudou na Universidade Rice e na Stanford, ambas nos EUA, antes de voltar ao seu país natal para abrir um laboratório na Universidade do Sul de Ciência e Tecnologia, em Shenzhen. Ele também tem duas empresas genéticas. No laboratório, segundo ele, são feitas modificações de genes em ratos e macacos.