terça-feira, 20 de novembro de 2018

BOLSONARO PENSA EM PRIVATIZAR PARTE DA PETROBRAS


Petrobras pode ser privatizada em parte, diz Jair Bolsonaro

Agência Brasil











"Alguma coisa você pode privatizar. Não toda. É uma empresa estratégica", diz Jair Bolsonaro sobre a Petrobras

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (19), no Rio de Janeiro, que a Petrobras pode ser privatizada em parte. Ao mesmo tempo, ele avaliou que a estatal é uma empresa estratégica e que deve continuar existindo: "alguma coisa você pode privatizar. Não toda. É uma empresa estratégica."
Segundo Bolsonaro, não há decisão tomada. "Estamos conversando. Eu não sou uma pessoa inflexível. Mas nós temos que ter muita responsabilidade para levar adiante um plano como esse."
Pela manhã, em Brasília, o vice-presidente eleito Hamilton Mourão afirmou que o futuro governo pretende preservar o “núcleo duro” da estatal, mas a equipe estuda a possibilidade de negociar áreas como distribuição e refino.
Nomeação
Mais cedo, o economista Roberto Castello Branco foi confirmado para presidir a Petrobras. Em artigos recentes publicados na imprensa, ele defendeu a privatrização da empresa.
Indicado por Paulo Guedes, que assumirá o Ministério de Fazendo, Castello Branco aceitou o convite. Bolsonaro reiterou que Guedes tem carta branca no seu governo.
"Tudo que é envolvido com economia, ele está escalando o time. Eu só, obviamente, estou cobrando proatividade. Enxugar a máquina e fazê-la funcionar para o bem estar da população."
O presidente eleito acrescentou ainda que quer o valor do combustível mais barato. Porém, avaliou que os preços também levam em conta decisão dos governos estaduais. "Em grande parte, depende dos governadores, que colocam o ICMS lá em cima."
Banco do Brasil
Para o Banco do Brasil, Bolsonaro admitiu que estuda o nome de Ivan Monteiro, que atualmente está no comando da Petrobras. Segundo ele, a equipe econômica não terá direito de errar e está sendo montada com nomes que já são testados no mercado.
O presidente eleito deu as declarações na portaria do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele saiu em um carro escoltado pela Polícia Federal pouco antes das 15h. O comboio voltou cerca de 30 minutos depois. Ele disse ter ido ao banco. "Eu sou um ser humano. De vez em quando eu falo para darmos um passeio aí, para poder sair de casa."
Educação
Questionado sobre o Ministério da Educação, Bolsonaro afirmou que avalia com calma os nomes. "Desde muito tempo, [o Ministério da Educação] está aparelhado. Há um marxismo lá dentro que trava o Brasil."
Bolsonaro disse que os governos do PT dobraram os gastos em educação e mesmo assim não houve melhoras nos índices: "a molecada não sabe fazer uma regra de três simples."
Bolsonaro descartou a possibilidade de nomear a atual presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, como ministra. "Essa não esteve à frente dessa prova do Enem? Está fora. Não tem nem cartão amarelo. É vermelho direto."


MICHELLE OBAMA LANÇA SEU LIVRO DE MEMÓRIAS - MINHA HISTÓRIA - EM WHASINGTON USA


A 'Conversa íntima' de Michelle Obama com 20 mil pessoas

Estadão Conteúdo









Não fossem os sapatos de salto fino calçados nos pés do início ao fim da noite, o evento de divulgação do livro de memórias de Michelle Obama em Washington pareceria um encontro de amigas na sala de estar. Neste sábado (17), a ex-primeira dama fez na capital dos Estados Unidos, onde vive com o marido e as duas filhas, a terceira parada da turnê de lançamento do seu livro "Minha História". E, com a performance em casa, ficou mais fácil contar com uma surpresa - se não para Michelle, ao menos para o público: a entrada de Barack Obama, nos últimos dez minutos do show.

Com um buquê de rosas nas mãos para a esposa, Obama foi ovacionado pela plateia, ouviu gritos de "sentimos sua falta" e sentou no braço da poltrona de Michelle para uma breve participação. "Isso é como...Sabe quando o Jay-Z aparece no show da Beyoncé?", disse o ex-presidente, se comparando com o rapper americano casado com a estrela pop. "Eu sabia que ela me desafiaria", disse Obama, perto das 22h30, ao descrever como se apaixonou por Michelle, depois de falar que a esposa é "extraordinariamente inteligente" e bonita.

Durante uma hora e meia, Michelle Obama conversou com Valerie Jarret, ex-conselheira da Casa Branca e próxima da ex-primeira dama há quase 30 anos sobre detalhes da vida íntima como terapia de casal, tratamentos de fertilidade, o desafio de ser mãe e profissional e, claro, a vida como esposa do presidente dos Estados Unidos.

Michelle fala direto com seu público, basicamente composto por mulheres, e justifica o nome da turnê: "uma conversa íntima com Michelle Obama", mesmo em uma arena com capacidade para 20 mil pessoas e ingressos esgotados. Com humor, fala de situações cotidianas e humaniza até protocolos formais como a cerimônia de posse presidencial e a chegada à Casa Branca: "de repente nos mudamos para uma casa onde nunca estive".

As filas para entrar no estádio Capital One Arena, em Washington, dobraram o quarteirão e as ruas do entorno foram fechadas. A espera do público do lado de fora fez o evento atrasar quase uma hora para começar e mesmo minutos depois do início, o aplicativo Stubhub, de revenda de ingressos, ainda anunciava o ticket mais barato por US$ 171 dólares (equivalente a R$ 640).

A 1,5 quilômetro da Casa Branca, onde o casal Obama viveu por oito anos, Michelle explorou pouco questões de política partidária. Em uma breve passagem, mostrou insatisfação com o momento atual e relatou que às vezes "como vocês", disse ao público, gostaria de ver Obama entrando em cena de forma mais crítica. "E ele fala 'esse não é o ponto. Você sabe, um presidente não age pelo seu próprio ego. Temos que ser cautelosos com o que dizer e quando'", disse Michelle. No livro, Michelle foi mais direta em críticas ao presidente Donald Trump: "Foi angustiante ver como o atual presidente levou muitos americanos a duvidarem de si mesmos e a duvidarem dos outros e temê-los. Às vezes me pergunto se em algum momento chegaremos ao fundo do poço", escreveu a ex-primeira dama, que chamou Trump de "misógino" no livro.

A turnê, como o livro, é política apesar de pessoal. Todo o relato de Michelle perpassa suas experiências de vida como mulher e como negra, os desafios que enfrentou por isso no caminho e como vê questões de política social e econômica.

Um exemplo é o momento em que conta que ouviu de uma conselheira profissional no ensino médio que não conseguiria entrar na Universidade de Princeton, onde conquistou seu primeiro diploma. "Toda pessoa que conheço, sendo mulher ou sendo um negro, tem uma história como essa", diz Michelle, que depois emenda falando sobre preconceitos existentes com políticas afirmativas para negros em universidades. "Há um estigma", disse. Ao se referir a ações comuns nas universidades americanas para garantir vaga a bons atletas ou músicos, por exemplo, a ex-primeira dama questiona: "Por que nós só temos problemas com ação afirmativa ligadas a raça?".

Michelle Obama falou de machismo, racismo, diferenças de oportunidades e educação pública, também da ausência de um Obama - que ela chama de "Barack" - ocupado com a política e sua necessidade de ser mãe e profissional ao mesmo tempo. "Eu quero que as pessoas saibam: até a Michelle Obama, a primeira dama, passou por essas situações", diz.

No livro, ela rechaça a ideia de concorrer a um cargo, apesar de os ambulantes no entorno do evento venderem souvenir e camisetas com a frase "Michelle 2020". A ex-primeira dama conta que insistiu para Obama não entrar para a política. "Foi bizarro", disse, sobre ver o marido começar a se tornar famoso. "Mas não apoiá-lo seria egoísmo."

Valerie Jarrett contou que Obama começava a ficar nervoso na Sala Oval perto das 18h30. O combinado com Michelle durante os anos na presidência era o de que ele jantaria em casa pontualmente com ela e as duas filhas, mesmo nos dias tumultuados em Washington. O jantar não esperaria, acertou Michelle, dizendo que por vezes Obama continuou a trabalhar até a madrugada, mas antes disso fazia a pausa para ficar com as filhas. "Não queria que minhas crianças, especialmente sendo mulheres, crescessem sentindo que a vida era sobre esperar um homem chegar", afirmou.

Michelle Obama deve visitar ao menos dez cidades americanas diferentes, depois de dar início aos eventos em Chicago, sua terra natal, na última Terça-feira 13. No dia de estreia, 725 mil unidades do livro foram vendidas. Reportagem do jornal Financial Times indicou que Obama e Michelle acertaram os direitos de publicação de uma biografia cada por mais de US$ 60 milhões - acima do que os valores apontados como pagos por editoras pelas memórias de outros ex-presidentes como Bill Clinton e George W. Bush. Como aconteceria num show da Beyoncé, os entornos do evento estavam cercados por ambulantes com camisetas com o rosto de Michelle estampado.

Dentro do estádio, a venda dos produtos oficiais ligados à turnê tinha ainda roupas de bebê por US$ 20 e camisetas com a célebre frase da ex-primeira dama na campanha de 2016: "Quando eles vão baixo, nós vamos alto".

Para o sucesso de um road show digno de estrela pop, Michelle lança mão de uma estratégia que aprendeu nos passos iniciais da campanha do marido à presidência, quando ainda era "a esposa do candidato": "Percebi que ninguém nunca me preparou. Eu nunca tive 'media training'. Era eu e minha história. Esse é o motivo pelo qual escrevi esse livro. O que nos conecta não é raça, partido, religião, são conversas em torno da mesa de jantar, é a relação com seus avós, a vida que você vive e suas memórias. Se você pode compartilhar isso com as pessoas, isso é o que as conecta".


COLUNA ESPLANADA DO DIA 20/11/2018


Médicos investidores

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










O tiro que o presidente eleito Jair Bolsonaro deu em Cuba, que fez a ditadura recuar no ‘Mais Médicos’, será tão prejudicial para o governo caribenho - que perderá muito dinheiro - quanto para o Brasil, onde mais de mil cidades ficarão sem médico. Mas uma prova de que o Ministério da Justiça poderá receber milhares de pedidos de asilo é um caso no litoral da Bahia. O médico cubano R., 36 anos, descobriu os prazeres do capitalismo. Nos últimos anos, enquanto clinicava, passou a investir. Comprou uma caixa de som, e alugou para festas. Adquiriu um casal de coelhos e os fez reproduzir no quintal; hoje vende dezenas deles para açougues especializados e residências. Há um mês, abriu um bar que virou point na comunidade. Não quer voltar. A Coluna tem quatro testemunhas, e vai preservar a identidade do profissional.
Lá e cá            
Casos como o de R. se espalham Brasil adentro. São médicos que fincaram raízes, ou já têm filhos brasileiros, e não sentem saudade alguma do aperto financeiro em Cuba.
Famílias divididas
O Governo de Michel Temer já tem informações de que muitos cubanos que regressaram para o país de origem foram por saudade da família.
Transição
Há uma semana comissionados do 2º escalão esvaziam gavetas e desocupam salas do Palácio. Ordem do presidente Temer, que quer transparência cem por cento.
Viagem misteriosa
O cotado de Bolsonaro para o comando da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo, foi o que desembarcou em Curitiba em dezembro de 2015, num jato da FAB, com o então diretor-geral Leandro Daiello e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para reunião secreta com o comando local da Lava Jato. A Época registrou à ocasião.

Lei Onix
Proposto pelo senador Roberto Requião (MDB-PR) como provocação aos futuros ministros de Bolsonaro - Onix Lorenzoni e Sérgio Moro - o projeto que cria a chamada “Lei Onix” já avançou no Senado. A CCJ designou como relator da matéria o senador Wilder Morais (DEM-GO). O texto de Requião estabelece que arrependimento e confissão serão requisitos para o perdão judicial.

Isenção voa!
Não bastassem as caras passagens aéreas, as companhias não pagam imposto sobre a bagagem extra cobrada no checkin. Um presentão da ANAC.
Lá fora
Jornal francês e Monde chama de “personalidade desconhecida” o embaixador Ernesto Fraga Araújo em reportagem que detalha a confirmação do diplomata como ministro das Relações Exteriores do Governo Bolsonaro. O diário cita posições polêmicas do embaixador, como ter chamado o PT de “Partido Terrorista”.
É do povo!
A AGLO recebe nos dias 23 e 24 novembro, na quadra de areia do Parque Olímpico na Barra, no Rio, a final da Copa do Brasil de Beach Soccer. Os Estados do RN, RJ, DF, BA, AL e MA estão na disputa pelo título.
Que boquinha
O deputado federal eleito Boca Aberta (PROS-PR) enfrenta perrengue na Justiça, alvo do próprio suplente, que questiona sua candidatura sob liminar. Valdir Rossoni quer barrar a diplomação de Boca porque ele respondia a processo de cassação como vereador de Londrina.
Itaipu social
A gestão de Marcos Stamm na Itaipu Binacional prepara um pacote de dar inveja a prefeitos e governadores. Vai investir US$ 250 milhões – perto de R$ 1 bilhão – no entorno do mega lago, nas chamadas ‘obras externas’. Vem aí a segunda ponte Brasil-Paraguai, sobre o reservatório.
Itaipu social 2
Itaipu investirá também alguns milhões em parceria com a Infraero em melhorias no Aeroporto de Foz do Iguaçu, construção de mercados públicos em cidades vizinhas, recuperação de parques e revitalização de prainhas na orla do lago.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

BOLSONARO DIZ QUE A SUA DECISÃO SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS É HUMANITÁRIA


Bolsonaro reitera que decisão sobre médicos cubanos é humanitária

Agência Brasil









Bolsonaro garante que o programa não será suspenso

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, reiterou nesta sexta-feira (16) que a decisão de impor novas exigências aos profissionais cubanos, vinculados ao Programa Mais Médicos, tem razões humanitárias, para protegê-los do que considera “trabalho escravo” e preservar os serviços prestados à população brasileira. Ele garante que o programa não será suspenso.
Entre as medidas, estão fazer o Revalida – prova que verifica conhecimentos específicos na área médica, receber integralmente o salário e poder trazer a família para o Brasil. Cuba decidiu deixar o programa após as declarações de Bolsonaro. O Ministério da Saúde  informou nesta sexta-feira que a seleção dos brasileiros em substituição aos cubanos ocorrerá ainda este mês.
“Talvez a senhora seja mãe, já pensou em ficar longe dos seus filhos por um ano?”, respondeu o presidente eleito à jornalista que perguntou sobre a situação dos médicos cubanos. “É [essa] a situação de escravidão que praticamente as médicas e os médicos cubanos [que participam do programa Mais Médicos] estão sendo submetidos no Brasil”, disse em entrevista após café da manhã com o comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar, no 1º Distrito Naval, no centro do Rio.
O presidente eleito afirmou ainda que o acordo de repasse de parte dos salários dos médicos para o governo de Cuba contraria os direitos dos profissionais. “Imaginou também confiscar 70% do salário?”
O rompimento do acordo com o governo cubano foi anunciado há dois dias quando o Ministério de Saúde Pública de Cuba, quando informou que não atenderia às exigências do governo eleito. Para Bolsonaro, é fundamental que os profissionais cubanos passem pelo Revalida. “Nunca vi uma autoridade no Brasil dizer que foi atendido por um médico cubano", disse. "Será que nós devemos destinar [esse atendimento] aos mais pobres sem qualquer garantia que eles sejam razoáveis, no mínimo? Isso é injusto e desumano.”
O presidente eleito reiterou também que há “relatos de verdadeiras barbaridades” por profissionais de Cuba. “O que temos ouvido de muitos relatos são verdadeiras barbaridades. Queremos o salário integral e o direito de trazer as famílias para cá. Isso é pedir muito? Está nas nossas leis.”
Bolsonaro destacou que os profissionais cubanos que quiserem pedir asilo político ao Brasil, quando ele estiver na Presidência da República, será concedido.
Governadores
O presidente eleito disse ainda que vai se reunir com Paulo Guedes, indicado para o Ministério da Economia, para analisar a carta dos governadores, que reúne 13 itens, incluindo propostas e elencando prioridades. Ele afirmou que ainda não leu todo o documento.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...