sábado, 3 de novembro de 2018

BOLSONARO VAI PRESTIGIAR AS FORÇAS ARMADAS NO SEU GOVERNO


Forças Armadas vão fazer parte da vida nacional, diz Bolsonaro

Agência Brasil










Perguntado se investiria mais nas universidades, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que não

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, incluiu nesta quinta-feira (1), pela primeira vez o Ministério da Defesa entre os três superminstérios de seu futuro governo - os dois outros dois  são o da Justiça e o da Economia.  "A Defesa é um outro superministério. As Forças Armadas vão sim fazer parte da vida nacional. Não vão ser relegadas como nos governos de Fernando Henrqiue e do PT", anunciou, em entrevista coletiva para emissoras de televisão.
Bolsonaro também deu outros detalhes sobre a estrutura de seu futuro governo. Disse que o ministérios da Agricultura e Meio Ambiente deverão mesmo ficar separados, mas avisou que ele escolherá os dois ministros. "Não vão ser as ONGs", afirmou, referindo-se à pasta do Meio Ambiente. Ele se disse "pronto para voltar atrás" neste caso porque, primeiramente, relatou, o setor rural defendeu de forma unânime a união dos dois ministérios, mas depois se dividiu, por entender que a fusão prejudicaria o agronegócio no Exterior - onde é exigido dos exportadores o cumprimento de  normas ambientais.
O presidente eleito também anunciou que o ensino superior sairá do âmbito do Ministério da Educação e passará a ser administrado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. "Não temos nenhuma das nossas universidades entre as  melhores do mundo e o nosso Marcos Pontes vai dar um gás especial para essa questão aí", afirmou.
Perguntado se investiria mais nas universidades, disse que não. "Pelo contrário, nós queremos investir mais no ensino básico e médio". Provavelmente, relatou, o seu  governo deverá ter até 17 ministérios - hoje são 29.
Economia e reforma
Jair Bolsonaro também voltou a dizer que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes,  terá "carta branca"  para escolher nomes e para administrar a pasta que reunirá a Fazenda, o Planejamento e a Indústria e o Comércio. Sem citar nomes, disse que há "gente boa" no governo Temer que poderia ser aproveitada por Guedes. Bolsonaro reafirmou os compromissos da sua equipe econômica com as metas de inflação, juros, câmbio e com a reforma da Previdência.
Sobre votar ou não a proposta de reforma agora, ele disse que isso depende de saber se haverá quórum, já que o Congresso está esvaziado após a eleição. Ele considerou aproveitar "alguma coisa" do que está aprovado na Comissão especial da Câmara, mas voltou a defender especificidades para aposentadoria de diversas categoria - inclusive os militares. Mas disse ser necessária e urgente a reforma da Previdência. "Se ficarmos sentados olhando para o céu, vamos correr o risco de virar uma Grécia", comparou.
Bolsonaro defendeu também a desburocratização do Estado para favorecer empreendedores  e uma fiscalização que seja amigável. Também defendeu que a Petrobras faça parcerias para investir mais. Anunciou, por fim, que ira avalizar o acordo Boeing-Embraer.
Exterior
Ele se disse ainda aberto a conversar, inclusive já na próxima semana, quando vira a Brasília,  com representantes da China e de outros países que querem negociar com o Brasil. "Vamos fazer negócios sem viés ideológico", avisou. Bolsonaro afirmou  não  ver "clima pesado ou  problemas"  em mudar a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. "Não é problema de vida ou morte, respeito os judeus e o povo árabe". Ele disse que esses assuntos tratados pelo futuro ministro das Relações Exteriores.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 03/11/2018


Condições de Moro

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 











Para aceitar o cargo de futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o juiz federal Sérgio Moro pediu carta branca ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para montar sua equipe sem interferências do Palácio e para tocar ações que considerar necessárias no combate à corrupção, em especial. Também pediu canal direto e exclusivo com Bolsonaro, sem intermediadores. Ou seja, Moro não vai ficar sob orientações ou comando da Casa Civil ou do super-ministro do Ego, ops, da Economia, Paulo Guedes.
A chefona
Ventila-se nos ares do Planalto o nome da delegada Érika Marena, a primeira coordenadora da operação Lava Jato, para diretora-geral da Polícia Federal.

Desespero
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, apela a Moro para manter a pasta ativa. O País vai descobrir que o ministério foi um palanque, apenas, para suas coletivas

Submergiu 
Aliás, você se lembra do nome do atual ministro da Justiça (sim, ele existe)? É o eremita Torquato Jardim, de quem nunca mais se viu falar e que não tem agenda na rua.

E agora?
No apagar das luzes do Governo de Michel Temer, enfim o Palácio avalizou o acordo Brasil-Rússia pela Defesa. O presidente promulgou no último dia 25 de outubro o ‘Acordo entre o Governo do Brasil e o Governo da Rússia sobre Cooperação em Defesa’, que foi firmado em Moscou em.. 14 de dezembro de 2012. Está no Decreto 9.541 publicado no Diário Oficial da União. Bolsonaro quer aproximação com EUA.

Ringue
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), derrotado ao Governo do DF, mantém-se em campanha para um cargo no governo federal. Articula a reeleição do partidário Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. Diz que, pelo perfil dos novos parlamentares da Câmara, o presidente tem que ter “experiência” e “pulso firme” para que a Casa não se transforme em um “ringue”.

Sondagem agrícola
Um dos principais articuladores da equipe do presidente Bolsonaro, o pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia sondou, nos últimos três dias, deputados ruralistas cotados para chefiar o Ministério da Agricultura. O atual ministro, Blairo Maggi, que votou em Bolsonaro, também é consultado sobre o perfil do seu sucessor.

Herdeiros
Flávio Bolsonaro será o líder do Governo no Senado. Eduardo Bolsonaro será o líder do PSL na Câmara Federal. Não querem muita visibilidade. Por ora.

Outro cotado
O desembargador João Paulo Gebran, relator do caso Lula no TRF 4, é cotadíssimo para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça na próxima vaga.

Balão de ensaio
O recuo do atual Governo e da equipe de Bolsonaro na tentativa de votar a reforma da Previdência neste ano se deveu a pelo menos dois fatores: a impossibilidade de modificar o texto pronto para votação na Câmara, como desejava a equipe de Bolsonaro, e o prazo exíguo para votar a PEC 287/2016 em dois turnos na Câmara e no Senado.

Motivações 
Pesaram também, para a equipe do novo presidente, informações de ministros palacianos de que a base aliada está “dispersa” para obter os 308 votos necessários para alterar as regras previdenciárias.

Revide
Apesar de pregarem “união” contra o Governo de Jair Bolsonaro (PSL), a oposição expõe sequelas da derrota na disputa presidencial. Sinal claro disso foi a exclusão do PT do bloco de oposição formado por PDT, PSB e PCdoB. Um dos idealizadores da bancada composta por 69 deputados foi o candidato derrotado Ciro Gomes (PDT).

Drible eleitoral
O ex-governador do Ceará embarcou para a Europa no início do 2º turno em gesto de “revide” à articulação do ex-presidente Lula que implodiu sua aliança com o PSB. Irritados, parlamentares do PT minimizavam, pelos corredores da Câmara, a exclusão da legenda citando o tamanho da bancada, a maior da Casa, com 56 deputados.




quinta-feira, 1 de novembro de 2018

BOLSONARO É ALERTADO PELA CHINA SOBRE A SUA LIGAÇÃO COM O PRESIDENTE TRUMP


China faz alerta a Bolsonaro e diz que 'custo' pode ser grande ao Brasil

Estadão Conteúdo










A China fez um duro alerta ao presidente eleito Jair Bolsonaro e apontou que, se a opção do Brasil em 2019 for por seguir a linha de Donald Trump e romper acordos com Pequim, quem sofrerá será a economia brasileira.

A forma encontrada pela China para mandar o recado foi a publicação de um editorial em seu principal jornal estatal, com versão em língua inglesa. No China Daily, o texto não deixa dúvidas da irritação que Bolsonaro já criou em Pequim. O jornal é uma espécie de porta-voz ao mundo do governo chinês e usado para mandar mensagens a parceiros.

Segundo o editorial, as exportações brasileiras "não apenas ajudaram a alimentar o rápido crescimento da China. Mas também apoiaram o forte crescimento do Brasil". Para os chineses, portanto, criticar Pequim "pode servir para algum objetivo político específico". "Mas o custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão da história."

"Ainda que Bolsonaro tenha imitado o presidente dos EUA ao ser vocal e ultrajante para captar a imaginação dos eleitores, não existe razão para que ele copie as políticas de Trump", alertaram os chineses. O jornal admite que existem especulações sobre o futuro das relações entre os dois países.

Bolsonaro, ao longo da campanha presidencial, criticou a China. Em fevereiro, ele ainda visitou Taiwan, o que deixou Pequim irritada. Sabendo que Bolsonaro poderia ser um forte concorrente para a Presidência, a embaixada chinesa enviou uma carta de protesto. Nela, Pequim expressava sua "profunda preocupação e indignação" e alertava que a visita era uma "afronta a soberania e integridade territorial da China" e "causa eventuais turbulências na Parceria Estratégica Global China-Brasil, na qual o intercâmbio partidário exerce um papel imprescindível".

Agora, segundo o editorial, empresários chineses operando no Brasil e autoridades em Pequim vão se colocar a pergunta: "até que ponto o próximo líder da maior economia da América Latina vai afetar a relação Brasil-China?"

"Essa é uma pergunta pertinente. Afinal, Bolsonaro é apresentado por alguns como um "Trump Tropical", uma pessoa de direita que não apenas endossa a agenda nacionalista de Trump, mas pode copiar uma página de seu guia", diz o texto. "Ele (Bolsonaro) prometeu dar preferências a acordos bilaterais e mudar a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém", indicou o texto do editorial.

"Além disso, ele se mostrou menos que amistoso em relação à China durante a campanha. Ele apresentou a China como um predador buscando dominar setores-chave da economia brasileira", destacou.

"Não é uma surpresa, portanto, que as pessoas estejam se questionando se Bolsonaro irá, como o presidente americano fez, dar um golpe substancial à relação mutuamente benéfica Brasil-China", insistiu.

Os chineses deixaram ainda claro que não acreditam que promessas feitas em campanhas eleitorais fiquem apenas pelo caminho antes do voto. "Ou que o Bolsonaro presidente coma naturalmente as palavras extremas do Bolsonaro candidato", alertam.

"Ainda assim, esperamos que quando ele assumir a liderança da oitava maior economia do mundo, Bolsonaro olhe de forma racional e objetiva para o estado das relações Brasil-China", disse. "Ele se daria conta que a China é seu maior mercado exportador e primeira fonte de superávit comercial", escreveu o jornal. "Mais importante: as duas economias são complementares e dificilmente competidores."

TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELA PETROBRAS BRASIL DESINTEGRA AS GARRAFAS PET


Petrobras desenvolve tecnologia para desintegrar garrafas PET

Agência Brasil










A produção mundial de garrafas PET é estimada em 50 milhões de toneladas por ano e o percentual de reciclagem é de 18%

Pesquisadores da Petrobras estão desenvolvendo um processo para acelerar a degradação do polímero que compõe as garrafas PET em até sete dias. A tecnologia do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) utiliza enzimas que possibilitam recuperar os componentes das garrafas, sob pressão e temperatura brandas.
Iniciados há quatro anos, os estudos obtidos já permitem “vislumbrar a viabilidade técnica de uma utilização desse processo em larga escala”.
Uma das maiores vilãs para o meio ambiente, principalmente para o ecossistema marinho, a produção mundial de garrafas PET é estimada em 50 milhões de toneladas por ano e o percentual de reciclagem é de 18%.
Volume de descarte
No Brasil, segundo dados do último censo da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), responsável pelo levantamento de estatísticas sobre plástico, o descarte de embalagens é de 550 mil toneladas por ano e a taxa de reciclagem da ordem de 51%.
“O que leva à conclusão de que a fração que hoje não é reciclada no país chega a um montante de resíduos de PET de 270 mil toneladas”.
A gerente de biotecnologia da Petrobras, Juliana Vaz Belivaqua, diz a tecnologia em desenvolvimento pode ajudar a reduzir a quantidades de resíduos decorrentes do descarte inadequado das garrafas.
"Através da biodespolimerização, ou seja, a desconstrução química de uma molécula com muitas unidades funcionais ligadas, até obtermos novamente essas unidades poderemos transformar completamente a cadeia do PET pós consumo, pois o que seria resíduo volta a ser matéria-prima”, disse.
A avaliação da gerente da Petrobras é que “dessa forma se evita o problema do acúmulo desse material em lixões ou no meio ambiente e se reduz a demanda por novas matérias-primas que são oriundas da petroquímica, reduzindo nossa pegada de carbono”.
Diante da preocupação com os danos, países como Alemanha, Áustria, Estados Unidos e Japão também estão desenvolvendo tecnologia semelhante.
Metodologia
No processo em estudo, as embalagens são coletadas após o uso por consumidores e levadas a um reator para reprocessamento do material.
“O método consiste na adição da enzima às embalagens moídas, em condições de reação adequadas para a atuação da enzima. O processo ocorre até o polímero se tornar novamente em suas unidades mínimas, que servem para a formação de novo PET em processo de reutilização na indústria petroquímica”, ressalta Juliana Belivaqua.
Em dezembro de 2017, a Petrobras assinou um termo de cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Através dessa parceria, será possível acelerar o desenvolvimento e elevar o grau de inovação e de maturidade da tecnologia. Atualmente, o projeto encontra-se em fase de otimização em laboratório e dentro de 3 anos deve ser testado em escala piloto.  "Só então teremos condição de avaliar o potencial econômico da tecnologia e planejar seu escalonamento para uma escala comercial", avaliou.
A gerente acrescentou que a reciclagem de plásticos atualmente utilizada é baseada em processos físicos e, por este método, os materiais não recuperam as propriedades do polímero original, gerando um produto de baixo valor. Já com a reciclagem biotecnológica com a tecnologia em desenvolvimento será permitido que o PET reciclado tenha exatamente as mesmas características do original.
Para a gerente de biotecnologia da Petrobras, no momento em que a tecnologia já tiver maturidade adequada, a companhia irá buscar parceiros para a implementação.

MADURO RETIRA EMBAIXADOR E FAZ DURAS CRÍTICAS AO BRASIL

  Brasil e Mundo ...