quarta-feira, 31 de outubro de 2018

NOVO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO VAI CRIAR SUPERMINISTÉRIO DA ECONONOMIA


Bolsonaro vai criar superministério da Economia com fusão de várias pastas

Agência Brasil









O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro confirmou a criação do superministério


Os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente serão fundidos no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), assim como as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio - formando este último o superministério da Economia. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (30), após reunião na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro.
O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro, Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, confirmou a criação do superministério, enquanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para Casa Civil, reiterou sobre a fusão do Meio Ambiente com a Agricultura.
Guedes e Onyx conversaram com os jornalistas após reunião, onde trataram sobre a formatação do governo e o início dos trabalhos da transição. Amanhã (31) Onyx deverá ir a Brasília para se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que coordena a equipe de transição do governo Temer.
Redução de ministérios
Onyx afirmou que o objetivo é reduzir de 29 ministério para 15 ou 16. Guedes acrescentou que a junção das pastas é importante para dar agilidade às decisões.
“Nós vamos salvar a indústria brasileira. Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos. Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros”, disse Guedes.
Guedes disse que o governo pretende simplificar e reduzir drasticamente o número de impostos. “Será uma abertura gradual. E a razão do Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da Economia é para justamente existir uma mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar e a turma do Ministério da Indústria e Comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser sincronizado, com uma orientação única."
Previdência
Ambos confirmaram também que o próprio presidente eleito que vai conduzir a discussão sobre a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência, quem comanda essa decisão é o presidente. O professor Paulo Guedes e toda equipe estão conversando com o presidente, que vai nos sinalizar”, disse Onyx.
Nessa segunda-feira (29) Bolsonaro, em entrevistas a emissoras de televisão, afirmou que pretende ir a Brasília na próxima semana quando se reunirá com o presidente Michel Temer e também pretende agilizar o debate sobre a reforma da Previdência.
Para Guedes, quanto mais rápido o processo avançar, melhor. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido melhor. Nós estamos atrasados, essa reforma podia ter sido feita lá atrás. Agora, existe um cálculo político”, observou.
Em seguida, o futuro ministro da Economia acrescentou: “Acho que, na parte econômica, nós devemos avançar o mais rápido possível. O nosso Onyx, corretamente, não quer que uma vitória nas urnas se transforme em uma confusão no Congresso”.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 31/10/2018


Segredos de Estado

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










Há um mês todo um andar do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funcionou a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, foi ocupada por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Secretaria Institucional (GSI) para a transição do Governo, e já se falava em Jair Bolsonaro como novo presidente. O trabalho sigiloso e de inteligência vinha acompanhando o candidato desde então. Assim como na Polícia Federal, que faz a escolta do agora presidente eleito, há informações de que ele corre risco de vida.
Detectores
Mais de 50 militares da Força Nacional de Segurança foram destacados para reforçar a proteção do CCBB durante a transição entre o atual governo Temer e o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Também foram instalados detectores de metais em todas as entradas do prédio e dos gabinetes.
O líder
O deputado Arthur Lira (AL), líder do PP, é o nome de Jair Bolsonaro para presidir a Câmara Federal.
BNDES
O atual presidente do BNDES, Diego Oliveira, está em campanha para tentar permanecer na presidência do banco. É um dos cargos mais visados do alto escalão, já que o BNDES é o terceiro maior banco de fomento do mundo. A permanência de Oliveira esbarra, no entanto, na determinação de Jair Bolsonaro para a nomeação de técnicos para o alto escalão.
Cotado 
O economista Carlos Da Costa, ex-diretor de Comércio Exterior do BNDES, primeiro a pedir demissão quando Diogo Oliveira se tornou presidente, é cotado para assumir a presidência do banco. Foi o responsável pelo maior planejamento estratégico nos últimos 40 anos quando era, então, diretor de Comércio Exterior. Costa também tem pensamento econômico liberal bem próximo a Paulo Guedes.
Expectativa 1
Quem será Levy Fidelix no Governo de Bolsonaro? O presidente do PRTB, partido do vice General Mourão, submergiu dos holofotes políticos há meses.
Expectativa 2 
O que será de Valdemar da Costa Neto, o dono do PR, sem o controle do Ministério dos Transportes e da Infraero a partir de Janeiro? Ele comanda nomeações há quase duas décadas no setor.
Expectativa 3
Vem aí Magno Malta, sem batina e bíblia na mão, o Orador-Geral da União.
Fundos 
Crítico dos fundos Partidário e de Financiamento de Campanhas, o presidente eleito pelo PSL, Jair Bolsonaro, somou cerca de 15% em recursos públicos no total de despesas nos dois turnos da campanha.
PSL & PRTB 
Conforme valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSL repassou R$ 339 mil à campanha vitoriosa de Bolsonaro. Outros R$ 24 mil foram transferidos pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), legenda do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Os dois fundos são irrigados com verbas públicas.
Lista de extradição 
Além do italiano Cesare Battisti, ex-ativista acusado de terrorismo na Itália e exilado no Brasil, o governo de Jair Bolsonaro já tem outros dois nomes na lista de extradição após a posse em janeiro.
Refugiados 
Os paraguaios Juan Arrom e Anuncio Martí, acusados de sequestro, receberam do governo brasileiro, em 2003, o status de refugiados e, desde então, não podem ser extraditados. Ontem, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, pediu a Bolsonaro, por meio do Twitter, a extradição da dupla.
Cultura
Maestro Nelson Niremberg, criador do Projeto Aquarius, nos anos 70, apoiador de Bolsonaro e de Wilson Witzel, entregou aos dois eleitos projetos para a área de cultura.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

O CANDIDATO DERROTADO FERNANDO HADDAD GASTA VINTE VEZES MAIS NA CAMPANHA POLÍTICA DO QUE O CANDIDATO VENCEDOR JAIR MESSIAS BOLSONARO


Campanha de Fernando Haddad gasta 20 vezes mais do que a de Bolsonaro

Agência Brasil









Derrotado no segundo turno da eleição presidencial, o petista Fernando Haddad gastou 20 vezes mais do que Jair Bolsonaro, na campanha eleitoral. Segundo dados disponíveis do portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Haddad declarou, até agora, despesas de R$ 34.400.867. Já Bolsonaro registrou na Justiça Eleitoral gastos de R$ 1.721.537.
Os valores arrecadados e aplicados nas campanhas são declarados pelos candidatos e partidos políticos à Justiça Eleitoral. Pelo calendário eleitoral, até o próximo dia 6 de novembro, é preciso apresentar as contas referentes ao primeiro turno. Já a prestação de contas do segundo turno tem de ser feita até 17 de novembro. As contas podem ser impugnadas até 20 de novembro.
Considerando a votação dos dois candidatos no segundo turno, cada voto de Haddad custou R$ 0,73 e de Bolsonaro, R$ 0,03. Ao final da apuração do segundo turno, Bolsonaro ficou com 57.797.847 votos (55,13%) e Haddad com 47.040.906 (44,87%). A prestação de contas disponível no TSE diz respeito à movimentação financeira das duas campanhas desde o primeiro turno.
Horário eleitoral
Segundo registro no TSE, o PSL arrecadou R$ 2.547.640, sendo R$ 2.162.152 de financiamento coletivo, o que representa 84,9% do total.  O restante foi de doações de pessoas físicas e dos dois partidos da coligação (PSL e PRTB).
A campanha de Bolsonaro investiu R$ 660 mil na produção de programas de rádio televisão e vídeo. Outros R$ 345 mil foram destinados às campanhas dos filhos de Bolsonaro, Flávio (RJ) e Eduardo (SP), e do aliado Hélio Bolsonaro (RJ).
O candidato vitorioso passou boa parte da campanha recolhido. No dia 6 de setembro, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro levou uma facada. O golpe foi desferido por Adélio Bispo de Oliveira, preso em flagrante e transferido para o presídio federal de Campos Grande (MS). Bolsonaro passou parte da campanha internado: teve alta no dia 29 de setembro.
Fundo especial
Conforme dados apresentados ao TSE, a campanha de Haddad arrecadou menos do que gastou. Foi declarada uma arrecadação de R$ 32.672.599 – 94,5% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), constituído por recursos públicos. O financiamento coletivo foi de R$ 621.896, e as doações pela internet chegaram a R$ 102.169.
Com uma despesa contratada de R$ 34.400.867, a diferença é de R$ 1.728.268. O principal gasto da campanha petista foi com a produção dos programas do horário eleitoral gratuito: R$ 4.814.600 pagos a M. Romano Comunicação. Outros R$ 4.700.000 destinaram-se ao aluguel de equipamentos e estrutura para gravação da propaganda eleitoral.
Parte da movimentação financeira da campanha petista foi feita quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o candidato e Haddad o vice. O PT declarou ao TSE uma arrecadação de R$ 20.599.420 referente a esse período, além de despesas de R$ 19.118.635. A procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, declarou que predirá o ressarcimento do valor correspondente ao fundo especial, que representa 97,1% do total arrecadado, de todos os candidatos julgados inelegíveis pela Justiça Eleitoral, inclusive Lula.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 30/10/2018


Do baixo clero à Presidência

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










Jair Bolsonaro foi eleito, em suma, com campanha pela internet e menos de R$ 3 milhões. Três fatores traduzem a vitória do capitão reformado do Exército como marco histórico na política brasileira. Deputado do chamado “baixo clero”, pavimentou a campanha vitoriosa nas redes sociais e, a despeito de denúncias, capitaneou milhares de militantes voluntários. Fez uma campanha enxuta, se comparada com as dos concorrentes, e liderou a arrecadação por meio do financiamento coletivo, chamado de “vaquinha”. Vítima de uma facada ainda no primeiro turno, quando tinha apenas 8 segundos de tempo de TV, Bolsonaro teve impulsionada sua exposição. O atentado também serviu de argumento para o candidato reforçar a defesa de duras medida para combater a insegurança.
Refluxo
Apesar da vitória, o refluxo da onda bolsonarista no segundo turno foi analisado nos últimos dias pelo próprio presidente eleito e coordenadores da campanha após a vitória nas urnas. Pesou a declaração do filho (Eduardo Bolsonaro) insinuando, em vídeo e em tom jocoso, o fechamento do Supremo Tribunal Federal.
Discurso 
O duro discurso de Bolsonaro, transmitido no ato promovido por apoiadores na avenida Paulista, também foi visto como tropeço desnecessário na reta final. O deputado prometeu “varrer do mapa esses bandidos vermelhos do Brasil”. O recuo em algumas propostas, como fusão de ministérios, pegou de surpresa bolsonaristas ortodoxos.

Erros 
Dirigentes petistas também elencaram os erros que levaram à derrota de Fernando Haddad. Um deles, a demora em admitir publicamente os erros do partido, além de falhas na articulação para chegar ao segundo turno com uma frente ampla de esquerda. 

Reinado
A derrota de Antônio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais sepulta de vez o reinado político de Aécio Neves no Estado. Fragilizado no PSDB após o escândalo do áudio com o dono da JBS, Joesley Batista, restou ao tucano o ostracismo do mandato na Câmara. Chega a Brasília apenas como o 19º deputado mais votado do Estado.

Mídia
Vice de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila disse “aproveitem a liberdade de imprensa”, mas é o seu PCdoB quem tem projeto de regulação da mídia na Câmara Federal. E criação de Conselho de Jornalistas... para eventuais punições.

MDB inédito
Caciques do MDB apostam na presidência do Senado para manter a força do partido no Congresso e, em situação inédita, fazer oposição ao Palácio do Planalto. Governista histórico, o MDB se aliou aos últimos governos – do PT e PSDB – em troca de ministérios e cargos.

Renan x Tebet
 Apesar da redução, o MDB permanece com a maior bancada no Senado, com 12 senadores. Dois deles despontam como eventuais candidatos: Renan Calheiros (AL) e Simone Tebet (MS). Renan está em plena campanha e conta, inclusive, com apoio da bancada do PT.

Fachada
Passadas as eleições, a força-tarefa do Ministério Público Eleitoral irá analisar as centenas de denúncias de fraudes relacionadas ao cumprimento das cotas para candidaturas femininas. São evidentes as suspeitas de candidaturas de fachada para cumprir a cota de 30% de mulheres candidatas determinada pela Justiça Eleitoral.

Panfletos 
Várias mulheres relataram ao MPE que não receberam nenhum recurso e acabaram se endividando na campanha. Outras disseram que receberam santinhos dos partidos, mas não tiveram recursos para contratar cabos eleitorais para distribuí-los.

Vida que segue
Jaques Wagner vai conhecer o novo gabinete no Senado, nesta terça, 30, em Brasília. Na quinta-feira, o ex-governador da Bahia vai visitar o presidente.

Memórias 
Neto do ex-governador Leonel Brizola, Carlito Brizola começou a organizar um livro de memórias sobre seu avô. Nascido no exílio da família, em 1978, no Uruguai, o filho do ex-deputado José Vicente Brizola e da jornalista Nereida Daudt adianta: “Anotei todas as histórias que ele contava. Agora, que a política passa por momento de obscurantismo, resolvi passar para o papel todas as lembranças”.

Homenagem 
Carlos Alberto Serpa, professor de Engenharia pela PUC do Rio, recebeu homenagem pelo Dia do Engenheiro concedida pelo Clube de Engenharia.

MADURO RETIRA EMBAIXADOR E FAZ DURAS CRÍTICAS AO BRASIL

  Brasil e Mundo ...