quarta-feira, 24 de outubro de 2018

NOVA PESQUISA ELEITORAL ENTRE OS PRESIDENCIÁVEIS BOLSONARO E HADDAD


Bolsonaro tem 57% dos votos válidos e Haddad chega a 43%, aponta pesquisa Ibope

Agência Brasil








A pesquisa entrevistou 3.010 pessoas nos dias 21 a 23 de outubro em 208 municípios


Em nova pesquisa divulgada pelo Instituto Ibope, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança, com 57% dos votos válidos (excluindo brancos, nulos e as pessoas que se manifestaram indecisas), contra 43% de Fernando Haddad (PT). No levantamento anterior, realizado no dia 15 de outubro, Bolsonaro havia registrado 59% e Haddad, 41% dos votos válidos. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Quando inclusos brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro caiu de 52% para 50% e Haddad se manteve em 37%. A diferença foi nos brancos e nulos, que passaram de 9% para 10%, e nos indecisos, que oscilaram de 2% para 3%.
Na avaliação sobre a certeza da preferência pelos candidatos, os que com certeza votariam em Bolsonaro eram 41% no levantamento anterior e agora são 37%. Os entrevistados que poderiam votar se mantiveram em 11%. E os que não votariam de jeito nenhum saíram de 35% para 40%. As pessoas ouvidas que disseram não conhecer o presidenciável do PSL permaneceram em 11%, e os que não souberam ou não quiseram opinar ficaram em 2%.
No caso de Haddad, os que manifestaram desejo de votar eram 28% e agora são 31%. Os que poderiam votar oscilaram de 11% para 12%. As pessoas que não votariam de jeito nenhum caíram de 47% para 41%. E os que preferiram não opinar ficaram em 2%.
A pesquisa entrevistou 3.010 pessoas nos dias 21 a 23 de outubro em 208 municípios. O levantamento foi encomendado pela Rede Globo e o jornal O Estado de S. Paulo. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BR07272/2018.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

CARAVANA DE IMIGRANTES ONDURENHOS É UM PROBLEMA PARA TRUMP E OS ESTADOS UNIDOS


Imigrantes de caravana que segue ao México recebem ajuda até os EUA

Estadão Conteúdo







Milhares de migrantes hondurenhos que esperam chegar aos Estados Unidos descansavam no domingo (21) sobre calçadas, bancos e praças públicas encharcadas da chuva na cidade de Tapachula, no sul do México, desgastados depois de mais um dia de caminhada sob o sol. Enquanto alguns se amontoavam sob uma cobertura de metal na praça principal da cidade, outros se deitavam exaustos ao ar livre, tendo apenas folhas de plástico para se proteger do chão encharcado. Alguns sequer tinham o plástico.

"Vamos dormir aqui na rua porque não temos mais nada", disse o hondurenho José Mejía, de 42 anos, pai de quatro filhos. "Temos que dormir na calçada e amanhã acordar e continuar andando. Vamos pegar um pedaço de plástico para nos cobrirmos se chover novamente."

Adela Echeverría, 52, mãe solteira de três filhos, chorou quando falou de sua situação. "Um dos meus colegas foi procurar algum plástico", disse. "Estamos acostumados a dormir assim, cuidando uns dos outros. Não queremos nos separar."

O avanço do grupo pelo território mexicano causou fortes críticas do presidente americano, Donald Trump, que voltou a atacar o Partido Democrata no domingo (21), pouco mais de duas semanas antes das eleições de meio de mandato no país.

Depois de culpar os democratas por "leis fracas" para imigração alguns dias antes, Trump se manifestou pelo Twitter. "As Caravanas são uma desgraça para o partido Democrata. Mudem as leis de imigração AGORA!" Em outro tuíte, o presidente disse que os migrantes não teriam permissão para entrar nos Estados Unidos.



O presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, sugeriu que EUA, Canadá e México elaborem um plano conjunto para financiar o desenvolvimento nas áreas pobres da América Central e do sul do México. "Desta forma, enfrentamos o fenômeno da migração, porque quem sai de sua cidade não sai por prazer, mas por necessidade", disse López Obrador, que assume o cargo em dezembro.

A caravana de imigrantes começou há mais de uma semana com menos de 200 participantes, mas tem atraído mais pessoas ao longo do caminho e, no domingo, já tinha cerca de 5 mil membros, depois que muitos conseguiram atravessar um ponto de bloqueio entre Guatemala e México. Ao fim do dia, autoridades guatemaltecas disseram que outro grupo, de cerca de 1.000 migrantes, havia entrado no país, vindo de Honduras.

Em entrevistas ao longo da jornada, os imigrantes afirmam que estão fugindo da violência generalizada, pobreza e corrupção em Honduras. Esta caravana é diferente das migrações em massa anteriores, tanto por seu volume quanto pela forma como começou - em grande parte, por meio do boca-a-boca espontâneo.

Ajuda

Os imigrantes têm recebido ajuda de moradores mexicanos nas regiões por onde passam, que oferecem comida, água e roupas. Além das doações, centenas de moradores dirigindo caminhonetes, vans e caminhões de carga ajudavam no trânsito, carregando alguns grupos.

A Defesa Civil do Estado de Chiapas, no sul do México, disse ter se oferecido para levar os imigrantes de ônibus para um abrigo montado por funcionários de imigração a cerca de 7 quilômetros de Tapachula, mas os migrantes recusaram, temendo ser deportados quando embarcassem.

O funcionário da Cruz Vermelha Ulises García disse que alguns imigrantes com ferimentos decorrentes da longa caminhada se recusaram a ser levados para clínicas ou hospitais porque não queriam deixar a caravana. "Tivemos pessoas com lesões no tornozelo ou no ombro, por quedas durante a viagem, mas eles temem ser detidos e deportados. Eles querem continuar seu caminho." García disse ter visto casos de pés inchados, lacerados e infeccionados. "Eles continuarão andando e seus pés não vão melhorar enquanto continuarem andando", disse.

O mexicano Jesús Valdivia, de Tuxtla Chico, foi um dos muitos que ofereceram sua picape para carregar de 10 a 20 migrantes por vez. "Você tem que ajudar o próximo. Hoje é para eles, amanhã para nós", disse, acrescentando que está recebendo um presente valioso daqueles que ajudou. "Aprendemos a valorizar o que eles não têm."

Além dos caminhões de carga, veículos menores, como tuc-tucs, carregados de passageiros, também ajudavam os imigrantes. A hondurenha Brenda Sánchez, que andava no caminhão de Valdivia com três sobrinhos de 10, 11 e 19 anos, expressou gratidão a "Deus e os mexicanos que nos ajudaram". Fonte: Associated Press

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