Quando o amor e a dependência se confundem
Simone
Demolinari
“Vivo passando dos
limites para salvar meus relacionamentos. Já gastei o dinheiro que eu não
tinha. Já fui atrás da pessoa em outra cidade só para fazer surpresa. Já fui na
porta da casa da menina que eu namorava para esperar ela chegar para conversar
comigo. Já rastejei parecendo que não tinha mais ninguém no mundo. Arrependi de
tudo. Mas, o pior, é que não paro de fazer. Mesmo a pessoa não merecendo me
humilho para ficar com ela. A impressão que eu tenho é que sempre gosto mais da
outra pessoa do que de mim”.
A dependência
emocional, muitas vezes confundida com amor, ocorre quando um indivíduo não
tolera a ideia de ser abandonado e passa a ter comportamentos de doação
ilimitada. Pessoas que se relacionam de forma apresentam algumas atitudes
peculiares, tais como:
–Acreditam que o
sucesso da relação está nas suas mãos; com isso, se sobrecarregam com a
responsabilidade de fazer as coisas darem certo.
–Vivem dividindo ou assumindo inteiramente a culpa em prol do bem estar do relacionamento.
–Geralmente se colocam em segundo plano privilegiando a vontade do outro.
–Tem dificuldade em reconhecer o próprio valor.
–Seus planos pessoais sempre envolvem a outra pessoa.
–Pro-atividade excessiva: estão sempre se prontificando a ajudar o outro (aparentemente por generosidade), mas o objetivo real é se tornar indispensável na vida do (a) parceiro (a).
–Se esforçam mais do que podem. Gastam o que não tem, compram presentes onerosos no intuito de agradar o outro.
–O amor vira uma obsessão. Se houver uma ameaça de abandono, a coisa piora.
–Ao final de uma relação, tentam de tudo para reatar, ao ponto de se humilharem.
–Acreditam que o “amor” autoriza tudo, inclusive comportamentos invasivos, escandalosos e inconsequentes. Acreditam que a justificativa: “fiz por amor” anistia todos os atos.
–Sentem que o esforço para controlar o outro é inútil, mas não conseguem deixar de fazê-lo.
–Se adaptam unilateralmente mas quase nunca tem reciprocidade.
–Tem a sensação de que, se não fosse a suas atitudes, a relação já teria se rompido;
–Tem consciência da infelicidade mas, mesmo assim, não conseguem desvincular-se.
–Vivem dividindo ou assumindo inteiramente a culpa em prol do bem estar do relacionamento.
–Geralmente se colocam em segundo plano privilegiando a vontade do outro.
–Tem dificuldade em reconhecer o próprio valor.
–Seus planos pessoais sempre envolvem a outra pessoa.
–Pro-atividade excessiva: estão sempre se prontificando a ajudar o outro (aparentemente por generosidade), mas o objetivo real é se tornar indispensável na vida do (a) parceiro (a).
–Se esforçam mais do que podem. Gastam o que não tem, compram presentes onerosos no intuito de agradar o outro.
–O amor vira uma obsessão. Se houver uma ameaça de abandono, a coisa piora.
–Ao final de uma relação, tentam de tudo para reatar, ao ponto de se humilharem.
–Acreditam que o “amor” autoriza tudo, inclusive comportamentos invasivos, escandalosos e inconsequentes. Acreditam que a justificativa: “fiz por amor” anistia todos os atos.
–Sentem que o esforço para controlar o outro é inútil, mas não conseguem deixar de fazê-lo.
–Se adaptam unilateralmente mas quase nunca tem reciprocidade.
–Tem a sensação de que, se não fosse a suas atitudes, a relação já teria se rompido;
–Tem consciência da infelicidade mas, mesmo assim, não conseguem desvincular-se.
É importante
ressaltar que existem dois tipos de dependentes: o genuíno e o ocasional. O
primeiro, devido a sua autoestima baixíssima, só sabe se relacionar dessa
maneira. Já o segundo, se torna dependente devido a uma relação abusiva. Nesse
caso, a insegurança aflora a dependência como um mecanismo de defesa, porém
quando mudam de parceiros (as) voltam a ter equilíbrio.
Seja por um motivo
ou por outro, um indivíduo dependente emocional, perde a autonomia sobre a
própria vida e entra num paradoxo perturbador de desejo e repulsa:
racionalmente repudia a situação, mas emocionalmente não consegue se
desvencilhar dela. É como um usuário de droga que sabe que sua vida está
descendo ladeira abaixo, mas não consegue abandonar o vício. Sair dessa prisão,
vai muito além da vontade. É preciso empenho para vencer a luta entre duas
forças poderosas: a razão, que sabe que a mudança é necessária, e a emoção, que
reage contra a decisão como um impulso involuntário.