sexta-feira, 10 de agosto de 2018

NESTA NOITE DO DIA 09/08/2018 FOI REALIZADO O PRIMEIRO DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS


Em debate presidencial morno, candidatos evitam confrontos

Rosiane Cunha










O primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República para as eleições de 2018 foi realizado pela TV Bandeirantes, na noite desta quinta-feira (9), em tom bastante morno, evitando confrontos diretos. Oito candidatos participaram do confronto: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, não participou porque não conseguiu autorização judicial para deixar a sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso desde o dia 7 de abril, pela condenação na operação "Lava Jato".
O debate, dividido em cinco blocos, foi mediado pelo jornalista Ricardo Boechat.
Na primeira parte, cada candidato respondeu a uma mesma pergunta e o tema escolhido foi a geração de empregos. Em seguida, cada candidato fez perguntas para o candidato da sua escolha.
Guilherme Boulos abriu a rodada acusando Jair Bolsonaro de empregar uma funcionária fantasma em seu gabinete. Bolsonaro se defendeu explicando que a funcionária não é fantasma e estava de férias.
Questionado por Gomes Gomes sobre a reforma trabalhista, Geraldo Alckmin defendeu as mudanças promovidas pelo Governo Temer.
Ciro Gomes prometou retirar mais de 60 milhões de pessoas endividadas do SPC. Alckimin defendeu um Estado regulador e com menos despesa com ajuste fiscal. Álvaro Dias perguntou a Bolsonaro sobre os altos indíces de violência, principalmente contra as mulheres, além da desigualdade salarial entre gêneros.
Em seguida, Bolsonaro defendeu castração química para os estupradores e disse que o Estado não deve interferir na questão da desigualdade de salários entre homens e mulheres. Álvaro Dias respondeu que a sua candidatura defende e valoriza as mulheres.

Após isso, foi a vez de Geraldo Alckmin e Marina Silva falarem sobre saúde. "A população mais pobre, principalmente as mulheres, são as que mais sofrem pela falta de um atendimento adequado", disse Marina, que promete aperfeiçoar o SUS. Já Alckmin promoteu avançar no saneamento básico e melhorar a rede hospitalar.
Mudando de pauta, Bolsonaro perguntou a Álvaro Dias sobre como o BNDES vai passar a agir em seu governo. "Os recursos do BNDES não vão construir o metrô da Venezuela, mas em Belo Horizonte", disse Dias.
2º bloco

O bloco seguinte do programa foi marcado pela rodada de perguntas dos jornalistas do Grupo Bandeirantes aos candidatos. Pelas regras, era permitido escolher um candidato para responder e outro para fazer uma réplica.
Para Marina Silva, a pergunta foi déficit nas contas públicas. Ela criticou o teto de gastos e defendeu a retomada da credibilidade e do crescimento, além de uma reforma da previdência. Meirelles disse que é preciso combater o endividamento e garantir inflação e juros menores e Marina Silva rebateu dizendo não vai apelar para as medidas "draconianas" do governo Temer.
Em nova rodada, Alckmin e Bolsonaro responderam a uma pergunta sobre segurança pública. Enquanto Alckmin disse que vai defender fronteiras, combater o crime organizado e formar uma guarda nacional, Bolsonaro defendeu que população possa comprar armas de forma livre.

Já Álvaro Dias e Cabo Daciolo responderam sobre violência contra as mulheres. Dias acabou desviando do tema, já Daciolo falou que o país precisa de mais "amor".
Assunto polêmico e de amplo debate, Ciro teve a oportunidade de responder questões sobre a reforma trabalhista. Ele disse que vai buscar diálogo com o movimento sindical. Cabo Daciolo disse que a crise econômica é uma farsa e defendeu uma auditoria da dívida pública.
Outro assunto em evidência e ainda mais polêmico atualmente, o aborto foi o tema de pergunta para Guilherme Boulos e Marina Silva. "Ninguém é a favor do aborto. Somos a favor que as mulheres tenham o direito de decidir", explicou o candidato do PSOL. Já Marina disse que esse é um tema complexo, que envolvem questões filosóficas, morais e religiosas. "Aborto não pode ser advogado como método contraceptivo, defendemos o planejamento familiar para que as mulheres não precisem recorrer a isso". Ela defendeu ainda um referendo para decidir sobre o tema.
Bolsonaro e Ciro falaram sobre educação. O primeiro defendeu o método de ensino dos colégios militares. Já Ciro Gomes falou que o Ceará, seu Estado, possui 77 das 100 melhores escolas do Brasil.
3º bloco

Na tentativa de esquentar mais o debate, o terceiro bloco foi marcado pelo confronto direto entre os candidatos, seguindo a ordem de sorteio. Cada político pôde ser perguntado até duas vezes.
Primeiro a ter a palavra no novo bloco, Álvaro Dias insistiu no tema da corrupção e questionou Alckmin sobre "Lava Jato". "Devemos reformar as instituições. Não é possível continuar com 35 partidos e termos votos proporcionais. Defendo voto distrital misto, o modelo alemão", disse o tucano.
Já Meirelles perguntou para Alckmin sobre o Bolsa Família. O tucanos disse que "é um ótimo programa" e prometeu mantê-lo.
Álvaro Dias reforçou que, caso eleito, convidará o juiz Sergio Moro para ser seu ministro da Justiça. Enquanto Bolsonaro e Cabo Daciolo fizeram discursos contra a classe política e se "venderam" como  "o novo".
Alckmin questinou Marina Silva sobre educação, que mais uma vez lembrou sua herança humilde e como mudou sua trajétória com os estudos. "Sou um milagre da educação, sei o que a educação pode fazer na vida das pessoas. Por isso, meu compromisso é inarredável", ressaltou Marina.
Boulos disse que Meirelles não é apenas o candidato do Temer. "Até porque aqui tem 50 tons de Temer", disse. "Eu sou o candidato do emprego", retrucou Meirelles, que mais uma vez lembrou de sua trajetória como presidente do Banco Central na era Lula.
Ciro perguntou para Bolsonaro como tirar 63 milhões de pessoas endividadas do SPC. Bolsonaro disse que pessoas honestas acreditaram no governo do PT e repetiu a pergunta: "Como você vai tirar essas pessoas do SPC?". Ciro falou em refinanciar dívidas.
4º bloco

O quarto bloco seguiu com mais uma rodada de perguntas dos jornalistas. Álvaro Dias voltou a falar de institucionalizar a "Lava Jato" e criar uma "tropa de choque de combate a corrupção". Já Cabo Daciolo prometeu que vai acabar com a impunidade. "Os maiores criminosos do país são engravatados", disse.
Após isso houve um confronto de ideias entre Boulos e Bolosonaro. "Cortar privilégios de militares... Que privilégios? Nós não temos fundo de garantia, não temos hora extra...", disse Bolsonaro. "Auxílio moradia, auxílio terno, auxílio viagem a Miami... Nós vamos enfrentar essa esculhambação", afirmou Boulos.
Já Alckmin falou em simplificação, correção das alíquotas e também em tributar lucros e dividendos, ao mesmo tempo que diminui impostos para o setor produtivo.

5º bloco
No quinto e último bloco cada candidato fez suas considerações finais. Ciro Gomes prometeu criar 2 milhões de empregos já no primeiro ano de governo. Boulos disse que tem um projeto novo para mudar o Brasil e repetiu "aqui não é o projeto dos 50 tons de Temer".
Já Marina destacou o papel do Estado e sobretudo da educação. "Nós não podemos ser o país que admira as exceções, temos que ser o país que admira as suas regras".
Jair Bolsonaro disse que era o único "honesto, patriota e com Deus no coração e prometeu que fará escolas sem ideologia de gênero. Álvaro Dias repetiu o tema da corrupção.
Cabo Daciolo aproveitou o tempo para ler uma passagem da Bíblia. E Alckmin deu enfoque para a redução do tamanho do Estado e da necessidade do ajuste fiscal. Meireles apelou para os seus feitos em 15 anos de trabalho, dizendo que o eleitor deve valorizar a experiência de governo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

CRESCE O NÚMERO DE GOLPES VIRTUAIS CONTRA EMPRESAS


Empresa reféns: novo golpe virtual impõe resgate para reaver dados sequestrados

Tatiana Moraes







Empresas com sistemas de rede vulneráveis são alvos de novo golpe virtual que tem consequências danosas – e caras – no mundo real. Chamada ransomware, o crime consiste no sequestro dos dados das companhias dos mais variados portes e até mesmo de pessoas físicas. Para ter acesso às informações novamente, empresários precisam pagar resgate aos criminosos. Em um dos casos, o valor chegou a R$ 400 mil. O golpe é um dos mais comuns da atualidade, segundo o delegado responsável pela delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos de Belo Horizonte, Felipe Carvalho.
Normalmente, os bandidos criptografam o banco de dados das empresas. Assim fica impossível encontrar nome do cliente, valor da venda ou o número da nota fiscal, por exemplo. Em alguns casos, as quadrilhas conseguem, até mesmo, acessar remotamente alguns pontos das companhias. Se o ar condicionado é controlado via internet, é possível que até ele fique bloqueado.
A senha para “destravar” a empresa só é cedida após pagamento do resgate, normalmente em bitcoin. A moeda virtual custa cerca R$ 30 mil cada e faz parte de um sistema financeiro alternativo, difícil de rastrear.
“Eles costumam cobrar dois ou três bitcoins. Depende do tamanho da empresa”, afirma o consultor da Associação Brasileira de Tecnologia da Informação em Minas Gerais (Assespro-MG) e advogado especialista em direito digital, Frederico Félix.
Na avaliação de economistas do Serasa Experian, a retomada econômica e o aumento do crédito no mercado estão entre os fatores que contribuem para o crescimento das fraudes virtuais. Além da melhora econômica, o delegado Felipe Carvalho afirma que a quantidade de crimes virtuais aumenta à medida que há elevação no número de usuários de internet.
Mercado crescente

Segundo dados da Teleco Consultoria, 67% dos brasileiros tinham acesso à internet em 2017. O índice é 26 pontos percentuais superior ao registrado em 2010. A disponibilidade de internet mais ágil também foi ampliada. No período de 12 meses, de julho de 2017 a junho de 2018, 1.417 novas cidades foram conectadas ao 4G, o que corresponde a um crescimento de 53%.
“Hoje, 160 milhões de pessoas usam a internet. Como são mais pessoas usando a ferramenta, existe chance maior de elas serem alvos de bandidos”, diz o delegado. A quantidade de casos registrados em Belo Horizonte ainda não é estimada. “É uma cifra negra”, afirma.
Segurança
Para evitar a instalação de um ransonware na empresa, a saída é endurecer o sistema de segurança virtual. “Treinar funcionários e instaurar senhas fortes é fundamental para não cair nas mãos de golpistas”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Parajo. A principal dica, ainda de acordo com ele, é fazer backup periodicamente.
Conforme o especialista, há duas formas de ataque. Na primeira, e mais comum, funcionários recebem um e-mail com um arquivo aparentemente inofensivo, como um documento em pdf ou foto. Ao clicar no anexo, um arquivo é executado a empresa é invadida. Em outros casos, hackers invadem o sistema quebrando a senha de acesso. O pedido de resgate pode ser enviado por e-mail ou, até mesmo, como mensagem de alerta na tela do computador.
Em um ataque recente, um badalado restaurante teve todos os dados comprom etidos por um hacker. “Lista de reservas sumiu, contabilidade foi apagada, relação de estoque também. Não era possível abrir a casa”, conta. O restaurante não quis ser identificado.
“Normalmente, os ladrões de dados utilizam diferentes técnicas para conseguir isso como phishing, engenharia social e até acesso a sites de comando e controle. A partir do domínio do dispositivo do cliente, é possível multiplicar esse controle como se tornar administrador de toda rede ou compartilhar arquivos confidenciais, entre muitas outras possibilidades ruins”, explica Rodolfo Mendes, especialista em segurança da informação da IT-One.

Cresce o número de denúncias em delegacia da capital
Todos os dias, pelo menos 40 pessoas procuram a delegacia especializada em crimes cibernéticos de Belo Horizonte. Embora o ransomware encabece a lista dos crimes virtuais, as fraudes são as mais diversas, conforme afirma o delegado Felipe Carvalho. “Os crimes são os mais inimagináveis”, diz o delegado.
A relações públicas Flávia Pestana está entre as pessoas que procuraram a delegacia depois de ser lesada. Após ver um anúncio no Instagram, no mês passado, ela comprou um kit com 30 refeições fit. Antes de fazer a aquisição, Flávia pesquisou o Facebook da empresa, que possuía boas avaliações, e o site da companhia, que aparentava ser extremamente profissional.
Toda a conversa foi realizada pelas redes sociais. Depois do depósito feito, a entrega das refeições foi agendada algumas vezes, sem sucesso. “Eu ficava esperando, desmarcava reuniões na empresa, mas a entrega nunca era feita. Até que cancelei o pedido e pedi o reembolso, conforme prevê a lei”, diz.

Mal sabia Flávia que o perfil no Instagram e a empresa renomada não tinham ligação. “A pessoa copiou o nome de uma empresa de São Paulo. Copiou as fotos, a logomarca, tudo. Quando entrei em contato com a empresa para reclamar, disseram que não existia filial em Belo Horizonte. Foi aí que eu descobri que tinha caído em um golpe”, afirma.
A pessoa que se apresentava como proprietária da empresa concordou com a devolução do dinheiro, mas até o fechamento desta edição não havia feito o reembolso. “Ela fez o mesmo com pelo menos outras três pessoas”, afirma.
Conforme o gerente do Procon Assembleia, Gilberto Dias de Souza, a relações públicas também pode acionar a Delegacia de Defesa ao Consumidor. “Neste caso, a pessoa lesada sabe quem cometeu a fraude. Por isso, conseguimos notifica-la. No entanto, na maioria das vezes quem comete a fraude usa documentos falsos e não aparece em momento nenhum”, diz.




A NASA VAI EXPLORAR O SOL - VELOCIDADE DA SONDA PARKER 692.000 KM/H


Sonda Parker será lançada com o objetivo de 'tocar o Sol'

Agence France Presse








A sonda Parker será lançada com o objetivo de "tocar o Sol" e responder dúvidas de cientistas


Dotada com um escudo de alta tecnologia para protegê-la do intenso calor, a sonda Parker será lançada no sábado (11) com o objetivo de "tocar o Sol" e tentar responder a uma pergunta que instiga os cientistas: por que sua coroa é infinitamente mais quente que sua superfície?
A sonda, que decolará no sábado de Cabo Canaveral, Flórida, será o primeiro objeto construído pelo homem para lidar com as condições infernais desta parte da atmosfera do Sol, e a passará 24 vezes a 6,2 milhões de quilômetros da sua superfície durante os sete anos que a missão está prevista para durar.
Para sobreviver, a nave está equipada com um escudo composto de carbono de 12 centímetros de espessura que deve protegê-la de uma temperatura de 1.400 graus - suficiente para fundir o silício - e manter funcionando os instrumentos científicos a cômodos 29 graus.
Estes instrumentos devem permitir medir as partículas de alta energia, as flutuações magnéticas e fazer imagens para compreender melhor esta coroa, que é "um ambiente muito estranho, desconhecido para nós", diz Alex Young, um especialista no Sol da Nasa.
De fato, a observação à distância chegou ao seu limite, diz Nicky Fox, membro do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins e responsável científica da missão.
"Temos que ir aonde isto ocorre, onde acontecem todas estas coisas misteriosas", diz.
Quanto mais longe, mais quente
Diferentemente de uma fogueira, onde a parte mais quente está no centro, a temperatura aumenta à medida que você se afasta do Sol.
"Quando você passa da superfície do Sol, que está a 5.500 graus Celsius, para a coroa, nos encontramos rapidamente a milhões de graus", explica Young.
O especialistas espera que Parker, a única nave da Nasa que leva o nome de um cientista ainda vivo - o famoso astrólogo de 91 anos Eugene Parker -, ajude a dar respostas ao que a Nasa chama de o "problema do aquecimento da coroa".
O assunto também é importante para prever melhor o clima espacial.
As tempestades solares chegam a ser sentidas até na Terra, onde podem perturbar o funcionamento da rede elétrica, mas também provocar falhas nos satélites que orbitam o planeta ou inclusive pôr em perigo a vida dos astronautas.
"É tão importante para nós sermos capazes de prever o clima espacial como de prever o clima na Terra", afirma Young.
Parker, que se tornará a nave espacial mais rápida construída pelo homem, com uma velocidade máxima de 692.000 km/h, deve decolar em 11 de agosto da base espacial em Cabo Canaveral às 03H48 (04H48 em Brasília).
O veículo, que tem o tamanho de um automóvel e custou 1,5 bilhão de dólares, já está instalado na parte superior do foguete Delta IV-Heavy, que o levará ao espaço.

DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

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