terça-feira, 7 de agosto de 2018

CANDIDATOS AO GOVERNO DE MINAS GERAIS


Sete pré-candidatos são oficializados na corrida pelo governo de Minas

Lucas Simões e Rafaela Matias









Com o fim das convenções e os adversários definidos, começa pra valer a batalha política de 2018

Ao final da maratona das convenções partidárias, finalizadas ontem, os mineiros terão no jogo eleitoral sete pré-candidatos ao governo de Minas Gerais. É a primeira vez, desde a redemo-cratização, que o pleito não será polarizado. Estão no páreo o petista Fernando Pimentel, que tenta a reeleição, o senador Antonio Anastasia (PSDB), o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), João Mares Guia (Rede), Romeu Zema (Novo) e Dirlene Marques (PSOL).

O número de pré-candidatos pode ser alterado devido à situação eleitoral de Lacerda. Vetado pelo PSB, ele entrou na Justiça, mas pode desistir da empreitada.

Como o imbróglio envolvendo Lacerda ainda não teve um desfecho, muitos partidos, de médio e pequeno portes, decidiram postergar a definição sobre coligações para o prazo final de registro das candidaturas: 15 de agosto. Eles poderão fortalecer os palanques dos pré-candidatos já oficializados.

DEM

Também apresentando-se como via alternativa, o deputado federal Rodrigo Pacheco foi lançado pré-candidato do DEM ao Palácio da Liberdade em convenção ontem. Pacheco prometeu não desistir no meio do caminho. “O fato é que a política de Minas nos últimos dias andou muito tumultuada, há vários partidos que não se definiram. No momento, nós vamos buscar novas coligações e conversas com partidos que, a partir da frustração da candidatura de Marcio Lacerda, possam se realinhar”, afirmou.

PT

Na convenção petista realizada ontem, em Venda Nova, o governador Fernando Pimentel (PT) foi escolhido pré-candidato à reeleição e a ex-presidente Dilma Rousseff será o nome do partido para o Senado. Assim como no plano nacional, a escolha do vice foi postergada.

Na convenção, foi lida uma carta do ex-presidente Lula, escrita do cárcere, em Curitiba, e repleta de críticas, especialmente ao senador Aécio Neves (PSDB), que confirmou pré-candidatura a deputado federal. “Aécio Neves, que chegou a pedir recontagem de votos, após perder em 2014, está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receita indigesta nem para presidente, nem para governador, nem para o Senado, nem para deputado federal”, diz trecho da carta.

Fernando Pimentel também endossou o coro pela candidatura de Lula. “O povo vai votar em quem está do lado dele. Foi o povo que elegeu Dilma duas vezes e o Lula. E vai eleger de novo. Não importa se ele está preso”, disse o governador.

A convenção do PT foi marcada por críticas aos tucanos. Anastasia foi oficializado no fim de semana anterior, em 24 de julho, também com críticas ao rival.

Após guerra de decisões judiciais, Lacerda pode abrir mão em prol de chapa proporcional

O acordo nacional entre PSB e PT, que propôs a retirada da candidatura de Marcio Lacerda em Minas Gerais para apoiar a reeleição do petista Fernando Pimentel, ainda gera expectativa no cenário eleitoral. Isso porque, após uma rodada de negociações com o PSB nacional, Lacerda disse, em Brasília, em entrevista ao Uol, que, além da pré-candidatura dele, está em jogo a composição das chapas para deputados.

Ele admitiu que entrar com novos processos judiciais poderia inviabilizar os pré-candidatos do partido nas chapas proporcionais. “Isso criaria um caos no sentido de não ter candidato nenhum, a nada em Minas, nem a deputado. Não é essa nossa intenção”, afirmou. Mesmo assim, o ex-prefeito ainda tentava convencer o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a voltar atrás e liberar a pré-candidatura. Até o fechamento desta edição, o encontro não havia terminado.

Hoje, estão marcadas novas rodadas de negociações. O fim de semana foi de batalha jurídica entre Lacerda e o PSB nacional. Ontem, à noite, o ex-prefeito informou que não pretendia mais ir à Justiça.







MEDIDAS PROTECIONISTAS DO EUA PODEM AFETAR O BRASIL


Medidas protecionistas norte-americanas preocupam Brasil a médio prazo

Agência Brasil









Segundo Jorge, eventuais impactos nas exportações brasileiras só serão sentidos depois de 2019

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, disse nesta segunda-feira (6), ao participar de almoço-debate organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), na capital paulista, que as medidas protecionistas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump preocupam o governo brasileiro pelo risco de causar algum tipo de prejuízo a médio prazo. Segundo ele, eventuais impactos nas exportações brasileiras só serão sentidos depois de 2019.
O ministro citou como exemplo a soja, cuja produção brasileira concorre com a dos Estados Unidos na disputa do mercado consumidor na China. Segundo ele, até o momento, as exportações brasileiras do produto não foram prejudicadas e o país tem colocado seu produto na China a um preço basicamente similar ao que vinha exportando antes da medida de Trump.
Uma das preocupações, de acordo com Marcos Jorge, é que a China importe mais soja brasileira e o mercado interno seja desabastecido, encarecendo os preços do produtor nacional. “Aos exportarmos um volume maior [da soja], poderia faltar o insumo internamente para produção de ração ou aumentar internamente o valor para a produção importante como é a carne, o que poderia tirar nossa competitividade [de exportação da carne a preços competitivos]”, afirmou.
Jorge ressaltou que o governo brasileiro defende um equilíbrio comercial entre os países, salientando que qualquer desequilíbrio decorrente de uma medida protecionista pode trazer outros efeitos indesejados para as exportações brasileiras.
“Ao protegermos qualquer mercado, diminuímos a corrente de comércio mundial e estamos também diminuindo as exportações como um todo no mundo. Isso não é efeito desejável no Brasil, que tem focado em aumentar as suas exportações. O que defendemos e continuaremos defendendo é que não haja qualquer tipo de restrição ao comércio internacional, primando sempre pelo multilateralismo”, afirmou.
De acordo com o ministro, o presidente Michel Temer discutiu com o presidente da China, Xi Jinping, durante reunião na 10ª Cúpula do Brics, em julho, em Joanesburgo, África do Sul, a possibilidade de o governo chinês abrir uma cota para importação de produtos do beneficiamento da soja, como óleo e grão moído. “O governo está atento, nós temos feito o trabalho necessário para que não tenhamos eventualmente qualquer tipo de prejuízo para as nossas exportações”.

13 CANDIDATOS IRÃO DISPUTAR AS ELEIÇÕES PRESIDENCIÁVEIS DO BRASIL


Eleição presidencial terá o maior número de candidatos em 29 anos

Agência Brasil











As convenções partidárias confirmaram 13 candidatos à Presidência da República – o segundo maior número desde 1989, quando foram 22 concorrentes, já que o comunicador Silvio Santos teve a candidatura impugnada. Neste período, somente o PSDB e o PT disputaram todas as eleições presidenciais com candidatos próprios.
Partido com maior número de filiados – 2,4 milhões -, o MDB não tinha candidatura própria há quatro eleições. Depois que o ex-governador de São Paulo e ex-presidente do partido, Orestes Quércia, ficou em quarto lugar na disputa de 1994, o MDB transitou entre chapas do PSDB e do PT – legendas que monopolizaram as eleições desde aquele ano.
Após o lançamento do Plano Real, o tucano Fernando Henrique Cardoso venceu a eleição no primeiro turno em 1994, com 54,3% dos votos. Naquele ano, o cardiologista Eneas Carneiro (morto em 2007), conhecido pelo discurso agressivo e o bordão “meu nome é Eneas”, surpreendeu o país conquistando cerca de 4,6 milhões de votos, mais do que Quércia e do que o pedetista Leonel Brizola (morto em 2004).
Em 1998, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito, novamente vencendo no primeiro turno, com 53% dos votos. Naquele ano, 12 candidatos participaram da eleição presidencial. As eleições de 2002 marcaram o começo da hegemonia do PT: foram quatro vitórias seguidas, todas contra o PSDB.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito e reeleito em 2002 e 2006. Depois, Dilma Rousseff conquistou o Palácio do Planalto em 2010 e foi reeleita em 2014, mas não completou o mandato.
Nas quatro últimas eleições presidenciais, a decisão veio no segundo turno.
Veja quem são os candidatos a presidente nas eleições 2018:
Álvaro Dias (Podemos) 
O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de “refundar a República”.
Ele vai compor a chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.

Cabo Daciolo (Patriota)
A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice é Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal.
Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero.
Ciro Gomes (PDT)
O PDT confirmou, no dia 20 de julho, a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido. A chapa é composta com a senadora Kátia Abreu (PDT-TO).
Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou, nesse sábado (4), a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.
No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país e recuperar a "dignidade roubada" dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.
Guilherme Boulos (PSOL)
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado, no dia 21 de julho, como candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente.
Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
Henrique Meirelles (MDB)
O MDB confirmou, no dia 2 de agosto, o nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, como candidato à Presidência da República. O partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.
Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano.
Jair Bolsonaro (PSL)
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado, no dia 22 de julho, como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo PSL. O vice é o general Hamilton Mourão, do PRTB.
Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato prometeu ainda privatizar estatais.
João Amoêdo (Partido Novo)
João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista, no dia 4 de agosto. O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento.
João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.
João Goulart Filho (PPL)
O PPL lançou, no dia 5 de agosto, João Goulart Filho como candidato à Presidência da República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve mandato presidencial, de 1961 a 1964, interrompido pela golpe militar. É a primeira vez que João Goulart Filho concorre ao cargo.
O candidato a vice é Léo Alves, professor da Universidade Católica de Brasília. Algumas propostas do candidato são a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança nacional.
José Maria Eymael (DC)
O partido Democracia Cristã (DC) confirmou, no dia 28 de julho, durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente.
Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT. O vice é o petista Fernando Haddad, que foi ministro da Educação e prefeito de São Paulo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu, na convenção, uma carta escrita por Lula, onde ele afirmou que "querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas".
Marina Silva (Rede)
A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro.
A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.
Vera Lúcia (PSTU)
Em convenção nacional, o PSTU oficializou, no dia 20 de julho, a candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista.
De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora.
O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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