terça-feira, 5 de junho de 2018

EFEITOS DA GREVE DOS CAMINHONEIROS ATINGE A INDÚSTRIA


Fiemg prevê demissões na indústria; reoneração da folha atingirá 191 mil empresas

Evaldo Magalhães






O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, admitiu ontem que os efeitos da greve dos caminhoneiros para a indústria local podem levar à demissão de trabalhadores, justamente num momento em que o setor vinha registrando recuperação, mesmo que tímida, dos níveis de emprego.
Os motivos seriam não apenas as incertezas geradas entre empresários e investidores e os prejuízos financeiros acarretados de imediato pela greve da semana passada – estimados, por enquanto, em cerca de R$ 12 bilhões para a economia estadual e em R$ 2,5 bilhões apenas na indústria.
Entrariam na equação, segundo Roscoe, medidas propostas pelo governo federal para compensar a redução de impostos sobre o preço do litro de óleo diesel em R$ 0,46. Especialmente, a reoneração da folha de pagamento de diversos setores e a redução da alíquota do Reintegra, programa que devolvia 2% do valor exportado em produtos manufaturados através de créditos de PIS/Cofins e cujo percentual passa agora para 0,1%.
“Tudo leva a crer que vai haver perda de competitividade da indústria mineira e isso pode acarretar em demissões”, afirmou Roscoe. Segundo ele, em relação à reoneração da folha, em Minas, mais de 191 mil empresas devem ser atingidas. Juntas, elas representam uma massa salarial de R$ 3,5 bilhões e 1,7 milhão de trabalhadores. Apenas na indústria de transformação, são, no Estado, 23,8 mil empresas, com R$ 10 bilhões de massa salarial e 442 mil empregos.
“Julgamos a decisão quanto ao Reintegra equivocada, pois ela vai diminuir a dinâmica das exportações brasileiras, reduzir a competitividade no exterior e, consequentemente, a capacidade do Brasil de gerar renda e empregos de melhor qualidade”, ressaltou.
“Já a reoneração da folha vem impactar diversos segmentos que têm concorrentes importados, caso de parte da indústria de Minas, e isso vai provocar prejuízos para todos”, acrescentou.
Em razão da greve dos caminhoneiros, disse ainda Roscoe, somente na arrecadação de ICMS industrial, em Minas, o Estado deixou de receber cerca de R$ 530 milhões com a queda da produção e de vendas no período. “E em alguns setores, a recuperação vai demorar, o que deve continuar comprometendo essa arrecadação”, afirmou.

PIB
A Fiemg anunciou, também ontem, revisão para baixo da estimativa de produção física da indústria mineira em 2018, de 3,3% para -1,5%. As razões são a greve dos caminhoneiros e fatores como a elevação das tarifas da Cemig –de 35% para consumidores de alta tensão.
A entidade destacou que a recuperação econômica ainda é bastante oscilante e a projeção de queda na produção de 2018 é explicada pelo mau desempenho, sobretudo, da indústria extrativa.
Já a projeção para o PIB de Minas foi revista de 2,6% para 1,2%. Ela se justifica também pelo impacto negativo da paralisação dos caminhoneiros, associado à frustração da retomada da produção da Samarco, à estratégia da Vale de redirecionar a atividade de extração mineral para o Pará, à interrupção das atividades da Anglo American no Estado, ao aumento da incerteza política e à redução dos níveis de confiança de empresários e investidores.


TRUMP PODE CONCEDER PERDÃO A ELE MESMO CASO SEJA ACUSADO DE CRIME


Tenho 'direito absoluto' de conceder perdão presidencial a mim mesmo, diz Trump

Estadão Conteúdo










O presidente dos EUA usou as redes sociais para desabafar sobre a investigação do conselheiro especial Robert Mueller

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (4) possuir o "direito absoluto" de conceder um perdão presidencial a si mesmo na hipótese de a investigação do conselheiro especial Robert Mueller implicá-lo em práticas irregulares, como a de obstrução de justiça, no caso sobre interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016.

"Assim como foi constatado por numerosos acadêmicos da área legal, eu tenho o direito absoluto de PERDOAR a mim mesmo, mas por que eu faria isso se eu não fiz nada de errado? Enquanto isso, a Caça às Bruxas sem fim, liderada por 13 Democratas muito Raivosos e Conflituosos (& outros), continua eleições legislativas adentro!", escreveu Trump em sua conta no Twitter, referindo-se à apuração conduzida por Mueller.

No domingo (3), Rudy Giuliani, um dos advogados pessoais de Trump, disse que o presidente poderia legalmente conceder um perdão a si mesmo. "Não há nada que limite o poder presidencial de perdão por um crime federal", ele alegou, acrescentando, contudo, que esse cenário seria "impensável" e "levaria a provavelmente um impeachment imediato". (Com informações da Dow Jones Newswires)



The appointment of the Special Counsel is totally UNCONSTITUTIONAL! Despite that, we play the game because I, unlike the Democrats, have done nothing wrong!

COLUNA ESPLANADA DO DIA 05/06/2018


Dilma sem espaço

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








A ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment, mas manteve inéditos direitos políticos, está na berlinda. Já reconhece a próximos que não sabe se vai disputar a eleição. Ao transferir o domicílio eleitoral de Porto Alegre para Belo Horizonte e iniciar tratativas para se lançar ao Senado, deixou o aliado governador Fernando Pimentel em passo de guerra com MDB e outros partidos, que articulam os nomes para a chapa ao Senado. Ao ser indagada por contato da Coluna sobre o impasse, Dilma respondeu no seu melhor estilo confuso: “Estou me guardando para quando o Carnaval chegar”.
Comentário: Não tinha voto no Rio Grande do Sul, onde mora, vai ter voto aqui em Minas Gerais – Duvido!

Mensageira
Mais uma de Lula direta da cadeia: Dilma lerá mensagem do ex-presidente detento na próxima sexta, em ato em Contagem, na região metropolitana de BH.
Compasso de espera
Os caminhoneiros voltaram a se mobilizar em pontos estratégicos das capitais e rodovias. Sem a baixa de R$ 0,46 do litro diesel na bomba (!!), voltam a greve.
Democracia Social
O ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) encontrou-se com o vereador Eduardo Suplicy (PT) e acertaram para julho a realização de um seminário sobre a renda básica. Segundo o petista, o seminário terá especialistas e economistas de diferentes partidos.
Time plural
O escrete contará com Fernando Haddad (Fundação Perseu Abramo), Mangabeira Unger (Fundação Leonel Brizola), Tatiana Roque (Fundação Lauro Campos, do PSOL) e Ricardo Paes e Barros (ligado à Rede), além de nomes do Instituto Ayrton Senna. Acontecerá na sede da Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
Soberania
O presidente do PDT, Carlos Lupi, lançará manifesto em defesa da Petrobras, pela soberania nacional - um dos pontos do programa do presidenciável Ciro Gomes. Mas vale lembrar que a petroleira é de capital aberto - o Governo detém 51%.
Rainha da boleia
Diferente dos colegas de bancada, a deputada Shéridan (PSDB-RR) não poupa elogios ao movimento grevista: “É uma paralisação digna: somos todos caminhoneiros”.
Despedida
Pedro Parente já frequentava mais o conselho da BRF, onde deve assumir a presidência do grupo, do que a petroleira. Por isso os dez membros do Conselho de Administração da Petrobras deixaram a última reunião do colegiado, na terça, com a impressão que se confirmaria na sexta: o pedido de demissão.
Bonde aéreo
O deputado Flaviano Melo (MDB-AC) avisa que não vai devolver aos cofres públicos o valor de R$ 38,6 mil do fretamento de um avião com recursos da verba indenizatória para transportar colegas do partido em visita a dez municípios do Acre.
Lupa neles!
O uso dos recursos foi revelado pela entidade Operação Política Supervisiona, que entregou abaixo-assinado à presidência da Câmara exigindo o ressarcimento.
Balaiada..
Em meio aos contratempos causados pela greve (suspensa) dos caminhoneiros, a Câmara Federal lança exposição sobre a História da Balaiada, revolta ocorrida no Maranhão e Piauí, entre 1838 e 1841, contra os grandes proprietários rurais da região.
.. e Brasil, 2018
A mostra, no corredor de acesso ao Plenário, pode ser visita até o dia 18 de julho. “Descontentes com a miséria, a fome e os maus-tratos, pessoas de diferentes extratos sociais foram à luta contra injustiças sociais”. Bem pertinente.
Mundo atento
“A crise de desconfiança gera desinteresse pela política, mas isso não significa que a população está alheia ao que acontece no País”. A frase é de Gilles Lipovestky, cientista social francês, em entrevista ao informe do Conselho Federal de Administração. O pensador vem a Brasília abrir o Fórum de Gestão Pública do CFA, de quarta a sexta.
Barretão, 90
A Casa França-Brasil no Rio promoverá homenagem ao cineasta Luís Carlos Barreto pelos seus 90 de vida e 70 de carreira, em exposição de curadoria de Jesus Chediak.
Correção
Ao contrário do publicado no sábado, os caças Mirage, aposentados pela FAB, são de origem francesa, e não russa.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

INFELIZMENTE ESSES SENHORES MARQUETEIROS É QUE GANHAM AS ELEIÇÕES NO BRASIL


Postulantes ao governo de Minas abrem disputa por marqueteiros, os 'senhores da imagem'

Lucas Simões








Cacá Moreno foi sondado pela equipe de Marcio Lacerda, enquanto Juarez Amorim pode ajudar o PSDB de Anastasia

Ainda que a campanha para as eleições só comece a esquentar a partir de agosto, quando estão autorizadas as propagandas em rádio e TV, nos bastidores do xadrez político mineiro os candidatos ao Palácio da Liberdade se adiantam em uma verdadeira caçada pelos melhores marqueteiros.
Mesmo sem nome cravado para comandar a campanha à reeleição, o governador Fernando Pimentel (PT) buscou consultoria, em fevereiro, com o cientista político Felipe Nunes, coordenador do Centro de Estudos do Legislativo (CEL) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Anteriormente, Nunes prestou consultorias para as campanhas que elegeram Dilma Rousseff e o próprio Pimentel, em 2014. À frente da empresa Quaest Pesquisa e Estratégia, o cientista político é referência em análise de dados a partir das movimentações nas redes sociais e contribuiu com o monitoramento das redes em campanhas do PT, PSDB e PTdoB (atual Avante) em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Justamente pela experiência de Nunes com as redes sociais, alguns caciques petistas colocam o nome dele como um dos preferidos do governador.
“Hoje, não tem como ignorar que a internet tem papel fundamental na disputa. É preciso saber diariamente como as redes reagem ao candidato, mas não pretendemos disputar marqueteiro com o PT”, disse um deputado da base governista.
Mesmo tendo prestado consultoria a Pimentel, Nunes não confirma vínculo com a campanha petista. “Isso é comum, pode acontecer com vários partidos que acionam os meus serviços, mas não tem nada fechado”, disse Nunes.
Nos bastidores, alguns tucanos também demonstraram simpatia pelas consultorias do cientista político, ainda que Nunes não tenha sido procurado pelo partido. “É um campo que nos interessa, claro, principalmente por unir consultoria de campanha e redes sociais. Mas é algo a ser tratado pessoalmente pelo Anastasia”, disse o presidente do PSDB em Minas, Domingos Sávio.

Ninho
Entre os tucanos, um nome forte que tem sido ventilado é o de Juarez Amorim, ex-dirigente estadual do PPS, também com passagens pela direção da Copasa e da Urbel, e que integrou a campanha de Anastasia em 2010.
“Qualquer nome que se diga agora não pode ser levado a sério. O senador Anastasia tem cuidado pessoalmente dessa questão, vai ser uma escolha dele, pessoal, e não a partir de alguma disputa no mercado”, desconversou o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB), um dos mais próximos a Anastasia.

MDB
Uma estratégia bem diferente tem adotado o MDB, que tem no presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, o principal nome para concorrer ao governo do Estado.
O deputado estadual Iran Barbosa (MDB), articulador das sondagens com possíveis marqueteiros, afirmou que o partido está com acordo “quase certo” com o jornalista alagoano Jorge Oliveira, responsável pela campanha que elegeu Paulo Hartung (MDB) ao governo do Espírito Santo.
Na última eleição, em 2014, contratado às pressas por Hartung, Oliveira teve uma semana para modificar a campanha e conseguiu a vitória sobre o candidato Renato Casagrande (PSB). “O Jorge é nosso nome preferido porque, além da experiência, sabe lidar com prazos curtos”, disse o deputado Iran Barbosa.
Além disso, o MDB também tem a intenção de trazer algum nome de peso da equipe que elegeu o prefeito da capital Alexandre Kalil (PHS), como Paulo Vasconcelos, que trabalhou nas campanhas dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia, ou o publicitário Cacá Moreno. “Estamos parecendo time de futebol antes dos campeonatos. Queremos os melhores nomes e, precisando trazer de fora do Estado, vamos trazer. Estamos de olho em quem fez um bom trabalho para eleger candidatos pelo país nas duas últimas eleições, principalmente”, justificou o deputado.
O marqueteiro Cacá Moreno também tem sido sondado pela equipe do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), uma vez que o publicitário levou o socialista a vencer o pleito de 2012 contra o petista Patrus Ananias.
Mesmo tendo boa relação com Lacerda, um entrave à escolha do marqueteiro é o fato de ele ainda prestar serviços à Prefeitura de Belo Horizonte, após ter contribuído com a campanha de Alexandre Kalil. Apesar disso, o assessor de comunicação de Lacerda, Regis Souto, diz que não há definição sobre um marqueteiro específico. “Nem sabemos se haverá essa figura na campanha do Marcio”.
Já o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) deve repetir a parceria com o marqueteiro Roberto Hilton, da agência de publicidade mineira JBIS, responsável por elaborar sua estratégia de campanha à Prefeitura de Belo Horizonte, em 2016. “É um nome em que tenho confiança. Trabalhei com ele na última campanha e começaram algumas conversas. Mas não temos nada definido, até porque a estratégia adotada pelo partido também precisa ser finalizada”, diz o deputado federal Rodrigo Pacheco.
Pequenos
Entre os partidos menores, muito além da figura de um marqueteiro, os candidatos têm buscado formação própria em estratégias de marketing e, dentro de suas possibilidades, vêm tentando reinventar o fazer político sem publicitários ou comunicadores renomados.
É o caso do Solidariedade, que apresentou um curso de mídias sociais para os 116 pré-candidatos da legenda neste pleito. O presidente do partido em Minas Gerais, Luiz Carlos Miranda, confirmou que somente no Estado foram realizadas 30 reuniões este ano para definir estratégias políticas de campanha.
Em fevereiro, um grande encontro na capital paulista reuniu mais de 15 especialistas em redes sociais para treinar os políticos, incluindo o pré-candidato ao governo, Dinis Pinheiro.
“É uma diretriz nacional do partido que os próprios candidatos tenham noções de marketing, possam saber como lidar com as redes sociais e a potencialidade do mundo digital. Não sabemos se teremos um marqueteiro ainda, então, essa formação é essencial”, dz Luiz Carlos.
De maneira similar, o candidato Romeu Zema (Novo) não vai investir na tradicional figura do marqueteiro. Com uma equipe enxuta, de cerca de 10 pessoas, as principais diretrizes de campanha têm sido decididas pelo próprio empresário. Após viajar 75 cidades do Estado e com a meta de chegar em 300 municípios até outubro, Zema aposta no corpo a corpo aliado às redes sociais para fazer barulho no pleito estadual.
“Não queremos fazer uma campanha convencional. Apesar de o jogo ser muito desigual, não acreditamos que estrutura gigante de marketing signifique boas políticas e boas propostas. Nossa ideia não é emergencial, é um projeto a longo prazo, de as pessoas entenderem uma forma mais orgânica de fazer política, no corpo a corpo”, diz o candidato.
Também rejeitando a presença de um marqueteiro, a campanha do empresário, sociólogo e ex-secretário de Educação de Minas Gerais João Batista Mares Guia (Rede) tem sido alimentada basicamente por voluntários, segundo o pré-candidato.
Com uma equipe composta por cerca de 15 pessoas, Mares Guia dispõe de um publicitário, um jornalista, uma especialista em marketing, além de um setor jurídico que analisa demandas burocráticas da campanha. Ainda que mantenha uma equipe razoável, ele rejeita a possibilidade de procurar um marqueteiro com renome.
“Esse tipo de abordagem do marqueteiro, que trabalha com o que as pessoas querem ouvir, nós não vamos trabalhar. Todos os 15 colaboradores da minha campanha são amigos próximos, sendo a maioria deles voluntários”, disse.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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