Maioria da 2ª
Turma do STF nega recurso para soltar Lula
Agência Brasil
Lula está preso na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril
O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (9) contra
o recurso no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede para ser
solto.
Mendes acompanhou o
voto do relator, ministro Edson Fachin, que negou provimento ao recurso. O
ministro Dias Toffoli também rejeitou o pedido. Com isso, há maioria para que
Lula continue preso.
Em seu voto, Gilmar
Mendes destacou que concorda com a tese de que a execução de pena após
condenação em segunda instância não é obrigatória, mas somente possível, sendo
necessário, para que ocorra, que a medida esteja bem fundamentada por quem a
determina.
Ele afirmou, porém,
que o caso específico de Lula “foi apreciada e julgada no plenário desta
Corte”, ao se referir à negativa de um habeas corpus do ex-presidente pelo STF
no início de abril.
Plenário virtual
O julgamento, iniciado na última sexta-feira (4), ocorre no plenário virtual. O prazo para que seja concluída a análise do recurso termina amanhã, às 23h59.
O julgamento, iniciado na última sexta-feira (4), ocorre no plenário virtual. O prazo para que seja concluída a análise do recurso termina amanhã, às 23h59.
Participam do
julgamento os cinco ministros que compõem a Segunda Turma do STF. Além de
Fachin, Mendes e Toffoli, restam votar os ministros Ricardo Lewandowski e Celso
de Mello. É possível que um dos dois faça pedido de vista ou destaque, hipótese
na qual o processo deverá passar a ser discutido presencialmente.
No julgamento
virtual, os ministros apresentam seus votos pelo sistema eletrônico sem se
reunirem presencialmente. O plenário virtual funciona 24 horas por dia e os
ministros podem acessar de qualquer lugar. Se algum ministro não apresentar o
voto até o fim do prazo, será considerado voto com o relator.
Tríplex em Guarujá
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelo crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). Na ordem de prisão, o magistrado disse que o trâmite do processo na segunda instância já havia se encerrado.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelo crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). Na ordem de prisão, o magistrado disse que o trâmite do processo na segunda instância já havia se encerrado.
No recurso que está
sendo julgado, a defesa de Lula rebate Moro, sustentando que o juiz não poderia
ter executado a pena porque não houve esgotamento dos recursos no Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF), segunda instância da Justiça Federal.
Para os advogados, o
entendimento atual do Supremo, que autoriza as prisões após segunda instância,
deve ser aplicado somente após o trânsito em julgado no TRF4, o que não
ocorreu, pois ainda se encontram pendentes de análise final a admissibilidade
dos recursos especial e extraordinário.
Os advogados também
pedem que o ex-presidente possa aguardar em liberdade o fim de todos os
recursos judiciais possíveis.