sexta-feira, 16 de março de 2018

QUEDA DE PASSARELA NOS EUA DEIXA MORTOS



FLÓRIDA
Queda de passarela em Miami deixa quatro mortos

Bombeiros comunicaram mais cedo que oito veículos ficaram presos sob os escombros e oito pessoas foram hospitalizadas






A passarela ligava a Florida International University (FIU) à cidade de Sweetwater, a oeste de Miami

AFP
Uma passarela caiu nessa quinta-feira (15) sobre uma grande avenida da cidade de Miami, na Flórida, destruindo carros e deixando ao menos quatro mortos, segundo as autoridades.
"Encontramos quatro pessoas mortas", disse o chefe dos bombeiros do condado de Miami-Dade, Dave Downey, em entrevista coletiva.
Maurice Kemp, vice-prefeito regional, informou que as buscas nos escombros da passarela prosseguem. "Os socorristas estão trabalhando fervorosamente para determinar quantas vítimas há e para resgatar quem for possível".
"Muitos socorristas correram para salvar vidas. Obrigado a todos por sua coragem. Rezarei esta noite pelas vítimas", tuitou o presidente Donald Trump.
Os bombeiros comunicaram mais cedo que oito veículos ficaram presos sob os escombros e oito pessoas foram hospitalizadas.
Já o cirurgião Mark McKenney, do Centro Médico Regional de Kendall, informou que recebeu 10 feridos, sendo dois em estado crítico. Os demais se mantêm estáveis, acrescentou.
"Os carros estão completamente esmagados", disse à CNN Isabella Carrasco, que chegou ao local logo após o acidente. "Era possível ver pessoas nos carros e um monte de escombros por todas as partes".
A passarela ligava a Florida International University (FIU) à cidade de Sweetwater, a oeste de Miami.
De 970 toneladas e 88 metros, a passarela foi concluída no sábado, mas sua abertura ao público estava prevista para o início do próximo ano.
"O que deveria ser uma parte icônica e estável da conectividade entre a cidade e a universidade se converteu em uma tragédia nacional", declarou o prefeito de Sweetwater, Orlando López.
"Estou devastado pela notícia do colapso da passarela na rua 8 e a consequente devastação", disse o presidente da FIU, Mark Rosenberg.
Imagens da TV local mostraram socorristas trabalhando para retirar pessoas presas sob os escombros.
Lynnell Collins contou à CNN que estava guiando e pronto para virar à direita "quando tudo caiu".
"Abandonei meu carro, como outras pessoas, e saímos correndo. Começamos a ajudar as pessoas cujos veículos estavam menos destruídos e que podiam sair facilmente".
A passarela foi construída pelas empresas MCM Construction e FIGG Bridge Design.
A MCM Construction informou em sua página no Facebook que ao menos uma pessoa morreu e várias estão feridas.
"Estamos chocados com o colapso da passarela", escreveu o FIGG Engineering Group. "Colaboraremos completamente com todas as autoridades para verificar o que ocorreu".
O bureau para a segurança dos transportes em Washington informou que está enviando uma equipe ao local do acidente.
Na Casa Branca, a porta-voz Sarah Sanders disse que o presidente Donald Trump acompanha a situação e oferecerá "toda a ajuda necessária".
A passarela, que custou 14,2 milhões de dólares, foi instalada com um método acelerado que utiliza um sistema modular, para reduzir as interrupções no tráfego.

FIM DA CONTRIBUIÇÃO OBRIGATÓRIA PARA OS SINDICATOS



Sem imposto, presidente do TST diz que sindicatos terão de se virar sozinhos

Estadão Conteúdo








A posição do novo presidente do TST vai na contramão da expectativa de alguns sindicalistas que esperavam apoio a uma eventual contribuição voluntária a ser regulamentada em lei

O novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Batista Brito Pereira, defende que, com o fim do imposto sindical obrigatório, os sindicatos terão de se virar sozinhos. Na primeira entrevista desde que assumiu a instância máxima da Justiça do Trabalho, em fevereiro, o magistrado afirmou que as entidades que representam os trabalhadores terão de usar a "inteligência" para se financiar. "Eles precisam adotar medidas para sobreviver e são os trabalhadores que decidem (se querem contribuir com o sindicato ou não)."

A posição do novo presidente do TST vai na contramão da expectativa de alguns sindicalistas que esperavam apoio a uma eventual contribuição voluntária a ser regulamentada em lei. Na entrevista concedida ao Estadão/Broadcast, Brito Pereira defendeu a autorregulação e também rejeitou a avaliação de que há fragilidade nas entidades sindicais. A seguir, os principais trechos da entrevista.

A reforma trabalhista alterou profundamente a maneira com que os sindicatos são financiados. Sem dinheiro, algumas entidades até anunciaram corte de pessoal. O senhor está preocupado com o financiamento sindical?

Do mesmo jeito que me preocupo com fortalecimento da Justiça do Trabalho, também desejo o fortalecimento das entidades sindicais. Entidades sindicais de empregados e empregadores são, sem dúvida nenhuma, um dos pilares que sustentam a estabilidade das relações e, portanto, precisam ser fortes. Sem a arrecadação, eles podem não ser fortes. O que acontece é que a arrecadação está no seio da autocomposicao, da autogovernança, e sindicatos têm autonomia para isso.

Mas como garantir o financiamento nesse sistema de autogestão? 

Pois é, isso é da inteligência das entidades sindicais. Está submetida apenas a eles (sindicatos) a autoridade e a autonomia. Não cabe a mim ou a quem quer que seja fazer juízo de valor sobre se estão bem ou se não estão bem. Eles precisam adotar as medidas legais e estruturais para sobreviver e são os trabalhadores que decidem. Se os trabalhadores decidem e o ambiente é livre, não vejo que se possa de longe censurar ou emitir juízo de valor. Eu quero ver a paz entre eles e, para isso, sindicatos são os bons atores.

Mas há reclamação. Será que falta engajamento do trabalhador? 

O trabalhador já está bem ambientado com isso. Em qualquer cidade de médio ou pequeno porte, se vê sindicatos realizando assembleias no clube ou salão da igreja. A globalização levou o conhecimento de tudo. O sindicato de uma cidade pequena sabe as teses debatidas no ABC paulista. Estão muito orientados. E eu já não compreendo mais como é que se pode admitir que um sindicato é tão frágil na negociação. Não é. Os trabalhadores estão muito bem preparados e o Brasil precisa disso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/03/2018



Maia monta staff

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







Articulações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, evidenciam que ele consolida a cada dia a sua candidatura à Presidência do Brasil sem blefe. Na segunda, em Belo Horizonte, Maia anuncia o deputado federal Rodrigo Pacheco - que se filia ao DEM - como um dos coordenadores da sua campanha ao Planalto. O novo presidente do partido, ACM Neto, também comporá o staff e cuidará da agenda no Nordeste.

Olho no Ondina
ACM Neto decidirá na segunda se sai como candidato ao Governo da Bahia ou a vice na chapa de Maia - o que será muito improvável, apesar de sugestão de aliados.

Menino do Rio
Ciro Gomes se reúne hoje na Lapa com brizolistas veteranos que fundaram a Juventude Socialista do PDT nos anos 80. Fará caminhada por uma rua para testar popularidade.

‘Homem’ do Ratinho
O jornalista conservador Paulo Martins recusou o PSL de Bolsonaro e o Patriota. Será candidato ao Senado pelo PSC do Paraná. O apresentador Ratinho é seu chefe.

Lotação na UTI
O edital anterior ‘Mais Médicos’ ano passado - o relativo a mais cursos de medicina - teve 39 cidades com cursos aprovados. Destas, 10 ainda não obtiveram as portarias de homologação, o que causou a paralisação das disciplinas nas faculdades. E o Ministério da Educação lança dia 25 um novo edital.

#pertodopovo
A ABRIG, Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais - que atua para legalizar o lobby - propôs ao Governo uma aproximação do Congresso e Executivo com a sociedade através de mesas de debates. O presidente da entidade, Guilherme Costa, visitou o ministro Eliseu Padilha no Palácio.

É do povo
A deputada Érika Kokay (PT-DF) aproveitou a sessão em homenagem aos 157 anos da Caixa para engrossar o coro antipriva-tização. Mas Temer não quer mexer com isso.

Pé na estrada
Com a ‘Caravana da Guerreira’, Roseana Sarney visita 30 cidades do Maranhão na tentativa de voltar ao Governo. O irmão Zequinha Sarney disputará o Senado.

Memorial Sarney
Circula em grupos de whatsApp no Maranhão uma provocação ao Governo Flávio Dino, feita por ‘sarneyzistas’. Cita que, dos 50 anos de eventual domínio da família Sarney, 31 foram de governos de ex-aliados. É que Sarney rompeu com a maioria, no início de seus governos, como nos casos de Pedro Neiva, Castelo, Cafeteira, Rocha e Zé Reinaldo.

Cupido eleitoral 
Continua até abril o assédio de parte do PSB sobre o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, para disputar pelo menos o Senado no Rio. O líder do partido na Câmara, Júlio Delgado, lembra a frase de Rodrigo Janot: “Enquanto houver bambu, vai ter flecha”.

Zerou o caixa
A CPI do BNDES terminou como começou: sem avanços. Foram sete meses que se resumiram a coleta de depoimentos, recusas de documentos por parte de órgãos acionados pela comissão e nenhum pedido de indiciamento.

Lobby
No parecer final, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), sai em defesa do lobby: “Em si, a atividade de lobby não é ilegítima. Ocorre no Congresso, nos ministérios e até mesmo no Judiciário. O que é ilegítimo é a corrupção”.

quinta-feira, 15 de março de 2018

NÃO HÁ CRIME INSOLÚVEL



Papel higiênico e bituca levam PF a identificar bandidos

Estadão Conteúdo










A identificação é resultado do trabalho inédito dos peritos criminais do laboratório de genética forense do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF

Os DNAs achados em um cabo de barbeador, num gargalo de garrafa de cerveja, na bituca de um cigarro, numa toalha, em uma xícara e em um pedaço de papel higiênico usado levaram a Polícia Federal a identificar sete membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) que participaram do assalto à empresa de transporte de valores Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai. Um policial e três bandidos morreram em abril de 2017 no roubo, considerado o maior da história do país pelas autoridades paraguaias.

A identificação é resultado do trabalho inédito dos peritos criminais do laboratório de genética forense do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF. Embora não abra informações sigilosas sobre os bandidos, o perito Ronaldo Carneiro, responsável pelo laboratório, afirma que é a primeira vez que esse tipo de tecnologia é utilizada em uma investigação contra uma grande organização criminosa ligada ao narcotráfico. Esses e outros vestígios foram apreendidos em uma casa no bairro San José, perto da sede da Prosegur, usada como "quartel-general" pelos criminosos.

Esse material revelou que ao menos 32 pessoas, entre elas os 7 identificados até o momento, participaram do assalto. Com cenas cinematográficas, o roubo terminou com pelo menos 19 carros incendiados nas redondezas da empresa, disparos de armas pesadas, como metralhadoras ponto 50 (capaz de abater helicópteros), além de explosões que derrubaram parte do prédio da Prosegur.

À época, a polícia paraguaia chegou a divulgar que cerca de US$ 40 milhões (R$ 130 milhões) teriam sido roubados. A empresa, porém, declarou oficialmente ao Ministério Público que o valor subtraído foi de US$ 11,7 milhões (cerca de R$ 38 milhões) em dinheiro em espécie - cédulas de dólares, reais e guaranis, a moeda paraguaia - e cheques. Só U$ 1,5 milhão (R$ 4,9 milhões) foi recuperado.

Processo

O mapeamento do DNA foi feito de três formas. No caso dos suspeitos que haviam sido presos logo após o crime, na tentativa de fuga, o trabalho dos peritos foi comparar os perfis genéticos achados nos vestígios com os coletados dos suspeitos na hora da prisão.

A reportagem apurou que essa confirmação serviu para que a Justiça mantivesse na cadeia José Roberto Monteiro, Alex Sandro Santos, José Luis Cardozo Almeida e Denílson Moreira Días. Outros dois bandidos mortos no confronto com a polícia também foram identificados como autores do assalto dessa forma. São eles: Claudinei Luciano Pereira e Dyego Santos Silva.

Já Alcides Pereira da Silva Júnior, apontado como um dos líderes, foi identificado graças à integração entre o banco de dados de perfis genéticos da PF com a Rede Integrada de Bancos de Dados de Perfis Genéticos, que armazena os dados da Polícia Federal e de outros 19 bancos estaduais. Sob responsabilidade do Ministério da Justiça, a rede foi acionada assim que os peritos em genética forense terminaram o procedimento laboratorial.

Dias após o assalto, ao inserir essas informações na rede, os peritos receberam a informação de que aquele perfil genético havia sido achado na cena de outro crime, no Estado de São Paulo em 2013. Após a confirmação sobre a relação do DNA dos dois crimes, descobriram que o perfil genético era idêntico ao de Silva Júnior, preso um dia após o roubo no Paraguai, ao tentar viajar com documento falso em Cascavel (PR).

O próximo passo, diz Carneiro, é esperar para que novos perfis genéticos a serem coletados em outras cenas de crime sejam incluídos na rede nacional para que as 25 pessoas que frequentaram o imóvel dos bandidos sejam identificadas.

Denúncia

O Ministério Público (MP) do Paraguai deve apresentar até maio a denúncia formal à Justiça. A ideia é pedir transferência de competência para que os criminosos sejam processados no Paraguai, porque o Brasil não tem acordo de extradição e os suspeitos têm pendências com a Justiça brasileira, o que reduz a possibilidade de eles serem julgados lá.

Os nove suspeitos foram indiciados por roubo com morte e associação criminosa, puníveis com 8 a 30 anos de cadeia. Também foi indiciado o argentino Néstor Bustamante, que não tem vínculos claros com o PCC, mas forneceu a casa onde o bando preparou a ação.

Ritmo acelerado

Uma mudança no modelo de trabalho dos peritos de genética forense do Instituto Nacional de Criminalística (INC) permitiu à Polícia Federal mapear os 32 perfis genéticos nos vestígios encontrados na mansão alugada pelo PCC no Paraguai. Segundo o perito Ronaldo Carneiro, responsável pela área de perícias, para dar uma resposta rápida ao pedido dos investigadores foi criada uma força-tarefa e o trabalho se desenvolveu como uma linha de montagem industrial.

Assim que os vestígios chegaram ao INC, a equipe de 12 peritos se dividiu em três grupos. O primeiro ficou responsável por abrir todos os vestígios e, com base neles, criar uma amostra. O segundo grupo se encarregou de todo o processo laboratorial de elaboração do perfil genético. Esses peritos extraem o DNA dos vestígios, descobrem se há quantidade necessária para análise, ampliam o material para facilitar a leitura e o inserem no equipamento que traça o perfil genético.

Já a terceira equipe coloca os dados no banco de dados federal e produz o laudo que, posteriormente, é usado como prova no processo judicial. "O laboratório se transformou em uma linha de produção. Com a especialização das equipes, conseguimos analisar mais de 300 vestígios - em casos normais são, no máximo, 5. Analisamos no caso Prosegur (a quantidade) de material com que trabalhamos em quase todos os casos do ano", diz Carneiro.

Segundo o delegado Fabiano Bordignon, chefe da PF de Foz do Iguaçu, a identificação só foi possível pelo trabalho integrado entre as forças de segurança brasileira e paraguaia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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