Símbolo de força
Simone
Demolinari
Crescemos ouvindo que mulher é sexo frágil, mas não é isso que vemos
acontecer. Na prática o que temos são grandes exemplos de força:
- Resiliência para
conviver diariamente com o preconceito e o machismo que oprime e
discrimina, e ainda assim, continuar lutando pelos seus direitos
incansavelmente;
- Convivem com assédio de rua e mesmo assim continuam seu caminho sem esmorecer
ou desanimar
- Enfrentam as diversas barreiras impostas pelo mercado de trabalho ainda
desigual;
- Criam filhos, muitas vezes sozinhas, pois são abandonadas pelos seus
companheiros;
- São múltiplas: trabalham fora, cuidam dos pais, dos filhos, da casa e de si
mesmas;
- Possuem generosidade genuína que lhes permitem se doarem em prol da família;
- São capazes de esconder um sofrimento para poupar aqueles que amam;
- Tem um mundo mais unissex e menos preconceituoso;
- Aprendem, desde cedo, através das cólicas menstruais, a não se abater com a
dor. Com isso conseguem trabalhar, estudar, namorar e até ir a uma festa, mesmo
sentindo dor. Se isso é ser frágil, não sei o que é ser forte!
- O que muitos consideram fragilidade, é na verdade sensibilidade, o que também
é uma característica positiva. É da sensibilidade aguçada que nasce a empatia.
Característica muito desenvolvida nas mulheres.
Jogo de cintura
Mulheres desenvolvem autocontrole e equilíbrio emocional para lidar com
situações constrangedoras:
- Um chefe que tece
elogios de forma dúbia e intimidadora;
- A “competência” que muitas vezes é medida pela aparência física;
- Ter que trocar de roupa para não ser alvo de cantadas;
- Lidar em ambientes de trabalho que condicionam promoções profissionais ao
sexo;
- Conviver com o boicote profissional após negar as cantadas do chefe;
Especialmente
corajosas
Mulheres dispõem de uma coragem especial para ousar, ir além e ainda incentivar
o outro:
- São elas que
encorajam o homem a casar e a assumir compromisso de formar uma família;
- São elas que, corajosamente, decidem engravidar e gerar um filho;
- Também são elas que lutam para que os pais participem mais da criação
dos filhos;
- São elas que perdoam com mais facilidade uma traição;
- E, novamente, são elas que, quando a vida conjugal vai mal, decidem se
separar;
- E depois disso tudo, ainda encontram coragem para recomeçar.
Todo esse universo
de força e coragem é reconhecido e comemorado hoje. Porém, é preciso ir além
dos cumprimentos e das flores. Parabenizar sua esposa, filha, namorada,
funcionária, mas continuar com posturas preconceituosas, sexistas e opressoras,
é hipocrisia!
As homenagens são
muito bem vindas, mas elas precisam acontecer diariamente sob forma de respeito
e valorização e não de um simples “parabéns”.