sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 23/02/2018



Pacote legislativo

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







Relator no Senado do decreto de intervenção na Segurança do Estado do Rio de Janeiro, o senador Eduardo Lopes (PRB) elenca à Coluna quatro tópicos com os quais propõe a Casa trabalhar junto ao Planalto, pensando no país e não apenas no caso do Rio: Garantia de dinheiro permanente para o Exército; Alteração na regra de repasse do Fundo de Participação Estadual e Municipal; Mudanças na Lei 8.666, das licitações, para que prefeituras e Estados possam assinar contratos de emergência na área de Segurança. De imediato, Lopes propõe a criação do Observatório do Congresso.

Vaivém do cofre
“O Rio é o segundo em tamanho em repasses para a União (prefeitura + Estado) e o 26º no ranking (municípios) de verbas recebidas”, reclama o senador carioca.
Rubrica certa
Lopes propõe alterar a regra dos repasses para Estados de forma que a União priorize liberação de verbas do FPE para ações de Segurança Pública.
Comitê
Lula da Silva, que peita a Justiça e se lançou ao Palácio ontem, já tem staff de campanha. O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira inaugurou comitê informal em BH.
Amorim na praia
O ex-chanceler Celso Amorim é o candidato do PT para o Governo do Rio este ano, sem concorrentes internos. A decisão foi de Lula. Amorim tem participado de reuniões com militância e simpatizantes do partido, em casas de amigos, e visitado o diretório.
PT redivivo
Mas Wadih Damous, deputado federal, alerta: “O PT precisa recriar sua imagem, se reinventar, antes de qualquer campanha”. Ex-presidente da OAB-RJ, o advogado Wadih foi o maior defensor de Dilma Rousseff na tribuna da Câmara.
Fiquei, gente
Mal deixou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que ocupou por oito anos, o dilmista Jorge Bastos foi nomeado pelo presidente Michel Temer para o Conselho da República. Bastos foi um dos mentores do bilionário e engavetado trem-bala Rio-São Paulo, cujo projeto custou alguns milhões aos cofres públicos.
Caesar em Brasília
O Caesar vai construir resort com cassino em Brasília, caso os jogos sejam legalizados. A executiva Jan Jones, vice-presidente da rede, tem repetido isso a brasileiros nos EUA.
Poker em alta
O juiz Victor Garms Gonçalves, da 1ª Vara de Palmital (SP), sentenciou numa ação que Poker não é jogo de azar, mas sim de ‘matemática e psicologia comportamental’.
Memória do QG
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, admitiu em audiência no Senado, em junho passado, o fracasso da ocupação de 14 meses na favela da Maré, no Rio: “Assim que saímos, em uma semana o crime retornou com a mesma força”.
Discurso do medo
O PT aproveita a intervenção no Rio de Janeiro para reavivar o discurso do “medo”. Presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado, a senadora Regina Sousa (PI) ventila: “O perigo é os generais gostarem da brincadeira”.
Calma, cabra
O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), recorreu a um termo chulo ao criticar o Judiciário e comentar a desistência da indicação de Cristiane Brasil para o comando do Ministério do Trabalho: “Sacanagem”.
Japinha oculto
Ministro do Trabalho, Helton Yomura ficou na dele, quieto, enquanto a indicada Cristiane Brasil falava pelos cotovelos. Yomura não teve compromissos nos últimos 20 dias de acordo com a agenda oficial. Despachou no gabinete no dia 1º fevereiro, quando recebeu o presidente da Nova Central Sindical. Se deu bem e foi oficializado.
Tiro de festim
Com dor de cotovelo pelos poucos dias de ministro da Justiça, Eugênio Aragão, o ex-ocupante do cargo na gestão Dilma, resume a intervenção militar na segurança do Rio: “Tiro de festim” e “placebo”. Segundo Aragão, a medida não passa de “discurso simbólico” para esconder o fracasso de Temer na reforma da Previdência.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A PROCURA PELAS UNIVERSIDADES CAEM AO INVÉS DE AUMENTAR



Um terço dos convocados para a UFMG renuncia à vaga na maior federal de Minas

Malú Damázio









Ao todo, 6.639 vagas foram ofertadas pela UFMG pelo Sisu

Três em cada dez aprovados na UFMG abriram mão de ocupar uma vaga na instituição em 2018. Os estudantes convocados na primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) não se matricularam, deixando a oportunidade para outros candidatos. Dentre os cursos com maior número de desistências estão alguns dos mais concorridos na universidade, como direito, enfermagem, odontologia e medicina.
Campeã nacional de inscrições no Sisu – assim como no ano passado –, a UFMG já convocou 1.839 pessoas que estavam na lista de espera. Ao todo, 6.339 vagas foram ofertadas. Com 155.386 estudantes concorrendo às oportunidades pelo Sisu, a instituição registrou uma média de 24,5 candidatos por vaga.
Juntos, os cursos de direito diurno e noturno tiveram 139 desistências nas 400 vagas oferecidas. O curso lidera o ranking de ausências. Ao todo, 15.734 pessoas pleitearam a formação na federal mineira.
Só até hoje
Além disso, outros 681 estudantes aprovados para o segundo semestre deste ano foram convocados para antecipar a matrícula. Os selecionados, tanto na lista de espera quanto na chamada para o atual semestre, têm até hoje para manifestar interesse por meio do site ufmg.br/sisu.
Segundo o pró-reitor de graduação da UFMG, Ricardo Takahashi, o número de desistências aumentou desde que a universidade começou a adotar o Sisu. “Com o sistema, passamos a ser demandados por gente de qualquer parte do Brasil, até por nosso bom conceito nacional, mas isso não quer dizer que o aluno conseguirá vir para cá estudar”, disse.
Apesar de aumentarem as vagas excedentes, o pró-reitor não acredita que isso torne a entrada na UFMG mais fácil, já que a concorrência também cresceu, assim como a nota mínima de cada curso.  “Certamente, seria melhor vir quem passou primeiro, pelo mérito. Mas existem questões materiais, por exemplo, que impedem que o aluno mude de cidade”.
Para ele, garantir mais bolsas estudantis seria uma boa medida para reduzir o número de desistentes, mas explica que a atual situação financeira da instituição e do país impedem tal alternativa.
Takahashi fez questão de lembrar que as vagas não ficarão ociosas. Conforme o docente, até duas chamadas extras poderão ser feitas, por semana, para que todos os lugares sejam preenchidos. A convocação pode acontecer até o décimo dia letivo. As aulas estão previstas para começar em 1º de março.
Matrícula
A matrícula presencial dos novos convocados ocorrerá na própria universidade nos dias 23, 26 e 27. Na documentação devem constar original e cópia legível do comprovante de registro acadêmico feito pela internet, certificado de conclusão e histórico escolar do ensino médio, além de documento de identidade, CPF e foto 3x4 recente.
A lista ainda incluiu comprovante de quitação de obrigações eleitorais e do serviço militar (para homens) e declaração preenchida e assinada de que não ocupa vaga em curso de graduação em outra instituição pública de ensino superior do país. Esta última está disponível na página da UFMG.
Com Mariana Durães



SE O AQUECIMENTO GLOBAL NÃO FOR CONTIDO - OS OCEANOS PODERÃO SE ELEVAR DE 70 CM A 1,2 M EM 200 ANOS



Mar subirá 20 cm a cada 5 anos de atraso para reverter aquecimento global

Estadão Conteúdo








a elevação global do nível dos oceanos é causada pelo aquecimento e consequente expansão da água do mar, assim como pelo derretimento dos glaciares, mantos de gelo e das vastas plataformas de gelo

Nos próximos 200 anos, a elevação média do nível dos oceanos será de 70 centímetros a 1,2 metro, caso seja cumprida a meta do Acordo de Paris que limita o aquecimento global a um máximo de 2°C até o final do século. Mas a estimativa só vale caso as médias globais de temperatura cheguem ao seu pico até 2020 e comecem a cair em seguida. Após 2020, cada cinco anos de atraso para atingir o pico de aquecimento correspondem a 20 centímetros a mais no nível dos mares.

As conclusões são de um estudo liderado por cientistas do Instituto Postdam para Pesquisas sobre o Impacto Climático (Alemanha) e publicado nesta terça-feira (20), na revista "Nature Communications". No artigo, os pesquisadores também concluíram que não existe mais a possibilidade de uma estabilização do nível dos oceanos, ainda que as metas do Acordo de Paris sejam rapidamente atingidas.

"As mudanças climáticas provocadas pelo homem já deixaram pré-programada uma certa quantidade de elevação do nível dos oceanos para os próximos século e, com isso, pode parecer para alguns que nossas ações atuais não fazem grande diferença. Mas nosso estudo mostra como essa percepção é errada", disse o autor principal do estudo, Matthias Mengel, do Instituto Postdam.

"A cada cinco anos de atraso para chegar ao pico das emissões, entre 2020 e 2035, poderemos ter um aumento adicional de 20 centímetros do nível dos oceanos - o que é a mesma medida da elevação registrada nas costas de todo o mundo desde o início da era pré-industrial", explicou Mengel.

De acordo com Mengel, a elevação global do nível dos oceanos é causada pelo aquecimento e consequente expansão da água do mar, assim como pelo derretimento dos glaciares, mantos de gelo e das vastas plataformas de gelo da Groenlândia e da Antártica. Esses fatores respondem de diferentes maneiras e em diferentes escalas de tempo ao clima mais quente, variando de séculos a milênios.

Para analisar a elevação do nível dos oceanos sob o Acordo de Paris e as consequências dos atrasos na mitigação do problema, os cientistas utilizaram uma combinação de modelos climáticos e marítimos. Os modelos então foram alimentados com um conjunto de cenários de reduções de emissões alinhados com as metas do Acordo de Paris, simulando distintas taxas de redução, com picos de emissão em diversos anos.

O modelo utilizado pelos cientistas representa individualmente os fatores que contribuem para o aumento do nível do mar, refletindo assim suas diferentes respostas a um mundo em aquecimento. Os autores incorporaram ao estudo novos dados científicos que levam em conta a extrema sensibilidade do manto de gelo da Antártica ao aquecimento da atmosfera.

"De fato, a incerteza sobre a futura elevação do nível dos oceanos é atualmente dominada pela resposta da Antártica. Com o conhecimento atual sobre a instabilidade do manto de gelo, uma grande perda de gelo na Antártica parece provável mesmo com um modesto cenário de aquecimento alinhado com o Acordo de Paris", afirmou Mengel.

"Até mesmo uma elevação do nível do mar de três metros até 2.300 não pode ser descartada completamente, já que ainda não temos sobre como o manto de gelo da Antártica responderá ao aquecimento global", disse o cientista.

"O Acordo de Paris estabelece que se chegue ao pico de emissões o mais rápido possível. Isso pode soar como uma frase vazia para alguns, mas nossos resultados mostram que haverá consequências quantificáveis caso as ações sofram atrasos. Assim, mesmo no alcance do Acordo de Paris, uma rápida mitigação climática é crucial para limitar riscos adicionais. Para milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras, cada centímetro pode fazer uma enorme diferença", disse outro dos autores da pesquisa, Carl-Friedrich Schleussner, também do Instituto Postdam.

O GOVERNO QUER CRIAR MAIS IMPOSTOS - CÂMARA DOS DEPUTADOS NÃO DEIXA



'Aqui na Câmara, não passa nenhuma criação de imposto', diz Maia

Estadão Conteúdo








O presidente da Câmara voltou a afirmar que Temer sugeriu a criação de um imposto para bancar gastos com segurança pública

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na noite desta quarta-feira, 21, que nenhuma proposta de aumento de impostos tem chances de ser aprovada na Casa no momento. Em um recado ao presidente Michel Temer, o deputado fluminense afirmou que é preciso pensar em reduzir despesas e que um dos caminhos seria reduzir o número dos ministérios.

"Aqui na Câmara não passa nenhuma criação de imposto. Se alguns pensam num aumento de receita, a gente pode tratar de redução de despesa. Podemos começar reduzindo o número de ministérios, pode ser um caminho para reduzir despesas", declarou Maia em conversa com jornalistas, em uma referência indireta à decisão de Temer de criar um Ministério da Segurança Pública.

O presidente da Câmara voltou a afirmar que Temer sugeriu, em conversa no último fim de semana no Rio, a criação de um imposto para bancar gastos com segurança pública. Ele disse ter explicado ao presidente que não há como aprovar isso, pois, se votar por projeto de lei, a medida só valeria para 2019 e, por emenda constitucional, não é possível, em razão do decreto de intervenção federal no Estado do Rio.

Maia admitiu que, pela impossibilidade de se votar emendas constitucionais em razão do decreto, a reforma da Previdência deve ficar para o próximo governo, que tomará posse em janeiro de 2019. Para ele, só seria possível votar a matéria em novembro, após as eleições de outubro, se o próximo presidente da República eleito defenda a matéria e trabalha pela sua aprovação.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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