Cármen Lúcia
diz que brasileiro está cansado de ineficiência
Agência Brasil
“Por mais que
tentemos e estamos tentando, com certeza, temos um débito enorme com a
sociedade", disse a ministra
A presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
ministra Cármen Lúcia, afirmou hoje (9) que o cidadão brasileiro “está cansado
de tanta ineficiência”, e que essa ineficiência inclui o Poder Judiciário.
“Por mais que
tentemos — e estamos tentando, com certeza —, temos um débito enorme com a
sociedade", disse a ministra, ao participar da inauguração do novo
presídio de Formosa, cidade localizada no entorno do Distrito Federal, a 80
quilômetros de Brasília.
A ministra criticou
o sistema penitenciário brasileiro, dizendo que este tem falhado por não dar
condições para que os presos cumpram pena com dignidade. De acordo com a
ministra, isso tem aumentado cada vez mais os problemas do país na área de
segurança.
"Qualquer um
pode errar, e o dever de quem erra é pagar, mas deve-se cumprir pena em
condições de dignidade para que volte à sociedade, o que não tem acontecido no
sistema penitenciário. Isso tem gerado cada vez mais problemas de segurança ou
de insegurança", disse a ministra, durante evento de inauguração do novo
presídio de Formosa, cidade localizada no entorno do Distrito Federal, a 80
quilômetros de Brasília.
Construído a um
custo de aproximadamente R$ 19 milhões, o Presídio Estadual de Formosa tem área
de 6 mil metros quadrados e capacidade para receber 300 detentos de alta
periculosidade e é um dos quatro presídios de segurança máxima cuja construção
está prevista até o final de 2019 no estado.
Em seu discurso,
divulgado por meio de nota do CNJ, Carmén Lúcia disse que o cidadão brasileiro
“está cansado de tanta ineficiência”, e que essa ineficiência inclui o Poder
Judiciário. “Por mais que tentemos —e estamos tentando, com certeza —, temos um
débito enorme com a sociedade", declarou a ministra.
De acordo com o CNJ,
outro presídio, com as mesmas dimensões do de Formosa, deverá ser inaugurado em
breve no município goiano de Anápolis. E mais dois, um em Águas Lindas e outro
no Novo Gama, deverão ser finalizados ainda neste ano. O quarto presídio ficará
em Planaltina, e sua conclusão está prevista para 2019. Juntas, essas unidades
agregarão 1.588 vagas ao sistema prisional de Goiás, a um custo de R$ 110
milhões.



