quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O GOVERNO BRASILEIRO É LENTO PARA REGULAMENTAR INOVAÇÃO



Brasil é lento para regulamentar inovação, aponta pesquisa

Estadão Conteúdo







O Brasil é o país em que há maior desconfiança em relação ao trabalho do governo para regulamentar o ambiente de inovação dentre 20 nações pesquisadas pela GE. Segundo levantamento da multinacional que será divulgado hoje, 91% dos executivos ouvidos no País dizem acreditar que o governo não consegue acompanhar o ritmo das inovações - a média global é de 68%. Os Emirados Árabes Unidos e o Canadá são os menos descrentes, com 41% e 51% dos entrevistados, respectivamente, dizendo que o governo não tem capacidade para regulamentar as inovações na velocidade adequada.

O levantamento mostra ainda que o Brasil tem um ambiente menos favorável à inovação do que a média global. Enquanto 43% dos entrevistados afirmam perceber a existência de um ecossistema propício no País, a média global é de 48%. Para países como Estados Unidos e China, os números alcançam 85% e 73%. Um ambiente que ajuda as empresas a inovarem fortalece também o crescimento delas.

O diretor do centro de inovação da EY (antiga Ernst Young), Denis Balaguer, lembra que, no Brasil, há entraves na própria lei de propriedade intelectual que dificultam a inovação. "O País não tem patente para softwares, por exemplo. Isso desestimula. E os softwares vão ser a principal matéria da economia nos próximos anos", diz.

Balaguer acrescenta que pode haver também uma contaminação da percepção que os empresários têm do andamento em Brasília das reformas econômicas em geral para o segmento específico da inovação. "A falta de agilidade no Congresso contagia a percepção."

A presidente da GE no Brasil, Viveka Kaitila, aponta como principais desafios para a inovação no País as dificuldades de financiamento e a falta de profissionais talentosos especializados. "Há ainda um terceiro fator, o risco. O investimento em inovação nem sempre traz o resultado que se espera. Em um momento de recessão, isso se torna mais difícil", afirma.

Viveka destaca que a China é o exemplo contrário ao Brasil. Lá, houve um plano de governo de longo prazo para favorecer a inovação. Segundo a pesquisa da multinacional, em 2014, apenas 24% dos chineses afirmavam que havia no país um ambiente propício. Hoje, são 73%. No Brasil, também houve uma melhora no indicador, mas menor - de 14% para 43%.

Protecionismo

Apesar de a teoria econômica indicar que empresas de países abertos tendem a inovar mais incentivadas pela concorrência global, o levantamento da GE mostra que grande parte dos executivos prefere um ambiente protegido. Dos 2.090 entrevistados em todo o mundo, 55% afirmaram que uma política protecionista na área de inovação seria benéfica aos negócios. Entre os que defendem essas medidas, destacam-se os Emirados Árabes (71%) e a Suécia (65%). O Brasil aparece com 51%, menos que a média global.

Para Viveka, essa posição dos executivos também foi surpreendente. Uma das explicações possíveis, afirma ela, seria que empresas de porte menor podem preferir um mercado menos aberto. Entre os que defendem o protecionismo, 86% dizem que essas políticas dão vantagens competitivas às empresas domésticas e 73% concordam que beneficiam a força de trabalho. No Brasil, a GE ouviu 150 executivos.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 14/02/2018



Deu trabalho

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini






Helton Yomura, ministro interino do Trabalho, deve continuar no cargo caso a Justiça impeça a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) de tomar posse. Há articulação na bancada do PTB, que controla a pasta. Pressão existe, candidatos à vaga não faltam, mas há um fator que inibe outras opções do partido: o presidente Michel Temer quer alguém que não seja candidato na eleição. Como o prazo para se desincompatibilizar do cargo é a primeira semana de abril, paira sobre o Palácio a dúvida. O que Cristiane, que deve se candidatar à reeleição, quer fazer no ministério em apenas um mês?
Outros tempos
A família de um poderoso político detento está circulando com escolta privada 24 horas.

Aldeia ameaçada 
Vereador em Porto Seguro, o Cacique Renivaldo Braz (PV) pediu proteção à Funai e à Polícia Federal por ameaças de morte na aldeia Imbiriba. Seriam do tráfico local.

Não é não!
Caiu à boca pequena entre políticos a insistência do prefeito João Dória em tirar foto com Zeca Pagodinho. Citam o ‘não é não!’ da campanha de assédio veiculada na TV.
Samba atravessado
Zeca, que tirou a foto a contragosto, segundo testemunhas, é amigo próximo de Lula da Silva. Está explicado.

Mansão baiana
O deputado Ronaldo Carletto (BA), que comprou a preço de banana (R$ 600 mil), em leilão judicial, uma casa das herdeiras do Banco Rural em Arraial D’Ajuda, está na mira da família que perdeu o imóvel. A tramitação do processo foi relâmpago. E a casa, dentro de 3,5 hectares e com 200 metros de praia na Pitinga, vale uns R$ 35 milhões.

Fez o dever
A Caixa recebeu “moção de aplauso” do Conselho Curador do FGTS, composto por representantes de sindicatos, empresas e governo, em função do trabalho do banco no período em que foi permitido saque do dinheiro das contas inativas do fundo.

Chefão
Foi ressaltado o trabalho dos funcionários do banco, mas a moção foi encaminhada ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi.

CAIXA preta
Mas continua desde início do ano passado o silêncio da Caixa sobre a lista de patrocínios para eventos requisitada pela Coluna. A assessoria não entregou, nem pela Lei de Acesso à Informação. Resumem-se a dizer que está tudo no D.O.

Reforma eleitoral
O deputado Betinho Gomes, do PSDB, diz que será célere na relatoria do projeto de lei que veio do Senado e que institui o sistema distrital-misto para as eleições proporcionais no país. A primeira parada da proposta é a CCJ.
Memória
A Câmara já rejeitou o modelo durante a discussão da reforma política no ano passado, mas sem entrar no assunto. Explicamos: o trecho do texto que previa a adoção do distrital-misto a partir de 2022 estava condicionado à adoção do ‘distritão’, que não conseguiu nem a maioria simples do plenário para ser aprovado.

Meio a meio
No ‘distritão’, a eleição para deputados e vereadores seria majoritária. No distrital-misto, os eleitores votam no candidato e no partido, e metade é eleito de forma majoritária, metade de forma proporcional.

Eterno puxa-saco
O deputado Waldir Maranhão, hoje no Avante, será lembrado pelo dia em que, assumindo a presidência da Câmara como interino, anulou a votação do impeachment da presidente Dilma, em maio de 2016. No fim de semana, fez questão de parabenizar o PT pelo aniversário do partido. Chamou Lula e Dilma de ‘eternos presidentes’.


sábado, 10 de fevereiro de 2018

A CHINA PUNE COM SEVERIDADE TODO TIPO DE CRIME



Babá chinesa é condenada à morte por provocar incêndio fatal

Agence France Presse









Segundo o tribunal, Mo confessou haver ateado fogo na sala do apartamento, no 18º andar de um edifício residencial de Hangzhou

Uma babá foi condenada nesta sexta-feira (9) à pena de morte na China por ter provocado voluntariamente um incêndio em que morreram uma mulher e seus três filhos, um caso que chocou o país.
Um tribunal da cidade de Hangzhou, no leste da China, considerou que Mo Huanjing, de 35 anos, havia incendiado deliberadamente, em junho, a residência da família para quem trabalhava como empregada doméstica.
O drama provocou comoção na China e teve grande cobertura na imprensa.
A babá foi apresentada como uma jogadora viciada que em várias ocasiões roubou dinheiro de seus patrões para pagar suas crescentes dívidas.
Segundo o tribunal, Mo confessou haver ateado fogo na sala do apartamento, no 18º andar de um edifício residencial de Hangzhou. Ela previa apagá-lo rapidamente, esperando passar por uma heroína e poder utilizar o acidente como pretexto para pedir mais dinheiro à família.
Mas o fogo ficou incontrolável e a babá escapou, deixando na casa a mãe da família, de 34 anos, e seus três filhos de seis, nove e onze anos. Todos morreram asfixiados.
"O diabo finalmente recebeu o castigo da lei, a pena de morte", escreveu o pai da família, Lin Shengbin, de 37 anos, na rede social chinesa Weibo, após o anúncio do veredito.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 10/02/2018



O porta-helicópteros

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini






A Marinha do Brasil vai receber até outubro o seu primeiro porta-helicópteros, o HMS Ocean, que será comprado da Marinha britânica. Três comitivas de oficiais da Força brasileira já estiveram em Londres para tratativas e inspeções, e uma quarta tem viagem marcada – a fim de evitar que se compre uma embarcação obsoleta. O HMS, de 20 anos, está em plena operação para a OTAN no Mediterrâneo e o processo de transferência foi acordado. Ficará ancorado em Niterói (RJ). Ele tem capacidade para 600 tripulantes e operações simultâneas de até 12 helicópteros de grande porte.
Inspeções
A Marinha toma o cuidado na compra e inspeção. Quer evitar críticas como no caso do porta-aviões São Paulo, também adquirido da Grã Bretanha e agora ‘aposentado’.
Soberania
Em águas brasileiras, o HMS será rebatizado, mas o Comando da Marinha ainda não escolheu um nome. Uma das metas é utilizá-lo em especial na região do pré-sal.
Boca miúda
Rodrigo Maia, ao receber dirigentes da CUT e Força Sindical na residência oficial, soltou um “improvável” sobre votação da reforma da Previdência em fevereiro.
Zap com regra?
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tem um projeto de lei (347/16) curioso. A regulamentação do uso de WhatSapp. O texto cria regra para consentimento prévio de usuários para cadastro em grupos e envios de convites. Realmente, há muito lixo, até de desconhecidos, que chega ao seu telefone. Como barrar isso será um mistério: Os donos do aplicativo terão de criar ferramentas.
Fronteira aberta
A Polícia Federal e o Exército deverão reforçar suas tropas em Roraima. Adversários no Estado, os senadores Telmário Mota (PTB) e Romero Jucá (MDB) aliaram-se contra a entrada ilegal em massa de venezuelanos. “É um verdadeiro caos”, diz Telmário; Jucá defende “o fechamento da fronteira, realização de censo e triagem dos venezuelanos”.
Sobre contas
Vice-líder de Temer na Câmara, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) discursa como integrante da oposição ao defender o adiamento da votação da reforma da Previdência. Para o deputado, a reforma Tributária, pronta para o plenário, deveria ser “prioridade”.
Apadrinhado$
Alheio ao rombo nas contas de mais de R$ 120 bilhões, o senador Cidinho Santos (PR-MT) quer aumentar os salários de diretores de agências reguladoras para R$ 33 mil.
Ladainha
Da senadora Ana Amélia (PP-RS), aos que indicam ‘conluio’ do Judiciário para condenar Lula e tirá-lo da eleição: “Defender essa tese é desrespeitar o Judiciário”.
Diálogo
Dirigentes do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) sinalizaram ao Planalto a possibilidade de reabertura de diálogo em torno da reforma da Previdência desde que sejam retiradas do ar as campanhas publicitárias contra os servidores púbicos.
Diálogo 2
“Chegou ao absurdo de o Governo obrigar ministros a gravarem vídeos em defesa da reforma e divulgá-los nas páginas e redes sociais dos órgãos”, critica o presidente do Fórum, Rudinei Marques.
Sinal ruim
O Senado se prepara para reforçar a força tarefa do Ministério Público Federal e da PF que apura ilícitos na Secretaria de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Na$ Onda$
Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, o senador Otto Alencar (PSD-BA) já está a par das denúncias de corrupção ativa e passiva que teriam derrubado a ex-secretária Vanda Jugurtha Bonna Nogueira em janeiro. Ela teria beneficiados grupos.
Amigas, nem tanto
A ala feminina do PTB também está dividida sobre a claudicante nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o comando do Ministério do Trabalho. Apenas 11 das 27 presidentes regionais da legenda assinaram manifesto de apoio à parlamentar.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...