terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O GOVERNO É MALDOSO PARA COM O POVO - MUDANÇAS ELEITORAIS SÓ BENEFICIAM OS CANDIDATOS



Raquel Dodge entra com ação no STF contra voto impresso nas próximas eleições

Estadão Conteúdo







Para Raquel a reintrodução do voto impresso "caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso"

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou nesta segunda-feira, 5, com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a implantação do voto impresso nas próximas eleições. De acordo com Raquel, a impressão do voto representa risco "à confiabilidade do sistema eleitoral, fragilizando o nível de segurança e eficácia da expressão da soberania nacional por meio do sufrágio universal".

Para a procuradora-geral da República, a reintrodução do voto impresso "caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso". Por isso, Raquel Dodge pede a concessão de medida cautelar para suspender a implantação da medida.

O ministro Luiz Fux, do STF, foi sorteado como relator da ação ajuizada por Raquel Dodge. Nesta terça-feira, 6, Fux assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - o combate às fake news e a implantação do voto impresso estão entre as principais preocupações do ministro, segundo apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Sigilo

Para Raquel Dodge, o dispositivo legal que prevê a implantação do voto impresso nas próximas eleições "desrespeita frontalmente o sigilo de voto". "A norma não explicita quais dados estarão contidos na versão impressa do voto, o que abre demasiadas perspectivas de risco quanto à identificação pessoal do eleitor, com prejuízo à inviolabilidade do voto secreto. O problema torna-se mais grave caso ocorra algum tipo de falha na impressão ou travamento do papel na urna eletrônica", alegou a procuradora-geral da República.

"Tais situações demandarão intervenção humana para a sua solução, com a iniludível exposição dos votos já registrados e daquele emanado pelo cidadão que se encontra na cabine de votação. Há ainda que se considerar a situação das pessoas com deficiência visual e as analfabetas, que não terão condições de conferir o voto impresso sem o auxílio de terceiros, o que, mais uma vez, importará quebra do sigilo de voto", prosseguiu Raquel.

Relatório

Ao entrar com ação no STF, a procuradora-geral da República destacou o relatório das eleições de 2002 do TSE, que apontou uma série de problemas na implantação de voto impresso em municípios brasileiros naquele pleito, como maior tamanho das filas, maior número de votos nulos e brancos, maior porcentual de urnas que apresentaram defeito, além das falhas verificadas apenas no módulo impressor.

"As inúmeras intercorrências possíveis com a reintrodução do voto impresso e a consequente quebra do sigilo constitucional do voto colocam em risco a confiabilidade do sistema eleitoral e a segurança jurídica. A implementação da mudança potencializará falhas, causará transtornos ao eleitorado, aumentará a possibilidade de fraudes, prejudicará a celeridade do processo eleitoral. Elevará, ainda, as urnas em que a votação terá que ser exclusivamente manual", observou Raquel.

"Conclui-se que a obrigatoriedade do voto impresso não servirá ao propósito de conferir a higidez do processo de votação eletrônica e, ainda, causará entraves e embaraços ao sistema de apuração", concluiu a procuradora-geral da República.

Em maio do ano passado, corregedores da Justiça Eleitoral pediram em carta divulgada à imprensa a revogação ou o adiamento do voto impresso.

Exigências

O voto impresso é uma das exigências previstas na minirreforma eleitoral, sancionada com vetos, em 2015, pela presidente cassada Dilma Rousseff. O TSE estima que 30 mil urnas do novo modelo - de um total de 600 mil - deverão ser utilizadas já em 2018. O custo deve ficar em torno de R$ 60 milhões.

Em novembro de 2015, o Congresso derrubou o veto de Dilma ao voto impresso. Ao todo, 368 deputados e 56 senadores votaram a favor da impressão. A proposta havia sido apresentada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que acredita que a impressão pode estimular a participação de cidadãos incrédulos com o sistema eletrônico.


TEMER QUER VOTAR A REFORMA PREVIDENCIÁRIA DEIXANDO DE FORA - OS MILITARES - O JUDICIÁRIO - O GOVERNO - OS PARLAMENTARES - ELA SÓ ATINGE A INICIATIVA PRIVADA



Temer: só faltam 40 votos para aprovar reforma da Previdência

Estadão Conteúdo








O governo quer votar o texto no plenário da Câmara no dia 20

O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista à RedeTV exibida na noite desta segunda-feira, 5, que faltam "só 40 votos" para o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência na Câmara. A entrevista foi gravada na sexta-feira, 2. O presidente declarou ainda que, conforme o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, há 70 indecisos que podem decidir votar com o governo nas próximas duas semanas. Segundo Temer, o Congresso pode pegar "uma onda que traz os votos com facilidade".

O governo quer votar o texto no plenário da Câmara no dia 20. Temer declarou, na entrevista, que vai "até o fim" para aprovar a reforma da Previdência, mas que a proposta precisa ser votada em primeiro turno até o "final de fevereiro, início de março". "Estamos chegando à conclusão que não há como deixar este tema permanentemente o ano todo", disse. "Se não for votado, realmente fica difícil, aí temos que ir para outras pautas."

Para o presidente, a sociedade está entendendo a necessidade de reformar o sistema previdenciário brasileiro e isso deve ecoar no voto dos parlamentares. O presidente afirmou, ainda, que os parlamentares que votarem a favor da proposta vão ganhar eleitoralmente, mas reconheceu que o ano eleitoral dificulta a negociação do governo para conseguir os 308 votos necessários na Câmara. "Os candidatos não querem desagradar os eleitores." Além disso, Temer disse que há uma "natural resistência" de corporações contra a reforma.

Temer afirmou também que, se a reforma for aprovada agora, o assunto não será tema das eleições presidenciais. Do contrário, o presidente acredita que os candidatos serão questionados sobre seu posicionamento em relação à Previdência.

Mais uma vez, o emedebista destacou que, se a reforma não for feita agora, o sistema previdenciário pode "quebrar" em dois ou três anos. Temer declarou que poderia "silenciar" e deixar o assunto para outro governo, mas que está pensando nos próximos presidentes ao propor a medida.

Temer prometeu que, se aprovada a reforma, mudanças para os militares serão feitas na sequência.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

FALTA DE VOTOS PODE IMPEDIR A COPA DO MUNDO NA AMÉRICA DO NORTE EM 2026



Donald Trump é obstáculo para Copa do Mundo de 2026 na América do Norte

Estadão Conteúdo








A frase levou os torcedores mexicanos à loucura. Mas, nos bastidores da cartolagem dos Estados Unidos, ela evidenciou um problema: Donald Trump

Na semana passada, um dos maiores astros da história do futebol nos Estados Unidos, Landon Donovan, mandou um recado diretamente a Donald Trump quando foi apresentado como o novo jogador do time mexicano Leon: "não acredito em muros". A mensagem era uma referência às promessas do presidente norte-americano de construir a barreira entre o México e os EUA.

A frase levou os torcedores mexicanos à loucura. Mas, nos bastidores da cartolagem dos Estados Unidos, ela evidenciou um problema: Donald Trump. O presidente é interpretado como um obstáculo real a ser superado se os norte-americanos de fato querem sediar a Copa do Mundo de 2026, ao lado de México e Canadá.

Com mais de 40 estádios à disposição nos três países, promessas de renda inédita e uma infraestrutura invejável, a candidatura conjunta da América do Norte é considerada como a franca favorita para vencer a corrida por organizar a Copa do Mundo, a primeira com 48 seleções. A outra opção é Marrocos, país que já tentou em quatro oportunidades sediar o evento, sem sucesso.

A votação está marcada para ocorrer no dia 13 junho, em Moscou, na Rússia. Será também a primeira vez que todas as 209 federações nacionais votarão para escolher a sede da Copa do Mundo, um privilégio que se limitava aos 24 membros do Comitê Executivo da Fifa e alvo de escândalo de corrupção.

Mas, nos últimos meses, os comentários polêmicos de Donald Trump sobre política externa começaram a contaminar a campanha que era considerada como "imbatível". Ao chamar os países africanos de "buracos de merda", há menos de 10 dias, o presidente norte-americano disseminou o pânico entre os cartolas dos Estados Unidos. Afinal, será da África que virão mais de 25% dos votos que decidem a eleição.

Nesta sexta-feira, a Confederação Africana de Futebol (CAF) se reunirá e irá considerar um apoio dos 54 votos do continente para a candidatura do Marrocos. "Existe solidariedade na África", disse ao jornal norte-americano New York Times na semana passada o presidente da Federação de Futebol de Comores, Hassan Waberi. "Nos sentimos insultados", afirmou. "Os africanos apoiarão o Marrocos", confirmou Kwesi Nyantakyi, vice-presidente da CAF.

Mas Donald Trump também criou problemas ao tentar criar barreiras para a entrada de imigrantes muçulmanos no país. Na Fifa, outros 15 votos fora da África são de países com maioria de sua população muçulmana. Na América do Sul não existe ainda uma posição comum da Conmebol. Mas com as sanções norte-americanas contra a Venezuela, um consenso poderá ser difícil.

O mal-estar dos dirigentes norte-americanos ficou ainda mais nítido quando, no início do mês, uma pesquisa de opinião revelou que a confiança do mundo em relação à liderança dos Estados Unidos era a mais baixa de todos os tempos. Segundo o levantamento da Gallup em 134 países, apenas 30% dos entrevistados afirmam quer uma visão positiva do governo norte-americano. Com Barack Obama, a taxa era de 48%. A mesma pesquisa revelou que o mundo confia hoje mais na Alemanha e na China do que em Donald Trump.

Apesar do favoritismo total e de uma infraestrutura muito superior ao concorrente do norte da África, o presidente da US Soccer (a federação norte-americana de futebol), Sunil Gulati, sabe do desafio que Donald Trump representa. Para ele, a candidatura "não é apenas sobre estádios e hotéis". "É sobre a percepção que existe sobre os EUA e estamos em um momento difícil no mundo", afirmou.

"Apenas podemos controlar alguns fatores. Não podemos controlar o que ocorre na Coreia, com as embaixadas em Tel Aviv ou acordos climáticos", disse o dirigente, em uma referência às polêmicas decisões política de Donald Trump nos últimos meses. "Não podemos controlar a política", admitiu Sunil Gulati, há poucos dias em Londres.

Os organizadores da candidatura garantem o "total apoio de Washington" e também prometem que, se a Copa do Mundo for levada à América do Norte, ela será a mais bilionária da história. Em dificuldades financeiras, a promessa de dinheiro soa como música nos corredores da Fifa.

Mas, em março, outra exigência da entidade promete causar atritos. A Fifa pedirá que os governos garantam a suspensão de vistos para quem for ao torneio em 2026, medida que irá no sentido contrário da política de Donald Trump de endurecer as condições de entrada no país.

Pelas contas dos norte-americanos, eles terão de somar 104 votos para serem escolhidos. Mas fontes ligadas à candidatura de Marrocos acreditam que existe um espaço para roubar alguns votos da candidatura dos Estados Unidos.

Para isso, o governo marroquino já contratou um dos maiores especialistas em comunicação, Mike Lee, que levou o Rio de Janeiro a ganhar os Jogos Olímpicos de 2016 e garantiu a Copa do Mundo para o Catar em 2022. Os marroquinos alegam que apenas não ficaram com a Copa do Mundo de 2010 por conta de um pagamento de US$ 10 milhões que os sul-africanos fizeram para comprar votos na Fifa.

Dentro da entidade, porém, há quem duvide da imparcialidade do presidente Gianni Infantino. Um de seus principais cabos eleitorais, em 2016, foi justamente Sunil Gulati, que agora quer uma retribuição. Além disso, existe um sentimento entre os dirigentes do Conselho da Fifa de que a entidade precisa compensar os norte-americanos pela decisão de dar a Copa do Mundo de 2022 ao Catar e não para os Estados Unidos.

GOVERNO MINORITÁRIO DE MERKEL OU CONVOCAÇÃO DE NOVAS ELEIÇÕES NA ALEMANHA



Alemanha retoma conversas hoje para tentar formar governo de coalizão

Estadao Conteúdo










Negociações para a formação de um eventual governo de coalizão na Alemanha foram retomadas nesta segunda-feira, mas ainda não está claro se um acordo será fechado antes do fim do dia.

O grupo conservador da primeira-ministra Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) tinham como meta original chegar até ontem (domingo) a um acerto sobre a possível extensão de sua coalizão dos último quatro anos, mas ainda têm questões pendentes a discutir.

O SPD, de centro-esquerda, insiste em limitar o uso de contratos de trabalho temporários e busca reduzir as diferenças entre os sistemas de seguro-saúde público e privado do país.

"Presumo que podemos finalmente concluir isso hoje", comentou Volker Bouffier, vice-líder da União Democrata Cristã (CDU), partido de Merkel, ao chegar para as conversas. "Não tenho certeza, mas estou confiante. Talvez precisemos até amanhã de manhã", acrescentou.

Os esforços da Alemanha para formar um governo de coalizão, após a eleição indefinida de 24 de setembro do ano passado, já são os mais longos desde a Segunda Guerra Mundial. A aliança de Merkel venceu o pleito, mas não conquistou maioria absoluta no Parlamento.

Caso seja obtido um acordo, ele terá de ser submetido aos integrantes do SPD, muitos dos quais estão céticos depois de um resultado eleitoral desastroso. E esse processo demorará algumas semanas.

Um eventual fracasso nas negociações - ou a rejeição de um eventual acordo pelo SPD - deixará como únicas opções viáveis um governo minoritário sob comando de Merkel ou a convocação de novas eleições. Fonte: Associated Press.

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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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