sábado, 3 de fevereiro de 2018

O PÚBLICO LGBT TEM ALTO PODER AQUISITIVO



'Pink money': público LGBT tem cada vez mais peso no mercado de consumo

Fábio Corrêa








No bar onde trabalha, Giselle afirma que os clientes LGBTs não reclamam de pagar R$ 20 por um drinque; alto poder aquisitivo faz com que esse público gaste mais

O público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans) tem cada vez mais peso na economia do país. Movimentado por esse segmento, o chamado “pink money” (ou “dinheiro rosa”) soma cerca de R$ 420 bilhões por ano somente no Brasil, conforme dados da associação internacional de empresas, a Out Leadership.
Levantamento do site Guia Gay coloca a capital mineira como a segunda cidade brasileira com maior número de estabelecimentos voltados para o atendimento desse público específico – cerca de 50 –, à frente do Rio de Janeiro e atrás apenas de São Paulo.
Para se ter ideia, a Parada do Orgulho LGBT realizada em BH no ano passado girou em torno de R$ 4,3 milhões, de acordo com pesquisa da Belotur em parceria com a UFMG. “Reflete em lotação de hotéis, emprego gerado, restaurante aberto, corrida de táxi e até em visitas à feira hippie. Quando o turista chega, ele vai viver a cidade no geral, e quem ganha com isso, além dos empresários, são o município e o Estado”, diz Welton Trindade, sócio-proprietário da Guiya Editora, responsável pelo Guia Gay BH, publicação que tem roteiros em mais seis capitais.
Êxito
Empresário no ramo hoteleiro, Douglas Drumond apostou no setor e está colhendo bons frutos. Há quatro anos, trouxe para a capital o 269 Chilli Pepper, empreendimento que mistura boate com hospedagem de diárias curtas voltado para o público gay. “Quando inauguramos, batíamos recorde de faturamento a cada mês. Em 2016, tivemos uma parada de crescimento, que voltou ao normal no ano passado. Janeiro de 2018 já foi bastante positivo”, diz.
A agência de viagens Friendly Tour também comemora os ganhos com o atendimento exclusivo para LGBTs. “O cliente mineiro é de uma classe diferenciada. São universitários, na faixa etária acima dos 30 anos”, conta o sócio-proprietário Roberto Dunkel. A empresa trabalha em parceria com navios e festas internacionais.
Dificuldades
Apesar do sucesso, nem tudo é um mar de rosas. Elismar Marcelino, proprietário da In Par Cerimonial, criada há um ano na cidade com foco em casamentos homoafetivos, afirma que ainda existe o preconceito por parte de alguns fornecedores.
Desde a inauguração, a empresa realizou três uniões de pessoas do mesmo sexo. Já está com mais um contrato fechado para 2018 e outros dois para o ano que vem, com até 500 convidados.
Porém, há dificuldades para encontrar fornecedores. “Informo o nosso direcionamento, com clareza, mas apenas 30% deles respondem”, diz Elismar.
Recentemente, o tratamento dado ao cerimonial por uma casa de eventos mudou de “cortesia para grosseria” quando os proprietários descobriram que o casamento era entre pessoas do mesmo sexo. “Cancelamos e eles perderam R$ 4 mil e outras parcerias futuras”, lembra o dirigente da In Par.
“Pedi para o funcionário anotar o modelo e o ano dos carros. Descobrimos que os casais gays têm, em média, os melhores veículos” (Ddouglas Drumond, dono do Green Park Motel)
Alto poder aquisitivo leva gays a desembolsar mais
O poder aquisitivo é uma das explicações para o alto consumo do público gay. Segundo o Censo IBGE 2010, enquanto as famílias brasileiras formadas por pessoas de gêneros diferentes representam 3,41% da parcela que recebe de cinco a dez salários mínimos, casais LGBTs chegam a 9,55% desse grupo.
Como a maioria não tem herdeiro, fica livre de arcar com alimentação e educação. “Não existe esse planejamento de ‘quando eu morrer vou deixar para os meus filhos’, e a grande parte quer mais é gastar”, frisa Douglas Drumond, também proprietário do Motel Green Park.
Foi na hospedagem que o empresário comprovou o poder de compra LGBT. “Pedi ao funcionário da portaria para anotar o modelo e o ano dos carros que entravam. Descobrimos que, em média, os casais gays têm os melhores veículos”, conta.
“A população LGBT tenta se fazer respeitada e entendida de diversas formas, e uma das grandes forças que ela tem é a de consumo”, explica Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil. Ele lembra a máxima de que o cliente pode fechar uma empresa ao gastar em outros lugares.
Sem confusão
Produtor da festa Caramelo Sundae, realizada há oito anos, Eduardo Ponzio crê que o consumidor homossexual, além de gastar mais, ainda promove ambiente agradável. “Nunca vi confusão em eventos que abarcam o público. Por isso, heterossexuais acabam frequentando locais destinados aos LGBTs, onde se sentem mais à vontade”, afirma.
A bartender Giselle Salviano, funcionária de uma boate LGBT, também percebe o potencial de compra dessa parcela da população. “Vendo drinks que geralmente custam mais de R$ 20. Ninguém reclama do preço. O público é bem fiel, e não para de beber”.
Giselle integra o segmento e avalia que BH ainda precisa ofertar mais opções de diversão. Assim como Douglas Drumond, para quem um dos poucos atrativos na cidade é a Parada Gay. “Mas deveria ser vinculada a um feriado”, diz.

FUSÃO DA EMBRAER BRASILEIRA E A BOEING DOS ESTADOS UNIDOS SERÁ UM GRANDE NEGÓCIO PARA A EMBRAER



Ações da Embraer disparam após anúncio de possível acordo com Boeing

Agence France Presse









A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, e a Boeing, que disputa com a europeia Airbus a liderança do setor, revelaram em dezembro que discutiam uma fusão

As ações da Embraer subiram quase 5% nesta sexta-feira (2) na Bovespa, após rumores de um possível acordo entre a fabricantes de aeronaves brasileira com a americana Boeing para a construção conjunta de aparelhos comerciais.
Segundo a jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, as duas empresas concordaram coma  criação de uma terceira, focada na fabricação em série de aviões. Assim, o setor de Defesa da Embraer não faria parte do novo grupo, o que deve aliviar as objeções do governo brasileiro à fusão comercial.
Nenhuma das duas empresas, nem o governo brasileiro, confirmaram ou desmentiram a informação. O impacto nos mercados foi imediato.
Às 14H30 GMT, a ação da Embraer subiu 4,85% na Bovespa, enquanto o índice Ibovespa caía 1,42%.
A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, e a Boeing, que disputa com a europeia Airbus a liderança do setor, revelaram em dezembro que discutiam uma fusão.
O governo brasileiro, entretanto, indicou rapidamente que estava decidido a manter seu poder de veto sobre a empresa de São José dos Campos, em nome da "soberania nacional".
A Embraer, nascida como grupo estatal em 1969, foi privatizada em 1994, mas o Estado conservou uma "golden share" ("ação de ouro"), que lhe permite intervir em questões estratégicas.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 03/02/2018



Falsa motivação

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







Loteada por partidos políticos alinhados com o Palácio do Planalto, entre eles o PR, a Infraero terá que prestar explicações ao Ministério Público Federal sobre o impacto dos investimentos passados e futuros (de 2017 a 2019) no plano de concessões de aeroportos. O procedimento investigativo foi instaurado a partir de uma denúncia da Associação Nacional dos Procuradores da Infraero (Apinfra). A entidade sustenta que “haveria falsa motivação por parte do governo no despacho que determinou a abertura de procedimento para concessão”.
Insuficiência
O despacho do MP é assinado pelo procurador da República Antônio Edílio Magalhães Teixeira, que aponta insuficiência de elementos que esclareçam as circunstâncias do processo de privatização dos aeroportos de João Pessoa e Campina Grande (PB).
Lacônica
À Coluna, a assessoria se limitou a informar, lacônica, que “a Infraero prestará os esclarecimentos ao MPF dentro do prazo solicitado”.
Ficha suja
Magistrados e juízes tomaram o cuidado de não convidar parlamentares encrencados com a Justiça para o ato contra a Reforma da Previdência na Câmara.
CPI
Não chamaram, por exemplo, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), investigado no STF. Apenas o senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu a CPI da Previdência, discursou durante o protesto no auditório Nereu Ramos.
Mesmo governo
Presidente do Sindifisco Nacional, Claudio Damasceno diz que rombo na Previdência não foi por falta de aviso. Em 2011, entidade divulgou estudo alertando que a desoneração tributária e da folha de pagamento traria prejuízos: “Era o mesmo Governo. A diferença é que era outro presidente”.
Consequências
Segundo Damasceno, o Governo não ataca as causas do problema e sim as consequências. “Olha para as despesas, não para as receitas”, afirma, antes de acrescentar: “Assim vamos precisar de uma centena de reformas nos próximos 20 anos”.
Numa tacada
Líder do governo no Senado, o senador Romero Jucá (MDB-RR) avisa: reforma ministerial deve ser feita de uma só vez pelo presidente Temer.
Anúncio
Líderes petistas mantêm a tática de afronta ao Judiciário após a condenação de Lula. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), espalhou charge do ex-presidente ao lado de uma placa com anúncio: “Vende-se tríplex. Tratar com meu corretor: Dr. Sérgio Moro”.
Auxílio desgaste
Ministros do STJ, do STF, presidentes de associações... nenhum deles quis responder perguntas sobre auxílio-moradia concedido a juízes ao fim da sessão de abertura do ano Judiciário.
Falido
Com passagem pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Tenente-Coronel Zucco, oficial da ativa e com especialização na área de Inteligência, endossa declaração do ministro da Defesa, Raul Jungman, de que o sistema de segurança do Brasil está “falido”.
Palestras
Zucco, lotado no Comando Militar do Sul, ministra palestras em escolas, empresas e associações de Porto Alegre e pavimenta candidatura a deputado estadual pelo PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro.
Copa
Jornalista Diego Freire acaba de chegar da Rússia e afirma que os preparativos para a Copa estão a todo vapor, apesar do frio: “Será, de fato, a Copa da Copas”. Segundo Freire, a camisa do Brasil, em especial a de Neymar, vende tanto quanto luvas para o inverno rigoroso.
Ponto final
“Querem liquidar com a Previdência pública, retirar direito à aposentadoria e instituir previdência privada” (Do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP)


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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